quarta-feira, 11 de novembro de 2020

TEORIAS EDUCACIONAIS E SUAS IDEIAS

               Por Adílio Jacinto Filho


As teorias educacionais não atenderam as melhorias da educação brasileira tanto nas ideias da dimensão econômica, filosófica, potencial e causal.

 A educação esta fora do lugar quanto às teorias, elas querem mostrar promessas de prosperidade de sermos bem-sucedidos na empresa como proprietário, executivo, profissional liberal ou autônomo, mas, nem todos conseguem e tantos sacrifícios dos que trabalham e dos educandos mergulhados nas precariedades das migalhas que o Estado dá e as elites que podem pagar escolas particulares.

Não é para menos, as escolas públicas vivem as mínguas, na nossa natureza devemos ter evolução e numa sociedade que propaga a riqueza damos uma escola de cidadão pobre as utopias da educação de cunho socialista. 

 As pessoas trabalham para crescente prosperidade material, esta é essência da utopia capitalista em que vivemos, e as escolas públicas ainda estão baseadas em utopias educacionais que não correspondem com as verdadeiras necessidades do povo brasileiro.

A escola que  querem  é uma escola de mentira.

Para e pense como anda a educação, esta empobrecida, esgotada e perdidas em tantas teorias  que draga os esforços. Sempre o aluno, o professor, os pais são os culpados que não percebem a culpa do Estado e das elites que podem pagar... 

Sabotam e nos jogam nas armadilhas das teorias utópicas da educação.

Este livro tenta esclarecer as utopias educacionais no ponto de vista da dimensão econômica, filosófica, potencial e causal que impede uma educação  realmente formadora e crítica.

E, por falar em critica, muitos de nós não sabemos o seu significado, que para mim, é saber, é ter, é fazer, e modificar as causas que nos atormentam individualmente ou socialmente nós brasileiros.

Para isto as utopias educacionais atuais servem muito bem para os planejadores estatais e para as elites que podem pagar...

 

 

Começarei com a TEORIA DE BURRHUS KINNER.                                                 

Psicólogo contemporâneo nasceu nos Estados Unidos em 1904. Foi professor nas universidades de Harvard, Indiana e Minnesota. Entre outros livros publicou, o comportamento do organismo, (behavior of organisms), o comportamento verbal (verbal behavior) e o comportamento cientifico e humano (science and human behavior).

A abordagem skinneriana representa a mais completa sistematização do posicionamento associacionista, behaviorista e ambientalista da psicologia atual. Devido a sua preocupação com controles científicos estritos, Skinner realizou a maioria de seus experimentos com animais, principalmente ratos e pombos.

O êxito obtido nesses experimentos levou-o a fazer extrapolações para o comportamento humano. Segundo ele, por exemplo, em escolas o comportamento de alunos pode ser modificado pela apresentação de materiais em cuidadosa seqüência e pelo oferecimento de recompensas ou reforços apropriados. Ao contrário de outros que estudam o comportamento a fim de compreender o “funcionamento da mente”, Skinner limitou-se ao estudo de comportamentos manifestos imensuráveis. Sem negar processos mentais nem fisiológicos, ele acredita que o estudo do comportamento não depende de conclusões sobre o que se passa dentro do organismo. A abordagem Skinneriana, não leva em consideração o que ocorre dentro da mente do individuo durante o processo de aprendizagem.

 O que interessa é o comportamento observável. Skinner, não se considera um teórico de aprendizagem. Não considera também seu trabalho como uma teoria, e sim uma analise funcional, isto é, uma análise das relações funcionais entre estimulo e resposta. Ele simplesmente ignora as variáveis intervenientes e concentra-seno controle e predição das relações entre as variáveis de “input” (estímulos) e de “output” (respostas).Em 1932, Skinner, na Universidade de Harvard, relatou uma de suas observações, sobre o comportamento de pombos e ratos brancos. Para seus experimentos, Skinner inventou um aparelho que depois de passar por modificações é hoje ainda muito conhecido e utilizado nos laboratórios de psicologia, chamado como Caixa Skinner.

 Influenciado pelos trabalhos de Pavlov e Watson, ele passou a estudar o comportamento operante, desenvolvendo intensa atividade no estudo da psicologia da aprendizagem. Esses estudos levaram-no a criar os métodos de ensino programado que podem ser aplicadas sem a intervenção direta do professor, através de livros, apostilas ou mesmo máquinas.

Segundo Skinner, as crianças aprendem sem serem ensinadas, aprendem sozinhas se estiverem interessadas nas atividades. Por esta razão alguns professores preconizam o emprego do método de descoberta.

 Diz Skinner que o método da descoberta não é solução para o problema da educação. Para ser forte uma cultura precisa transmitir-se; precisa dar aos seus indivíduos um acúmulo de conhecimentos, aptidões, práticas sociais e éticas, defende Skinner.

Para Skinner, um dos grandes problemas do ensino, é o uso do controle aversivo. Ele explica dizendo, que o aluno ainda hoje na escola passa a maior parte do tempo fazendo coisas que não gostaria de fazer. Provas são usadas como poder, como ameaça, e são destinadas principalmente a mostrar o que o aluno não sabe e coagi-lo a estudar. E assim o aluno vai fazendo coisas que o professor determina, porque é ele professor, que detém o poder e a autoridade. E assim o estudante vai descobrindo meios de fugir da sala de aula, chegando atrasado na escola ou faltando, não fica mais atento, recusa-se a obedecer às ordens, torna-se agressivo, procura sentar-se bem distante do professor 

Destaques na Teoria de Skinner:

 * É através do condicionamento o perante que Skinner crê ser adquirida a maior parte do comportamento; Não leva em consideração o que ocorre dentro da mente do individuo durante o processo de aprendizagem. O que interessa é o comportamento observável; 

 O estudo do comportamento não depende de conclusões sobre o que se passa dentro do organismo do individuo; O importante é não se concentrar no lado dos estímulos, mas sim ao lado do reforço. Para Skinner aprendizagem ocorre devido ao esforço. Não é a presença do estímulo ou a presença da resposta que leva à aprendizagem, mas sim, a presença das contribuições de reforço.

 A teoria de Skinner é fundamentada no poderoso papel da “recompensa” “reforço” e parte da premissa fundamental de que toda ação que produz satisfação tenderá a ser repetida e aprendida;

* A aprendizagem ocorre devido ao reforço. Não é a presença do estimulo ou da resposta que leva a aprendizagem, mas sim a presença das contingências de reforço.

O importante é arrancar situações tais que as respostas dadas pelo aprendiz sejam reforçadas e tenham sua probabilidade de ocorrência aumentada;

* As ideias de Skinner dão maior ênfase ao desempenho ou “desempenho”;* A necessidade de prestar atenção às diferenças individuais, O professor tem a função de programador de contingências. Programar contingências significa dar o reforço no momento apropriado, reforçar respostas que aumentarão a probabilidade de que o aprendiz exiba o comportamento terminal desejado.

Educar é provocar a atividade motora, verbal e mental, Skinner realizou a maioria de seus experimentos com animais, 

No ponto de vista da dimensão econômica hoje o desempenho falta desatenção do Estado e das elites que... Onde o estimulo da maioria dos estudantes é ganhar dinheiro, alguns chegam a universidades, mas falta o motor do financiamento das ideias, para uma nova inovação tecnológica, falta recursos diversos que os estimulem, aos  professores faltam dinheiro para o seu bem estar.

A maioria dos brasileiros dá a maior atenção, mas, o Estado sabota pela teoria da escassez e sempre com “adequações necessárias.”

No ponto de vista da dimensão filosófico se baseia no ensino programado que podem ser aplicadas sem a intervenção direta do professor.  Através de livros, apostilas ou mesmo máquinas o professor deve observar e ajudar e avaliar os comportamentos desejados quanto a desempenho, de novo há desalinho entre o Estado e modo de viver da maioria da população brasileira que é capitalista, e, no entanto, a maioria das utopias educacionais é baseada na utopia do socialismo.

Na dimensão potencial é negligenciada pelo Estado que se orgulha mais na máquina, do que nos que operam - os educadores e pais que não tem autonomia e assumem um compromisso emocional e psíquicos com os alunos, para o Estado e seus lideres, o sujeito é objeto e novamente jogam utopias  de que é possível  e necessita desempenho de todos menos dele é claro.

Na dimensão de causa é o controle do Estado que efetivamente não coloca a disposição e se mostra incompetente, mostrando índices estatísticos como Saresp, SAEB, só para enganar que as necessidades declaradas estarão satisfeita se os educadores mudarem os procedimentos baseados nas utopias socialistas.

Portanto, a Utopia Skinneriana onde “Educar é provocar a atividade motora, verbal e mental”, não se concretiza, e, ainda não é utilizada, plenamente, mesmo com todo esforço emocional e psíquico da sociedade e muito menos pelo Estado e seus lideres. 

UTUPIA DA TEORIA DE CARL R. ROGERS

“... Parece que, se desejo tornar-me um cientista, o primeiro passo para isso é mergulhar nos fenômenos da área especifica pela qual me interessei... absorver a experiência como uma esponja, de tal modo que ela seja recolhida em toda a sua complexidade, com meu organismo total, e não apenas minha mente consciente, participando livremente da experiência dos fenômenos... Carl R. Rogers.” 

 Nascido nos Estados Unidos em 1902, filho de uma família protestante, com valores tradicionais e religiosos, onde o incentivo ao trabalho duro era amplamente cultivado. Rogers faleceu em plena atividade, aos 85 anos de idade em1987. Psicólogo, formado na Universidade de Columbia em Nova York, especializou-se em problemas infantis. Lecionou na Universidade de Rochester e escreveu o livro O Tratamento Clinica da Criança. Como professor da Universidade de Chicago, pôs em pratica suas idéias,cujos resultados foram avaliados no livro Psicoterapia Centrada no Cliente em 1951. “Ele considerava que era o próprio cliente quem dirigia o processo terapêutico”. Em sua publicação Psicoterapia Centrada no Cliente em 1951, Rogers fez uma exposição geral do seu método não diretivo, e de suas aplicações à educação e a outros campos. Em sua obra Liberdade para Aprender, ele discute:

“Melhorando o nosso relacionamento com os alunos, melhoramos o nosso ensino, melhora a aprendizagem”. Os nossos alunos estão ávidos deste tipo de comunicação; eles querem, antes de tudo, ser vistos como pessoas que existem que amam que choram que sofrem que têm dificuldades. Só os alunos? E nós, professores, também não desejamos ser vistos não só como aqueles que sabem alguma coisa, mas igualmente como pessoas humanas?... Eu quero que meus alunos sejam meus amigos, e quero dar-lhes a minha amizade... O bom relacionamento depende fundamentalmente de mim, de criar um clima propício à amizade, à aceitação, à autenticidade. (P.21.)

Suas primeiras experiências clínicas, colocadas na tradição behaviorista e, ainda mais, psicanalistas, foram feitas como interno do Instituto For Child Guidance, onde sentiu a forte ruptura entre o pensamento especulativo freudiano e o mecanismo mediador e estatístico do behaviorismo.

Karl Rogers foi um dos principais responsáveis, embora quase nunca se fale nisso pelo acesso e reconhecimento dos psicólogos ao universo clinica antes dominado pela psiquiatria médica e pela psicanálise, e que, nos EUA, era exercida exclusivamente por médicos até bem pouco tempo atrás. Sua postura ,enquanto, terapeuta sempre esteve apoiada em sólidas pesquisas e observação clinica, podendo-se sem sombra de dúvida, dizer que o campo de pesquisas objetivas voltadas para o referencial teórico da abordagem Centrada na Pessoa é formado por um número considerável de trabalhos, mesmo, além que o numero de pesquisas feitas sobre muitas outras abordagens, incluindo a psicanálise. A utilização dos testes psicológicos e a elaboração de diagnósticos tornaram-se irrelevante para Carl Rogers, e ele transportaria para a educação a sua concepção terapêutica. 

Destaques na Teoria de Rogers:

Para Rogers o importante é aprender a aprender. Não é o conhecimento em si que será de utilidade, e sim uma atitude de busca constante do conhecimento; A preocupação de Rogers é com o aluno como pessoa. O importante é a auto realização da pessoa; Parte de um enfoque essencialmente humanístico que visa à aprendizagem “pela pessoa inteira”, uma aprendizagem que transcende e engloba as aprendizagens cognitivas, afetivas e psicomotoras;

Para Rogers aprendizagem significante é mais do que acumulação de fatos. É uma aprendizagem que provoca uma modificação quer seja no comportamento do individuo, na orientação da ação futura que escolher ou nas suas atitudes e na sua personalidade. É uma aprendizagem penetrante que não se limita a um aumento de conhecimentos; é uma aprendizagem “pela pessoa inteira”;

Ele vê a aprendizagem como algo muito mais amplo de que acumulação de conhecimento e afirma que a aprendizagem socialmente mais útil, no mundo moderno, é a do próprio de aprender. Isso implica em uma postura de busca continua de conhecimento. O objetivo do ensino deve ser facilitação da mudança e da aprendizagem;

O importante é que exista uma relação interpessoal entre facilitador e aprendiz, e não nos recursos instrucionais utilizados;

O professor deve ser o facilitador da aprendizagem, mas seu sucesso nesta tarefa repousa, sobretudo, em qualidades atitudinais como a autenticidade, a compreensão empática, a aceitação e a confiança no aprendiz;

Rogers afirma que o educador deve concentrar a atenção não em ensinar, mas em criar condições que promovam a aprendizagem;

O pressuposto básico da teoria rogeriana é a crença de que a pessoa é capaz de promover seu próprio crescimento;

Rogers acha que a aprendizagem significativa verifica-se quando o estudante percebe que a matéria a estudar se relaciona com seus próprios objetivos;

Para que o aluno aprenda, crie, produza intelectualmente, ele precisa sentir-se seguro, apoiado, o que não ocorre em climas severos, de censura, onde os alunos trabalham com alto nível de ansiedade e poucos produzem;

Os seres humanos têm natural potencialidade para aprender; A aprendizagem é facilitada quando o aluno participa responsavelmente do seu processo; O comportamento pode ser provocado, em alguns casos, por experiências e necessidades  não simbolizadas;

O facilitador confia no desejo de cada aluno para alcançar os objetivos significativos para ele, como força motivadora subjacente à aprendizagem significativa. 

Pela dimensão econômica ele esquece que vivemos numa sociedade capitalista é ter implica dinheiro a auto-realização pelas recompensas financeiras e não preenche e o Estado e as elites não conseguem melhorias contínuas, que não passam de inovações e sempre acaba no mesmo lugar para que as atitudes e as personalidades não ajam criticamente.

 Pela dimensão filosófica para que a educação existe, sempre em crises e uma infinidade de teóricos centrados no É Ser que implica em modismo de teóricos socialistas, alimentado pela gula do Estado que engana em busca de aprovação através de propaganda enganosa  consumista que mostra sucessos dos egoístas dos burocratas e das elites, esquecem que vivemos num mundo de competição.

Pela dimensão potencial o Estado e seus lideres se orgulham através das contingências que pelo custo o menor é o melhor, ou seja,  e a rotatividade de utopias socialistas que deixam os educadores e educados sem rumo e sem um TER para viver dignamente.

Pela dimensão causal os educandos não merecem o melhor do ter, eles têm clareza de suas necessidades capitalistas e uma visão global pelo modelo utópico capitalista, mas, eles não têm uma universidade grátis, um curso profissionalizante,  que daria sequência da de uma escola formadora de SER com toda infraestrutura e nem o professor inserido neste mundo porque ainda se tem a visão jesuítica da educação, e, que ele, deve facilitar o processo de inserção da cidadania aos educandos, mas uma vez a utopia socialista é usada e cobre a ineficiência do Estado e de seus lideres.

Utopia da Teoria de TEORIA DE HENRI WALLON 

 

Wallon era médico, psicólogo e filósofo francês. Nasceu em 1872 e morreu em 1962. Membro da escola soviético, teórico humanista, propõe o desenvolvimento intelectual dentro de uma cultura humanista. Possui uma origem baseada na psicogenética e no interacionismo. A sua psicogenética, “como diz” Heloysa Dantas, professora da USP e uma das autoras do livro Piaget, Vygotsky e Wallon—Teorias Psicogenéticas em Discussão,

atribui a Psicologia um tratamento histórico (genético), neurofuncional, multidimensional e comparativo, tendo como ponto de partida a observação de casos patológicos. O grande êxito dessa teoria é a questão da motricidade, que para Wallon, motor é sempre sinônimo de psicomotor. “A psicogênese de Wallon se confunde com a psicogênese da pessoa ea patologia do movimento com a patologia da personalidade”. O desenvolvimento intelectual envolve não só o cérebro, mas também sua emoção. Emoção, movimento e espaço físico se confundem na sala de aula.

 Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança, mas também suas emoções para dentro da sala de aula. As emoções têm papel importante no desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades.

 Na sua teoria, Wallon propunha uma educação integral, intelectual, afetiva e social, indo desde da pré-escola até a universidade. Ele também tinha uma grande preocupação com a formação dos valores éticos e morais, pois acreditava ser a escola o espaço ideal para se criar condições e se desenvolver valores e aptidões. O teórico achava que as aptidões se desenvolviam e se cultivavam em contato com a cultura.

 Uma aptidão só se manifesta se encontrar ocasião favorável e objetos que lhe respondam. Para ele. O ser humano é geneticamente social, isto é, sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para atualizar-se.

Para Wallon existem quatro elementos que explicam a passagem do orgânico para o psíquico: a emoção, a imitação, a motricidade e o social. Wallon criou juntamente com o físico Paul Langevin, um projeto que sistematizou e sugeriu etapas consecutivas que priorizassem aspectos e necessidades especificas de cada faixa etária, respeitando o desenvolvimento afetivo, cognitivo de socialização e maturação biológica de cada individuo

.O homem é um ser de predisposição genética para a vida social, a qual servirá de amparo a sua sobrevivência. Assim ele acreditava na relação individuo/sociedade e suas dimensões afetivas. Na sua psicogenética, a dimensão afetiva ocupa lugar central, tanto do ponto de vista da construção da pessoa quanto do conhecimento.

Afetividade, por essa perspectiva, não é apenas uma das dimensões das pessoas. Ela é também uma fase do desenvolvimento, que vai desde o inicio da vida até ao longo do trajeto, onde a afetividade recua um pouco para dar espaço a imensa atividade cognitiva.

A teoria do desenvolvimento cognitivo de Wallon é centrada na psicogênese da pessoa completa. Wallon acreditava que não é possível dissociar o biológico do social no homem. Esta é uma das características básicas da sua teoria. Em sua teoria, Wallon teve a preocupação de reservar espaço especial para o meio social como espaço de construção da atividade física, mental e afetiva, ou seja, como espaço que oportuniza o desenvolvimento global.

Para isto, ele dividiu em estágios nos quais podem explicar como o homem se desenvolve:

Estes estágios se comunicam entre si, favorecendo a aprendizagem:

(1º) Estágio Impulsivo (0 – 6 meses), Movimentação dos membros dentro do campo visual não coordenada, iniciada a partir do ato reflexo e dependente diretamente dos estados afetivos. 

(2º) Estágio Emocional (6-8 meses), reações que foram associadas a alguma atividade, portanto, reforçadas e repetidas nessa fase. Preparação para a fase sensório-motora. 

(3º) Estágio Sensório-Motor (8 – 18meses), predominância de ralações cognitivas com o meio, através da experimentação e curiosidade em relação aos objetos. A movimentação passa a ter finalidades afetivas, expressivas e tônicas, com a liberação progressiva das mãos. 

(4º) Estágio Projetivo (18 meses – 3anos), inicia-se com muita força o simbolismo da linguagem, sua aquisição se torna cada vez mais elaborada, tornando esse período muito especial. O pensamento passa a ser expresso pelos gestos. 

(5º) Estágio Personalismo (3 – 7anos), evidencia-se nesse período o processo de formação da personalidade, com a predominância das relações afetivas expressas através de palavras e ideias.

(6º) Estágio Categorial (7 – puberdade), grande avanço nos processos cognitivos e predominância desses na relação com o meio. Adolescência, rompimento com a tranqüilidade afetiva pela busca de resignação enquanto ser social, ou seja, desejo de busca de uma nova ordem que dê conta do novo ser bio-psico-social.

Para Wallon, o desenvolvimento é um processo marcado por conflitos que acontecem através de certo descompasso entre as ações desenvolvidas pelas crianças e o ambiente exterior, o qual é estruturado pelos adultos e pela cultura.

O movimento estudado por Wallon engloba vários aspectos próprios da natureza humana, disponibiliza ao homem diferenciar-se dos outros animais, pois permite que a natureza possa ser transformada. Dessa maneira compreenderemos um movimento dotado de intencionalidade e de desejos, como o ato motor.

 O ato motor pode ter várias significações relativas a que se destina, podendo ser desenvolvido tecnicamente, ou simbolicamente.

Destaques na teoria de Wallon:

Considera o meio social como um espaço de construção da atividade física, mental e afetiva;

Dizia que não é possível dissociar o biológico do social;

Tinha uma grande preocupação com os valores éticos e morais;

Emoção, movimento e espaço físico se confundem na sala de aula;

A gênese da inteligência é genética e organicamente social;

É pela emoção que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades;

O meio social oportuniza o desenvolvimento global;

A escola é o lugar apropriado para o desenvolvimento das aptidões;

No inicio da vida, afetividade e inteligência estão integradas, com o predomínio afetivo;

O ser humano é geneticamente social, isto é, sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para atualizar-se;

Pela dimensão econômica a inteligência depende de cada vez mais recursos físicos apropriados como salas amplas, escolas com dependências onde ele possa se movimentar e ter a seu dispor todos os recursos que nem em casa e nem o Estado e os seus lideres podem dar.

Portanto, o meio social não oportuniza, porque somos brasileiros pobres com um Estado medíocre que preconiza o desenvolvimento global do aluno que passa longe, mas, uma vez resta o discurso utópico do socialismo  para acalmar as camadas populares.

Pela dimensão filosófica as razões  e missão dos lideres disfarçados de bom moço faz, nós brasileiros, pensar que a educação vai nos dar sonhos de capas de revistas de cada consumidor de gênese da inteligência, quando tiver de 0-6 meses terei que dar aos outros porque não tenho jeito, 6-8 meses terei todos objetos com tranquilidade dos anjos possa pegar, incluindo os vídeos-games e outros  brinquedos cognitivos.

Para aí, terei de ver uma escola de verdade, um pai e mãe de verdade, e, um Estado de Verdade e colocar a culpa na cultura pela utopia socialista, não dá.

Pela dimensão potencial o Estado e a nossa cultura  desigual não forma competências na superação através de Estágios comunicantes, é só pergunta para um ladrão, um prostituta , por que eles não procuram outra atitudes , quem assume um compromisso emocional e psíquico onde ele não é capaz de vencer os bloqueios que o capitalismo lhes impõe, e usa sua competência sim com autonomia, mas a custo do potencial humano que  o Estado e seus lideres impõe.

Pela dimensão causal as divergências em que esta utopia não cumpre com os valores e sentimentos que nós brasileiros temos.

A utopia Piagentina

Piaget especialista em psicologia evolutiva e epistemologia genética, filósofo e educador. Em 1923, Piaget divulgou suas primeiras descobertas sobre a gênese do conhecimento. Nasceu em Neuchâtel Suíça, em 1896 e morreu em 1980. A Suíça de Piaget é uma das nações de mais rica tradição cultural do mundo.

 Ali surgiram algumas das mais expressivas figuras dos movimentos de vanguarda da primeira metade do século XX. Formou-se na Universidade de Neuchâtel em 1915. Na mesma universidade fez seu curso de doutor, defendendo a tese sobre os Moluscos de Valois. 

Piaget ocupou inúmeros cargos universitários, entre os quais o de professor catedrático de psicologia e sociologia da universidade de Lausanne.Foi na Suíça que Piaget desde cedo se interessou pelas ciências, e,  precocemente revelou suas qualidades de investigador da natureza, dedicando-se ao estudo dos moluscos da região.

Também desde cedo Piaget já manifestara em suas atividades, seu interesse pelos problemas da educação, como Diretor que foi, por muitos anos,do “Bureau Internacional de l’education” e em artigos sobre métodos de ensino e outros problemas pedagógicos.

 O drama da pedagogia, diz Piaget, é que os melhores métodos são os mais difíceis. É difícil para o professor equilibrar a dosagem exata de transmissão verbal, e suas condições intercaladas pelas necessárias retroalimentações, com os recursos mais convenientes para a transmissão da mensagem e o estimulo à iniciativa verbal do aluno, individualmente e em atividades de grupo. 

Para Piaget, a aprendizagem é um conceito psicológico. Como tal é objeto de teorias. A psicologia não apresenta uma visão unívoca das características da aprendizagem, como processo, ou de seus resultados. Assim, não dispomos de uma só teoria da aprendizagem, mas de várias. 

Podemos, mesmo, formar “classes” de teorias, por exemplo, o grupo neobehaviorista e o grupo cognitivista.

Desde criança Piaget, interessou-se por mecânica, fósseis e zoologia. Além da formação cientifica em biologia, sentiu-se igualmente atraído pelo qual chamou de “demônio da filosofia”. A filosofia bergsoniana permitiu-lhe imprimir nova direção em sua formação teórica, conciliando sua formação cientifica com suas disposições especulativas.

 Seguindo um itinerário rigorosamente coerente, ele passou por quase todos os domínios do conhecimento, até chegar à lógica formal e a teoria da ciência.

Piaget definiu a si mesmo como um “antigo – futuro -filosofo que se transformou em psicólogo e investigador da gênese do conhecimento”. Essa definição e as razões da transformação são apresentadas por ele no livro

Sabedoria e Ilusões da Filosofia, publicado em 1965. Nesse livro, Piaget desenvolve a tese de que a filosofia é uma “sabedoria” indispensável aos seres racionais, mas que não atinge um “saber” propriamente dito, provido das garantias e dos métodos de controle, característicos do que se denomina conhecimento. Para Piaget, “a filosofia tem sua razão de ser e deve-se mesmo reconhecer que todo homem que não passou por ela é incuravelmente incompleto”. 

  Mas, descontente com o rumo especulativo tomado pela maioria dos filósofos de seu tempo, Piaget dedicou-se a investigação cientifica da formação das funções intelectuais da criança, criando a epistemologia genética. Na epistemologia genética de Piaget, os desenhos e pinturas infantis desempenham papel particularmente importante para a investigação da formação das estruturas intelectuais.

 A criação plástica, ao lado da linguagem e das atividades lúdicas, constitui uma das formas de representação, através das quais se revela o mundo interior da criança. É assim que modalidades especifica de atuação grupal, como a discussão, a troca de ideias, a colaboração no jogo e no trabalho, tornam-se importantes para o desenvolvimento do pensamento. 

A lógica, diz Piaget, é a “moral do pensamento’, imposta e sancionada pelos outros (“ assim como, “diz o “Psicólogo”, a moral é a lógica da ação”.). Para Piaget esses tipos de brincadeiras têm função especifica a de assimilação do mundo real.

A epistemologia genética criada por Piaget não é, assim, uma disciplina filosófica, como a epistemologia tradicional. Em primeiro lugar, porque se afasta de toda especulação, estudando a gênese das estruturas e dos conceitos científicos, tal como de fato se constituíram em cada uma das ciências.

Em segundo lugar, porque procura desvendar através da experimentação, os processos fundamentais de formação do conhecimento na criança. A epistemologia genética também não é uma ciência entre outras, mas uma matéria interdisciplinar que se ocupa com todas as ciências Essa unificação realizada por Piaget e,sobretudo, esse processo de gênese dos conhecimentos, que vai da simples constatação de fatos concretos até as mais altas abstrações, até certo ponto identificando-se com sua própria vida.

A epistemologia foi o principal foco de interesse de Piaget. Para analisar as relações entre conhecimento e vida orgânica, recorreu à psicologia. Quando iniciou suas pesquisas em psicologia, sua principal preocupação era explicar como o ser humano chega ao conhecimento, isto é, como o ser humano consegue organizar, estruturar e explicar o mundo em que vive.

Foi a partir destas preocupações, que chegou a uma teoria do desenvolvimento do pensamento e da inteligência. Foi o que levou Piaget a dizer que a inteligência é a forma de equilíbrio para a qual tendem todas as formas de adaptação, desde o desenvolvimento sensório-motor, cumprindo-lhes a função de estruturar o universo. Quando se torna reflexiva, gnóstica, verbal, destaca-se do contato imediato com a realidade, e passa a proceder por construção interior.

Em 1923, assumiu a direção do Instituto Jean Jacques Rousseau, de Genebra, passando a estudar, sistematicamente a inteligência. Desde1921 lecionou em varias universidades da Europa, além de proferir varias conferências nos EUA, recebendo ali o titulo de doutor Honoris Causa. 

Foi professor de Psicologia na Universidade de Genebra em 1955 e fundou o Centro de Estudos de Epistemologia Genética. Foi a partir deste Centro, que cientistas e lógicos de todo o mundo têm-se ocupado da pormenorização e aperfeiçoamento do processo genético, descrito por Piaget, e de suas relações com os principais conceitos da ciência contemporânea.

Com isso tornou-se realidade seu desejo de criação dos “métodos de controle”, indispensáveis para legitimar a verdade, bem como dar uma nova dimensão ao problema das relações entre a ciência propriamente dita e a filosofia.

Piaget procurou, assim, evitar que a filosofia, através da pura especulação, mantenha o status de dona absoluta, da verdade, já que deve haver uma correlação epistêmica entre teorias e fatos.

Jean Piaget foi o responsável por uma das maiores contribuição no campo da psicologia cientifica contemporânea, na área especifica do comportamento cognitivo. As aplicações de sua teoria do desenvolvimento encontram-se muito difundidas no campo pedagógico e na explicação da evolução da conduta cognitiva.

 Sua teoria pode ser classificada em duas áreas principais: a que procura explicar a formação da estrutura cognitiva, tema central em sua psicologia evolutiva, e a outra que se desenvolve em torno da epistemologia genética.

Publicou aproximadamente vinte artigos sobre moluscos e temas zoológicos afins. Seu primeiro trabalho cientifica surgiu quando tinha dez anos de idade: era uma nota sobre um pardal totalmente albino que observara num parque público.

 Em seus vários livros, Piaget sempre defende a idéia de que a inteligência surge com um processo que envolve equilibrações e desequilibrações de modo que a criança se permite as construções de suas estruturas lógicas, evoluindo conforme faixas etárias definidas.

 Da inteligência sensório-motora o individuo evolui para a inteligência lógica formal. Piaget acreditava nas pessoas e nas capacidades que possuem de participarem ativamente nos seus aprendizados, construindo os seus significados em formas sócio interativas.

Na sua obra “A Linguagem e Pensamento da Criança”

Oferece alguns exemplos interessantes. Nesta obra se relata como os observadores seguiram conversas espontâneas de crianças durante muito tempo, levantaram e classificaram as manifestações verbais de crianças em idade pré-escolar e estudaram as perguntas das próprias crianças.

 A partir dessas observações, Piaget vai estabelecer uma classificação dos tipos e das funções da linguagem infantil, encontrando a conhecida diferenciação entre uma “Linguagem egocêntrica” e uma “linguagem socializada”.

Embora uma das preocupações centrais de Piaget tenha sido o desenvolvimento da inteligência, em nenhum de seus escritos desmereceu a afetividade e o desenvolvimento social, pois considera que o desenvolvimento da criança ocorre deforma integrada. A afetividade é que atribui valor às atividades e lhe resulta a energia. A afetividade não é nada sem a inteligência “Piaget – Seis Estudos de Psicologia, 1964”. 

Destaques na Teoria de Piaget:

Piaget indica como fator de motivação para a aprendizagem, “a situação- problema”;

Teoria psicogenética ou construtiva de Piaget, dar mais ênfase ao desenvolvimento da inteligência;

Necessidade de prestar mais atenção às diferenças individuais entre os alunos e de acompanhar de maneira mais individualizada sua aprendizagem;

A inteligência é algo que se vai construindo gradualmente pela estimulação e o desafio;

A teoria de Piaget não é propriamente uma teoria de aprendizagem e sim uma teoria de desenvolvimento mental;

Os conceitos têm papel fundamental;

A estrutura cognitiva de um indivíduo poderia, pois, ser pensada como um complexo de esquemas de assimilação;

Só há aprendizagem quando o esquema de assimilação sofre acomodação;

O professor teria a função de propor situações que ativassem o mecanismo de aprendizagem do educando, isto é, sua capacidade de reestruturar-se mentalmente procurando um novo equilíbrio;

Supõe que ensinar é um esforço para auxiliar ou moldar o desenvolvimento; 

Curiosidades/ Piaget

Piaget com apenas 10 anos publicou, em Neuchâtel, um artigo sobre um pardal branco;* Aos 22 anos, Piaget já era doutor em Biologia;* Piaget escreveu cerca de 70 livros e 300 artigos sobre Psicologia, Pedagogia e Filosofia;

Piaget casou-se com uma de suas assistentes, Valentine Châtenay

 Observando seus filhos, desvendou muito dos enigmas da inteligência infantil;

Vygotsky prefaciou a tradução russa de A Linguagem e o Pensamento da Criança, de Piaget, de 1923;

 Vygotsky e Piaget não se conheceram pessoalmente;

 O pai de Piaget era professor de literatura.

 

 Pela dimensão econômica não há condições de estrutura a mentalmente os brasileiros que são indisciplinados e tem uma visão de riqueza imediata.

 Pela dimensão filosófica não há condições de reestruturação baseada no imediatismo e na ansiedade ocasionada pela visão do vídeo game do aperto cíclico da satisfação ocasionada pelo que vem de melhor depois porque sempre tem um click que vai satisfazê-lo, seja o da TV ou Internet etc.

Pela dimensão potencial os alunos que são indisciplinados prevalecem dentro da escola e contam com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e  que não contêm decisões fortes contra os males educados que fazem e desfazem  dos grupos que querem ser equilibrado, outro motivo é a obrigação inferida pela  Constituição, portanto há desequilíbrio no mecanismo de aprendizagem que obstrui a estimulação e o desafio de sorrir para a colaboração e assimilação pela uma verdadeira ética que gera  incompetências e uma falsa autonomia.

Pela dimensão causal as elites novamente estão satisfeitos porque acomodam as camadas populares  e não auxiliam em nada a situação problema deixando aquém um novo equilíbrio baseado na diferença  real e na igualdade constituída pela leis.

 

     TEORIA DE JOHN DEWEY

 

       Dewey era filósofo, psicólogo e pedagogo liberal norte americano, exerceu grande influência sobre toda a pedagogia contemporânea. 

      Criticou a pedagogia de Herbart, no que se refere a ênfase dada ao intelectualismo e a memorização.                      

Nasceu em Burlington em 1859 e morreu em New York em 1952.

      Dewey foi defensor da Escola Ativa, que propunha a aprendizagem através da atividade pessoal do aluno. A filosofia da educação de Dewey foi determinante para que a Escola Nova se propagasse por quase todo o mundo. 

       Para Dewey, o conhecimento nasce das experiências oriundas de problemas. Para ele, a educação tem como finalidade proporcionar o aluno condições para que resolva por si próprio os seus problemas. A educação não pode ter modelos prévios, isto é bastante tradicional na teoria de Dewey.

      A escola não pode ser uma preparação para a vida; a escola é a própria vida. Vida e experiência devem estar sempre unidas no processo de aprendizagem. 

     As ideias de Dewey tiveram grande influência no movimento de renovação da educação no Brasil na década de 1930, e são aproveitadas até hoje pelos os que acreditam na educação e na liberdade. Essa influência se fez sentir, sobretudo por intermédio de Anísio Teixeira que foi seu discípulo na Universidade de Colômbia em 1929.

    Dewey dava prioridade ao aspecto psicológico da educação, em prejuízo da análise da organização capitalista da sociedade, como fator educacional. Fundou em Chicago, uma escola experimental, na qual foram aplicadas algumas das suas mais importantes idéias: a relação da vida com a sociedade, dos meios com os fins e da teoria com a prática.

     O próprio Dewey qualifica o seu pensamento como “naturalismo empírico”, embora sem pretensão a elaborar sistema rígido, o que lhe parecia impossível nos tempos atuais. Foi seu propósito rever e superar os erros do naturalismo e do empirismo tradicionais, emprestando-lhes pronunciado sentido dialético e historicista. Saindo do pensamento intuicionista da escola escocesa pela via do hegelianismo, tornou-se seguidor de Darwin em biologia e Willian James em psicologia. Tais influências, a par de sua permanente preocupação com a pedagogia levaram-no a convicção de que não é possível manter-se um dualismo entre o homem e o mundo, o espírito e a natureza, a ciência e a moral.Buscou, então, uma lógica e um instrumento de pesquisa que pudessem ser aplicados igualmente a ambos os domínios. Desenvolveu, a seguir, a doutrina a que deu o nome de “instrumentalismo”.

 Destaques na Teoria de Dewey:

Dewey foi grande defensor da Escola Ativa;

Dava prioridade ao aspecto psicológico da educação;

Defendia que o professor era à base do processo educativo;

Que o interesse do aluno devia ser o ponto de partida do professor;

Acreditava que o currículo tinha de ser constantemente redefinido e avaliado;

O slogan de Dewey: Aprendemos Fazendo;

Afirmava que crescemos quando resolvemos juntos dificuldades e problemas comuns;

Acreditava na educação pela ação;

Disciplina é produto do interesse;

Que a atividade e alvoroço na sala de aula representam alunos interessados no que estão fazendo;

Que a sala de aula deveria ser um laboratório;

O currículo para Dewey não era um curso de estudos determinados, tinha de ser constantemente redefinido e reavaliado.

Seu objetivo era enriquecer a experiência dos alunos, já que a vida significava modificações, também a aprendizagem implicava reconstrução constante, onde não se permitiam quaisquer objetivos finais e onde se tinha de impedir, acima de tudo a estagnação;

A educação tem uma função democratizadora de igualar as oportunidades;

As tarefas em grupo estimulam a cooperação e o desenvolvimento de um espírito social;

Atribui grande valor as atividades manuais;

O espírito de iniciativa e independência virtudes de uma sociedade democrática levam a autonomia;

Para Dewey, a escola não é um prelúdio da vida, mas representa uma sociedade em miniatura. A democracia não deve ser adiada; na sala de aula, a criança pode aprender cooperando e participando no trabalho em grupos;

Dewey afirmava que crescemos somente quando participamos, quando resolvemos juntos dificuldades e problemas comuns;

 

Pela dimensão econômica uma escola ativa não tem recurso nem para laboratório e não atribuir valores materiais que geram riquezas imediatas pela ação

 Pela dimensão filosófica o interesse não combina com a falta de respeito e indisciplina para com o professor que apreendeu fazendo

Pela dimensão potencial os alunos os alunos em sua maioria não mostra interesse para resolver os problemas juntos e teria que ter salas distantes uma da outra pela atividade dos laboratórios

Pela dimensão causal as elites novamente estão satisfeitos por não dar um salário digno onde o professor possa realmente ter tempo para novas experiências e não cresce pela total pobreza que nem pode comprar ou contar com livros  para se capacitar.

  

     TEORIA DE JEROME BRUNER

 

      A ideia de desenvolvimento intelectual ocupa um lugar fundamental na teoria de Jerome Bruner, pois, para ele “ensinar é, em síntese, um esforço para moldar o desenvolvimento” e “uma teoria de ensino versa, com efeito, sobre as varias maneiras de auxiliar o desenvolvimento”.

     “O desenvolvimento intelectual caracteriza-se por independência crescente da resposta em relação á natureza imediata do estimulo”. “O desenvolvimento intelectual baseia-se em absorver eventos, em um sistema de armazenamento que corresponde ao meio ambiente”. “O desenvolvimento é caracterizado é por crescente capacidade para lidar com alternativas simultaneamente, atender a várias sequências ao mesmo tempo, e distribuir tempo e atenção, de maneira apropriada, a todas essas demandas múltiplas”.

     BRUNER é talvez mais conhecido por ter dito que “é possível ensinar qualquer assunto, de uma maneira honesta, a qualquer aluno em qualquer estágio de desenvolvimento”, do que por qualquer outro aspecto de sua teoria. Ao dizer isso, no entanto, ele não quis dizer que o assunto poderia ser ensinado em sua forma final, e sim que seria sempre possível ensiná-lo desde que se levasse em consideração às diversas etapas do desenvolvimento intelectual. Cada uma dessas etapas é caracterizada por um modo particular de representação, que é a forma pela qual o individuo visualiza o mundo e explica-o a si mesmo. Assim, a tarefa de ensinar determinado conteúdo a um aluno, em qualquer idade, é a de representar a estrutura desse conteúdo em termos de visualização que o aluno tem das coisas.

      Em relação ao como ensinar, Bruner destaca o processo da descoberta, através da exploração de alternativas, e o currículo em espiral. Segundo Bruner, “o ambiente ou conteúdos de ensino têm que ser percebidos pelo aprendiz em termos de problemas, relações e lacunas que ele deve preencher, a fim de que a aprendizagem seja considerada significante e relevante. Portanto, o ambiente para a aprendizagem por descoberta deve proporcionar alternativa, resultando no aparecimento e percepção, entre as idéias apresentadas, que não foram previamente reconhecidas. A descoberta de um princípio ou de uma relação, por um aluno, é essencialmente idêntica enquanto processo”.

    “Currículo em espiral, por sua vez, significa que o aprendiz deve ter oportunidade de ver o mesmo tópico mais de uma vez, em diferentes níveis de profundidade, e em diferentes modos de representação”.

     A aprendizagem por descoberta é muito enfatizada na teoria de Bruner, porém argumenta que deve ser de maneira dirigida de modo que a exploração de alternativas não seja caótica ou cause confusão e angústia no aluno que fica no “Se”, por um lado, um guia de laboratório ou um roteiro de estudo, não devem ser do tipo receita de cozinha, por outro, não devem também ser totalmente desestruturados deixando o aluno” perdido”.

     

      Destaques na Teoria de Bruner:

O que é relevante em uma matéria de ensino é sua estrutura, suas ideias e relações fundamentais. A compreensão de princípios e conceitos fundamentais parece ser, segundo Bruner, o principal caminho para uma adequada transferência da aprendizagem;

Encara o ensino como uma atividade que deve principalmente concentrar-se em como otimizar a aprendizagem facilitar a transferência ou a recuperação de informações;

Destaca a importância de planejar o ensino levando em conta o que se sabe sobre o desenvolvimento intelectual do aprendiz;

Supõe que ensinar é esforço para auxiliar ou moldar o desenvolvimento;

O ensino é altamente facilitado por meio da linguagem que acaba sendo não apenas o meio de comunicação, mas o instrumento que o estudante pode usar para ordenar o meio ambiente;

 Pela dimensão econômica uma escola aqui começa a culpa do professor em que o aluno e uma máquina de descobrimento de sucesso  rápida.

 Pela dimensão filosófica aperfeiçoar e o que as elites gostam, mas qualificar  esquecem.

Pela dimensão potencial os alunos os alunos em sua maioria não mostra interesse para resolver os problemas juntos e teria que ter salas distantes uma da outra pela atividade dos laboratórios

Pela dimensão causal as elites novamente estão satisfeitos por não dar um salário digno onde o professor possa realmente ter tempo para novas experiências e não cresce pela total pobreza que nem pode comprar ou contar com livros  para se capacitar.

  

TEORIA DE MAKARENKO

 

      Anton Makarenko nasceu na Ucrânia soviética, em 1888, e morreu em 1939 de um ataque cardíaco, em 1939. Filho de pai operário foi criado num ambiente bem proletário, e sempre ouvindo da família que a escola não para ele, filho de operário. Toda a sua vida, seu compromisso, seu envolvimento foi atrelado às lutas trabalhistas.  Conhecido como um educador rígido e duro, mas muito aberto com seus alunos. Mais do que educar com rigidez e disciplina, Makarenko defendia a formação de personalidades, que fossem pessoas cultas, saudáveis, pessoas conscientes de seu papel político, e que se preocupassem com o bem estar do grupo. 

      Estudou no Instituto de Pedagogia de Potalva, onde se especializou no magistério. Ensinou na Escola Primária das Oficinas Ferroviárias. Depois de oito anos de ensino, assumiu a direção da escola. Em 1917, na Colônia Máxima Gorki, começou a desenvolver um trabalho com crianças e jovens abandonados que viviam na marginalidade. Eram jovens delinquentes, infratores, órfãos de guerra e prostitutas.

       A proposta pedagógica de Makarenko era formar indivíduos participativos e responsáveis, capazes de tomar decisões sociais e dirigir a própria vida. Era uma proposta que apontava para uma vida em grupo, onde a característica fundamental era preparar o individuo para o advento do trabalho e da democracia. A proposta era então, organizar uma escola voltada para a coletividade, levando em consideração os sentimentos dos jovens e a busca pela felicidade. Para o aluno, sempre devia existir um espaço no universo escolar, onde ele pudesse discutir seus interesses e suas necessidades, como também sua própria vida.

       Para Makarenko, a participação dos pais na vida escolar não só era importante, mas deviam ser estimulados a participar de atividades culturais e recreativas. Eram os pais e mestres, que ofereciam as diretrizes fundamentais às atividades de filhos e estudantes.

      A pedagogia de Makarenko ficou conhecida e reconhecida por muitos, por atender as necessidades da época, e por apresentar uma proposta de transformar centenas de crianças e adolescentes marginalizados em cidadãos.

                           

  Destaques na Teoria de Makarenko:

 

A vida e o seu trabalho como educador foi marcado com o compromisso em defesa da classe trabalhadora;

Trabalhou com crianças e jovens abandonados e infratores;

Sua proposta pedagógica era, sobretudo transformar e formar cidadãos;

Achava que os pais que não soubessem educar seus filhos deveriam ser reeducados pela escola;

A escola para atingir seus objetivos, tinha que ter contato direto com a sociedade e a natureza;

O contato com a realidade concreta era uma das condições para o aluno aprender;

A sua proposta pedagógica era formar indivíduos participativos e responsáveis;

Acreditava no trabalho coletivo, como uma forma de se exercer a democracia;

O modelo de escola devia ser baseado na vida em grupos, na autogestão, no trabalho e na disciplina;

Defendia a autoridade e a disciplina, mas como uma forma de se conseguir a aprendizagem e a formação do aluno;

Valorizava a participação da família na vida escolar;

Os pais deveriam ser estimulados a participar de atividades culturais e recreativas;

A educação deve ser correta desde o inicio para que mais tarde não seja necessário reeducar;

A formação cultural deve começar o quanto antes, quando a criança ainda está longe de etapa da leitura;

 

Pela dimensão econômica uma escola aqui começa a visão utópica da pobreza do professor, ele deve ser proletário com a missão de salvar o Estado e as Elites...

 Pela dimensão filosófica começa culpar os pais e a da visão socialista 

Pela dimensão potencial os alunos em sua maioria não mostram interesse em se  formar indivíduos participativos e responsáveis e muito menos autogerirem pelo modelo consumista de nossa cultura, além de existir dogmas religiosos.

Pela dimensão causal as elites novamente estão satisfeitos porque sabe que desde inicio no pré ou mesmo na creche não existe professores altamente qualificados. 

 

  TEORIA DE MA. MONTESSORI

 

      Montessori era profundamente católica, seguidora dos princípios desta religião, nasceu em 1870, na cidade Chiaravall e morreu com a idade bastante avançada, em 1952 na Holanda. No movimento da Escola Nova, Montessori ocupa um papel importante pelas técnicas introduzidas nos jardins de Infância e nas primeiras séries. 

      Montessori fazia oposição aos métodos tradicionais que não respeitavam as necessidades e os mecanismos evolutivos do desenvolvimento da criança. Defendia uma concepção de educação que se estende além dos limites do acúmulo de informações. O objetivo da escola é a formação integral do homem, “uma educação para a vida”. Aos 25 anos começou a se dedicar às crianças anormais, na clínica da Universidade de Roma.

Criou várias Casas de Crianças, instituições de educação e vida, e não apenas lugares de instrução. Seu principal objetivo são as atividades motoras e sensoriais visando, especialmente, a educação pré-escolar, trabalha também estendido à segunda infância. Dava importância ao ser biológico, muito mais do que o ser social.

Ela acreditava que a vida é desenvolvimento, e por isto achava que a concepção educacional é de crescimento e desenvolvimento, mais do que ajustamento ou integração social. Defendia que o caminho do intelecto passa pelas mãos, porque é por meio do movimento e do toque que os pequenos exploram e decodificam o mundo ao seu redor.

 Seu envolvimento com representantes do movimento socialista italiano era buscar o seu engajamento e cooperação nos bairros, na socialização da “casa” e na comunicação da “família”. Montessori nunca foi comunista, nem socialista, como muitos pensam. Estudou biologia, matemática, psicologia e filosofia, mas formou-se em medicina, tendo sido a primeira mulher na Itália a formar-se em medicina.

 Montessori mudou os rumos da educação tradicional, que dava maior atenção à formação intelectual. Seus métodos consideravam as fases de desenvolvimento infantil e as diferenças individuais, preocupando-se com o corpo e o espírito do aluno e o seu processo de adaptação a vida.

  Criadora do método pedagógico montessoriano, suas concepções pedagógicas se basearam também na defesa do potencial criativo da criança e no direito de receber uma educação adequada às peculiaridades da personalidade.

Direito a vida, a liberdade e a autonomia, o despertar para a atividade infantil, é toda base teórica do seu método. Montessori disse: só a criança é a educadora da sua personalidade.

Sua formação médica e larga experiência com crianças de retardo mental influenciaram a ter como preocupação maior na sua escola, com o desenvolvimento das percepções e funções intelectuais.

Dedicou-se ao estudo de crianças anormais como assistente de uma clínica psiquiátrica da Universidade de Roma. No decorrer de suas pesquisas e na aplicação do seu método com crianças anormais, resolveu testar também em crianças normais as suas vivencias. 

 Montessori fez uma grande revolução na concepção de sala de aula para crianças. Achava que todos os materiais existentes em sala de aula deveriam ser adequados a altura e ao tamanho das crianças de seis anos de idade. Esta maneira de pensar de Montessori foi tão aceito, que até hoje é conservado por todos os jardins de infância do mundo. 

 Em 1907, embora não tendo formação pedagógica, Montessori criou para crianças menores de seis anos, a primeira case dei bambini, onde aplicou na educação de crianças normais, a metodologia bem sucedida com deficientes mentais.

 Pensando no professor, ela achava que as atividades em sala de aula devem ser mediadas pelo professor, à disciplina deve nascer da liberdade de pensar, de agir, de sentir, e que o diálogo ainda é a melhor forma de o aluno aprender.

  Com o advento do regime fascista e por discordar do governo em querer formar a juventude italiana segundo “moldes brutais”, as escolas montessorianas foram fechadas. Neste período Montessori deixou o país, retornando após a guerra para Roma e aí voltando as suas aulas na universidade. Trabalhou duro para divulgar suas ideias e experiências pedagógicas pelo mundo. Seu trabalho foi reconhecido principalmente na Espanha, Paquistão, Índia, Inglaterra e Holanda.

     Temos como princípios fundamentais do método montessoriano, a atividade, a individualidade e a liberdade de movimentos de que a criança dispõe, e um vasto material didático que lhe é fornecido. Em relação à leitura e a escrita, na escola montessoriana, as crianças conhecem as letras e são induzidas na análise das palavras e letras, estando a mão treinada e reconhecendo as letras, as crianças podem ler e escrever palavras e orações inteiras.

 O ensino das letras recortadas em madeira colorida fazia parte da sua proposta pedagógica. Cada tarefa realizada na sala de aula tem um significado, querem sejam os brinquedos, os blocos, tábuas, e bastões. Todos estes recursos podem servir de base para a geometria em outro estagio de aprendizagem, e também para o estudo de todas as disciplinas. No trabalho com esses materiais a concentração é ponto importante.

      Maria Montessori foi uma sonhadora, embora não tenha criado nada fora da realidade. Apesar da sua intensa dedicação, sabia que seu método não podia ser aplicado a qualquer tipo de criança.

     Entre suas obras, podemos destacar a Educação para um Novo Mundo, escrita com a intenção de sacudir a humanidade adormecida e insensível, comparou o caminha da criança neste mundo, ao “caminho dos sofrimentos de Cristo”, sem perder a esperança de uma volta para o bem”.... a criança surge sempre e volta sempre, fresca e sorridente, para viver entre os homens... a criança é o eterno Messias, que não cessa de voltar entre os homens decaídos para conduzi-los ao reino do céu.

 

      Destaques na Teoria de Maria Montessori:

 

A criança para ser controlada tinha que ser estimulada através dos estímulos sensoriais e intelectuais;

O professor sendo um orientador da criança fazia com que ela mesma se corrigisse;

Defendeu a realização dos direitos da criança, talvez uma das características mais importantes do seu método;

O diálogo é a melhor forma de a criança aprender;

A disciplina em sala de aula deve nascer da liberdade e do prazer pelas atividades;

Deve existir um material específico para cada objetivo educacional;

Preocupação com o desenvolvimento pleno da criança, e sua integração social;

Defendeu o direito a vida, a liberdade, e a autonomia;

Um dos principais objetivos do seu método são as atividades motoras, intelectuais e sensoriais;

Enfatizou o desenvolvimento dos aspectos biológicos, pois acreditava que a função da educação era também favorecer esse desenvolvimento;

Pés e mãos têm grande importância nos exercícios sensoriais;

Deu ênfase ao treinamento dos movimentos musculares necessários a realização de tarefas, como a escrita;

Na sala de aula a criança deve ser livre para agir sobre os objetos, embora seja importante quando necessário, a mediação do professor;

Promoveu a autoeducação da criança, colocando meios adequados de trabalho a sua disposição;

Método de trabalho individual, embora tenha também um caráter social, uma vez que as crianças estão sempre em contato umas com as outras;

Pela dimensão econômica o conceito só a criança é a educadora da sua personalidade só se tiver muito dinheiro para nosso mundo tecnológico

Pela dimensão filosófica começa culpar dos alunos para eles mesmos se corrigirem e necessita de toda atividades motoras.

Pela dimensão potencial os alunos  indisciplinados e pela igualdade constitucional acham que são  obrigados a estudar e uma educação para a vida. 

Pela dimensão causal as elites têm maior experiência social e cultural e sensorial que dispensa comentários e sabe que  uma educação para a vida é ter e que se dane preocupam-se com o corpo e o espírito do seu filho, numa boa escola.

Ela sabe que o processo de adaptação a vida e os métodos não podem ser aplicados a qualquer tipo de criança que junto com Estado nem aí com as diferenças individuais e que se dane a Constituição.



TEORIA DE OVIDE DECROLY

 

      Decroly nasceu na Bélgica em 1871 e faleceu em 1932. Era médico, mas muito ligado à educação. Consagraram seus estudos ás crianças que necessitavam de atenções educativas especiais, ou seja, crianças retardadas e anormais.

 O teórico propôs uma educação voltada para os interesses destas crianças, que pudesse satisfazer suas curiosidades naturais, que fossem estimuladas a pensar, colocando-as em contato com a realidade física e social. Achava que estas necessidades geram interesse, e este interesse vai a busca do conhecimento. Este método era mais dedicado às crianças do ensino fundamental.

       Baseado nesta teoria, Decroly propôs em 1907 um método globalizado de Centro de Interesse. Este método deve lidar com o conhecimento, a partir dos interesses das crianças em suas várias faixas etárias, de forma globalizante, possibilitando que as crianças tenham uma visão geral do objeto de conhecimento para depois chegar às particularidades e abstrações. Deve lidar também com a organização dos conhecimentos selecionados nas matérias escolares, como ainda propor atividades que vão do empirismo ao abstrato.

      A escola deve se assemelhar a uma oficina ou laboratório onde a pratica estava presente. Os alunos ativamente observavam, analisavam, manipulavam, experimentavam, confeccionavam e colecionavam materiais mais do que recebiam informações sobre eles. O teórico acreditava que a sala de aula deveria estar em toda à parte, na cozinha, no jardim, no campo, no pátio, na praça, etc. Seria uma escola com portas abertas, tipo uma oficina, onde existisse liberdade, iniciativa, responsabilidade pessoal e social, onde os alunos aprendessem e gostassem de aprender. Ele quis transformar a maneira de aprender e ensinar, e que esta transformação tivesse como principio a psicologia infantil.

      O método globalizado de Centro de Interesse de Decroly foi baseado em cinco princípios psicopedagógicos:

      1)-Principio da Liberdade: a criança tem o Máximo de autonomia para realizar seus gostos e necessidades, assim como a busca da motivação para o conhecimento.

      2)-Principio da Individualidade: a criança realiza atividades pessoais diferenciadas, mas, sem perder o seu referencial, o contato com a comunidade.

      3)-Principio da Atividade: “trabalha a tendência dominante na criança da inquietude e do movimento”.

      4)-Principio da Intuição: implica na observação e exploração das coisas, empregando os sentidos.

      5)-Principio da Globalização: a criança pode apresentar dificuldades de perceber partes separadas e depois reconstruir. O principio da globalização permite o desenvolvimento da inteligência através desse modo. 

      É importante ressaltar que as bases teóricas do método de Decroly, ainda estão muito presentes na educação de hoje, embora se encontre na escola alguns professores que apresentam dificuldades em trabalhar na sala de aula com uma visão mais globalizadora, e multidisciplinar. O que acontece muitas vezes é o professor trabalhando o conhecimento de maneira fragmentada, e o que é pior, seguindo os livros didáticos.

        Destaques na Teoria de Decroly:

 

A criança deve se educar não para o futuro, para a vida adulta, e sim para o presente;

O método de Centro de Interesse atendia as necessidades e interesses dos alunos;

Defendia que a sala de aula está em toda parte;

Sua vida foi dedicada ao trabalho com crianças retardadas e anormais;

Acreditava na liberdade, iniciativa e responsabilidade;

 

Pela dimensão econômica o conceito só a criança é a educadora da sua personalidade só se tiver muito dinheiro para nosso mundo tecnológico

Pela dimensão filosófica começa culpar dos alunos para eles mesmos se corrigirem e necessita de toda atividades motoras.

Pela dimensão potencial os alunos  indisciplinados e pela igualdade constitucional acham que são  obrigados a estudar e uma educação para a vida. 

Pela dimensão causal as elites têm maior experiência social e cultural e sensorial que dispensa comentários e sabe que  uma educação para a vida é ter e que se dane preocupam-se com o corpo e o espírito do seu filho, numa boa escola

Ela sabe que o processo de adaptação a vida e os métodos não podem ser aplicados a qualquer tipo de criança que junto com Estado nem aí com as diferenças individuais e que se dane a Constituição.



TEORIA DE LEO VIGOTSKY

                   

     Vigotsky, psicólogo nasceu na Rússia em 1896 e morreu em 1934 com apenas 37 anos, vitima de tuberculose. Estudou na Universidade Popular de Shanyavoskii, formando-se em direito, mas também se dedicou aos estudos intelectuais de Filosofia, Literatura, Historia e Psicologia.

Estudou Francês, Alemão, Inglês, Hebraico, Latim e Grego. Teve um tutor particular até entrar na escola, para fazer o curso secundário, graduando-se com medalha de ouro. Desde adolescente, seus colegas o chamavam de “o pequeno professor”, pois ele já gostava dos estudos intelectuais que marcariam sua vida.

Foi professor e pesquisador no campo de Defectologia, das Artes, Literatura e Psicologia. Além do fato de ser professor, a preocupação de Vigotsky com a educação tinha também motivos políticos, pois era um de seus compromissos revolucionários. Formou-se também em Medicina e a partir de 1924, no Instituto Soviético de Medicina Experimental, aprofundou suas investigações na Psicologia. 

      Já tuberculoso, iniciou um período de intensa produção de conferencias, textos e pesquisas, principalmente com crianças portadoras de deficiências visuais e auditivas.

Trabalhou no Instituto de Psicologia de Moscou, onde iniciou um período de intensa produção de textos e pesquisas a respeito do desenvolvimento intelectual, defendendo que todo conhecimento é constituído socialmente, a partir das relações humanas. Dono de uma inteligência brilhante, ele buscou na Psicologia respostas para suas dúvidas e acabou por elaborar uma teoria do desenvolvimento intelectual, sustentando que todo conhecimento é construído socialmente, no âmbito das relações humanas. Para ele, “na ausência do outro, o homem não se constrói homem”.

      Na sua teoria, Vigotsky diz que para o homem se desenvolver e evoluir, é necessário o convívio com outras pessoas, e partir daí, ele vai adquirir e assimilar conhecimentos, desenvolvendo-se mentalmente. Acrescenta que a vivencia em sociedade é essencial para a transformação do homem de ser biológico em ser humano.

É pela aprendizagem nas relações com os outros que construímos os conhecimentos que permitem nosso desenvolvimento mental. O conhecimento é sempre intermediado. Nenhum conhecimento é construído pela pessoa sozinha, mas sim em parceria com as outras, que são os mediadores.

Na escola, o professor e os colegas mais experientes são os principais mediadores, daí ser o objetivo da escola transformar os conceitos espontâneos, que a criança desenvolve na convivência social, em conceitos científicos. A linguagem é para Vigotsky, o principal instrumento de intermediação do conhecimento entre os seres humanos, e tem relação direta com o próprio desenvolvimento psicológico.

      Para ele, a aprendizagem está relacionada ao desenvolvimento desde o inicio da vida humana e inclui relações entre os indivíduos.

      A relação ensino-aprendizagem é um processo global de relação interpessoal que envolve alguém, aprende alguém que ensina, e a escola é o lugar por excelência na qual o processo intencional ensino-aprendizagem ocorre, podendo envolver intervenção que conduza á aprendizagem.

     Vigotsky elaborou uma teoria do desenvolvimento intelectual, sustentando que nenhum conhecimento pode ser elaborado sozinho, criou o Socioconstrutivismo, ou como preferem alguns especialistas, Sociointeracionismo, justificando como fundamental a questão cultural e a questão afetiva. Para o ser humano, o meio é sempre revestido de significados culturais. O fator cultural é a diferença central entre os dois teóricos, Piaget e Vigotsky.

    Considera a capacidade do homem de raciocinar, como também de sensibilizar-se e se emocionar. Dessa forma, um sistema dinâmico de significados em que o afetivo e o intelectual se unem, buscando compreender o sujeito como uma totalidade. Acreditava que o desenvolvimento mental do aluno se determina em dois níveis: O nível de Desenvolvimento afetivo e a Área de Desenvolvimento Potencial.

      Vigotsky viveu apenas 37 anos, mas sua produção intelectual foi intensa e relevante, chegando a produzir 200 estudos científicos sobre diferentes temas, controvérsias e discussões da psicologia contemporânea, da pedagogia e das ciências humanas de um modo geral. Prefaciou a tradução russa de A Linguagem e o Pensamento da Criança de Jean Piaget em 1923. Para a Pedagogia, a contribuição de suas obras para nós educadores se reveste de grande importância, porque traz para o campo educacional uma visão integrada de conhecimentos. Acusado de idealista por Josef Stalin, suas obras foram proibidas por vinte anos, só voltando a ser publicada na antiga URSS em 1956, mesmo assim parcialmente. Atualmente prepara-se a edição integral de todos os seus trabalhos.

      Para o cineasta Sergei Eisenstein (1898-1948), o considerava um dos psicólogos mais brilhantes de nossa era, capaz de ver o mundo com claridade celestial.

             

     Destaques na Teoria de Vigotsky:

 

O socioconstrutivismo é uma tendência cada vez mais presente no debate educacional;

Considerado o teórico social da inteligência;

O conhecimento é sempre intermediado;

A vivência em sociedade é essencial para a transformação do homem de ser biológico em ser humano;

É pela aprendizagem nas relações com os outros que construímos os conceitos que permitem nosso desenvolvimento mental;

Segundo Vigotsky a evolução cultural é caracterizada por saltos qualitativos de um nível de conhecimento para outro;

A criança nasce dotada apenas de funções psicológicas elementares, como o reflexo e a atenção involuntária, presentes em todos os animais mais desenvolvidos;

O meio é sempre revestido de significados culturais;

A inteligência é construída a partir das relações recíprocas do homem com o meio;

O homem para se desenvolver e evoluir, é necessário o convívio com outras pessoas;

Através das concepções do materialismo histórico e dialético tentaram explicar o desenvolvimento das funções mentais superiores, a qual dedicou maior tempo de seus estudos, através da teoria sociocultural, contestando criticamente que as funções intelectuais do adulto não são resultados unicamente da maturação;

Entendia o pensamento como reflexo generalizado da realidade, transmitido através da fala e esta como importante mecanismo que estrutura e organiza o pensamento;

É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva em vez de uma esfera visual externa, dependendo das motivações internas e não unicamente dos incentivos fornecidos pelo objeto externo;

O trabalho em duplas facilita o aprendizado, mas cabe ao professor acompanhar individualmente o aluno;

O professor é o condutor do processo, atuando na zona de desenvolvimento proximal;

O erro faz parte do processo de aprendizagem. O professor não pode esperar que o aluno descubra sozinho seu erro;

 

Pela dimensão econômica vivemos uma realidade social desigual e nem todos os recursos para se ter os conhecimentos constituído socialmente é um processo global que não encontramos em nossas escolas que o transformem e SER, TER e FAZER

Pela dimensão filosófica começa culpar o social, ou seja, toda sociedade e nosso meio reflete uma realidade violenta e nada dialética, o jovem nem tem como interagir com SER, TER e FAZER, a nossa sociedade e imediatista e passiva. 

Pela dimensão potencial os alunos  indisciplinados e pela igualdade constitucional acham que são  obrigados a estudar e uma educação para a vida. “Na ausência do outro, o homem não se constrói homem”.

Pela dimensão causal as elites têm maior experiência sensorial com variações culturais que caracteriza por saltos qualitativos de um nível de conhecimento no ensino-aprendizagem de relação interpessoal que envolve alguém, aprende alguém, ensina, e a escola é o lugar por excelência é mentira socialista que  baseada no socioconstrutivismo para uma adaptação mentirosa, sabem que o processo de adaptação à vida e os métodos não podem ser aplicados a qualquer tipo de criança,mas, da elite pode.

TEORIA DE PAULO FREIRE

 

       Nasceu em Recife Pernambuco em 1921, e morreu em São Paulo vitima de infarto agudo do miocárdio, no ano de 1997. Aprendeu a ler com os pais, á sombra do quintal de casa, sua alfabetização partiu de palavras de sua infância, de sua prática, de suas experiências como criança. Seu giz era os graveto da mangueira em cuja sombra aprendia a ler, e seu quadro era o chão. O seu pré-escolar foi informal e livre.

     Paulo Freire teve uma infância feliz, embora tenha conhecido muito cedo o significado da fome e da miséria.

     Freire era o maior defensor da tendência progressiva. Em seus escritos discute a pedagogia do oprimido, introduz a influência da educação bancária, destacam os contrastes entre formas de educação que tratam as pessoas como objetos em lugar de assuntos e, explora a educação como ação cultural.

Ele foi quase tudo o que deve ser como educador. De professor de escola o criador de idéias e métodos.

     Segundo Paulo Freire, o homem que detém a crença em si mesmo é capaz de dominar os instrumentos de ação á sua disposição, incluindo a leitura. A metodologia por ele desenvolvida foi muito utilizada no Brasil em campanhas de alfabetização.

    Com o golpe militar de 1964,  experiência de Paulo Freire, já espalhada por todo o país, foi abortada sob alegações inconsistentes como subversiva propagadora da desordem e do comunismo, etc. Foi preso após o golpe Militar de 1964, deixando o Brasil depois de 72 dias de reclusão. Exilou-se primeiro no Chile onde, encontrou um clima social e político favorável ao desenvolvimento de suas teses. Também nesta época, desenvolveu durante cinco anos, trabalhos em programas de educação de adultos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária. Nesta época escreveu uma das obras mais importantes da sua vida: A Pedagogia do Oprimido. Freire nas suas conversas informais costumava sempre dizer, que A Pedagogia do Oprimido foi escrito com a intenção de superar esta opressão que vive o nosso povo. Numa visão crítica e filosófica, parte para a transformação do contexto social, tomando assim consciência do mundo vivido.

     Paulo Freire concebia educação como reflexão sobre a realidade existencial. Articular com essa realidade nas causas mais profundas dos acontecimentos vividos, procurando inserir sempre os fatos particulares na globalidade das ocorrências da situação. 

     A aprendizagem da leitura e da escrita equivale a uma releitura do mundo. Ele parte da visão de um mundo em aberto, isto é, a ser transformado em diversas direções pela ação dos homens.

     Paulo Freire atribui importância ao momento pedagógico, mas com meios diferentes, como práxis social, como construção de um mundo refletido com o povo. Para Paulo Freire, o diálogo é o elemento chave onde o professor e aluno sejam sujeitos atuantes.

      No seu método, a palavra geradora era subtraída do universo vivencial do alfabetizando. Para Freire, a educação é conscientização. É reflexão rigorosa e conjunta sobre a realidade em que vive de onde surgirá o projeto de ação. A palavra geradora era pesquisada com os alunos. Assim, para o camponês, as palavras geradoras poderiam ser enxada, terra, terra, colheita, etc; para o operário poderia ser tijolo, cimento, obra, etc.

     Em seu método, Paulo Freire propunha a exploração de tudo: palavras, frases, ditos, modos peculiares de falar, de contar o mundo. Isto visava revelar o mundo vivido pelos analfabetos. Desta forma, resultava num sucesso total.

    Paulo Freire criticou tanto aqueles que não procuram compreender suas ideias, quanto os seus seguidores que tomam suas teorias ao pé da letra, fora do contexto. A coerência que ele defende como virtude do educador revolucionário, é em suma, sua principal virtude. 

     Em termos de uma proposta para a educação no Brasil, Paulo Freire disse que a educação de um país não é de uma pessoa só, mas do povo, de uma equipe. Explica também que, fazendo parte dessa equipe, faria tudo para achar caminhos através dos qual a escola pudesse superar principalmente a contradição entre a teoria e a prática. Freire foi quase tudo o que se deve ser como educador, de professor de escola a criador de idéias e métodos.

 

 

 

Destaques na teoria de Paulo Freire:

 

Sua atividade como educador levou-o a criação, em 1961 do chamado Movimento de Educação de Base, sob o patrocínio do Bispo D. Helder Câmara, ao mesmo tempo em que se tomava forma o método Paulo Freire de Alfabetização;

Criou um método próprio, constituído de momentos dialéticos e interdisciplinares;

Defendeu que o pedagogo deve cuidar de libertar o homem das alienações a que a consciência dominadora o submete;

Critica a educação bancária, isto é, educação que trata as pessoas como objeto; defende a educação como uma ação cultural;

O primeiro passo na direção da conscientização é a alfabetização, entendida como a aproximação critica da realidade por meio da linguagem;

Professor e aluno fazem parte de um único contexto social, isto é, aprendem juntos, num processo de integração permanente;

“Ato criador capaz de gerar outros atos criadores”;

Paulo foi educado como cristão católico, mas criticava a chamada igreja dos opressores;

Paulo sempre lutou pelos direitos dos analfabetos, embora sempre soubesse que votar por votar é insuficiente, e lembra que um cidadão que seja participante não é aquele participante apenas em dia de eleição;

O seu método busca um significado social, e explica a tomada de consciência do mundo;

Em seu método, Freire propunha a exploração de tudo: palavras, frases, ditos, modos peculiares de falar, de contar o mundo;

 

Pela dimensão econômica realidade social desigual e sempre será,  ele pretendeu que fossemos socialistas e o ato do professor deve ser libertário das alienações onde consciência dominadora o submete outra, foi um homem das elites, nunca passou fome e SER, e FAZER  foi fácil para ele, a nossa sociedade consumista é TER e que nossos educando querem. 

Pela dimensão filosófica aumenta a culpa social, e de novo a práxis existencial num mundo baseado no modo capitalista. É  só perguntar ao um aluno que ele responderá: eu tenho que ter, fazer e depois sou , meio em que vivemos reflete uma realidade violenta e nada dialética, o jovem nem tem como interagir com SER, TER e FAZER, a nossa sociedade e imediatista e passiva  e no ato criador capaz de gerar outros atos criadores é para ás elites. 

Pela dimensão potencial os alunos  indisciplinados e pela igualdade constitucional acham que são  obrigados e o professor e aluno fazem parte de um único contexto social, isto é, aprendem juntos, num processo de integração permanente só se for de pobreza.

Pela dimensão causal as elites usam esta utopia que se justificada na  virtude do educador revolucionário e nos enganam como focas que podem dar um pouquinho e estamos satisfeitos, enquanto em suas escolas vai tudo bem.

 

TEORIA DE ROBERT GAGNÉ

 

     Segundo Gagné, a aprendizagem é uma mudança de estado interior que se manifesta através da mudança de comportamento e na persistência, a qual Gagné chama de aprendizagem, refere-se àquela que ocorre quando o individuo interage com o seu meio externo.

     A aprendizagem é, segundo ele atividade por uma variedade de tipos de estimulação provenientes do ambiente do individuo. Esta estimulação se constitui em insumo (input) para os processos de aprendizagem. O exsumo (output) é uma modificação do comportamento que é observada como desempenho humano. 

      À primeira vista o conceito de aprendizagem proposto por Gagné, insere-se no contexto de uma abordagem behaviorista, isto é, do tipo “estimulo-resposta”. Entretanto, contrariamente á posição de Skinner, por exemplo, que não está preocupado com processos intermediários (entre o estímulo e a resposta) e sim com o controle do comportamento observável por meio das respostas do individuo, Gagné se preocupa com o processo da aprendizagem.

      Na abordagem Skinneriana  interessa é o comportamento observável e, não o que ocorre dentro da mente do individuo, durante o processo de aprendizagem, enquanto que na de Gagné a aprendizagem é algo que se realiza “dentro da cabeça do individuo”, e é destacada a importância das teorias de aprendizagem.

     Para Gagné, a aprendizagem é um processo formalmente comparável a outros processos humanos orgânicos e, como tal, o conhecimento sobre a aprendizagem pode ser acumulado através dos métodos científicos. Desse conhecimento decorrem princípios de aprendizagem que, por sua vez, quando inter-relacionados de forma consistente e racional originam modelos do processo de aprendizagem e, finalmente, teorias de aprendizagem.      

   Ao professor cabe a tarefa de promover a aprendizagem através da instrução. Ele planeja a instrução, administra-a e avalia sua eficácia através da avaliação da aprendizagem do aluno. Ele é uma espécie de “gerente” da instrução, cuja tarefa é planejar, delinear, selecionar e supervisionar a organização de eventos externos com o objetivo de influenciar os processos internos de aprendizagem. 

      Uma vez planejada a instrução, é necessário ministrá-la ao aluno. Tanto ao planejar como ao ministrar a instrução (bem como ao avaliar seus resultados), o professor deve tomar muitas decisões e é nesse sentido que pode ser visto como um “gerente” da instrução ou um organizador dos eventos externos da aprendizagem.

       É importante compreender que em termos de teorias ou abordagens ao ensino e á aprendizagem, Gagné parece situar-se entre o behaviorismo e o cognitivismo. Por outro lado, falam em estímulos, respostas, estimulação do ambiente, comportamentos, etc, mas, por outro, fala em processos internos de aprendizagem e enfatiza a importância das teorias de aprendizagem para a instrução.

         

      Destaques na Teoria de Gagné:

 

A aprendizagem é, ativada por uma variedade de tipos de estimulação provenientes do ambiente do individuo;

A aprendizagem é algo que se realiza “dentro da cabeça”;

O organismo é naturalmente ativo e a aprendizagem ocorre devido a tal atividade; Acredita-se, então, que o agente da aprendizagem é o aluno, sendo o professor um orientador e facilitador;

Metodologia variada na qual cada assunto exigiria uma metodologia adequada á estrutura do assunto;

Necessidade de prestar atenção ás diferenças individuais entre os alunos;

Define a aprendizagem como uma mudança comportamental;

Defende a aprendizagem por descobertas;

Vê o ensino como uma atividade de planejamento e execução de eventos externos, ou condições externas à aprendizagem com a finalidade de influenciar os processos internos para atingir determinados objetivos;

O professor é o organizador das condições externas da aprendizagem. O professor é uma espécie de “gerente” da instrução, cuja tarefa é planejar e programar condições externas à aprendizagem, com a finalidade de influenciar os processos internos para atingir determinados objetivos, isto é, capacidade a serem aprendidos;

Pela dimensão econômica a desiguais  atividades estimuladas pela elite e seus aparelhos que dão uma variedade de tipos de estimulação provenientes do ambiente do individuo é muito ruim, digo, péssima. 

Pela dimensão filosófica aumenta a culpa  do professor que é “gerente da instrução”, mas não passa de administrador das indisciplinas e não consegue  mudança de comportamento.

Pela dimensão potencial os alunos  indisciplinados e pela igualdade constitucional acham que são  obrigados e o professor fica perdido “dentro da cabeça do individuo a aprendizagem pode ser acumulado através dos métodos científicos” achando que os alunos serão uns heróis.

Pela dimensão causal as elites usam esta utopia que se justifica na persistência “estimulo-resposta”  que fazem do professor um mero objeto estatístico, e não um formador  completo perdido nas metodologias.

 

              TEORIA LAURO DE OLIVEIRA LIMA

 

              “O trabalho, deixando de ser manual para ser intelectual, deixando de ser linha de produção (linear), para ser uma decisão (circular), transformar-se-á em discussão”.  (Lima, 1975).

                Ora, educadores de todo o mundo, “não estamos vendo que vai ficar assim? Por que não começamos logo? (Lima, 1975)”.

               “Educar já não é prever as necessidades sociais, mas preparar os jovens para o imprevisível” (Lima, 1975).

        O educador Lauro de Oliveira Lima nasceu em Limoeiro do Norte-Ceará, em 12 de abril de 1921. Suas idéias são muito voltadas para a tendência renovada progressista, por defender uma teoria de que o aluno é responsável pelo seu próprio conhecimento. O professor é importante no processo de crescimento do aluno, mas é aquele que ajuda o aluno a aprender, que prepara as atividades do aluno de acordo com as etapas do seu desenvolvimento. Ele valoriza os processos mentais e as habilidades cognitivas.

      Tenho orgulho de escrever algo sobre o caminho percorrido por este educador cearense. Suas idéias a respeito da história da educação são tantas e tão importantes, que fico sem saber como organizá-las e selecioná-las. Para Oliveira, um dos grandes problemas da educação brasileira é a falta de uma didática que ajude na formação de indivíduos que desejem planejar o futuro. Em muitos dos seus livros faz uma análise critica a educação brasileira, mas propõe soluções. A critica para ele só é importante quando é construtiva, e depende muito da maturidade de quem critica e de quem é criticado.

       Mestre Zé Afonso foi sua primeira escola, que ensinava todos os meninos da cidade a ler, escrever e contar (ensinava também o Manuscrito, que era uma espécie de curso de pós-graduação, e a Tabuada Grande, a matemática superior).

     Formou-se em Direito em 1949 e dois anos depois, em Filosofia. Dentre os cargos importantes que assumiu, obteve em 1945 o cargo de Inspetor Federal de Ensino do Mec. Deixou o Magistério particular para fundar o Ginásio Agapito dos Santos em Fortaleza, iniciando, assim, sua carreira como “reformador”, característica básica de atuação como educador. Escreveu nessa época a obra “Escola Secundaria Moderna”, iniciando também seu trabalho com Dinâmica de grupo e propondo o Método Psicogenético. O Método Psicogenético de Lima é estruturado a partir das descobertas cientificas de Piaget. Não se pode mais falar de desenvolvimento da inteligência sem falar das Teorias de Piaget, que teve na figura de Lauro de Oliveira Lima, durante algum período, o maior interlocutor dessas idéias no Brasil.

    “Psicogenético” é o termo empregado para descrever a pedagogia criada a partir das teorias e pesquisas piagetianas. Significa que o processo pedagógico modifica-se sucessivamente, de acordo com o estagio de desenvolvimento mental (psicogênese). O nível mental da criança é que determina como o professor deve apresentar as situações didáticas, pois, em cada estagio do desenvolvimento a criança tem uma maneira diferente de aprender.

      Lima teve e continua tendo um trajeto longo e dinâmico na área da educação escreveu vários livros e dentre os mais recentes podemos citar: ”Piaget: Sugestão aos educadores” (1999), “Dinâmica de Grupo” (2000) e “Para que servem as escolas?” (1996).

      Para Lauro, o principio fundamental da didática, esta centrada na concepção, de que o professor não ensina, ajuda o aluno a aprender. O aluno irá aprender através de atividades como, pesquisas, leituras, passeios, etc. Sempre bem planejadas tendo claros os objetivos a alcançar. As atividades devem ser grupais e orientadas pelo professor, para que todos possam construir o conhecimento na interação entre eles. “O que se aprende com alegria aprende-se melhor, de maneira mais efetiva”.

       Em 1980, Lauro apresentou no primeiro congresso piagetiano no Rio de Janeiro um documento que causou muitas discussões: “Computadores, um débil mental com a velocidade da luz”.

 

              Destaques na Teoria da Lauro de Oliveira Lima:

 

A aula expositiva torna-se quase um desestimulo a criatividade;

O nível mental da criança é que determina como o professor deve apresentar as situações didáticas;

O grupo é o;

Não ensine, provoque a atividade do aluno;

A escola deve estimular a criatividade e preparar o aluno para resolver situações-problema;

Em cada estágio de desenvolvimento, o aluno tem uma forma diferente de aprender;

Valoriza mais o processo de aquisição do saber, do que o saber propriamente dito;

Sugere ao professor, que faça o aluno compreender o que faz;

No grupo o aluno constrói a solidariedade, a responsabilidade, a criatividade, preservando a individualidade;

Criou o Método Psicogenético, para aplicação na educação.

 

Pela dimensão econômica a desiguais  Educar já não é prever as necessidades sociais, mas preparar os jovens para as imprevisíveis atividades estimuladas pela elite e seus aparelhos que “dão uma variedade de tipos de ambientes mais estimuladores” e com professores que nem tem dinheiro para mudar sua didática.

 Pela dimensão filosófica de novo um progressista  utópico que aumenta a culpa  do professor que é “gerente da didática”, mas, defende “que o aluno é responsável pelo seu próprio conhecimento”, a real situação de miséria que vive as camadas populares, como disse nós somos capitalistas e  qual ajuda  das elites, quero ver se o  aluno irá aprender através de atividades como, pesquisas, leituras, passeios, etc. Sempre bem planejadas tendo claro os objetivos a alcançar a culpa do professor e da sociedade e não das elites.

Pela dimensão potencial os alunos  indisciplinados e pela igualdade constitucional acham que são  obrigados e o professor  não é importante no processo de crescimento do aluno, este e a real situação-problema  e culpa o mesmo pela “ falta de uma didática".

Pela dimensão causal as elites usam esta utopia que se justificada “pela critica para ele só é importante quando é construtiva”, mas, nas escolas das elites ele TEM todos os recursos para aquisição para as provocações do professor, é mais um adestrador de focas. Professor mal remunerado e ainda e com a justificativa de ajudar o aluno custe o que custar, até com ataque  cardíaco para o desenvolvimento das habilidades cognitivas “que ajude na formação de indivíduos críticos, com sua psicogenética” numa realidade onde o TER  começa já no berço onde maturidade cresce.

 

       TEORIA DE PESTALOZZI

          

       Pestalozzi nasceu em Zurique, Suíça, em 1746 e faleceu em 1827. Considerado o reformador ou o promotor da escola popular. Embora a posição da pedagogia seja um pouco obscura, ele defende a ideia, de que a escola precisa simplificar os conteúdos dados e evitar a decoreba. Fundamenta a educação no respeito e no amor, como forma de reconhecer, manter e promover em cada ser a dignidade da pessoa. 

      Pestalozzi foi o educador que pôs em prática os princípios do empirismo que, antes dele, já começavam vagamente a influir na opinião dos professores. Se a vida mental resulta da experiência sensorial ou se, por sua influencia, se desenvolve, então educar é “construir na mente do aluno uma experiência definida a luz da percepção sensorial clara”. Pestalozzi disse está convencido de que a criança é dotada de poderes ou de faculdades inatas que só se desenvolvem mediante o enriquecimento da experiência sensorial. O emprego do método empírico no estudo dos estados mentais levou filósofos dos séculos XVII e XVIII a compreensão de que a vida mental resulta da experiência sensorial. Esse novo ponto de vista psicológico produziu também uma mudança na concepção de educação. “Educar deixou de ser treinar, disciplinar as faculdades, e assume o sentido de enriquecimento da experiência sensorial”. 

       Foi Pestalozzi quem pôs em prática a nova maneira de considerar o processo educativo. O esforço fundamental da educação, para Pestalozzi, que se propõe a tornar psicológica a educação, é analisar o conhecimento em qualquer ramo, nos seus elementos mais simples, e apresentá-los naturalmente a criança. Os dois aspectos característicos do processo de Pestalozzi são, portanto, começar com as experiências da criança, pela observação, para haver ideias claras, e, prosseguir por meio da instrução oral, cuidadosamente, para o conhecimento sistemático e organizado. 

      Em qualquer ramo, disse Pestalozzi, o ensino deve começar dos elementos mais simples e processar-se gradualmente, segundo o desenvolvimento da criança. Desta maneira, essas concepções produzem profundas mudanças na escola. Passou-se a ensinar maior número de matérias e todas elas obedeciam a uma graduação que partia da observação das coisas próximas para as remotas, sempre atendendo ao desenvolvimento do aluno. Assim o interesse do aluno seria consultado e o processo de formação devia estar associado àquilo que tem maior relação com o aluno, isto é, ao que lhe pertence, ao que existe no seu ambiente, sempre pelo emprego da intuição.

Influenciou profundamente a educação; ele fez uma grande adaptação na educação publica. Ninguém acreditou mais que Pestalozzi no poder da educação, para aperfeiçoar o indivíduo e a sociedade. Com o seu entusiasmo, influenciou reis e governantes a pensarem na educação do povo. Deu novo impulso à formação de professores e ao estudo da educação como ciência. Foi o primeiro a tentar fundamentar a educação no desenvolvimento orgânico, mais que a transmissão de idéias.

     Em 1792, Pestalozzi escreve o seu livro mais erudito: Minhas Investigações sobre o curso da Natureza no desenvolvimento da raça humana. A obra é recebida sem entusiasmo. Pestalozzi decide ser mestre-escola; e parte para um trabalho na sua escola. O lar era para ele a melhor instituição da educação, base para a formação política, moral e religiosa. A instituição educacional deveria se aproximar de uma casa bem organizada.

      A prática pedagógica de Pestalozzi, sempre valorizou o ideal do educador, isto é, a educação poderia mudar a terrível condição de vida do povo. 

     Tinha uma fé indomável e contagiante na educação como o meio supremo para o aperfeiçoamento individual e social. Democratizou a educação, proclamando ser o direito absoluto de toda a criança, ter plenamente desenvolvidos os poderes que Deus lhe havia dado. O professor é comparado ao jardineiro que providencia as condições para a planta crescer; a educação sensorial é fundamental e os sentidos devem estar em contato direto com os objetos; a mente é ativa. Na escola de Pestalozzi, mestres e alunos ficavam juntos o dia todo. No dia escolar, as atividades eram bem diversificadas: rezavam, tomavam banho, faziam o desjejum, brincavam, estudavam as lições, almoçavam, lançavam. Duas tardes por semana, os alunos faziam excursões em locais culturais.  

      No livro, Os Grandes Pedagogos da atualidade pedagógicos, destacam algumas passagens que explica o quanto Pestalozzi era envolvido com a educação: “... renunciei aos prazeiros da vida para consagrar-me a tentativa de educação do povo, e aprendi a conhecer-lhe a verdadeira situação e os meios de mudá-la, pág. 214”.

“Aperfeiçôo-me a mim mesmo, quando faço, aquilo que devo. A lei do que quero pág. 215“.“Como produto do meu próprio eu, sinto-me independente do egoísmo de minha natureza animal e dos laços de minhas relações sociais, tendo há um tempo, o direito e o dever de fazer o que me enobrece e o que é vantajoso para meus semelhantes”, pág 215”.

“Minha ação tende a elevar” a natureza humana ao que ela tem de mais alto, de mais nobre: a elevá-la pelo amor, e não é senão nessa força sagrada, o amor, que reconheço o instrumento de libertação do homem, de tudo quanto há nele de divino e de eterno, pág. 223.                     

    

Destaques na teoria de Pestalozzi:

 

Pestalozzi condenava as punições e recompensas;

As classes privilegiadas desprezavam o povo;

Foi o primeiro a pesquisar as leis fundamentais do desenvolvimento;

O defensor dos princípios empíricos;

O desenvolvimento é uma aquisição gradativa de poder;

A educação começa com a percepção de objetos concretos;

Pestalozzi tinha uma fé indomável e contagiante na educação como o meio supremo para o aperfeiçoamento individual e social;

A religião é mais profunda do que dogmas, ou credos;

Deu novo impulso à formação de professores e ao estudo da educação como uma ciência;

Psicologizou a educação;

Procurou apresentar seu método sob formas apropriadas as leis da psicologia;

Empregava as letras do alfabeto presas a cartões, e introduziu lousas e lápis;

Professor é comparado ao jardineiro, que providencia as condições para a planta crescer;

A educação sensorial é fundamental e os sentidos devem estar em contato direto com os objetos;

A educação poderia mudar a terrível condição de vida do povo;

Somente a educação poderá contribuir para que o povo conservasse os direitos conquistados;

O lar era para ele a melhor instituição de educação, base para a formação política, moral e religiosa;

 

Pela dimensão econômica a desigualdades sociais  dizer que a educação poderia mudar a terrível condição de vida do povo é uma falácia  que as elites aproveitam e até os organismos capitalistas ressaltam para uma sociedade desenvolvida.

Pela dimensão filosófica “educar é construir na mente do aluno uma experiência definida a luz da percepção sensorial clara. A instituição educacional deveria se aproximar de uma casa bem organizada”, realmente é um problema, de novo se culpa os pais. 

Pela dimensão potencial os alunos  indisciplinados e pela igualdade constitucional acham que são  obrigados  a estudar. Assim, o professor, “deve propor uma ação psicológica a educação, é analisar o conhecimento em qualquer ramo, nos seus elementos mais simples, e apresentá-los naturalmente a criança começar com as experiências da criança, pela observação, para haver ideias claras, e, prosseguir por meio da instrução oral”. As elites adoram comentar que os professores são mal preparados para esta educação e os aparelhos que eles usam.

Pela dimensão causal as elites usam esta utopia que se justificada  “O professor é comparado ao jardineiro que providencia as condições para a planta crescer” de novo coitadinho do professor  é um missionário, salvador da sociedade que as elites impuseram, nós professores queremos TER, e menos Stress, não somos heróis.

TEORIA DE CÉLESTIN FREINET

 

      Célestin Freinet, grande humanista nasceu no ano de 1896 em Gars, no sul da França, na região de Proença e morreu em 1966 na cidade de Vence, na França. Teve uma infância e juventude rural, em meio às paisagens trabalhou como pastor de rebanhos, como também desenvolveu alguns valores voltados para o homem do campo. Embora tenha freqüentado uma escola considerada boa na época, era uma escola com pouco ou nenhum material didático. 

     Na adolescência mudou-se para Nice. Aí iniciou o seu curso de magistério, mas foi interrompido com o inicio da 1ª guerra mundial em 1941. Costumava sempre dizer: “Minha formação como professor não se fez só na escola normal, mas também na guerra”.

      Freinet inicia em Bar-Sur-Loup suas atividades como professor, mesmo sem ter concluído o curso normal. A sala de aula sempre foi a sua paixão.

     Freinet não foi um simples professor. Gostava de pesquisar, de participar de debates, sempre escrevendo artigos relacionados com educação, e buscando práticas pedagógicas alternativas. Seus estudos foram aprofundados e tiveram como referencia a teoria de grandes filósofos e teóricos, como o Rousseau, Pestalozzi, Decroly, Dewey, Forbel e Piaget.

       Freinet achava que a sala de aula não é um espaço físico determinado pelas instituições educacionais, mas a sala de aula é qualquer espaço onde o exercício do pensamento e da criatividade esteja presente e a serviço da sociedade. Defendia a pedagogia natural, de acordo com os interesses e necessidades do aluno.

Pensava que o aluno construía o seu conhecimento não apenas tendo acesso a informação, mas apropriando-se do saber, sem imobilismo ou abstração, inserindo a alegria e o prazer no processo ensino aprendizagem.

Pensava ainda que a escola devesse ser viva, ativa, dinâmica, aberta para o encontro com a vida, onde tivesse a participação da família e da comunidade. A sala de aula devia ser o local onde o aluno se revela, cria, inventa e exprime suas vivências; era preciso respeitá-la para que pudesse desenvolver sua capacidade e sua personalidade, sem afastar-se de uma finalidade social e humana mais ampla.

       Freinet, ainda pensou que a sala de aula não podia ser um casulo hermético desvinculado do todo social e das suas contradições. A sala de aula devia ser uma oficina de trabalho, de criação e de pesquisas, um local de produção e criação do saber.

Ele achava que todo trabalho educativo só tem qualidade quando os objetivos são claros. O professor não deve atuar como uma máquina, sujeitando-se a rotinas. É fundamental a motivação para o trabalho. Deve ser um facilitador que encaminha o aluno a tomar consciência do seu valor, um amigo que age e aprende com os alunos.

Alunos rebeldes e apáticos devem ser estimulados a propor suas ideias nos grandes e pequenos grupos. Aos pouco, este tipo de aluno vai se descobrindo, com seus erros e acertos, até chegar a descoberta de uma aprendizagem significativa. 

       Em 1956, Freinet preocupou-se com o excesso de alunos em sala de aula, e lança neste período uma campanha nacional por 25 alunos em sala de aula. Ele tinha uma grande preocupação com turmas numerosas e heterogêneas, mas a sua pedagogia defendia a idéia de que os alunos podiam se organizar em grupos de acordo com seus interesses e em seguida serem criados momentos onde todos participassem.

      A pedagogia de Freinet foi centrada na criança e tem como princípios teóricos a:

        * comunicação;

        * expressão;

        * afetividade;

        * responsabilidade;

        * sociabilidade;

        * autonomia;

        * criatividade;

        * reflexão;

        * senso cooperativo;

Freinet foi chamado pelo exército para se alistar na época da primeira guerra mundial. Nesta época sofreu ações dos gases tóxicos, ficando doente do pulmão até o final de sua vida. Mesmo sem esperança de cura para a doença dos seus pulmões, Freinet não abandonou suas pesquisas e descobertas.

Freinet foi preso em 1940 no campo de concentração de Var. Gostava tanto da profissão de professor, que na mesma época da sua prisão, dava aula para seus companheiros de sela, e, aproveitava para fazer suas pesquisas. Após sair da prisão, se integrou ao Movimento da Resistência Francesa. Voltou para Vence, onde recomeçaram suas atividades. Nesta época, aproximadamente nos anos 50, sua pedagogia se espalhou pelo mundo, criando um movimento em prol da Escola Pública, e é isto que distingue dos demais pensadores do movimento da Escola Nova na Europa.

 Em 1939, Freinet é exonerado do cargo de professor e lança oficialmente sua escola com ajuda de doações, mas o Ministério da Educação recusou-se a reconhecer.

Na sua escola, ele fez varias experiências com crianças, utilizando diversas técnicas:

Aula Passeio - acreditava que o interesse da criança estava fora da escola. Realizava as aulas-passeio para observar aspectos da vida animal. Todo o seu trabalho em sala de aula era voltado para uma aprendizagem interdisciplinar, onde todas as áreas eram relacionadas com a vida cotidiana do aluno.

Texto Livre - consiste na liberdade que a criança deve ter para se expressar, não só na forma escrita, como em forma de pintura, de desenho e até mesmo de poemas. É a criança que deve escolher a forma como quer se expressar.

Imprensa Escolar - era a técnica usada para as entrevistas, pesquisas, vivencias e aula passeio. Todo esse trabalho deveria ser coletivo.

Correção - achava fundamental a correção do texto, e, este era um processo deveria ser feito coletivamente. Freinet dizia que o erro deveria ser trabalhado, para se encontrar o acerto.

Livro da Vida-era uma espécie de diário, aonde as crianças iam registrando e expondo suas diferentes maneiras de ver a aula e a vida. No Livro da Vida, o aluno tinha oportunidade de realizar observações como conceitos e os conteúdos se organizavam.

Fichário de Conduta - são exercícios relacionados com todas as disciplinas, construídas coletivamente em sala de aula envolvendo alunos e professores. Estes exercícios ficam a disposição da criança para serem utilizados de acordo com as necessidades individuais.

Plano de Trabalho - os alunos organizavam um plano, contendo as atividades que seriam desenvolvidas durante a semana. Este plano de trabalho deveria estar coerente com o currículo escolar.

Correspondência Interescolar - é a troca de cartas, desenhos, textos, fitas, vídeos, e-mail, etc. Que se fazia entre uma classe e outra de alunos. Esta é uma forma de aprendizagem que deve ser planejada cooperativamente entre alunos e professores.

Auto Avaliação - o aluno deveria participar da sua avaliação, utilizando fichas para seus registros pessoais, e, assim estaria acompanhando seu desempenho, e, seus erros nos trabalhos realizados.

      

   Destaques na Teoria de Freinet:

Criticava duramente os livros didáticos fora da realidade do aluno;

O interesse do aluno não estava na escola e sim fora dela;

Um regime autoritário na escola não seria capaz de formar cidadãos democratas;

A sobrecarga de alunos na sala de aula constitui sempre um erro pedagógico;

Os castigos são humilhantes, constituem um grande erro;

O comportamento escolar de um aluno depende de seu estado fisiológico, orgânico e emocional;

O fracasso escolar inibe, destrói o ânimo e o entusiasmo;

Toda atitude imposta é paralisante;

O aluno não se cansa de um trabalho funcional, ou seja, que atenda aos rumos de sua vida;

As notas e classificações constituem sempre um erro;

A ordem e a disciplina são necessárias na aula;

A cooperação é vida na Nova Escola;

Ser maior não significa necessariamente estar acima dos outros;

A livre expressão deve sempre ser valorizada;

Deve ser dada atenção especial a pequenos grupos, e atendê-los em suas especificidades;

Toda ordem sob forma autoritária é um erro, isto caracteriza uma ofensa à dignidade humana, sobretudo se exercida publicamente; um regime autoritário na escola não seria capaz de formar cidadãos democratas;

O trabalho com o aluno deve ser diversificado;

A avaliação deve ser continua e permanente durante todo o processo de aula;

Confiança e respeito ao ser humano e seus direitos;

Se trabalhada a democracia na escola, teremos no futuro cidadãos conscientes;

As regras de sala de aula deviam ser discutidas e planejadas pelos alunos, só assim teriam a responsabilidade e liberdade desenvolvidas;

O professor devia respeitar o ritmo próprio de cada aluno;

 

 Pela dimensão econômica temos condições econômicas para efetivação é uma bela utopia, uma escola viva, ativa, dinâmica, aberta para o encontro com a vida, onde tivesse a participação da família e da comunidade, mas os recursos ficam na burocracia, se as elites que podem pagar... Fossem inseridas na escola publica, e não ficasse alheia seriam melhor, eles não se preocupam.

Pela dimensão filosófica as atitudes dos alunos indisciplinados paralisam e que acabam com espaço onde o exercício do pensamento e da criatividade. É a base da utopia mentirosa do Brasil hoje, mais uma  a serviço das elites e seus aparelhos.

Pela dimensão potencial os alunos  indisciplinados e pela igualdade constitucional acham que são  obrigados, ele defende que a educação “ideia de que os alunos podiam se organizar em grupos de acordo com seus interesses e em seguida serem criados momentos onde todos participassem”, será possível. As elites pagam e exigem qualidade educacional onde coloca seus filhos.

Pela dimensão causal as elites usam esta utopia que se justificada em que “o Professor não deve atuar como uma máquina, sujeitando-se a rotinas, Deve ser um facilitador que encaminha o aluno a tomar consciência do seu valor, um amigo que age e aprende com os alunos”, mas, infelizmente a estrutura das escolas que temos e as indisciplinas ocasionadas pelo modelo de vida americano e na sociedade violenta que vivemos, nós, professores, não se damos conta que estamos fazendo um papel de anti-herói, onde o autoritarismo dos alunos que não querem estudar, só quer TER,  nos coloca num ringue de boxe. Assim o Estado e as Elites falam que nós não estamos preparados, culpam, querem reciclar, etc. 

 

Vamos  agora a uma cronologia das mentiras das Elites e do Estado começando com a chegada das elites portuguesas que trouxeram um padrão europeu renegando o padrão educacional dos nativos que “ possuíam  modos próprios de educação, mias livre, sem repressão”  (José Luiz de Paiva Bello) empregada na Europa. Eles faziam por que queriam aprender, segundo Orlando Villas Boas. Mas livre, se um padre voltar  a dar aula agora não verá diferença na estrutura predial das escolas. 

Chegaram os jesuítas trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade européia; essa Utopia foi de 210 anos, de 1549 a 1759 com  chegada do Marquês de Pombal  trouxeram também os métodos pedagógicos autoritários que persiste no inconsciente social até hoje.

Com Marquês de Pombal, expulsando os jesuítas tentou programar uma escola diferente, mas ocasionou um caos, não tinha idéia de como fazer  a escola, que continuou nos prédios dos Jesuítas cujo o modelo continua até hoje.“Pombal pensou em organizar a escola para servir aos interesses do Estado. Tentou-se as aulas régias, o subsídio literário,  do Latim, Grego e Retórica.

Criou também a Diretoria de Estudos que só passou a funcionar após o afastamento de Pombal. Cada aula régia era autônoma e isolada, com professor único e uma não se articulava com as outras.

Com o "subsídio literário" para manutenção dos ensinos primário e médio. Criado em 1772 era uma taxação, ou um imposto, que incidia sobre a carne verde, o vinho, o vinagre e a aguardente. Além de exíguo, nunca foi cobrado com regularidade e os professores ficavam longos períodos sem receber vencimentos a espera de uma solução vinda de Portugal.
     Os professores eram geralmente mal preparados para a função, já que eram improvisados e mal pagos. Eram nomeados por indicação ou sob concordância de bispos e se tornavam "proprietários" vitalícios de suas aulas régias.   (José Luiz de Paiva Bello), Que continua até hoje .
     Com  vinda da Família Real, “para preparar terreno para sua estadia no Brasil D. João VI abriu Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia. Segundo alguns autores o não se consegue implantar um sistema educacional. 

Até os dias de hoje muito tem se mexido no planejamento educacional, mas a educação continua a ter as mesmas características impostas pelas elites.

A educação  brasileira sempre teve importância secundária, esta mentira de que a educação vai dar desenvolvimento para o Brasil inventado  feita pelas Elites, a primeira  Universidade no Brasil, só surgiu em 1934, em São Paulo.  Até hoje não sofreu  evolução que pudesse ser considerado marcante ou significativo. E querem manter "status quo"  com estatísticas para  “só inglês ver” e mascarar a realidade brasileira. 

“Reforma de Benjamin Constant tinha como princípios orientadores a liberdade e laicidade do ensino, como também a gratuidade da escola primária”. Estes princípios seguiam a orientação do que estava estipulado na Constituição brasileira.

Uma das intenções desta Reforma era transformar o ensino em formador de alunos para os cursos superiores e não apenas preparador. Outra intenção era substituir a predominância literária pela científica. Esta Reforma foi bastante criticada: pelos positivistas, já que não respeitava os princípios pedagógicos de Comte; pelos que defendiam a predominância literária, já que o que ocorreu foi o acréscimo de matérias científicas às tradicionais, tornando o ensino enciclopédico “. (José Luiz de Paiva Bello) que até hoje é questionado e causa confusão entre os professores.

Além disso, introduz a cadeira de Moral e Cívica que foi aproveitada pela ditadura militar e depois até ser extinta, mas, hoje, tem  Pedagogos que quer ela de volta, mas em que moldes? Com a intenção de tentar combater os protestos inquietos das Elites quanto aos perigos de não SER livres dos que não querem estudar.

 Com  Getúlio Vargas começa aqui o Utopia da educação do cidadão tem que passar por controles burocráticos  implementado pelos Decretos ficaram conhecidos como "Reforma Francisco Campos":
      - O Decreto 19.850, de 11 de abril, cria o Conselho Nacional de Educação e os Conselhos Estaduais de Educação (que só vão começar a funcionar em 1934).
      - O Decreto 19.851, de 11 de abril, institui o Estatuto das Universidades Brasileiras que dispõe sobre a organização do ensino superior no Brasil e adota o regime universitário.
      - O Decreto 19.852, de 11 de abril, dispõe sobre a organização da Universidade do Rio de Janeiro.
      - O Decreto 19.890, de 18 de abril, dispõe sobre a organização do ensino secundário.
      - O Decreto 20.158, de 30 de julho, organiza o ensino comercial, regulamenta a profissão de contador e dá outras providências.
      - O Decreto 21.241, de 14 de abril, consolida as disposições sobre o ensino secundário.

Estes Decretos só complicam os recursos que deveriam ir direto as escolas ficam nos salários das “Elites” estatais com seus projetos que não dão em nada.

 Com a  chegada ,em 1935, do Secretário de Educação do Distrito Federal, Anísio Teixeira, cria a Universidade do Distrito Federal, com uma Faculdade de Educação na qual se situava o Instituto de Educação. E também surgem os primeiros Utópicos brasileiros  que fizeram  O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova(1932), ditados de novo por uma Elite que são:

Fernando de Azevedo,Afrânio Peixoto,A. de Sampaio Doria, Anísio Spinola Teixeira, M. Bergstrom Lourenço Filho, Roquette Pinto, J. G. Frota Pessoa, Julio de Mesquita Filho, Raul Briquet, Mario Casassanta, C. Delgado de Carvalho, A. Ferreira de Almeida Jr., J. P. Fontenelle , Roldão Lopes de Barros, Noemy M. da Silveira, Hermes Lima, Attilio Vivacqua , Francisco Venancio Filho , Paulo Maranhão, Cecilia Meirelles , Edgar Sussekind de Mendonça , Armanda Alvaro Alberto, Garcia de Rezende, Nobrega da Cunha, Paschoal Lemme, Raul Gomes, plena elite brasileira

O Brasil precisava de mão de obra, estava começando para valer  a substituições  das importações, ou seja, a industrialização tardia e precisava de mão de obra que pelo menos saber ler.

Abaixo algumas mentiras destes:
A reconstrução educacional no Brasil “deve ser feita pelo povo e pelo governo em que os problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação”. Nem mesmo os de caráter econômico lhe pode disputar a primazia nos planos de reconstrução nacional para o desenvolvimento.

Para evolução orgânica do sistema cultural de um país depende de suas condições econômicas, é impossível desenvolver as forças econômicas ou de produção, sem o preparo intensivo das forças culturais e o desenvolvimento das aptidões à invenção e à iniciativa que são os fatores fundamentais do acréscimo de riqueza de uma sociedade.

E deve organizar uma doutrina de vida e ampliar o seu horizonte mental, poderá ver o problema educacional em conjunto, de um ponto de vista mais largo, para subordinar o problema pedagógico ou dos métodos ao problema filosófico ou dos fins da educação;  deve se ter  um Movimento de renovação educacional , bela mentira que continua até hoje, quando planos, quantas didáticas e nada se resolve.

Outra mentira as Diretrizes que se esclarecem  que  através  da iniciativa do Estado e povo assumiremos a responsabilidade, e com a qual se incutira, por todas as formas, no magistério, o espírito novo, o gosto da crítica e do debate e a consciência da necessidade de um aperfeiçoamento constante, ainda não se podia considerar inteiramente aberto o caminho às grandes reformas educacionais. Perante o público e o governo, a posição que conquistaram e vêm mantendo desde o início das hostilidades contra a escola tradicional, espera um pouco mudou alguma coisa?

É uma diretriz atrás de outra, deixe a escola fazer suas diretrizes! E repasse todos os recursos, acabe com o MEC e outros, deixe a escola e o povo criar sua escola para suas necessidades, ah! Novamente as Elites que... Não deixa. Adiante, vou simplesmente sugerir! Uma escola que acho ideal. 

Outra mentira as ditas Reformas “a educação que, no final de contas”. Logicamente numa reforma social, não pode, ao menos em grande proporção as  se realizar senão pela ação extensa e intensiva da escola para  uma evolução contínua, favorecida e estimulada por todas as forças organizadas de cultura e de educação, baseadas em um plano integral, para que ela não se arrisque um dia a ficar no estado fragmentário que não eleva o desenvolvimento do Brasil.

Que beleza! Começou um plano para se tornar o Brasil, currículo mínimo, matérias iguais, privilégios para disciplinas voltadas a exata para pode calcular a produção e maquinas cadê o social? 

Outra mentira Finalidades da educação "concepção do mundo", que convém fazer adotar ao educando e sobre o que é necessário considerar como "qualidade socialmente útil". “O fim da educação não é desenvolver de maneira anárquica as tendências dominantes do educando; se o mestre intervém para transformar, isto implica nele a representação de certo ideal à imagem do qual se esforça por modelar os jovens espíritos”.

“E' evidente que a sociedade dada terá respectivamente opiniões diferentes sobre a Esse ideal e aspiração dos adultos toma-se mesmo mais fácil de apreender exatamente quando assistimos à sua transmissão pela obra educacional, isto é, pelo trabalho a que a sociedade se entrega para educar os seus filhos”..

A escola socializada, reconstituída sobre a base da atividade e da produção, ( hum! To entendo!) Em que se considera o trabalho como a melhor maneira de estudar a realidade em geral (aquisição ativa da cultura) e a melhor maneira de estudar o trabalho em si mesmo, como fundamento da sociedade humana, se organizou para remontar a corrente e restabelecer, entre os homens, o espírito de disciplina, solidariedade e cooperação, por uma profunda obra social que ultrapassa largamente o quadro estreito dos interesses de classes”, que justificativa linda, sai daqui elite! Belas mentiras colocam a culpa agora na sociedade. 

Outra mentira Valores mutáveis e permanentes “o objeto da ação educativa, não se rompeu nem está a pique de romper-se o equilíbrio entre os valores mutáveis e os valores permanentes da vida humana”. “Onde, ao contrário, se assegurará melhor esse equilíbrio é no novo sistema de educação, que, longe de se propor os fins particulares de determinados grupos sociais, às tendências ou preocupações de classes, os subordina aos fins fundamentais e gerais que assinala a natureza nas suas funções biológicas. É preciso fazer homens, antes de fazer instrumentos de produção. Mas, o trabalho que foi sempre a maior escola de formação da personalidade moral, não é apenas o método que realiza o acréscimo da produção social,” “fazer homens cultivados e úteis sob todos os aspectos”. 

“O trabalho, a solidariedade social e a cooperação, em que repousa a ampla utilidade das experiências; a consciência social que nos leva a compreender as necessidades do indivíduo através das da comunidade”, “servir à humanidade, é preciso estar em comunhão com ela”, de no novo, eu sou culpado, você é culpado.

"A alma tem uma potência de milhões de cavalos, que levanta mais peso do que o vapor. Se todas as verdades matemáticas se perdessem, escreveu Lamartine, defendendo a causa da educação integral, o mundo industrial, o mundo material, sofreria sem duvida um detrimento imenso e um dano irreparável; mas, se o homem perdesse uma só das suas verdades morais, seria o próprio homem, seria a humanidade inteira que pereceria” É que estão fazendo agora é  parceria é ENEM, ONGs, bolsa Escola, bolsa família etc.  Sem estas o povo se revolta. Eles, as elites não queriam ficar no isolamento mundial capitalista.

 

Outra mentira O Estado em face da educação que propõe o seguinte:
      a) A educação, uma função essencialmente pública
      O direito de cada indivíduo à sua educação integral, decorre logicamente para o Estado que o reconhece e o proclama, o dever de considerar a educação, na variedade de seus graus e manifestações, como uma função social e eminentemente pública, que ele é chamado a realizar, com a cooperação de todas as instituições sociais. Cadê, diga para as elites tirarem seus filhos das escolas publicas.

 b) A questão da escola única
      Assentado o princípio do direito biológico de cada indivíduo à sua educação integral, cabe evidentemente ao Estado a organização dos meios de o tornar efetivo, por um plano geral de educação, cadê de novo.

 Em nosso regime político, o Estado não poderá, de certo, impedir que, graças à organização de escolas privadas de tipos diferentes, as classes mais privilegiadas assegurem os seus filhos uma educação de classe determinada; mas está no dever indeclinável de não admitir, dentro do sistema escolar do Estado, quaisquer classes ou escolas, a que só tenha acesso uma minoria, por um privilegio exclusivamente econômico. Temos agora o monopólio das escolas privadas adivinha por quê?

      c) A laicidade, gratuidade, obrigatoriedade e coeducação “na sociedade moderna em que o industrialismo e o desejo de exploração humana sacrificam e violentam a criança e o jovem", cuja educação é frequentemente impedida ou mutilada pela ignorância dos pais ou responsáveis e pelas contingências econômicas” beleza agora entendi, é pelo idealismo de vocês.”

Além disto, “A gratuidade extensiva a todas as instituições oficiais de educação é um princípio igualitário que torna a educação, em qualquer de seus graus, acessível não a uma minoria, por um privilégio econômico, mas a todos os cidadãos que tenham vontade e estejam em condições de recebê-la”.

“Aliás, o Estado não pode tornar o ensino obrigatório, sem torná-lo gratuito. A obrigatoriedade que, por falta de escolas, ainda não passou do papel, nem em relação ao ensino primário, e se deve estender progressivamente até uma idade conciliável com o trabalho produtor, isto é, até aos 18 anos”, que tal estender para todos os níveis, superior, pós-graduação, mestrado, doutorado, pois a obrigatoriedade esta aí, ah! elite sai das escolas  publicas ou deixe as classes sociais entrarem em suas escolas. 
        Outra mentira  A unidade da função educacional  que se baseia e segue com meus comentários:

“Gratuidade e obrigatoriedade”, não vão até o Phd.

“a supressão de instituições criadoras de diferenças sobre base econômica”, fale com os Donos das escolas particulares e religiosas.

“A equiparação de mestres e professores em remuneração e trabalho” quero ganhar 12.000 Reais. 

“A seleção dos alunos nas suas aptidões naturais”, muito bem explicadinho... Fale com menino de rua.

“A correlação e a continuidade” do quê, para quê e, principalmente, como? E onde?

“E  que vise a desenvolver ao máximo a capacidade vital do ser humano”, com que dinheiro? 

“A autonomia da função educacional”  deixe todo dinheiro arrecadado direto para a escola e comunidade usarem para sua autonomia com autogestão ou acabe com as instituições privadas, daí as Elites que... Irão se mexer.

“Que se propõe da formação integral das novas gerações” nossas gerações querem é TER.

“Estado não o soube ou não o quis acautelar contra o assalto de poderes estranhos efetuados na técnica, administrativa e econômica não pode reduzir-se às verbas que, nos orçamentos, são consignadas a esse serviço público.” Engraçadinhos né! Vocês estão no Estado faz tempo.

“Instituição de um fundo especial ou escolar”,  de novo dar migalhas e continuar com assistencialismo, muito bom.

“A autonomia econômica não se poderá realizar, a não ser pela que, constituído de patrimônios, impostos e rendas próprias, seja administrado e aplicado exclusivamente no desenvolvimento da obra educacional, pelos próprios órgãos do ensino, incumbidos de sua direção.” Deixe os Diretores das escolas e a comunidade gerirem este, vocês não tem competências.  Porque acaba com às crises dos erários do Estado ou às oscilações" do interesse dos governos pela educação.
    

Outra mentira a descentralização 

“A organização da educação brasileira unitária sobre a base e os princípios do Estado, no espírito da verdadeira comunidade popular e no cuidado da unidade nacional, não implica um centralismo estéril e odioso. Ao qual se opõem as condições geográficas do país e a necessidade de adaptação crescente da escola aos interesses e às exigências regionais.” Então vamos programar a autogestão.

 “Unidade não significa uniformidade e multiplicidade”. “Por menos que pareça, à primeira vista, não é, pois, na centralização, mas na aplicação da doutrina federativa e descentralizadora,” programemos então na autogestão que é maneira mais descentralizada que se tem. 

“Que teremos de buscar o meio de levar a cabo, em toda a República, uma obra metódica e coordenada, de acordo com um plano comum, de completa eficiência,” só para gastar as verbas, já se elaboraram vários planos, deixe a comunidade fazer seus planos, nada de um plano comum, nos não somos mais analfabetos.

“Produzir os maiores resultados com as menores despesas, abrirá margem a uma sucessão ininterrupta de esforços fecundos em criações e iniciativas”  Hum! Não deu certo, mande dinheiro direto para a escola que evita todo desperdício. Acabe com suas Ineficiências.

Outras mentiras que vocês podem deduzir.

“A escola”, vista desse ângulo novo que nos dá o conceito funcional da educação, deve oferecer à criança um meio vivo e natural, "favorável ao intercâmbio de reações e experiências", em que ela, vivendo a sua vida própria, generosa e bela de criança, seja levada "ao trabalho e à ação por meios naturais que a vida suscita quando o trabalho e a ação convêm aos seus interesses e às suas necessidades".

 Na verdadeira educação funcional deve estar, pois, sempre presente, como elemento essencial e inerente à sua própria natureza, o problema não só da correspondência entre os graus do ensino e as etapas da evolução intelectual fixadas sobre a base dos interesses, como também da adaptação da atividade educativa às necessidades psicobiológicas do momento.

Plano de reconstrução educacional

É o mesmo princípio que faz alargar o campo educativo das Universidades, em que, ao lado das escolas destinadas ao preparo para as profissões chamadas "liberais", se devem introduzir, no sistema, as escolas de cultura especializada, para as profissões industriais e mercantis, propulsoras de nossa riqueza econômica e industrial.

Mas esse princípio, dilatando o campo das universidades, para adaptá-las à variedade e às necessidades dos grupos sociais, tão longe está de lhes restringir a função cultural que tende a elevar constantemente as escolas de formação profissional, achegando-as às suas próprias fontes de renovação e agrupando-as em torno dos grandes núcleos de criação livre, de pesquisa científica e de cultura desinteressada. 

A escola deve ser uma comunidade em miniatura, e se em toda a comunidade as atividades manuais, motoras ou construtoras "constituem as funções predominantes da vida", é natural que ela inicie os alunos nessas atividades, pondo-os em contato com o ambiente e com a vida ativa que os rodeia, para que eles possam, desta forma, possuí-la, apreciá-la e senti-la de acordo com as aptidões e possibilidades.

Plano de reconstrução educacional

“No plano de reconstrução educacional, de que se esboçam aqui apenas as suas grandes linhas gerais, procuramos, antes de tudo, corrigir o erro capital que apresenta o atual sistema (se é que se pode chamar sistema), caracterizado pela falta de continuidade e articulação do ensino, em seus diversos graus, como se não fossem etapas de um mesmo processo, e cada um dos quais deve ter o seu "fim particular", próprio, dentro da “unidade do fim geral da educação e dos princípios e métodos comuns a todos os graus e instituições educativas”. De fato, o divorcio entre as entidades que mantêm o ensino primário e profissional e as que mantêm o ensino secundário e superior, vai concorrendo insensivelmente, como já observou um dos signatários deste manifesto, "para que se estabeleçam no Brasil, dois sistemas escolares paralelos”. Estes não podem deixar de comentar, aqui é a tragédia brasileira, a grande mentira que as elites nos impuseram.

 “Ensino por um conceito dinâmico, fazendo um apelo, dos jardins de infância à Universidade, não à receptividade, mas à atividade criadora do aluno. A partir da escola infantil (4 a 6 anos) à Universidade, com escala pela educação primária (7 a 12) e pela secundária (l2 a 18 anos), a "continuação ininterrupta de esforços criadores" deve levar à formação da personalidade integral do aluno e ao desenvolvimento de sua faculdade produtora e de seu poder criador, pela aplicação, na escola, para a aquisição ativa de conhecimentos, dos mesmos métodos (observação, pesquisa, e experiência), que segue o espírito maduro, nas investigações científicas.

A escola secundária, unificada para se evitar o divórcio entre os trabalhadores manuais e intelectuais, terá uma sólida base comum de cultura geral (3 anos), para a posterior bifurcação (dos 15 aos 18), em seção de preponderância intelectual (com os 3 ciclos de humanidades modernas; ciências físicas e matemáticas; e ciências químicas e biológicas), e em seção de preferência manual, ramificada por sua vez, em ciclos, escolas ou cursos destinados à preparação às atividades profissionais, decorrentes da extração de matérias primas (escolas agrícolas, de mineração e de pesca) da elaboração das matérias primas (industriais e profissionais) e da distribuição dos produtos elaborados (transportes, comunicações e comércio).” Até quando continuaremos com estas balelas.

“O problema dos melhores” que em sua maioria estão nas escolas das elites, os que estão nas publica estão insatisfeitos, mas não tem dinheiro para entra nas escolas das elites, no caso da universidade é o inverso. Beleza né.

“A preparação dos professores, como se vê, é tratada entre nós, de maneira diferente, quando não é inteiramente descuidada, como se a função educacional, de todas as funções públicas a mais importante, fosse a única para cujo exercício não houvesse necessidade de qualquer preparação profissional” deixe-nos em paz e nos paguem bem.

“O papel da escola na vida e a sua função social é que a educação, não se faz somente pela escola, cuja ação é favorecida ou contrariada, ampliada ou reduzida pelo jogo de forças inumeráveis (que força só se for dos...) concorrem ao movimento das sociedades modernas. Numerosas e variadíssimas, influências que formam o homem através da existência. Há a herança que a escola da espécie, como já se escreveu; a família que é a escola dos pais; o ambiente social que é a escola da comunidade, e a maior de todas as escolas, a vida, com todos os seus imponderáveis e forças incalculáveis”. Muito bem vocês pais tem culpa agora também.

“A democracia” onde? E como? 

Bom, até aqui expresso várias mentiras que perduram até hoje,  que se baseia num programa de longos deveres os obstáculos acumulados, que nos abateram para uma educação democrática e autogerida  dentro da escola e que possa escolher os caminhos psicopedagógicos  no seu bairro, acabe com as estruturas  burocráticas, até com as secretarias de educação municipais, deixe que tomem decisões equilibradas baseadas na realidade do ambiente escolar e também porque não continuar a escola particular que faz uma gestão com o dinheiro das elites, mas não contem com dinheiro publico.

Bem, até aqui contei as mentiras da pedagogia democrática, agora o perigo da pedagogia dos socialistas como  período anterior, de 1946 ao princípio do ano de 1964, Paulo Freire, Lauro de Oliveira Lima, Durmeval Trigueiro, entre outros

Depois do golpe militar de 1964 estes educadores passaram a ser perseguidos em função de posicionamentos ideológicos. Muito foram calados para sempre, alguns outros se exilaram, outros se recolheram à vida privada e outros, demitidos, trocaram de função.
A ditadura  militar calou os socialistas, e centralizou todas as decisões quando a pedagogia apropriada, mas, foi por do medo socialista  que fez as elites apoiar todas as decisões no pedagógico que expusessem  as oportunidades de sermos democráticos criaram vários departamentos burocráticos através de decretos, criando até drenagens de recursos que perpetuam até hoje. 

Mas, contudo eles fizeram reformas que agradaram as camadas populares, criando mais escolas, ensino para todos, acabando com exame de admissão nas escolas publicas e pela propaganda de um país sem educação não seria desenvolvido como os EUA, era o ápice do modo de vida americano, o rock, a modernidade chegara e que só o capitalismo nos proporia uma vida digna.

Porém era uma escola ainda para letrear  os analfabetos, quem não tinha estudo não conseguia emprego, plena industrialização, o boom do desenvolvimento brasileiro,  nem todos queriam ir para escola, mas os pais obrigavam ir, alguns não iam, se lançaram no comércio em algum empreendimento que lhes deram segurança financeira, tinha-se emprego em abundância.

O estereótipo era ser estudado quem não fosse estudado, era chamado de burro, (é  ou não  verdadeiro um bullying social, para não fugir das utopias que preenchem a escola e desvia a ineficácia das elites e novamente culpando a escola). 

O tempo é lembrado pelo interesse do aluno, o professor era “respeitado”, mas novamente estavam a serviço das elites.
calaram os pedagogos socialistas no Brasil, muitos como Freire foram se projetar em outras praças meio duvidosas como a ditadura do Chile, Uruguai, França, aplicaram suas utopias e se deram bem, aqui os que ficaram liam escondidos estes e sonhavam que ao acabar a ditadura programariam a escola do SER para transformação socialista sonhava em voltar para colocar na pratica a práxis destes autores.

  Segundo José Luiz Bello “Com o fim do Regime Militar, a eleição indireta de Tancredo Neves, seu falecimento e a posse de José Sarney, pensou-se que poderíamos novamente discutir questões sobre educação de uma forma democrática e aberta”. A discussão sobre as questões educacionais já haviam perdido o seu sentido pedagógico e assumido um caráter político.

Para isso contribuiu a participação mais ativa de pensadores de outras áreas do conhecimento que passaram a falar de educação num sentido mais amplo do que as questões pertinentes à escola, a sala de aula, a didática e a dinâmica escolar em si mesma.

Impedidos de atuarem em suas funções, por questões políticas durante o Regime Militar, profissionais da área de sociologia, filosofia, antropologia, história, psicologia, entre outras, passaram a assumir postos na área da educação e a concretizar discursos em nome da educação” que para mim serviram para enganar de novo as classes populares.
      O Projeto de Lei da nova LDB foi encaminhado à Câmara Federal, pelo Deputado Octávio Elisio em 1988. No ano seguinte o Deputado Jorge Hage envia a Câmara um substitutivo ao Projeto e, em 1992, o Senador Darcy Ribeiro apresenta um novo Projeto que acaba por ser aprovado em dezembro de 1996, oito anos após o encaminhamento do Deputado Octávio Elisio.
      O Governo Collor de Mello, em 1990, lança o projeto de construção de Centros Integrados de Apoio à Criança - CIACs, em todo o Brasil, inspirados no modelo dos Centros Integrados de Educação Pública - CIEPs, do Rio de Janeiro, existentes desde 1982.

Erradicar o analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização, aproveitando-se a didática do expurgado Paulo Freire. O MOBRAL se propunha a erradicar o analfabetismo no Brasil: não conseguiu. Entre denúncias de corrupção, acabou por ser extinto e, no seu lugar, criou-se a Fundação Educar.

“É no período mais cruel da ditadura militar, onde qualquer expressão popular contrária aos interesses do governo era abafada, muitas vezes pela violência física, que é instituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1971. A característica mais marcante desta Lei era tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante. (Thiago Dutra Vilela).”


      Neste período, do fim do Regime Militar aos dias de hoje, a fase politicamente marcante na educação a continuação da marginalização,  mantendo a farsa que os militares impuseram as classes populares, aumentou a burocracia, temos uma centralização caótica, as elites fugiram para as escolas particulares, já que não tem mais a necessidade de gerar letrados por que estavam saturado, eles não queriam pessoas queriam TER, SER e FAZER, mas apenas um SER hipotético.

Acabou a ditadura e vieram os utópicos socialistas bradando a quatro ventos o socialismo virá e nós seremos felizes, vieram com tudo na escola, os alunos foram iludidos, eles nem tinham conhecimento do “tal” de Karl Marx,  como bons cristãos acreditavam que deveria ser iguais, enquanto as elites ficaram nas  escolas particulares.

Fantasias colocadas em mentes que estavam abertas pelo mundo da mídia, principalmente a televisão, filhos de pobre, um mundo novo a ser descoberto baseado no consumismo, um apertar de botão, via-se a luta da emancipação das mulheres, o programa mais visto era da Marta Suplicy, outros melhores como ratim-bum, outros que ensinavam o modo de vida americano.

A televisão acalmou  ainda mais as massas populares, se não estou satisfeito troco o canal.

As maiorias dos socialistas utópicos chegaram a ser secretários de educação o exemplo mais notório foi Freire, enganaram de novo o povo, as culpas não são das elites.

A jamais houve execução de tantos projetos na área da educação com vinculo socialista e programas caros e centralizados e despendiosos
      Entre esses programas destacamos:
      Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF
      Programa de Avaliação Institucional - PAIUB
      Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - SAEB
      Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM
      Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs.
      Exame Nacional de Cursos - ENC
      Entre outros Programas que vem sendo executados. 

Agora vou destacar  alguns seguidores destes utópicos que fazem mal  e é apenas copiadora. 

Segundo Thiago Dutra Vilela, “Das  escolas jesuítas  até hoje não se limitaram ao ensino das primeiras letras, mas foi um projetos para dominar as classes oprimidas e os pseudos pedagogos brasileiro mantêm ainda mentiras que lhes dão dinheiro e complicando ainda mais a vida do professorado. 

Vamos salientar algumas ideias que será copias dos autores acima aperfeiçoados e bem misturados dando uma visão abrasileirada e geram culpa nos professores, como Vygotsky etc.  

“No fim do Regime Militar a discussão sobre as questões educacionais já haviam perdido o seu sentido pedagógico e assumido um caráter político”. Para isso contribuiu a participação mais ativa de pensadores de outras áreas do conhecimento que passaram a falar de educação num sentido mais amplo do que as questões pertinentes à escola, sala de aula,  didática, à relação direta entre professor e estudante e à dinâmica escolar em si mesma.

“Impedidos de atuarem em suas funções, por questões políticas durante o Regime Militar, profissionais de outras áreas, distantes do conhecimento pedagógico, passaram a assumir postos na área da educação e a concretizar discursos em nome do saber.”

“Neste período, do fim do Regime Militar aos dias de hoje, a fase politicamente marcante na educação, foi o trabalho do economista e ministro da Educação Paulo Renato de Souza, que tornou o Conselho Nacional de Educação menos burocrático e mais político. Jamais houve execução de tantos projetos na área da educação.”

Até os dias de hoje muito tem se mexido no planejamento educacional.

Mas a educação continua a ter as mesmas características impostas em todos os países do mundo, que é mais o de manter o “status quo”, para aqueles que frequentam os bancos escolares, e menos de oferecer conhecimentos básicos, para serem aproveitados pelos estudantes em suas vidas práticas. Algumas das ideias segundo “80-CONCEITOS-IMPORTANTES-NA-PRESTACAO-DE-CONCURSOS-RESUMOS-DIVERSOS” da Oposição alternativa.

 

ANTROPOLOGIA COGNITIVA 

A Antropologia Cognitiva, citada por Perrenoud, é um campo teórico-conceitual com ênfase especial no entendimento da estrutura de significação que membros de uma sociedade utilizam para construir a vida cotidiana, os significados compartilhados que fazem a vida social possível, bem como os métodos válidos que auxiliam o pesquisador a descobrir essas significações e avaliar o grau em que elas são compartilhadas e distribuídas em relação a fatores sociais. 

A antropologia cognitiva amplia o horizonte de estudos do pensamento humano de uma forma bastante peculiar. Busca entender as variações de pensamento e manifestações comportamentais em diferentes culturas, copia da Teoria de Makarenko.

AUTONOMIA 

Esse conceito tem a ver com a possibilidade do educando, paulatinamente, construir as competências e habilidades para continuar aprendendo por conta própria, a possibilidade de tomar as suas decisões num mundo em constante transformação. 

As Diretrizes Curriculares Nacionais definem autonomia como um objetivo que se inicia no Ensino Infantil, que deve ser construído de forma gradativa e concretizado no final do Ensino Básico. 

Segundo Paulo Freire, o professor, progressista para trabalhar com a perspectiva da autonomia, contribui positivamente para que o educando seja artífice de sua formação, e o ajuda no empenho da busca de investigações, de forma crítica. É indispensável à experiência histórica que só acontece onde há problematização do futuro. Um futuro não determinado, mas que pode ser mudado. 

O papel histórico não é só o de constatar o que ocorre, mas também o de intervir como sujeito de ocorrências, não para se adaptar, mas para mudar a realidade. 

Quando se trata da escola, a autonomia se refere à efetiva responsabilidade e poder de decisão atribuída a unidade escolar e as condições para que ela realize essa responsabilidade; tais como suporte técnico, financeiro, recursos humanos, mecanismos de avaliação de resultados e organização da participação dos pais. Copia da Teoria de Vigotsky

 

AVALIAÇÃO 

A avaliação, na educação tradicional, está restrita a uma prova, na qual os alunos sentados separadamente, em silêncio, de cabeças baixas realizam questões preparadas pelo professor. A estas questões depois de corrigidas, são atribuídas notas de acordo com o desempenho de cada um, a partir da perspectiva do professor. Este procedimento tenta avaliar o desempenho do aprendizado do aluno, porém, não necessariamente leva o professor a avaliar seu próprio desempenho. 

Na perspectiva abordada, deve levar em conta que, se a média da classe foi satisfatória, e apenas alguns alunos não apresentaram o desempenho esperado, é possível concluir que os conteúdos foram assimilados pela maioria dos alunos e que esses modificaram atitudes e valores dos educandos. Certamente a metodologia de trabalho do professor foi bem sucedida, embora um trabalho mais individual deva ser realizado com os alunos que não obtiveram bom desempenho. 

Porém, se a média da classe foi baixa, pode-se supor que o desempenho do professor não está sendo satisfatório, que o ensino não está sendo significativo para os alunos e que, provavelmente, a metodologia de trabalho adotada precisa de alterações. 

A avaliação precisa se entendida como instrumento de compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados e às habilidades desenvolvidas. Ação que necessita ser contínua, pois o processo de construção de conhecimentos pode oferecer muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim rever a sua prática e redirecionar suas ações, se preciso. 

Não há lugar para a avaliação autoritária ou classificatória, mas se abre um longo espaço para outros tipos de avaliação: diagnóstica, mediadora, integradora, ou por competências, dependendo da concepção de educação, sendo com certeza, uma forma de melhorar o trabalho e acompanhar cada aluno, melhorando seu desempenho escolar e o trabalho do próprio professor. 

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, “a avaliação subsidia o professor” com elementos para uma reflexão contínua sobre sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades.

Para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. “Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio.” 

A avaliação é imprescindível dentro da instituição educacional, porém quando é utilizada apenas como uma forma de obtenção de números pode tornar-se um instrumento de segregação do aluno com dificuldades de aprendizagem.

Pode igualmente levar a taxação dos alunos de uma maneira geral, sem proporcionar ao professor uma visão do seu próprio trabalho e do aluno como indivíduo, ou seja, a avaliação quando realizada desta maneira, nivela os alunos como iguais sem que haja a oportunidade de serem enxergados como indivíduos únicos.  Copia da Teoria de Vigotsky, Teoria de Makarenko,  Teoria de Maria Montessori é uma salada de teorias.

AVALIAÇÃO DE SISTEMAS 

A avaliação de sistemas educacionais tem por objetivo o levantamento de informações relevantes, principalmente sobre acesso e qualidade educacionais de determinado sistema de ensino, de modo a subsidiar os elaboradores de políticas públicas e tomadores de decisão em geral a planejar e programar ações que visem à melhoria do sistema avaliado. 

Para a avaliação de sistemas educacionais são construídos instrumentos de avaliação, que podem ser testes de larga escala, aliados a questionários de fatores associados que ajudam a levantar as informações desejadas. A avaliação também pode ser amostral em que apenas parte da população educacional é submetida aos testes, ou censitária em que o conjunto total de estudantes é submetido aos testes. Podem, também, ser selecionadas uma ou mais disciplinas para a avaliação. 

  No contexto Mundialmente, a avaliação de sistemas decorreu, de um lado, da necessidade de racionalizar os recursos existentes para atender a uma crescente demanda populacional por educação e, de outro, para programar reformas educacionais que buscassem melhor distribuição das oportunidades, diminuindo a exclusão e a desigualdade social. Teoria de Freinet, e continuação das utopias dos  teóricos  do “O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932)”.

Mais recentemente, na década de 80, crises sociais e econômicas foram responsáveis por mostrar uma nova dimensão à questão educacional, uma vez que a competição entre mercados globais apontou como tendo forte vantagem competitiva nações que haviam elevado a qualidade educativa de sua população. Em face desse novo paradigma que associa educação a desenvolvimento, os olhares se voltaram à eficiência das instituições escolares. Desse modo, as análises advindas das avaliações buscaram verificar a influência de todos os fatores envolvidos na educação, tais como administração escolar, aprendizagem, currículo e, mais recentemente, competências e habilidades cognitivas.

 No Brasil, a discussão sobre a montagem de um sistema de avaliação da educação básica surgiu no bojo das discussões sobre redemocratização, e na  redefinição dos papéis dos estados, municípios e União, entre 1985 e 1986, tendo em vista a busca de articulação e cooperação entre as instâncias governamentais e a sociedade como um todo.

Assim, precedido de algumas experiências isoladas, teve início em 1988 o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB, cuja última aplicação ocorreu em 2003. 

Inspirados pelo SAEB e pela importância das informações que ele traz, alguns estados brasileiros têm desenvolvido seus próprios sistemas de avaliação, como é o caso de São Paulo, Ceará, Goiás, Maranhão, entre outros. Desse modo, o SAEB, juntamente com os sistemas estaduais, tem fornecido informações relevantes que ajudam no desenvolvimento de estratégias de melhoria da educação brasileira. 

 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 

É o processo de avaliação que tem como objetivo detectar o conjunto de conhecimento assimilado pelos alunos no interior do processo ensino aprendizagem. Sua função é processual diante da atividade pedagógica, diferente da ação dirigida ao aluno ou ao conjunto de conhecimento trabalhado, procura observar e integrar as três dimensões, docente, conhecimento, discente, no interior da instituição de ensino. A avaliação diagnóstica deve estar sempre norteada pela proposta pedagógica, tanto no que se refere à concepção e eixos centrais das áreas de conhecimento quanto aos pontos de chegada, uma vez que faz parte do trabalho como um todo. Sabendo aonde quer chegar e como, o professor pode fazer uma avaliação diagnóstica que não o leve a classificar os alunos, mas sim indique caminhos para o trabalho. Deve ser um instrumento do reconhecimento dos caminhos percorridos e a identificação dos caminhos a serem perseguidos. Diante disso a avaliação da aprendizagem escolar deve ser vista como meio e não fim em si mesmo, não sendo dessa forma apenas uma ação mecânica, mas com um objetivo a ser seguido. 

É uma avaliação pedagógica e não punitiva que vai além da prova clássica, cujo objetivo é contabilizar acertos e erros. Com a avaliação diagnóstica, o professor deve ser capaz de chegar à matriz do erro ou do acerto, interpretando a produção do aluno. De acordo com a avaliação diagnóstica, o professor precisa localizar num determinado momento, em que etapa do processo de construção/apropriação do conhecimento encontra-se o estudante e, em seguida, identificar as intervenções pedagógicas que são necessárias para estimular o seu progresso. Esse diagnóstico, onde se avalia a qualidade do erro ou do acerto, permite que o professor possa adequar suas estratégias de ensino às necessidades de cada aluno. 

Esse conceito está desenvolvido, principalmente nas obras de Cipriano Luckesi e se diferencia da Avaliação Mediadora, principalmente por estar mais adequada à concepção critico social dos conteúdos do que ao construtivismo. 

AVALIAÇÃO DIALÓGICA 

Conforme definido por Yves de la Taille, a prova clássica, objetiva contabilizar acertos e erros, enquanto a avaliação dialógica é pedagógica e não punitiva. Com a avaliação dialógica, o professor deve ser capaz de chegar à matriz do erro ou do acerto, interpretando a produção do aluno, para isso, ele precisa localizar, num determinado momento, em que etapa do processo de construção do conhecimento encontra-se o estudante e, em seguida, identificar as intervenções pedagógicas que são necessárias para estimular o seu progresso avaliando a qualidade do erro ou do acerto, permite que o professor possa adequar suas estratégias de ensino às necessidades de cada aluno, dialogando com o processo de ensino-aprendizagem. Teoria de Freinet, e pseudo-teórico Paulo Freire e outros.

A ideia de avaliação dialógica surgiu a partir da abolição da repetência no ensino fundamental nas escolas públicas, com a chamada progressão continuada. Teoria de Freinet.

AVALIAÇÃO INTEGRADORA 

Segundo Zabala, a avaliação é um processo, no qual o professor precisa de objetivos claros, saber o que as crianças já conhecem e preparar o que eles devem aprender — tudo em função de suas necessidades (avaliação inicial). O segundo passo é selecionar conteúdos e atividades adequadas àquela turma (avaliação reguladora). Periodicamente, ele deve parar e analisar o que já foi feito, para medir o desempenho dos estudantes (avaliação final). Ao final, todo o processo tem de ser repensado, de forma a mudar os pontos deficientes e aperfeiçoar o ensino e a aprendizagem (avaliação integradora). 

 

AVALIAÇÃO MEDIADORA 

Jussara Hoffman (Avaliar para Promover, as Setas do Caminho, 2004), na perspectiva de superação das práticas avaliativas positivistas e classificatórias (baseadas em verdades absolutas, critérios objetivos, padronização e estatísticas), que tem como objetivo classificar e selecionar no processo de seriação. Provocar atitudes alienadas e reprodutoras, com visão centrada no professor e em medidas padronizadas, em disciplinas fragmentadas na lógica da competição, propõe uma avaliação em favor de uma ação consciente e reflexiva sobre o valor das situações avaliadas e do exercício do diálogo entre os envolvidos. Teoria de Decroly

Assim, se confere ao educador uma grande responsabilidade no compromisso com o objeto avaliado e com sua própria aprendizagem – daí a avaliação mediadora, fundada na ação pedagógica reflexiva, com o objetivo explícito de promover melhoria na situação avaliada. Em se tratando da avaliação da aprendizagem, sua finalidade não é o registro do desempenho escolar, mas a observação contínua das manifestações de aprendizagem para desenvolver ações educativas que visem à promoção, a melhoria das evoluções individuais. Teoria de Vigotsky, Teoria de Dewey, Teoria da Lauro de Oliveira Lima.

A finalidade da avaliação mediadora é subsidiar o professor, como instrumento de acompanhamento do trabalho, e a escola, no processo de melhoria da qualidade de ensino, para que possam compreender os limites e as possibilidades dos alunos e delinear ações que possam favorecer seu desenvolvimento. 

A finalidade da avaliação é promover a evolução da aprendizagem dos educandos e a promoção da qualidade do trabalho educativo, colocando a avaliação a serviço da aprendizagem, da formação, proporcionando cidadania, mobilizando em busca de sentido e significado da ação, tendo à intenção de acompanhamento permanente de mediação e intervenção pedagógica favorável a aprendizagem, tendo visão dialógica, de negociação, se referenciado na interdisciplinaridade e na contextualização, respeitando as individualidades, confiando na capacidade de todos, na interação e na socialização do processo avaliativo. Segundo a autora, da mesma forma que o professor media a questão do conhecimento com o aluno a avaliação deveria mediar este processo, para desta forma tornar possível a identificação de problemas na aprendizagem do aluno, bem como no método que o professor emprega para realizá-lo.  Teoria de Wallon, Teoria de Gagné, 

 

AVALIAÇÃO POR COMPETÊNCIAS 

A avaliação numa abordagem por competências, segundo Perrenoud, deve verificar não só os conhecimentos, mas, a capacidade do aluno no enfrentamento de novas situações. Ela deve estar baseada em critérios relacionados com o saber, saber ser e saber fazer, privilegiar a resolução de problemas, pois as tarefas devem ser contextualizadas; estimular a colaboração entre pares; o contrato didático; valorizar os conhecimentos anteriores e os valores dos alunos e verificar o grau de domínio das competências visadas; promover a auto-avaliação e definir de forma clara os critérios para realizá-la. Karl Rogers.

AVALIAÇÕES EXTERNAS 

No final dos anos 70, solidificou-se nos Estados Unidos o conceito de que a educação é a principal mola propulsora do desenvolvimento dos povos. Essa idéia acabou se disseminando pelo mundo, tendo com isso aflorado preocupações muito significativas sobre algumas questões essenciais. Deixou-se de supervalorizar a acumulação de conteúdos a fim de priorizar habilidades e competências. 

O importante, quando se fala em avaliações externas, é considerar que elas devem obedecer a certos quesitos, como isenção, sigilo, universalidade, seriedade e simultaneidade na aplicação das provas, para que dessa forma elas sejam confiáveis, oferecendo segurança aos avaliados, quer sejam eles alunos ou instituições. 

Os Objetivos das avaliações Externas são: oferecer subsídios à formulação, reformulação e monitoramento de políticas públicas e programas de intervenção ajustados às necessidades diagnosticadas nas áreas e etapas de ensino avaliadas; identificar os problemas e as diferenças regionais do ensino; produzir informações sobre os fatores do contexto socioeconômico, cultural e escolar que influenciam o desempenho dos alunos; proporcionar aos agentes educacionais e à sociedade uma visão clara dos resultados dos processos de ensino e aprendizagem e das condições em que são desenvolvidos e desenvolver competência técnica e científica na área de avaliação educacional, ativando o intercâmbio entre instituições educacionais de ensino e pesquisa. Teoria de Skinner.

BEHAVIORISMO 

O Behaviorismo ( behavior, em inglês, comportamento) se trata de uma corrente técnico-teórica da Psicologia. Teve origem com o lançamento, em 1913, do manifesto “A Psicologia tal como a vê um Behaviorista”, de John B. Watson. Ele afirmava que a Psicologia deveria ser redefinida como estudo do comportamento, ou uma filosofia de uma ciência do comportamento que estuda a relação entre comportamento e ambiente. Nesse estudo, que começou com a observação de animais, é verificado o comportamento de um indivíduo em ambientes cuidadosamente controlados, oferecendo uma alternativa para o estudo do comportamento humano.

 Mais tarde, Skinner desenvolveu o conceito de condicionamento operante, no qual o animal que estava sob observação era premiado após realizar um determinado comportamento almejado, sendo reforçado com um prêmio. Skinner ainda desenvolveu uma máquina de ensino, onde se aprendia paulatinamente, encontrando-se as respostas que levavam ao prêmio imediato. 

BULLYING 

É como se caracterizam as formas de atitudes agressivas intencionais e recorrentes praticadas, sem motivação evidente, por crianças e adolescentes, executadas dentro de uma relação desigual de poder. Os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima. Esse tipo de comportamento causa nas pessoas que são seu alvo humilhação, dor e angústia. Afeta estudantes, pais e professores no mundo inteiro. 

A palavra bullying é derivada do verbo inglês bully, que significa usar a superioridade física para intimidar alguém. Também tem valor de adjetivo, com o significado de “valentão” e/ou “tirano”. Não existe uma tradução na língua portuguesa capaz de expressar as várias situações de bullying, mas, em geral, ela está associada a ações como colocar apelidos, ofender, humilhar, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, dominar, agredir, bater, chutar, empurrar, ferir, roubar, etc. 

Comumente, vemos no ambiente escolar, crianças, desde muito pequenas, e adolescentes, colocando apelidos nos colegas, criando estigmas, discriminando-os por serem obesos, negros, pobres, pela sua orientação sexual ou religiosa, por pertencerem a diferentes tribos e grupos, etc. Nova teoria utópica de BEAUDOIN & TAYLOR

Esse cenário pode passar despercebido por parte dos educadores que vêem às vezes, esses comportamentos como brincadeiras. Porém, para os que sofrem bullying, é algo muito mais sério e, por vezes, trágico. 

Além de causar danos cruéis, o bullying está disseminado nas escolas, e seus comportamentos característicos tendem a aumentar rapidamente com o avanço da idade dos alunos. Os motivos que levam a esse tipo de violência são extremamente variados e estão relacionados com as experiências que cada indivíduo tem em sua família e/ou comunidade.

As práticas de bullying apresentam características, como comportamentos deliberados e danosos, produzidos de forma repetitiva em período prolongado de tempo contra uma mesma pessoa; mostra uma relação de desequilíbrio de poder, o que dificulta a defesa da vítima; não há motivos evidentes; acontece de forma direta, por meio de agressões físicas e verbais, e de forma indireta, por meio de agressões morais e psicológicas, caracterizando-se pela disseminação de rumores que visam à discriminação, ao preconceito e à exclusão. 

Mais do que um fenômeno, para, o bullying é uma cultura na escola, mas não é algo natural e inevitável entre os jovens. Muitos alunos têm dificuldades, não só de auto aceitação e de convivência com seus pares mas também de aprendizagens. 

Diante dessa realidade é necessário criar situações favoráveis às aprendizagens e à formação cidadã dos indivíduos. Assim, para BEAUDOIN & TAYLOR, ao trabalhar o Bulling na escola, deve-se fortalecer o vínculo que se refere ao estar junto e também à realização de atividades conjuntas, impedindo o surgimento de sérios problemas entre os alunos, como as brigas, a competição, o desrespeito, ajudando-os a serem tolerantes uns com os outros, a aceitar a diversidade em sala de aula e a aproveitar o tempo que passam na escola. De novo o estudante é culpado.

CICLOS 

Os ciclos de formação, políticas de ciclos ou ensino por ciclos são uma alternativa apresentada para a organização do ensino básico da Educação Básica em resposta aos diversos problemas apresentados pelo ensino seriado, sistema escolar predominante no Brasil até o início dos anos 90. No estado de São Paulo, os ciclos foram implantados a partir de 1997, através do regime de progressão continuada. 

Segundo a proposta oficial, o objetivo da Progressão Continuada seria possibilitar que, os alunos aprendessem cada vez mais, mediante a eliminação de dificultadores os quais, supostamente, estariam interrompendo o processo de aprendizagem dos alunos e levando-os à reprovação, em especial, a desconsideração dos conhecimentos construídos pelos alunos no decorrer do ano letivo.

 

As ideias básicas do regime de progressão continuada, fundamentadas em princípios da psicologia do desenvolvimento, da aprendizagem e da teoria sócio - construtivista da educação, são: - toda criança é capaz de aprender; 

-toda interação professor/aluno e aluno/aluno resulta em aprendizagem; 

-a aprendizagem ocorre em um movimento não linear, o que permite que alunos atrasados em relação ao seu grupo consigam avançar e dominar conteúdos que, até então, eram considerados inacessíveis; 

-a aprendizagem é um processo contínuo e sem retrocessos, consequentemente, a repetência é capaz de destruir a auto - estima do aluno e sabotar a sua capacidade de aprender. Em termos operacionais, a evolução escolar do educando dentro dos ciclos é de avanço contínuo. Assim, os alunos poderão progredir do 1o até o 5o ano (ciclo I) e do 6º até o 9º ano (ciclo II) continuamente. Ao final de cada ciclo (5o série e 9º ano), caso não atinjam os parâmetros de aprendizagem, conhecimento e habilidades desejáveis, têm o direito de fazer a recuperação de ciclos, por um ano letivo. 

O processo de avaliação é contínuo e cumulativo, possibilitando que necessidade de atividades de reforço e recuperação seja diagnosticada rapidamente e que as dificuldades detectadas possam ser solucionadas o mais brevemente possível. 

Com a proposta de atender aos agrupamentos de alunos com ritmos e dificuldades variados sugere-se, além da realização de atividades coletivas, em pequenos grupos ou individuais, o planejamento de situações de trabalho diversificado. O que exige do professor a elaboração, o planejamento de atividades diferentes e o equilíbrio na formação de grupos mais autônomos, para que os alunos mais adiantados possam auxiliar aqueles que precisam de maior colaboração. 

O ponto de partida do trabalho deve ser o cotidiano do aluno, seu real contexto de aprendizagem, trazendo-se para a sala de aula o que já se conhece para ser retomado e reconhecido e, a partir daí, ampliar-se em direção a um outro patamar de conhecimento sistematizado. Teoria de Piaget, Teoria de Dewey.

CIDADANIA 

É, juntamente com a preparação para o mundo do trabalho, um dos objetivos centrais da educação escolar brasileira, definidos pela Constituição Federal e Pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação). O termo cidadania se refere aos direitos e deveres das pessoas. Considerando-se como centrais os direitos políticos que se referem ao direito de votar e ser votado para ser representante da população nos poderes executivo, legislativo e judiciário; e os direitos civis, como o direito à liberdade de expressão, à vida, a propriedade e também direitos sociais, como ter acesso à educação, saúde, segurança e moradia. 

Foi somente no século V a.C. (antes de Cristo), em Atenas, cidade-estado da Grécia, que a política passou a ser atividade não só de soberanos, mas também de um determinado grupo de homens designados como CIDADÃOS, pois nasceu na própria CIDADE de Atenas. 

Nesse século, após vencerem os persas, os atenienses transformaram a sua cidade no maior centro intelectual do mundo grego e construíram um sistema político em que, pela primeira vez, a soberania era atributo de determinados membros da cidade. Essa experiência grega é considerada a primeira proposta de DEMOCRACIA que a humanidade conheceu e aconteceu no período em que a cidade foi governada por Péricles. 

Entre os povos romanos, eram considerados cidadãos todos aqueles que viviam na cidade de Roma e gozavam dos benefícios de participar da vida política, como os patrícios (aristocratas), no século II d.C. O direito de ser cidadão romano havia se estendido também a alguns habitantes das terras conquistadas pelos romanos. Mas, o conceito atual de cidadania remete à Revolução Francesa, na qual o termo foi adaptado aos objetivos dela e definitivamente associado à ideia de democracia. 

Na história dos povos ocidentais, a idéia de cidadania foi sendo construída e conquistada de várias formas e em vários momentos diferentes. Atualmente, por vezes, o termo aparece adjetivado como, por exemplo: cidadania responsável, cidadania política, etc. 

COGNIÇÃO 

Cognição é derivada da palavra latina cognitione, que significa a aquisição de um conhecimento através da percepção. É o ato ou processo de conhecer, que envolve, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. A palavra cognição tem origem nos escritos de Platão e Aristóteles. 

É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento e na percepção, também na classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas. De uma maneira mais simples, podemos dizer que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos. 

A cognição é mais do que simplesmente a aquisição de conhecimento e consequentemente, a nossa melhor adaptação ao meio - mas é também um mecanismo de conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno. É um processo pelo qual o ser humano interage com os semelhantes e com o meio em que vive, sem perder a sua identidade existencial. Ela começa com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre a percepção. É, portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na nossa memória. 

COMPETÊNCIAS 

As competências e habilidades são inseparáveis da ação, mas exigem domínio de conhecimentos. Competências se constituem num conjunto de conhecimentos, atitudes, capacidades e aptidões que habilitam alguém para vários desempenhos da vida. As competências pressupõem operações mentais, capacidades para usar as habilidades, emprego de atitudes, adequadas à realização de tarefas e conhecimentos. De acordo com Vasco Moretto, "as competências são um conjunto de habilidades harmonicamente desenvolvidas e que caracterizam, por exemplo, uma função/profissão específica: ser arquiteto, médico ou professor de química. As habilidades devem ser desenvolvidas na busca das competências.” 

Para ele um dos sentidos de competência aflora na utilização da palavra no senso comum quando utilizamos expressões como "vou procurar um dentista, mas quero que seja competente", ou "meu irmão é um pianista competente". Todas elas têm o mesmo sentido: uma pessoa é competente quando tem os recursos para realizar bem uma determinada tarefa. A expressão isolada "fulano é competente" não tem muito sentido, provocando outra pergunta: "competente para fazer o quê?" Poderíamos dizer que Ronaldinho (jogador de futebol) é mais, ou menos competente que Guga (tenista)? 

Vislumbrando as varias acepções de competências, parece mais lógico o conceito de competência relacionado à capacidade de bem realizar uma tarefa, ou seja, de resolver uma situação complexa. Para isso, o sujeito deverá ter disponíveis os recursos necessários para serem mobilizados com vistas a resolver a situação na hora em que ela se apresente. 

Educar para competências é, então, ajudar o sujeito a adquirir e desenvolver as condições e/ou recursos que deverão ser mobilizados para resolver a situação complexa. "Assim, educar alguém para ser um pianista competente é criar as condições para que ela adquira os conhecimentos, as habilidades, as linguagens, os valores culturais e os emocionais relacionados à atividade específica de tocar piano muito bem" (Moretto). 

A competência tem de ser flexível. Nesta analise, a idéia de competência é: “como me viro diante de uma situação complexa”? A pessoa que realmente adquiriu uma competência tem condições de resolver este tipo de situação com criatividade. Assim, a metodologia com relação a competências precisa dar conta de situações novas. Teoria de Skinner, Teoria de Piaget, Teoria de Dewey,  Rogers, Decroly é uma salada de novo.

O trabalho em grupo e a pedagogia de projetos estão se destacando como facilitadores para uma nova metodologia. Na prática Não estamos conseguindo separar a idéia de competência de conteúdos, a escola traz para os alunos respostas para perguntas que eles não fizeram: o resultado é o desinteresse; As perguntas são mais importantes que as respostas.

COMPETÊNCIA RELACIONAL 

Essa forma de competência é interdependente, ou seja, não basta ser muito entendido em uma matéria, não basta possuir objetos potentes e adequados, pois o importante é   “como esses fatores interagem". A competência relacional expressa esse jogo de interações. É comum na escola um professor saber relatar bem um problema que está acontecendo em sala de aula, mas na própria aula não saber resolver situações relacionadas com a indisciplina, espaço ou tempo. 

Numa partida de futebol, para fazer gol, não basta que o jogador saiba chutar a gol, fazer embaixadas, correr com a bola no pé, é necessário que saiba coordenar tudo isso no momento da partida. 

No caso de uma conferência, a qualidade do texto (competência do objeto) não é condição suficiente para que ela atinja os objetivos do conferencista, é necessário fazer uma boa leitura (competência do sujeito), considerando as reações da platéia, o ritmo, as pausas, etc. (competência relacional). 

A situação de jogo é um bom exemplo de competência relacional, pois essa forma sempre se expressa em um contexto de interdependência. "Não se ganha o jogo na véspera", como se diz usualmente. Na véspera, há muitas ações que se podem realizar (treinar, estudar outras partidas, etc.), mas são as leituras ou interpretações, no momento do jogo propriamente dito, as tomadas de decisão, as coordenações entre ataque e defesa que definirão as possibilidades de ganhar ou perder. Por isso, o jogo é uma boa metáfora para tantas outras situações que, como ele, depende de competência relacional. A sala de aula é um bom exemplo disso. Muito se pode e deve fazer previamente: estudar, preparar e selecionar materiais, escrever o texto ou definir o esquema a ser seguido. Mas há outros fatores que só podem e deve ser definidos no momento da aula, em função de outros que não se podem antecipar, justamente porque são construídos no jogo das interações entre o professor, seus alunos e os materiais de ensino. De novo uma salada.

COMPOSIÇÃO DOS NÍVEIS DE ENSINO 

Nome dado aos diferentes estágios da educação escolar. 

A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), no seu Art. 21, estabelece a divisão da educação escolar em dois blocos: a Educação Básica (que compreende três níveis, a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio) e a Educação Superior. As outras formas de educação tratadas pela LDB classificam-se como modalidades, já que podem localizar-se nos diferentes níveis da educação escolar. (VER MODALIDADES DE ENSINO) 

COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM 

A sociedade atual vive transformações sociais e produtivas marcadas por grandes avanços tecnológicos e que exigem das pessoas maior formação e flexibilidade no desenvolvimento de novas competências.

 Essa nova realidade tem sido identificada por muitos autores como constitutiva da Sociedade de Informação. Diante de tal contexto, a escola torna-se mais importante do que em tempos anteriores, como espaço de democratização da sociedade, podendo garantir o acesso à informação e desenvolver a capacidade de selecioná-la e utilizá-la, transformando-a em conhecimento.

 Segundo Guiomar N. Mello (2002), há um papel fundamental da escola enquanto espaço público, solidário e comunicativo, para o qual as tecnologias da informação e da comunicação (TICS) - bem como os espaços e práticas de potencialização de interações entre diferentes sujeitos - são fundamentais enquanto ferramentas de transformação da escola implica uma transformação social e cultural na escola e no seu entorno porque envolve mudança de hábitos e atitudes das famílias, profissionais da educação (incluindo-se professores e professoras), alunos e alunas e de toda a comunidade em torno da ideia de construir uma escola onde todas as pessoas aprendam a comunidade de aprendizagem. 

Na escola, tal transformação envolve a participação de todos os agentes educativos, por meio de diálogo igualitário, o qual considera que todas as pessoas, independente de idade, raça, sexo ou nível escolar pode estabelecer comunicação em busca de construção de consensos. O importante é que o diálogo busque as formas de superar os obstáculos à aprendizagem. 

CONFLITO ESCOLAR 

É uma alternativa potente e viável para a diminuição da violência escolar. Álvaro Crispino nos mostra um estudo onde jovens entre 14 e 18 anos apontam o quanto a escola e a educação povoam o seu imaginário, o quanto estes ainda veem na escola e na educação instrumentos importantes para suas vidas e o quanto a violência na escola os afasta de seus sonhos ou os amedronta. 

Para o autor, a massificação da educação garantiu o acesso dos alunos, mas por outro lado, expôs a escola a um contingente de alunos cujo perfil ela – a escola – não estava preparada para absorver. Antes, o aluno tinha um tipo padrão, com expectativas padrões, com passados semelhantes, com sonhos e limites aproximados, os perfis eram muito próximos. Com a massificação, no mesmo espaço escolar, temos alunos com diferentes vivências, diferentes expectativas, sonhos, valores, culturas hábitos [...], mas a escola permaneceu a mesma! É este conjunto de diferenças o causador de conflitos que, quando não trabalhados, provocam uma manifestação violenta. Essa é a causa primordial da violência escolar. 

Os problemas novos da violência escolar no Brasil são um problema antigo em outros países e para isso são necessárias políticas públicas dirigidas aos diversos atores. O conflito é a manifestação da ordem em que ele próprio se produz e da qual se derivam suas conseqüências principais. O conflito é a manifestação da ordem democrática, que o garante e o sustenta. 

A ordem e o conflito são resultados da interação entre os seres humanos. A ordem, em toda sociedade humana, não é outra coisa senão uma normatização do conflito. 

No espaço escolar, professores e alunos dão valores diferentes à mesma ação e reagem diferentemente ao mesmo ato: isso é conflito. Como a escola está acostumada historicamente a lidar com um tipo padrão de aluno, ela apresenta a regra e requer dos alunos enquadramento automático. 

Quanto mais diversificado for o perfil dos alunos (e dos professores), maior será a possibilidade de conflito ou de diferença de opinião. E isso numa comunidade que está treinada para inibir o conflito, pois este é visto como algo ruim, uma anomalia do controle social. Teoria de Vigotsky, Teoria de Gagné.

Porém, o mito de que o conflito é ruim está ruindo. O conflito começa a ser visto como uma manifestação mais natural e, por conseguinte, é necessária às relações entre pessoas, grupos sociais, organismos políticos e Estados. 

O conflito é inevitável e não se devem suprimir seus motivos, até porque ele possui inúmeras vantagens dificilmente percebidas por aqueles que vêem nele algo a ser evitado: Ajuda a regular as relações sociais; ensina a ver o mundo pela perspectiva do outro e permite o reconhecimento das diferenças, que não são ameaça, mas resultado natural de uma situação em que há recursos escassos. 

CONHECIMENTOS PRÉVIOS 

Para a pedagogia contemporânea, não se deve considerar conhecimentos prévios os conteúdos trabalhados anteriormente pelo docente, a partir de suas perspectivas e do que ele considera como conhecimentos necessários visando os conteúdos que pretende trabalhar. Para a concepção construtivista, a aprendizagem de um novo conteúdo é produto de uma atividade mental realizada pelo aluno, atividade na qual constrói e incorpora, à sua estrutura mental, os significados e representações relativas ao novo conteúdo. Essa construção, não pode ser realizada a partir do nada. 

Aprender passa pela possibilidade de entrar em contato com um novo conhecimento a partir de algo que já conhecemos. Esses conhecimentos prévios são os fundamentos da construção de novos significados. As aprendizagens serão mais significativas, na medida em que os educandos consigam estabelecer relações entre seus conhecimentos prévios e o novo conteúdo. Para César Coll, conhecimento prévio “é a representação que uma pessoa possui em um determinado momento de sua história, sobre uma parcela da realidade”. 

Os PCNS apontam que “as crianças trazem de sua experiência pessoal uma série de conhecimentos relativos ao corpo, ao movimento e à cultura corporal. A escola deve promover a ampliação desses conhecimentos, permitindo sua utilização em situações sociais”. 

CONSTRUTIVISMO 

É uma das correntes teóricas empenhadas em explicar como a inteligência humana se desenvolve partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio. 

Esta concepção do conhecimento e da aprendizagem tem como base, principalmente, as teorias da epistemologia genética de Jean Piaget e da pesquisa sócio-histórica de Lev Vygotsky, além da teoria sobre a afetividade de Henri Wallon. Parte da idéia de que o homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob a influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar seu próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada. 

Nesta concepção, o conhecimento não se traduz em atingir a verdade absoluta, em representar o real tal como ele é, mas numa questão de adaptação (noção trazida da biologia) do organismo a seu meio ambiente. Assim, o sujeito do conhecimento está o tempo todo modelando suas ações e operações conceituais com base nas suas experiências. 

O construtivismo como corrente pedagógica contemporânea, deriva do escolanovismo de Dewey, movimento que em seu tempo assumiu uma concepção reformista e uma atitude transformadora dos processos escolares. Poder-se-ia dizer, em outras palavras, que o Construtivismo seria, em todo caso, um elo que se desprendeu desse grande movimento pedagógico, cujas implicações ideológicas e culturais ainda estão vigentes nas práticas educativas de nosso tempo. 

CONTEXTUALIZAÇÃO 

De forma geral, é o ato de vincular o conhecimento à sua origem e à sua aplicação. A idéia de contextualização entrou em pauta com a reforma do ensino médio, a partir LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996, que orienta para a compreensão dos conhecimentos para uso cotidiano. Tem origem nas definições dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que são guias para orientar a escola e os professores na aplicação do novo modelo. De acordo com esses documentos, orienta-se para uma organização curricular que, entre outras coisas, trate os conteúdos de ensino de modo contextualizado, aproveitando sempre as relações entre conteúdos e contexto para dar significado ao aprendido, estimular o protagonismo do aluno e estimulá-lo a ter autonomia intelectual. 

Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, “contextualizar o conteúdo que se quer aprendido significa em primeiro lugar assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto”. Na escola o conhecimento é quase sempre reproduzido das situações originais nas quais acontece sua produção. 

Por essa razão quase sempre o conhecimento escolar se vale de uma transposição didática para na qual a linguagem joga papel decisivo. 

O tratamento contextualizado do conhecimento é o recurso que a escola tem para retirar o aluno da condição de espectador passivo. Se bem trabalhado, permite, que ao longo da transposição didática, o conteúdo do ensino provoque aprendizagens significativas que mobilizam o aluno e estabeleçam entre ele e o objeto do conhecimento uma relação de reciprocidade. 

“A contextualização evoca por isto áreas, âmbitos ou dimensões presentes na vida pessoal, social e cultural, e mobiliza competências cognitivas já adquiridas.”

 Porém se percebe que raras vezes conseguimos, em nossas aulas, contextualizar os conteúdos escolares, o que provoca o desenvolvimento de aulas nas quais não há uma dimensão mais ampla do conteúdo, em suas inserções sociais, culturais, políticas e econômicas. O aluno só se motiva para os estudos quando o assunto trabalhado desperta o seu interesse, vendo na aprendizagem a satisfação de sua necessidade de conhecimento.

Uma das críticas ao ensino tradicional é o fato de não considerar interesses da vida do aluno, levando esse ao desinteresse pelo que é ensinado em sala de aula. 

Libâneo no seu livro “Didática” (1990) aponta que “ao selecionar” os conteúdos da série em que irá trabalhar, o professor precisa analisar os textos, verificar como são abordados os assuntos para enriquecê-los com sua própria contribuição e a dos alunos, comparando o que se afirma com fatos, problemas, realidades da vivência real dos alunos, Já Paulo Freire, em Educação como Prática de Liberdade (1974) diz que “ensinar é uma prática social, uma ação cultural, pois se concretiza na interação entre professores e alunos, refletindo a cultura e os contextos sociais a que pertence.”. Se não for assim, não se trata de contextualização. 

Portanto, o novo currículo vai exigir que “todo conhecimento tenha como ponto de partida a experiência do estudante, o contexto onde está inserido e onde ele vai atuar como trabalhador, cidadão, um agente ativo de sua comunidade”. A contextualização também pode ser entendida como um tipo de interdisciplinaridade, na medida em que aponta para o tratamento de certos conteúdos como contexto de outros. 

Considerando a ação pedagógica ou didática, o conceito contextualização significa que o educador deve relacionar seus objetivos e conteúdos com os vários níveis de possíveis ligações sociais no universo do aluno e da instituição de ensino. Neste sentido o trabalho docente deve objetivar o maior nível possível de interações no interno e externo da instituição escolar. 

 

 

CONTRATO DIDÁTICO 

O contrato didático é o conjunto de comportamentos do professor que são esperados pelo aluno e o conjunto de comportamentos do aluno que são esperados pelo professor, além do conjunto de comportamentos esperados desses para com a comunidade escolar e vice versa. São “expectativas”. Esse contrato é renovado e adaptado por intermédio de alguma forma de negociação. Trata-se da relação professor/aluno/saber/comunidade e sofrem influência dos contextos nos quais se estabelecem, ou seja, de fatores externos. 

Pode haver a ruptura contratual. Isso ocorre quando os indivíduos envolvidos na relação (professores, alunos e comunidade escolar) manifestam uma conduta não declarada anteriormente, e dessa forma “rompem o contrato”, quando se torna necessária uma nova normatização, e, portanto, um novo contrato é estabelecido. 

É interessante colocarmos, que num primeiro momento, esse contrato, geralmente, é aceito silenciosamente pelos alunos. 

Porém, a adesão pode ocorrer por meio de negociação. Além disso, devem ser feitas considerações na relação professor/aluno/saber/comunidade porque se trata de relações implícitas estabelecidas entre eles, sobretudo porque estas exercem influência no processo ensino aprendizagem, propriamente dito. Teoria de Vigotsky.

 

BOM CANSEI DE REMARCAR AS IMITAÇÕES DOS TEÓRICOS  PELO NOSSOS IMITADORES PEDAGOGOS.  É só seguirem  os destaques que dei no início e que esta na ultima pagina deste livro.

 

CURRÍCULO 

A palavra vem do latim e significa percurso, carreira, curso. (...) 

Aplicado a educação o currículo sofre transformações em sua trajetória, tendo definições diferenciadas nos períodos históricos. O currículo passa por uma dimensão filosófica, uma dimensão, sócio antropológica e uma dimensão psicológica. 

Até pouco tempo, falar de currículo significava falar dos conteúdos socialmente construídos pela humanidade e transmitidos na escola, de forma fragmentada. Muitos consideram, até hoje, apenas a grade curricular, ou seja, a divisão em disciplinas e os conteúdos trabalhados por elas. O currículo explicitava e hierarquizava os graus escolares e os critérios de avaliação por mérito ou prestígio. O conceito se ampliou para adaptar-se às exigências da sociedade contemporânea e tem a ver com a forma de ensino e os conteúdos trabalhados na busca do desenvolvimento do raciocínio e, portanto, na busca da autonomia nas crianças e jovens. 

Atualmente o currículo é visto como um conjunto formado por todas as atividades pedagógicas realizadas na escola, que além do conteúdo tradicional propedêutico envolve habilidades e competências que estejam voltadas para questões valorativas, procedimentais e atitudinais, em todo o âmbito escolar e não somente na sala de aula.

Não devemos confundir planejamento com currículo. O planejamento é o ato de organizar na escola os passos e métodos que serão utilizados para aplicar as questões curriculares. As questões curriculares são definidas em Lei, nas diversas Diretrizes Curriculares Nacionais, editadas pela Câmara da Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. 

A definição de conteúdos não é estabelecida nacionalmente. As escolas devem ter autonomia curricular, tendo por base os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), mas devendo ser flexível, respeitando-se o disposto na LDB: 75% da sua composição levando em conta a Base Nacional Comum e, 25%, perfazendo a Parte Diversificada que deve respeitar características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.  

 CURRÍCULO EM AÇÃO 

Segundo Geraldi (1994), o currículo em ação é o conjunto de experiências vividas pelos alunos dentro ou fora da escola, mas sob-responsabilidade desta, no decorrer da trajetória escolar. O currículo em ação mostra fragmentos marcados pelo massacre dos alunos e pelo tédio, tendo como referência o livro didático que dá direção ao processo pedagógico, expropriado do professor, pois segundo o autor, é o livro didático quem adota o professor e não o contrário. 

As aulas são quase sempre iguais, os alunos ouvem, copiam, fazem exercícios, falam quando os docentes autorizam, mas normalmente não tem resposta. As carteiras são enfileiradas e ocorre a separação entre meninos e meninas, e os docentes reclamam do não cumprimento correto das ordens, com o fato de não fazer a lição de casa, não responder o exercício completo, fugir dos limites do tempo estabelecido, falar e bagunçar quando devem fazer lição, correr quando devem caminhar, etc. 

O padrão de tempo, atividades, formas de relação, da postura esperada do aluno A divisão dos alunos fortes e fracos, por componentes e áreas curriculares, pela separação da escola e do mundo cultural da criança, hora de copiar e de fazer o copiado, pela separação de gêneros e pela divisão dos que entram no padrão e dos que resistem a ele, tudo isso são componentes que ajudam a compor o mosaico do currículo em ação. 

CURRÍCULO OCULTO 

Para Michel Apple esse é um tema central para ser examinado. Ele mostra que no passado se enfatizava à formação de hábitos e práticas automatizadas e não conscientes que pouco tinham a ver com o conhecimento trabalhado nas escolas. 

Assim, os currículos explicitam aquilo que se ensina nas escolas, ficava sem exame. 

Era como se houvesse uma espécie de consenso tão sedimentado de que os conhecimentos escolares eram os conhecimentos da humanidade sobre cada uma das disciplinas escolares, que não havia por que analisá-los. Apple mostra que as disciplinas escolares se consolidaram de forma a apagar um processo central na história de sua constituição: “a tradição seletiva”. 

Aquilo que é definido como conhecimento escolar, é na verdade, um recorte, uma seleção, entre a inúmera variedade de conhecimentos produzidos por diferentes culturas em diferentes períodos históricos. O currículo oculto não é apenas um fenômeno presente na geração de comportamentos, mas também na reprodução tão questionada de conhecimentos escolares declarados como universalmente válidos e neutros. 

Aquilo que a escola chama de conhecimento é na verdade um recorte, que se estabeleceu como oficial, relegando as outras formas de conhecimento à periferia. As outras formas de conhecimento são chamadas pejorativamente de “folclore”, ou “saber popular”. É crucial atentar para as dinâmicas que reduzem os horizontes dos alunos ao tratar conhecimentos como neutros. 

Segundo Tomás Tadeu da Silva "O currículo oculto é constituído por todos aqueles aspectos do ambiente escolar que, sem fazer parte do currículo oficial, explícito, contribuem, de forma implícita para aprendizagens sociais relevantes (...) o que se aprende no currículo oculto são fundamentalmente atitudes, comportamentos, valores e orientações..." 

 

 

DIALÉTICA 

Dialética era, na Grécia antiga, a arte do diálogo. Aos poucos, passou a ser a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão. 

Na acepção moderna, entretanto, dialética significa outra coisa: é o modo de pensarmos as contradições da realidade, o modo de compreendemos a realidade como essencialmente contraditórias em permanente transformação. 

O conceito de dialética é utilizado por diferentes doutrinas filosóficas e, de acordo com cada uma, assume um significado distinto. 

Para Platão, a dialética é sinônima de filosofia, o método mais eficaz de aproximação entre as idéias particulares e as idéias universais ou puras. É a técnica de perguntar, responder e refutar que ele teria aprendido com Sócrates (470 a.C. – 99 a.C.). 

Platão considera que apenas através do diálogo o filósofo deve procurar atingir o verdadeiro conhecimento, partindo do mundo sensível e chegando ao mundo das ideias. Pela decomposição e investigação racional de um conceito, chega-se a uma síntese, que também deve ser examinada, num processo infinito que busca a verdade. 

Aristóteles define a dialética como a lógica do provável, do processo racional que não pode ser demonstrado. "Provável é o que parece aceitável a todos, ou à maioria, ou aos mais conhecidos e ilustres", diz o filósofo. 

Kant retoma a noção aristotélica quando define a dialética como a "lógica da aparência". Para ele, a dialética é uma ilusão, pois se baseia em princípios que são subjetivos. 

O método dialético possui várias definições, tal como a hegeliana e a marxista entre outras. 

Para alguns, ela consiste em um modo esquemático de explicação da realidade que se baseia em oposições e em choques entre situações diversas ou opostas. Diferentemente do método causal, no qual se estabelecem relações de causa e efeito entre os fatos (ex: a radiação solar provoca a evaporação da água, esta contribui para a formação de nuvens, que, por sua vez, causa as chuvas), o modo dialético busca elementos conflitantes entre dois ou mais fatos para explicar uma nova situação decorrente desse conflito. 

 

DIALOGICIDADE 

Segundo Paulo Freire, ela está em permitir aos alunos agir e refletir sobre a ação pedagógica realizada, diferente de um refletir exclusivo da mente do professor. Aí se chega à práxis, ou a "teoria do fazer", com ação e reflexão simultâneas, em reciprocidade. 

O diálogo ganha importância ao permitir a liberdade de expressão, ao conceder aos participantes do processo de ensino e aprendizagem o controle da ação. Dialogar para refletir, dizer para construir seu entendimento. Não há como questionar sem diálogo, pois monólogo significa imposição do conhecimento. Dialogar significa expor-se em público, combater a imposição de conteúdos e ajustar coletivamente a compreensão dialética do conhecimento problematizado, por novas vias de esclarecimento. 

DISLEXIA

Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, a dislexia é um dos muitos distúrbios de linguagem, de origem neurológica, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples.                                                                                           

A dislexia não é uma doença, e por isso não podemos falar em cura. Ela é congênita e hereditária, sua sintomas podem ser identificados desde a pré-escola, e podem ser aliviados e contornados com acompanhamento adequado.

 Há dados que mostram diferenças entre os dois hemisférios cerebrais dos disléxicos e alteração do lado direito do cérebro, justificando o desenvolvimento maior da intuição, da criatividade, da aptidão para as artes, do raciocínio que dá preferência ao todo, da subjetividade, e das qualidades que são características do hemisfério direito. 

É o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Ao contrário do que muitos pensam a dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio econômico ou baixa inteligência. 

Os alunos que possuem dislexia, assim como outros distúrbios de linguagem, são considerados com necessidades educacionais especiais e, segundo a LDB, devem ser inseridos, preferencialmente, no sistema regular de ensino. Como é uma dificuldade de aprendizagem perceptual, pode ser de natureza mais visual, auditiva ou mista. É dividida em três graus: leve, moderado e severo. 

Como é uma síndrome geralmente detectada na infância, o papel do professor é muito importante, principalmente na fase da alfabetização. Perceber algo errado com o aluno é essencial para evitar traumas futuros. 

A dislexia sempre se caracteriza como um distúrbio da organização das funções cerebrais, que se desenvolvem desde o nascimento e que são necessárias no momento da aprendizagem da leitura. Porém, ao contrário do que se possa pensar, não tem a ver com o nível mental. 

As dificuldades de aprendizagem relacionadas com a linguagem podem ser inicialmente diagnosticadas pelo professor a partir de algumas observações, como observar, por exemplo, se a criança fica excessivamente tensa ao ler, se segue a linha com o dedo, se a leitura silenciosa é mais rápida que a oral, se movimenta a cabeça ao longo da linha, se movimenta os lábios ou murmura ao ler, se é dispersa, tem atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem, se tem falta de interesse por livros impressos. 

A reeducação consiste, sobretudo, em exercícios e treinamento adequados das funções necessárias à leitura, que estão imaturas, assim, como esquema corporal, orientação espacial, percepção e uma revisão da alfabetização feita de maneira a fixar definitivamente os elementos onde se encontrem as maiores dificuldades. 

DISCALCULIA 

Discalculia é a incapacidade de compreender o mecanismo do cálculo e a solução de problemas. Porém, não é qualquer dificuldade para aprender matemática que pode ser considerada Discalculia. 

O que geralmente ocorre é a exigência, principalmente nas séries iniciais, de a criança ir mais além do que consiga operar, o que pode gerar um distúrbio neurológico decorrente de uma falha na formação dos circuitos neuronais por onde passam os impulsos nervosos. 

Podemos perceber a Discalculia, segundo Andréa Mafra (2005) "quando há um retardo no aprendizado das relações de tamanho (menor e maior), contiguidade espacial, identificação dos dedos e, mais tarde, se expressa através da dificuldade nas funções de pareamento, reversibilidade e compreensão das quantidades e dos signos visuais (números)". 

 

 

EDUCAÇÃO INCLUSIVA 

Nome dado ao processo de integração dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus graus. A ideia da educação inclusiva tem base no princípio da inclusão social, tendo em vista a equiparação de oportunidades e, consequentemente, uma sociedade para todos. 

O processo de inclusão envolve não só o acesso dos alunos especiais às classes comuns como também o fornecimento de suporte técnico e serviços na área de educação especial através dos seus profissionais. 

A opção pela educação inclusiva partiu de um consenso geral entre os que trabalham no campo educacional. Que resultou em documentos produzidos em grandes congressos internacionais patrocinados pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), e cujo teor tentava estabelecer os fundamentos de uma nova política educacional mundial, menos excludente e mais inclusiva. Os principais documentos mundiais que visam à inclusão social são a Convenção de Direitos da Criança (1988), a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e, em especial, a Declaração de Salamanca (1994). 

A tendência mundial que consolidou a educação inclusiva tem sido atribuída aos movimentos de direitos humanos e de desinstitucionalização manicomial que surgiram a partir das décadas de 60 e 70. 

EDUCAÇÃO PROPEDÊUTICA 

Em geral, refere-se a uma educação iniciadora para uma especialização posterior. Como característica principal, temos uma preparação geral básica capaz de permitir o desdobramento posterior de uma área de conhecimento ou estudo. 

EMPIRISMO 

Teoria segundo a qual todo conhecimento provém da observação e da experiência. Algo é "empírico" quando a sua veracidade ou falsidade pode ser verificada tendo como referência os fatos que a experiência revelou. Assim sendo, "empírico" é aquilo que se baseia exclusivamente pela experiência, baseada não na teoria, mas sim, em fatos ocorridos. Na ciência, o empirismo deve suas bases modernas a John Locke e David Hume, e como método científico defende que as teorias devem ser baseadas na observação (investigação empírica) e no raciocínio dedutivo. 

Locke argumentou que a mente seria, originalmente, um "quadro em branco" (tabula rasa), sobre o qual é gravado o conhecimento, cuja base é a sensação. Ou seja, todas as pessoas, ao nascer, o fazem sem saber de absolutamente nada, sem impressão nenhuma, sem conhecimento algum. Todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela experiência, pela tentativa e erro. 

Historicamente, o empirismo se opõe a escola conhecida como racionalismo, segundo a qual o homem nasceria com certas ideias inatas, as quais iriam "aflorando" à consciência e constituiriam as verdades acerca do Universo. A partir dessas ideias, o homem poderia entender os fenômenos particulares apresentados pelos sentidos. O conhecimento da verdade, portanto, independeria dos sentidos físicos. 

ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) 

Avaliação criada pelo Ministério da Educação (MEC) em 1998 com a proposta de analisar as competências e habilidades fundamentais dos alunos do Ensino Médio para a inserção social e o exercício da cidadania, tirando do centro das atenções as disciplinas escolares. A criação do Enem encontra-se no contexto da reforma do Ensino Médio, prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, que introduziu importantes mudanças na educação brasileira. 

A prova do Enem geralmente é composta por questões de múltipla escolha e uma redação dissertativa elaborada a partir de um tema de ordem social, cultural ou política. Os participantes recebem o Boletim Individual de Resultados, pelos Correios, com duas notas: uma para a parte objetiva e outra para a redação e, também, uma interpretação dos resultados obtidos para cada uma das cinco competências avaliadas nas duas partes da prova. Muitas universidades brasileiras utilizam os resultados do Enem nos seus processos de seleção. Os métodos de uso podem variar: algumas reservam vagas aos participantes que obtiverem média maior ou igual à determinada nota; outras acrescentam pontos à primeira ou à segunda fase de seus vestibulares, e outras ainda substituem a nota do vestibular pela do Enem. 

A ideia do Enem é também servir de referência para o professor implementar a reforma do Ensino Médio em sala de aula, desenvolvendo os conteúdos de forma contextualizada e interdisciplinar. 

EQUIDADE 

Consiste na adaptação da regra existente à situação concreta, observando-se os critérios de justiça e igualdade. Pode-se dizer, então, que a equidade adapta a regra a um caso específico, a fim de deixá-la mais justa, levando em conta a moral social e o regime político vigente. Não é o mesmo que igualdade. A equidade requer o reconhecimento das diferenças. O tratamento não deve ser igual para todas,  as diferenças devem ser consideradas e compensadas, de acordo com esse conceito, o direito ao acesso aos conhecimentos deve ser igual para todos, mas o tratamento deve ser diferente porque as pessoas são diferentes.

 EPISTEMOLOGIA 

A expressão "epistemologia" deriva das palavras gregas "episteme", que significa "ciência", e "logia" que significa "estudo", podendo ser definida em sua etimologia como "o estudo da ciência". 

Epistemologia ou teoria do conhecimento é o estudo ou tratado do conhecimento da ciência, ou ainda, o estudo filosófico da origem, natureza e limites do conhecimento. O desafio da "epistemologia" é responder "o que é" e "como" alcançamos o conhecimento. Diante dessas questões da epistemologia surgem duas posições: 

O empirismo, para o qual o conhecimento deve ser baseado na experiência, ou seja, no que for apreendido pelos sentidos e o racionalismo, que prega que as fontes do conhecimento se encontram na razão, e não na experiência. 

ERGONOMIA COGNITIVA 

A ergonomia, aplicada aos estudos no campo da educação, interessa-se pela investigação da dinâmica que considera o sujeito, a atividade e o contexto como um todo. De modo mais específico, trata-se de um ponto de vista centrado no desenvolvimento dos conhecimentos em contexto. 

Nessa perspectiva, o ensino é uma "situação situada", ou seja, uma atividade complexa cujo objetivo é a adaptação a uma situação. Consequentemente, não se pode descrever, analisar, compreender esta atividade sem descrever, analisar e compreender a situação. Portanto, é conveniente considerar simultaneamente os limites da situação de ensino e as características dessa atividade profissional, tendo em vista a análise do saber-ensinar. 

Os dois pólos – atividade e situação – são inseparáveis. As regras da situação impõem uma organização à atividade dos docentes que, ao mesmo tempo, selecionam e definem as regras às quais eles respondem. Este duplo controle do sujeito (ator) sobre seu contexto e do contexto sobre a atividade do ator é polimorfo (assume diversas formas) e complexo. Trata-se de uma interação regulada segundo diversas modalidades, das mais diretas (quando o contexto provoca e controla diretamente alguns componentes da atividade do ensino), às mais indiretas (quando a ação resulta de uma deliberação mental).

Esta interação pode corresponder a uma adaptação (ou seja, é no interior da ação que este duplo movimento de controle se opera), ou a uma diferenciação (uma atividade antecipadora de um lado, e retroativa de outro lado, que permite um enquadramento antecipador e metacognitivo da mesma). A análise ergonômica se esforça para levar em conta estas duas vertentes e integrá-las em um quadro analítico geral. 

ESCOLA ABERTA 

Trata-se de abrir a escola com projetos esportivos e culturais abrangendo alunos, professores e comunidade. Esse projeto determina o passo gigantesco em busca dos saberes educacionais futuros, pois encontram uma boa relação entre as partes, a valorização humana e a compreensão da importância educacional e utiliza o espaço existente e disponível para uma estreita relação entre inteligência e afetividade. 

Segundo Morin, a "Escola de portas abertas" fortalece e introduz, aleatória e intencionalmente, o estabelecimento da capacidade de reagir emocionalmente, porque "em um estágio superior da razão dominante da emoção, propõe um eixo intelecto/afeto que de certa forma introduz a capacidade de emoções indispensáveis aos restabelecimentos racionais". 

A necessidade da integração, sociedade e escola nos impõem a preocupação de fazer do ambiente educacional a parte integrante e necessária da educação moderna e participativa. 

ESCOLA APRENDENTE 

É a escola que também aprende que comunga da concepção de que o conhecimento não é apenas o historicamente acumulado. É aquela que considera a seu aluno como portador de conhecimentos. A escola deixa de ser instituição que simplesmente ensina e passa a ser aquela que também aprende a ensinar. 

ESCOLA NOVA 

Jonh Dewey foi o precursor teórico da Escola Nova, um observador das relações entre educação e produção e entre educação e sociedade. O "learning by doing" (aprender fazendo) é o centro da unidade de instrução e trabalho. Dewey foi um transformador da escola, e não da sociedade; ele tenta adequar a escola à vida produtiva real, ou seja, à sociedade e aos avanços capitalistas. 

Exalta o tema da espontaneidade da criança, da necessidade de aderir à evolução de sua psique, solicitando a educação sensório-motora e intelectual através de formas adequadas. 

O jogo, a livre atividade, o desenvolvimento afetivo, a socialização e o trabalho são elementos educativos sempre presentes: é por isso que depois foram chamadas de ativas. São escolas nos campos, no meio dos bosques, equipadas com instrumentos de laboratório, baseadas no autogoverno e na cooperação, onde se procura ao máximo respeitar e estimular a personalidade da criança. 

Portanto, o conhecimento da psicologia infantil e da psicologia da idade evolutiva, tanto da criança individual como da infância e da adolescência em geral, são temas essenciais do escolanovismo. 

O trabalho, nas escolas, com essa orientação pedagógica, não se relaciona tanto ao desenvolvimento industrial, mas ao desenvolvimento da criança: não é preparação profissional, mas de elemento de moralidade didática. Os representantes desta tendência são críticos radicais da escola e da educação tradicionais. Alguns autores consideram a Escola Nova, precursor do construtivismo. 

ESTÉTICA DA SENSIBILIDADE 

Em conjunto com a Ética da Identidade e a Política da Igualdade, são, segundo as Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, os mecanismos de formulação e implementação das políticas públicas educacionais. Dessa forma, os valores estéticos políticos e éticos que inspiram a Constituição e a LDB, deve articular-se com a sensibilidade, a igualdade e a identidade, de maneira complementar. 

Guiomar Namo de Mello, nas Diretrizes, afirma que “a estética da sensibilidade vem substituir a da repetição e padronização, hegemônica na era das revoluções industriais. Ela estimula à criatividade, o espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado, a afetividade, para facilitar a constituição de identidades capazes de suportar a inquietação, conviver com o incerto, o imprevisível e o diferente. (…),valoriza a leveza, a delicadeza e a sutileza(...), realiza um esforço permanente para devolver ao âmbito do trabalho e da produção, a criação e a beleza daí banalizados pela moralidade industrial taylorista.(...) procura não limitar o lúdico a espaços e tempos exclusivos, mas integrar diversão, alegria e senso de humor as dimensões de vida, muitas vezes consideradas afetivamente austeras como a escola, o trabalho, os deveres, a rotina cotidiana (...), transformar o uso do tempo livre num exercício produtivo porque criador (…) e que aprendam a fazer do prazer, do entretenimento, da sexualidade, um exercício de liberdade responsável. 

Ela facilitará o reconhecimento e valorização da diversidade cultural brasileira e das formas de perceber e expressar a realidade própria dos gêneros, das etnias, e das muitas regiões e grupos sociais do país.

 É um substrato indispensável para uma pedagogia que se quer ser brasileira portadora da riqueza de cores, sons e sabores deste país, aberta à diversidade dos nossos alunos e professores, mas que não abdica da responsabilidade de constituir cidadania para um mundo que se globaliza e de dar significado universal aos conteúdos da aprendizagem”. 

ÉTICA DA IDENTIDADE 

Em conjunto com a Política da Igualdade e a Estética da Sensibilidade são, segundo as Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, os mecanismos de formulação e implementação das políticas públicas educacionais. Dessa forma, os valores estéticos políticos e éticos que inspiram a Constituição e a LDB, devem articular-se com a sensibilidade, a igualdade e a identidade, de maneira complementar. 

Guiomar Namo de Mello, nas Diretrizes, afirma que “a Ética da Identidade substitui a moralidade dos valores abstratos da era industrialista e busca a finalidade ambiciosa de reconciliar no coração humano aquilo que o dividiu desde os primórdios da idade moderna: o mundo da moral e o mundo da matéria, o privado e o público, enfim a contradição expressa pela divisão entre a “igreja” e o “estado”. Essa ética se constitui a partir da estética e da política e não por negação delas. (…) 

Reconhece que a educação é um processo de construção de identidades. Educar sob a inspiração da ética não é transmitir valores morais, mas criar as condições para que as identidades se constituam pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito a igualdade a fim de que orientem suas condutas por valores que respondam as exigências do seu tempo. “(...) Ela é expressa por “um permanente reconhecimento da identidade própria e do outro”“.

“No reconhecimento reside talvez a grande responsabilidade da escola como lugar de conviver e, na escola, do adulto educador, para a formação da identidade das futuras gerações.” (…). 

“Tem como fim mais importante a autonomia, constituindo identidades mais aptas a incorporar a responsabilidade e a solidariedade. Neste sentido, a ética da identidade supõe uma racionalidade diferente daquela que preside a dos valores abstratos, porque visa formar pessoas solidárias e responsáveis por serem autônomas”. 

ETIMOLOGIA 

É a parte da gramática que trata da história ou origem das palavras e da explicação do significado de palavras através da análise dos elementos que as constituem. Por outras palavras, é o estudo da composição dos vocábulos e das regras de sua evolução histórica. 

Algumas palavras derivam de outras línguas, possivelmente de uma forma modificada (as palavras-fontes são chamadas étimos). Por meio de antigos textos e comparações com outras línguas, os etimologistas tentam reconstruir a história das palavras - quando eles entram em uma língua, quais as suas fontes, e como a suas formas e significados se modificaram. 

Os etimologistas também tentam reconstruir informações sobre línguas que são velhas demais para que uma informação direta (tal como a escrita) possa ser conhecida. Comparando-se palavras em línguas correlatas, pode-se aprender algo sobre suas línguas afins compartilhadas. Deste modo, foram encontrados radicais de palavras que podem ser rastreadas por todo o caminho de volta até a origem. 

FLEXIBILIDADE 

É um dos conceitos chave da Pedagogia Contemporânea e está relacionada com a preparação para o mundo do trabalho. No início do século XX, o mundo do trabalho estava organizado de acordo com os preceitos do FORDISMO e do TAYLORISMO. Nele, as funções de cada trabalhador eram definidas de maneira cartesiana. Cada um era responsável por uma parte e no final, se tinha o produto completo. Não era necessário dominar o processo de produção, bastava saber executar a sua parte. A escola, por sua vez, tinha a função de preparar esses trabalhadores, daí a fragmentação curricular, o foco nas disciplinas e no professor como centro da transmissão dos conteúdos. 

Com a reestruturação produtiva e a necessidade do domínio do avanço científico e tecnológico da produção moderna, o mundo do trabalho exige a flexibilização da prática laborativa. Guiomar Namo de Mello afirma que “as transformações aceleradas do processo produtivo, as novas exigências da cidadania moderna, a revolução da informática e dos meios de comunicação de massa, a necessidade de se redescobrir e revalorizar a ética nas relações sociais – enfim, as possibilidades e impasses deste final de século, colocam a educação diante de uma agenda exigente e desafiadora...” e dessa forma “ uma grande margem de flexibilidade poderia também ser aberta as escolas que quisessem, por exemplo, organizar atividades curriculares diferenciadas, programas de iniciação profissional, experiências culturais e artísticas, e outras atividades....” ( Cidadania e Competitividade – 1983 - p. 33 e 145 ), atendendo, dessa forma, a flexibilização do mundo do trabalho 

FORDISMO/TAYLORISMO 

Em 1911, o engenheiro estadunidense Frederick W. Taylor publicou “Os princípios da administração científica”, propondo uma intensificação da divisão do trabalho. Ou seja, fracionar as etapas do processo produtivo de modo que o trabalhador desenvolvesse tarefas ultra-especializadas e repetitivas, diferenciando o trabalho intelectual do trabalho manual, fazendo um controle sobre o tempo gasto em cada tarefa e um constante esforço de racionalização, para que a tarefa seja executada num prazo mínimo. Portanto, o trabalhador que produzisse mais em menos tempo receberia prêmios como incentivos. 

O norte-americano Henry Ford foi o primeiro a pôr em prática, na sua empresa “Ford Motor Company”, o taylorismo. Posteriormente, ele inovou com o processo do fordismo, que, absorveu aspectos do taylorismo. Consistia em organizar a linha de montagem de cada fábrica para produzir mais, controlando melhor as fontes de matérias-primas e de energia, os transportes, a formação da mão- de - obra. Ele adotou três princípios básicos: 

1) Princípio de Intensificação: Diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado, do estoque, da matéria-prima em transformação. 

3) Princípio de Produtividade: Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produção. 

FORMAÇÃO CONTINUADA 

Expressão entendida no sentido de uma formação complementar, como atualização de conhecimentos, como resignificação de metas e padrões que foram superados pelas novas tecnologias e pelos relacionamentos no mundo do trabalho e na comunicação cultural. 

A noção de formação continuada liga-se à percepção da aceleração das mudanças sociais e técnico-científicas, que se constituem como os novos desafios da modernidade. Essa formação considera que a educação escolar e a formação superior devem conviver com cenários que se distanciam dos tradicionais padrões de conhecimento definidos e estabelecidos como patrimônios universais. O objetivo é adequar os modelos de formação a esse tempo de constante emergência de novas demandas, afinal não se poderia mais admitir a formação de competências estáveis. 

A idéia de formação continuada entrou em evidência no Brasil principalmente a partir da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996, que na orientação de uma política para o magistério, busca a valorização do profissional da educação escolar. 

Há uma série de disposições na LDB sobre os profissionais da educação, incluindo a orientação no que se refere os três campos específicos de formação: a inicial, a pedagógica e a continuada. Dessa forma, a formação inicial deveria contemplar o atendimento à formação de professores para as séries terminais do ensino fundamental e para o ensino médio; a formação pedagógica deveria atender os "portadores de diplomas de educação superior que queiram se dedicar à educação básica"; e a formação continuada deveria atender aos profissionais de educação dos diversos níveis, aí incluindo também os de nível superior. 

A formação continuada é considerada pela LDB direito de todos os profissionais que trabalham em qualquer estabelecimento de ensino, uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na qualificação e na competência dos profissionais. Mas também propicia o desenvolvimento dos professores articulados com estes estabelecimentos e seus projetos. 

FORMAÇÃO DOCENTE NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA 

De acordo com Delors, nas orientações da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, feitas para a UNESCO, a educação ao longo de toda a vida baseia-se em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. 

Nesse mesmo sentido, Dewey (1989) afirma que "se não se compreende o que se aprende, não há uma boa aprendizagem". Uma das idéias que dá sentido à palavra compreensão é aquela que relaciona aprendizagem com vida. Todos os processos de aprendizagem, englobados, levam as pessoas, desde a infância até o fim da vida, a um conhecimento dinâmico do mundo, dos outros e de si mesmas, combinando, de maneira flexível, os quatro pilares citados. A educação é um todo, que deve ser considerada em sua plenitude. Os primeiros conhecimentos são enriquecidos e aprofundados, para que as pessoas possam adaptar-se a um mundo de mudanças. 

A competência do professor, nessa perspectiva, está em saber se desempenhar em situações complexas, embora uma determinada rotinização do comportamento profissional simplifique tudo isso, de modo que o que parece complexo e dificilmente governável desde esquemas conscientes de atuação profissional se torna fácil e quase automático ou “rotineiro’ para o professor”.

“A competência dos professores tem a ver muito mais com sua capacidade para prever, reagir e dar soluções às situações pelas quais transcorre seu fazer profissional num campo institucionalizado”. 

Sua competência profissional se expressa melhor no como enfrenta as situações que lhe são dadas. Trata-se de ver mais a originalidade no modelar pessoalmente as situações que lhe são dadas prefiguradas ou ver como se choca com elas, driblando os limites impostos ou adotando uma posição de submissão. Diante dessas afirmações, deduzimos que o desenvolvimento docente é contínuo e ocorre ao longo da vida. A formação inicial não é a única responsável pelo processo de formação profissional, devendo desenvolver-se acompanhando as transformações da sociedade contemporânea.

FRACASSO ESCOLAR 

O fracasso escolar caracteriza-se por repetências sucessivas, evasão escolar e dificuldade de aprendizagem de diferentes ordens. A expressão está relacionada, em geral, ao aluno que não aprende e não realiza nenhuma das funções sociais da educação, acusando o fracasso desta e, ao mesmo tempo, sucumbindo a esse fracasso, conforme definido pela psicopedagoga argentina Sara Pain. 

Para ela, existem dois tipos de fracasso escolar. O primeiro tipo é aquele fracasso das crianças, vindas de famílias pauperizadas, que não aprendem porque já chegam prejudicadas à escola. 

Seja porque não têm o vocabulário exigido por essa escola, ou não convivem com um ambiente letrado em casa, ou ainda porque não possuem os materiais mais simples, como um caderno ou um lápis. O segundo tipo é o fracasso mais pontual, aquele das crianças que não se adaptam ao sistema escolar por problemas orgânicos, corporais ou emocionais. Este é que deve ser objeto de tratamento clínico da psicopedagogia.

GESTÃO DEMOCRÁTICA 

A gestão democrática da escola realiza-se quando existe a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; da participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Além da participação dos profissionais da educação e comunidade, para a efetivação da Gestão Democrática da escola, o poder público deve incentivar progressivamente a autonomia pedagógica e administrativa de gestão financeira. 

HABILIDADES 

As competências/habilidades são inseparáveis da ação, mas exigem domínio de conhecimentos. Habilidades se ligam a atributos relacionados não apenas ao saber-conhecer, mas ao saber-fazer, saber-conviver e ao saber-ser. De acordo com Vasco Moretto, "as habilidades estão associadas ao saber fazer: ação física ou mental que indica a capacidade adquirida. Assim, identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular são exemplos de habilidades”. Nesse sentido, o aluno, ao invés de decorar conteúdos, exercitará habilidades, e através delas, adquirirá competências.

Caberia então aos professores mediar a construção do processo de conceituação a ser apropriado pelos alunos, buscando a promoção da aprendizagem e desenvolvendo condições para que eles participem da nova sociedade do conhecimento 

INDISCIPLINA 

A indisciplina é sempre um tema polêmico a ser discutido, porém é um problema presente e constante nas escolas. 

A imagem da escola na atualidade está ameaçada, podemos afirmar até que ela está passando por uma grande crise, pois seus moldes não se transformaram seguindo o ritmo da transformação da sociedade. A sociedade de hoje não se comporta como a sociedade do início do século passado. Entretanto a escola perdura com uma estrutura similar a daquela época. 

Nesse sentido, o fenômeno da indisciplina pode ser relacionado intrinsecamente com o problema que a própria estrutura da escola apresenta, e que seus alunos através de comportamentos indisciplinares refletem essa "deficiência" ou "ineficiência" da escola. 

A indisciplina escolar indica que existe uma recusa desse novo sujeito histórico, que a sociedade atual produziu, em relação às práticas arraigadas no cotidiano escolar. A indisciplina é uma tentativa de apropriação da escola de outra maneira, mais aberta, mais fluida, mais democrática diferente da escola de antigamente e que a escola atual ainda se configura nesses moldes (AQUINO, 1998). 

Contudo, a indisciplina sempre é remetida a fatores individuais dos alunos caracterizando-os como: alunos desrespeitadores, alunos sem limites, alunos desinteressados, de maneira geral os "alunos - problema" da escola. Mas o fato do profissional da educação taxar seus alunos dessa maneira pode ser considerado, de acordo com Aquino (1998), como um "equívoco ético" já que a disciplina não é requisito para a ação pedagógica, e sim um dos produtos ou efeitos do trabalho cotidiano na sala de aula. É como se um médico dissesse que o principal problema de sua profissão é o surgimento de novas doenças, ou seja, o fato do aluno estar desinteressado, não ter limites ou ainda ser desrespeitador é um complicador sim! Mas não é um impedimento para o trabalho do professor. 

Portanto, o professor não deve abandonar sua função justificando que os alunos não dão conta de aprender ou não dão conta de se comportar e entrar nos padrões exigidos para se estar na escola, ou ainda que possuam problemas, mas deve transformar suas ações buscando novas formas de atuação para tornar essa função altamente atrativa para seus alunos, eis o desafio de ser professor. 

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS 

De acordo com Howard Gardner a inteligência não pode ser medida só pelo raciocínio lógico-matemático, geralmente o mais valorizado na escola. Há outros tipos de inteligência, a musical, a espacial, a interpessoal, a intrapessoal, a corporal, a linguística, a naturalista e a existencial, o que torna a inteligência múltipla. Antigamente, os testes de Q.I. apontavam que aqueles que dominavam às habilidades lógico-matemática eram considerados inteligentes para tudo. 

O mesmo valia para aqueles cujos testes indicavam serem médios ou fracos. Dizia-se que a inteligência era determinada pela genética. 

Gardner afirma que as inteligências são desenvolvidas de forma diferente pelos seres humanos, tendo seu grau de individualidade. O pesquisador enfatiza a idéia de individualização, pela qual os educadores devem conhecer cada um dos seus alunos, e saber como trabalhar com seus aspectos individuais e atuar para que eles aprendam, ao mesmo tempo, enfatiza a ideia de pluralização, onde insiste na necessidade de enfocar o ensino de várias maneiras: debates, jogos, filmes, exercícios práticos, etc. 

INTERDISCIPLINARIDADE 

Termo que se refere a olhar/estudar os saberes na complexidade em que estes se estruturam para perceber seus vários aspectos. Em relação ao currículo escolar, é a forma contrária àquela de planejar com base no conhecimento fragmentado em disciplinas que, aparentemente, não têm qualquer relação entre si. 

Tendo como perspectiva a articulação interativa entre as diversas disciplinas no sentido de enriquecê-las através de relações dialógicas entre os métodos e conteúdos que as constituem. A interdisciplinaridade parte da idéia de que a especialização sem limites das disciplinas científicas culminou numa fragmentação crescente do conhecimento. 

Dessa forma, pela interdisciplinaridade há um movimento constante que inclui a integração entre as disciplinas, mas a ultrapassa - o grupo é mais que a simples soma de seus membros. Supõe troca de experiências e reciprocidade entre disciplinas e áreas do conhecimento. 

O que se busca com tal maneira de lidar com o conhecimento é relacionar os conteúdos das várias disciplinas para compreender cada assunto ou fenômeno, na sua totalidade. Mas a interdisciplinaridade não é apenas integração de conteúdos, mais que isso, ela permite sempre a criação e a recriação de pontos para discussão, e já a integração, trabalha sempre com os mesmos pontos sem permitir o levantamento de novas questões. Também não é a interdisciplinaridade apenas um amontoado de assuntos de várias disciplinas sem um planejamento prévio que permite a contextualização do trabalho a ser desenvolvido. 

A interdisciplinaridade está se concretizando, na maioria das vezes, através de projetos planejados e realizados por uma equipe de professores em torno de uma questão-problema, que contextualiza e faz a relação entre as aulas de todos os professores que trabalham essa questão. É uma estrutura de organização do processo ensino aprendizagem em que o conhecimento e as ciências como tal devem ser trabalhados de forma integrada em suas derivações e dependências. O fundamento desta estrutura é que o conhecimento em sua totalidade não acontece de forma isolada pelas classificações científicas feitas pelo racionalismo e sim estão interdependentes e conectados. 

INSTITUIÇÕES DE ENSINO 

São estruturas sociais voltadas para a educação. O sistema educacional brasileiro, de acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996, admite o princípio da "coexistência de instituições públicas e privadas de ensino". Dessa forma, o ensino é livre à iniciativa privada, atendidas determinadas condições, como o "cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino" e a "autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público". Mas continua obrigatório.

A LDB delimita a natureza das instituições de ensino ao classificá-las em duas categorias administrativas: As públicas, "assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Público" e as privadas, que constituem as "mantidas e administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado". As instituições privadas se enquadram em "particulares em sentido estrito", comunitárias, confessionais e filantrópicas. 

A LDB orienta para a "capacidade de autofinanciamento" da iniciativa privada, assegurando o princípio da "gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais". Ao mesmo tempo, definiu que os recursos públicos seriam "destinados à escola pública, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais e filantrópicas" em forma de bolsa, em casos especiais como insuficiência de recursos e falta de vagas ou cursos regulares na rede pública. 

LIDERANÇA RESPONSÁVEL 

A Pedagogia das Competências adjetiva alguns conceitos, desse modo, um líder deve ter responsabilidade com o Projeto Pedagógico da Escola. Em geral, mas não necessariamente, o líder será o gestor. Ele será capaz de definir metas e motivar todo o grupo para alcançá-las, não se limita a burocracia e está preocupado com o sucesso pedagógico, estabelecendo uma atmosfera de colaboração e solidariedade, atendendo as demandas da comunidade escolar. 

O líder responsável não pode ser aquela pessoa que só aparece para dar ordens e ditar as regras. Ele é capaz de apurar as necessidades da escola, ouvindo e observando aqueles que estão à sua volta, discutindo com todos e envolvendo a equipe, traçando metas reais, tendo a gestão participativa e democrática como princípio para melhorar a qualidade de ensino. 

METAFÍSICA 

Parte da filosofia que busca o princípio e as causas fundamentais de tudo, tratando de questões que, em geral, não podem ser confirmadas pela experiência direta. Constitui a filosofia primeira, o ponto de partida do sistema filosófico. O termo surge por volta de 50a.C., quando Andronico de Rodes, ao organizar a obra de Aristóteles, dá o nome de ta metà ta physiká ao conjunto de textos que se seguiam aos da física ("metà" quer dizer além). 

Historicamente, a palavra passa a significar tudo o que transcende à física, porque nesses estudos Aristóteles examina a natureza do ser em geral e não de suas formas particulares, postulando a idéia de deus como substância fundamental. As bases do pensamento de Aristóteles podem ser encontradas no platonismo. Para Platão, a filosofia é a única ciência capaz de atingir o verdadeiro conhecimento. Na Idade Média, a metafísica confunde-se com a teologia. 

Tomás de Aquino afirma que a metafísica estuda a causa primeira, e, como a causa primeira é Deus, ele é o objeto da metafísica. Na Idade Moderna a experiência passa a ser extremamente valorizada e a metafísica deixa de ser considerada a base do conhecimento filosófico. David Hume diz que o homem está completamente submetido aos sentidos, portanto não pode criar ideias, e não é possível formular nenhuma teoria geral da realidade. Para ele, ciência alguma é capaz de atingir a verdade, seus conhecimentos são sempre probabilidades. 

No século XVIII, Immanuel Kant afirma que o domínio da razão e o rigor científico podem recriar a metafísica como conjunta dos conhecimentos dados apenas pela razão, sem utilizar os dados da experiência. Nesse sentido, a metafísica para Kant reduz-se ao estudo das condições e limites do conhecimento. No século XIX, o positivismo de Auguste Comte afirma que a metafísica como ciência está superada. 

Segundo ele, a história da humanidade (e, por analogia, o conhecimento humano) passa por três períodos: o teológico, o metafísico e o positivo, ou científico, sendo que este último é superior aos anteriores. No século XX, Martin Heidegger faz uma revisão da história da metafísica e sustenta que ela confunde o estudo do ser, o verdadeiro objeto da filosofia, com outros temas, como a ideia, a natureza e a razão. 

MODALIDADES DE ENSINO 

Classificação dada pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), de 1996, a determinadas formas de organização que podem localizar-se nos diferentes níveis da Educação Básica. 

São modalidades de ensino: Educação de Jovens e Adultos, Educação Profissional, Educação Especial, Educação Escolar Indígena e a Educação para as questões relacionadas à África e aos Afros descendentes. Em geral, entende-se por modalidades todas as formas de trabalho educacional que não são definidas como níveis. Dessa forma, por exemplo, a educação de jovens e adultos pode ser ofertada como ensino fundamental ou médio. A educação especial, por sua vez, tanto pode acontecer na educação infantil, como nos demais níveis da educação básica e da educação superior. 

MULTIDISCIPLINARIDADE 

Conjunto de disciplinas a serem trabalhadas simultaneamente, sem fazer aparecer às relações que possam existir entre elas, destinando-se a um sistema de um só nível e de objetivos únicos, sem nenhuma cooperação. A multidisciplinaridade corresponde à estrutura tradicional de currículo nas escolas, o qual se encontra fragmentado em várias disciplinas. 

De acordo com o conceito de multidisciplinaridade, recorre-se a informações de várias matérias para estudar um determinado elemento, sem a preocupação de interligar as disciplinas entre si. Assim, cada matéria contribuiu com informações próprias do seu campo de conhecimento, sem considerar que existe uma integração entre elas. Essa forma de relacionamento entre as disciplinas é considerada pouco eficaz para a transferência de conhecimentos, já que impede uma relação entre os vários conhecimentos. 

Segundo Piaget, a multidisciplinaridade ocorre quando "a solução de um problema torna necessário obter informação de duas ou mais ciências ou setores do conhecimento sem que as disciplinas envolvidas no processo sejam elas mesmas modificadas ou enriquecidas". A multidisciplinaridade foi considerada importante para acabar com um ensino extremamente especializado, concentrado em uma única disciplina. 

A origem da multidisciplinaridade encontra-se na idéia de que o conhecimento pode ser dividido em partes (disciplinas), resultado da visão cartesiana e depois cientificista na qual a disciplina é um tipo de saber específico e possui um objeto determinado e reconhecido. Bem como conhecimentos e saberes relativos a este objeto e métodos próprios. Constitui-se, então, a partir de uma determinada subdivisão de um domínio específico do conhecimento. A tentativa de estabelecer relações entre as disciplinas é que daria origem à chamada interdisciplinaridade. 

A multidisciplinaridade difere-se da pluridisciplinaridade porque esta, apesar de também considerar um sistema de disciplinas de um só nível, possui disciplinas justapostas situadas geralmente ao mesmo nível hierárquico e agrupadas de modo a fazer aparecer às relações existentes entre elas. 

NECESSIDADES BÁSICAS DE APRENDIZAGEM 

De acordo com Guiomar Namo de Mello, é “um conceito que tem se revelado suficientemente amplo e flexível para articular diferentes níveis de intervenção pelos quais as reformas educativas devem passar para efetivarem processos de mudança”(Cidadania e Competividade, 1983, p.29). 

Articula os conhecimentos, habilidades, atitudes e valores levando em conta as necessidades individuais, as demandas do processo produtivo e as exigências do exercício da cidadania plena, evitando ideologismos e enfatizando conhecimentos que os indivíduos precisam dominar para viver melhor. Trabalhar e continuar aprendendo para viver em sociedades de informações, nas quais o conhecimento passa a ser fator decisivo para a melhoria de vida, o desenvolvimento produtivo com equidade.

 Em suma dar prioridade aos códigos básicos da modernidade, valorizando a capacidade de resolver problemas com flexibilidade e adaptabilidade a novas situações, a capacidade de decisões fundamentadas, a seleção de informações relevantes e a capacidade de continuar aprendendo. 

PARADIGMA 

No conceito científico paradigma é um modelo de padrão a ser seguido, um conhecimento que sirva de base para um estudo de uma realização científica com métodos e valores a serem usados em outras pesquisas e estudos. 

No conceito educacional são regras que servem de limites para os limites relativos a determinados assuntos ou para questões levantadas através de certos pensamentos ou ações e como ter sucesso resolvendo as ações dentro destes limites. 

PEDAGOGIA DE PROJETOS 

Projeto é intenção, pretensão. Projeto é doutrina, filosofia, diretriz. Projeto é atividade organizada com o objetivo de resolver um problema. Características incentivadas para realização de projetos de trabalho: profissionais com maior autonomia para tomar decisões, valorização do trabalho em grupo, desenvolvimento de vínculos de solidariedade e aprendizado.

Em uma equipe que trabalha com vistas a realizar um projeto, são mais importantes a solidariedade e o cuidado com a contribuição de cada um para o todo, do que os níveis hierárquicos. A questão não é quem manda em quem, mas se o projeto está se tornando realidade. 

Criar um projeto é definir um resultado a ser alcançado. Existem situações em que os resultados de um projeto são fáceis de definir. Por exemplo, em meados de maio, muitas escolas começam a pensar na festa junina. Para que não seja apenas um evento, pode-se então desenvolver um projeto para planejar, organizar e realizar uma festa junina que envolva toda a comunidade escolar. Em casos assim, os resultados bem definidos orientam o planejamento e a implementação do projeto.

Para fazer uma festa junina é preciso escolher uma data e pensar nos preparativos: decoração da escola, quadrilha, venda de refrigerantes e comidas, jogos (derrubar latas com bolas de meia, coelho que entra na casa, argola, etc.). É preciso pensar ainda na divulgação externa (faixas, cartazes, rádio local, jornal do bairro, carta aos pais e responsáveis) e interna (comunicação aos alunos, professores e funcionários). 

Para cada um dos itens mencionados acima é preciso haver pessoas que se responsabilizem por sua resolução. É fundamental destacar que esta e outras festividades que têm origem na tradição popular devem ser sempre contextualizadas, possibilitando um enfoque enriquecedor e envolvendo a família e toda a comunidade. 

PILARES DA EDUCAÇÃO 

Delors, nas orientações da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, feitas para a UNESCO, define que toda a vida baseia-se em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Sendo também os pilares que balizam a educação contemporânea: 

Aprender a conhecer, combinando uma cultura geral suficientemente vasta com a possibilidade de trabalhar em profundidade um pequeno número de matérias. O que também significa aprender a aprender, para beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida. 

O que tinha sido previsto em linhas gerais, agora é especificado e sistematizado. Através dos objetivos gerais, deve-se considerar os resultados esperados e estabelecer quais serão os métodos e procedimentos presentes na aula específica. 

O plano de aula deve conter um ou mais objetivos específicos, que considerem os resultados esperados da assimilação de conhecimentos e habilidades. A partir de definidos os objetivos, selecionam-se os métodos e procedimentos de transmissão e assimilação dos conteúdos e as formas de avaliação. 

O desenvolvimento metodológico é desdobrado nos seguintes itens: preparação e introdução do assunto, desenvolvimento e estudo ativo do assunto, sistematização e aplicação e tarefas de casa. Dentro desses itens devem estar especificados os métodos, procedimentos e materiais didáticos que serão utilizados, para alcançar os objetivos determinados. 

A preparação da aula por escrito resulta em um documento escrito que orienta as ações do professor e possibilita revisões e aprimoramentos das aulas de ano para ano. 

PLANO ESCOLAR 

É a apresentação sistemática e justificada do que a escola pretende realizar e que deve ser traduzida num documento que registre o que a escola pensa fazer, como fazer, quando fazer com que e com quem fazer, segundo definição do Instituto Paulo Freire. Para que a escola tenha um plano escolar é preciso que ela defina suas finalidades e objetivos, estabeleça um rumo, um horizonte de trabalho. O plano escolar é um dos temas indicados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, para organização das escolas. 

POLÍTICA DA IGUALDADE 

Em conjunto com a Ética da Identidade e a Estética da Sensibilidade são, segundo as Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, os mecanismos de formulação e implementação das políticas públicas educacionais. Dessa forma, os valores estéticos políticos e éticos que inspiram a Constituição e a LDB, devem articular-se com a sensibilidade, a igualdade e a identidade, de maneira complementar. Guiomar Namo de Mello, nas Diretrizes, afirma que a política da igualdade incorpora a igualdade formal, cunhada no período de constituição dos grandes estados nacionais. 

O ponto de partida “é o reconhecimento dos direitos humanos e o exercício dos direitos e deveres da cidadania, como fundamento da preparação do educando para a vida civil (…). “Para a sociedade de informação, na qual vivemos a política da igualdade” vai se expressar também na busca da equidade no acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao meio ambiente saudável, e outros benefícios sociais e no combate a todas as formas de preconceito e discriminação por motivo de raça, sexo e religião, cultura, condição econômica, aparência ou condição física.” 

A política da igualdade visa compreender e respeitar o Estado de Direito e seus princípios constitucionais: o sistema federativo e o regime republicano e democrático.

Esse conceito está associado ao respeito ao bem comum e constitui uma das finalidades mais importantes da política da igualdade e se expressa por condutas de participação e solidariedade, respeito e senso de responsabilidade pelo outro e pelo público. 

Um dos fundamentos da política da igualdade é a estética da sensibilidade, pois quando se combate os estereótipos que alimentam as discriminações, reconhecendo-se a diversidade, afirma que oportunidades iguais são necessárias, mas não suficientes, para oportunizar, tratamento diferenciado “visando promover igualdade entre desiguais”. 

A política da igualdade relaciona-se com os direitos da pessoa humana, do respeito, da responsabilidade e da solidariedade. 

“Ela deve ser praticada na garantia de igualdade de oportunidades e de diversidade de tratamentos dos alunos e dos professores para aprender e aprender a ensinar os conteúdos curriculares”. 

Não se trata de um conceito que propõe a igualdade social ou econômica, mas está escorado na equidade, ou seja, na possibilidade de oferecimento de oportunidades iguais, mas com tratamento diferenciado aos desiguais, mantendo a desigualdade, mas promovendo a igualdade nas oportunidades. 

PROGRESSÃO CONTINUADA 

É a organização pedagógica visando evitar a repetência. É aplicada com a divisão do tempo escolar em ciclos de aprendizagem. Cada um desses ciclos terá duração de três ou quatro anos, conforme os critérios da rede pública que os adota.

As formas de avaliação não são provas, nem notas. O que o educando não aprende será objeto da aplicação de outras metodologias de ensino como laboratórios e aulas de reforço, geralmente no turno inverso, em classes de poucos alunos organizados por disciplina. É assim até o fim do ciclo. 

Um dos princípios dos ciclos é a crença de que cada indivíduo possui diferentes ritmos de aprendizado.

 Parte-se do pressuposto de que, ao final do período de três ou quatro anos, todos tenham aprendido a mesma coisa, mas cada um no seu tempo. 

A progressão continuada impõe, através dos ciclos, uma nova visão do ensinar que considera importante o desenvolvimento das competências cognitivas de cada aluno, através de um processo que não se encerra em um ano letivo e requer, sobretudo, um cuidado maior na definição dos objetivos que se pretende alcançar ao final do ciclo. 

Com o objetivo de assegurar a qualidade de ensino sem desconsiderar o processo de aprendizagem do aluno, se faz necessária à realização de avaliações contínuas com intuito de diagnosticar problemas e superá-los através do empenho em recuperar  as dificuldades dos alunos. 

No Estado de São Paulo, a Progressão Continuada está organizada em dois ciclos no Ensino Fundamental, no entanto, a legislação não aboliu a seriação, havendo uma combinação entre seriação e progressão continuada, o que leva alguns autores a não tratar, necessariamente, ciclo e progressão continuada como sinônimos. 

 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 

Instrumento técnico-político utilizado com base no princípio da escola autônoma, que pressupõe a descentralização administrativa e a autonomia financeira da escola. O projeto político pedagógico (PPP) contém a definição do conteúdo que deve ser ensinado e o que deve ser aprendido na escola. Ele caracteriza-se, principalmente, por expressar os interesses e necessidades da sociedade e por ser concebido e construído com base na realidade local e com a participação conjunta da comunidade. O projeto político pedagógico passou a ter importância a partir de meados da década de 90, quando o MEC passou a transferir recursos financeiros diretamente para as unidades escolares, de acordo com os princípios da descentralização e da escola autônoma, estabelecido na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996. 

PROLETARIZAÇÃO DO ENSINO 

A base teórica do conceito, "proletarização do ensino", parte de uma análise marxista das condições de trabalho no modo de produção capitalista. Segundo esta teoria, não só as empresas, mas todas as produções gerais submeteram-se a uma lógica racionalizadora, cujo intuito é o controle sobre o processo produtivo. Dentro dessa lógica, esse mesmo processo produtivo foi sendo subdividido em processos cada vez mais simples, de maneira que os operários ficaram especializados em tarefas cada vez mais reduzidas da cadeia produtiva, perdendo, deste modo, a perspectiva de conjunto do seu trabalho fundamenta anteriormente para a execução do trabalho. 

Neste sentido, houve a perda de sua própria qualificação, enquanto operário, da capacidade essencial de visão do todo, de decisão sobre determinada fase do processo. 

Essa lógica racionalizadora transcendeu o âmbito da empresa, assim como o âmbito privado e de produção, enquanto processo de acumulação de capital, para invadir a esfera do Estado, obrigando-o a sustentar a acumulação de capital e, ainda, legitimar a si próprio e ao processo de acumulação. 

No caso do ensino, segundo Contreras, a atenção a essas necessidades realizou-se historicamente mediante a introdução do espírito de "gestão cientifica", que pode ser notado tanto no que se refere ao conteúdo da prática educativa como ao modo de organização e controle do trabalho do professor. 

Neste sentido, as escolas transformaram-se em organizações mais amplas e começaram a ser introduzidos critérios de sequência e hierarquia. Surge daí "a organização graduada", que validou a homogeneização das tarefas dos professores sob a hipótese da também homogeneização dos alunos aos quais se dirigiam.

A hierarquização de funções dentro da instituição escolar ocorreu mediante a figura do diretor, que as legitima. Em paralelo, o currículo, um dos modos de organização da escola, começou a refletir, igualmente, uma espécie de processo de produção, organizado sob os mesmos parâmetros de decomposição em elementos mínimos de realização (objetivos/fragmentação). Que se refletiu na descrição das atividades particulares e específicas da vida adulta para as quais, supostamente, o educando deveria se preparar. A racionalização tecnológica do ensino, por sua vez, também limitou a função docente ao cumprimento de prescrições externamente determinadas. 

Assim como os operários, os docentes perderam a visão do conjunto de seu trabalho e o controle de sua tarefa; a lógica da produção capitalista "arrancou-lhes" a autonomia, daí o conceito de proletarização do ensino. 

PROPOSTA PEDAGÓGICA 

É um instrumento de caráter geral, que apresenta as finalidades, concepções e diretrizes do funcionamento da escola, a partir das quais se originam todas as outras ações escolares. Não há um padrão de proposta pedagógica que atenda a todas as escolas, pois cada unidade escolar está inserida num contexto próprio, determinado por suas condições materiais e pelo conjunto das relações que se estabelecem em seu interior e entorno social. Assim, cada escola deve desenvolver o seu modelo, aquele que melhor expressa sua identidade e seu compromisso com o aluno, com a comunidade, com a educação. 

Entende-se que ela deve ter uma construção coletiva, com a participação ativa de todos os envolvidos (alunos, pais, professores, funcionários, representantes da comunidade, etc.). 

Histórico e identificação da instituição de ensino e da entidade mantenedora; fins e princípios norteadores; diagnóstico e análise da situação da escola; definição dos objetivos educacionais e metas a serem alcançadas; seleção das ações; organização curricular; forma de gestão administrativa e pedagógica da escola; avaliação; organização da vida escolar e do regime escolar; capacitação continuada de pessoal; profissionais envolvidos na proposta pedagógica; e anexos são alguns aspectos considerados relevantes na elaboração do documento final. 

SABERES DOCENTES 

As discussões sobre o professor e seus saberes se inserem em um movimento pela profissionalização do ensino, que visa renovar os fundamentos epistemológicos do ofício de professor desenvolvendo e implantando as características do conhecimento profissional dentro do ensino e na formação de professores. Para ser considerada profissão a docência tem que contar com um repertório de saberes reconhecido perante outras profissões. Isso remete a uma maior proteção dos docentes, com relação aos saberes que detêm, e que são necessários ao desenvolvimento de profissionais para atuarem no ensino, renovando seus fundamentos epistemológicos. 

Segundo Tardif, a epistemologia da prática é o estudo dos saberes utilizado pelos professores em seu cotidiano para desempenhar todas as suas tarefas. Busca compreender a natureza destes saberes e como os docentes os produzem, utilizam e transformam em função das situações de trabalho. Não existe um consenso sobre a definição de saber. 

Porém, em geral, trabalha-se com três concepções: A primeira diz que saber é o tipo particular de certeza subjetiva produzida pelo pensamento racional. Então, saber qualquer coisa é possuir uma certeza subjetiva racional. A segunda coloca que saber é o julgamento verdadeiro, o discurso que afirma, com razão, qualquer coisa sobre qualquer coisa e a terceira define saber como a atividade discursiva que pode validar com argumentos, operações discursivas e lingüísticas, uma proposição ou uma ação. Porém, existem particularidades referentes a cada autor sobre a questão dos saberes. 

Tardif (2000) define o saber dentro dessas particularidades, assim, o saber possui um sentido mais amplo, que engloba os conhecimentos, as competências, as habilidades (as aptidões) e as atitudes, o que muitas vezes foi considerado como saber, saber-fazer e saber-ser. Assim, o saber docente é um saber plural, formado pelo amálgama de saberes oriundos da formação profissional e de saberes disciplinares, curriculares e experiências. 

O que caracteriza os saberes práticos ou experiências é o fato de se originarem da prática cotidiana da profissão e serem por ela validados. Para os professores, os saberes da experiência profissional constituem os fundamentos de sua competência. Por isso os saberes experiências surgem como núcleo vital do saber docente. 

PROTAGONISMO JUVENIL 

"Protagonista" significa, originalmente, a personagem principal de uma peça teatral, de um filme, de um romance etc. Em sentido figurado, a palavra é usada para referir à pessoa que desempenha ou ocupa o primeiro lugar em um acontecimento. O Protagonismo Juvenil é um tipo de ação de intervenção no contexto social para responder a problemas reais onde o jovem é sempre o ator principal. Significa, tecnicamente, o jovem participar como ator principal em ações que não dizem respeito à sua vida privada, familiar e afetiva, mas a problemas relativos ao bem comum, na escola, na comunidade ou na sociedade mais ampla. Outro aspecto do protagonismo é a concepção do jovem como fonte de iniciativa, que é ação; como fonte de liberdade, que é opção; e como fonte de compromissos, que é responsabilidade. 

É uma forma superior de educação para a cidadania não pelo discurso das palavras, mas pelo curso dos acontecimentos. É passar a mensagem da cidadania criando acontecimentos, onde o jovem ocupa uma posição de centralidade. 

Na raiz do protagonismo tem que haver uma opção livre do jovem, ele tem que participar na decisão se vai ou não fazer a ação. O jovem tem que participar na execução da ação, na sua avaliação e na apropriação dos resultados.

Existem dois padrões de protagonismo juvenil: quando as pessoas do mundo adulto fazem junto com os jovens e quando os jovens fazem de maneira autônoma. Em relação ao processo ensino aprendizagem pode ser identificada como a condição de participação efetiva dos discentes no interior da instituição escolar. 

Em alguns autores também aparece como a situação concreta de participação dos jovens nas instituições sociais da sociedade moderna. O importante que este é um conceito acompanhado de “referência propositiva” no sentido de ser sempre uma “ação afirmativa” de valores sociais. 

SÓCIO-INTERACIONISMO 

Os estudos de Vygotsky postulam uma dialética das interações com o outro e com o meio, como desencadeador do desenvolvimento sócio cognitivo. Para Vygotsky e seus colaboradores, o desenvolvimento é impulsionado pela linguagem. Eles acreditam que a estrutura dos estágios descrita por Piaget seja correta, porém diferem na concepção de sua dinâmica evolutiva. 

Enquanto Piaget defende que a estruturação do organismo precede o desenvolvimento, para Vygotsky é o próprio processo de aprender que gera e promove o desenvolvimento das estruturas mentais superiores. Para ele, a cultura molda o psicológico, isto é, determina a maneira de pensar.

Pessoas de diferentes culturas têm diferentes perfis psicológicos. As funções psicológicas de uma pessoa são desenvolvidas ao longo do tempo e mediadas pelo social, através de símbolos criados pela cultura. A linguagem representa a cultura e depende do intercâmbio social. 

Os conceitos são construídos no processo histórico e o cérebro humano é resultado da evolução. Em todas as culturas, os símbolos culturais fazem a mediação ou a interação com os processos socioculturais. 

Para Vygotsky, as interações têm um papel crucial e determinante. Para definir o conhecimento real, sugere que se avalie o que o sujeito é capaz de fazer sozinho, e o potencial aquilo que ele consegue fazer com ajuda de outro sujeito. Assim, determina-se a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) e o nível de riqueza e diversidade das interações determinará o potencial atingido. Quanto mais ricas as interações, maior e mais sofisticado será o desenvolvimento. 

No campo da educação a interação que é um dos conceitos fundamentais da teoria de Vygotsky encaixa-se perfeitamente na concepção de escola que se pretende efetivar no sistema brasileiro de ensino. E neste caso, o professor e o aluno passam a ter um papel essencial no processo de ensino e aprendizagem. 

Dessa forma é possível desenvolver tanto os conceitos de ZDP quanto a relação existente entre pensamento, linguagem e intervenção no âmbito da escola, possibilitando assim um maior nível de aprendizagem. 

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 

(TICs) Muito se houve falar, atualmente, nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Todas as pessoas, estão em contato com elas, seja nos caixas eletrônicos, nas linhas de produção das indústrias e, mesmo, em nossas casas, com a Internet, as câmeras digitais, etc. 

As TICS resultam da fusão das tecnologias de informação, antes referenciadas como informática, e as tecnologias de comunicação, antes denominadas como telecomunicações e mídia eletrônica. Elas envolvem a aquisição, o armazenamento, o processamento e a distribuição da informação por meios eletrônicos e digitais, como rádio, televisão, telefone e computadores. 

A inserção das TICs nas escolas públicas já se tornou um processo irreversível, pois com o advento do computador entra-se numa fase de não-retorno no que se refere ao uso das tecnologias na escola devido à indústria, a revolução tecnológica e ao poder das crianças que dispõem de computador em casa. 

A importância da utilização das TICs na educação se deve ao fato de que podem promover mudanças na prática docente de modo a inovar o processo de ensino-aprendizagem, ou seja, o professor pode utilizá-las para realizar atividades que seriam impossíveis sem essas ferramentas. 

O contato dos alunos com as TICs em situações de ensino- aprendizagens promovem o desenvolvimento cognitivo e intelectual, principalmente o raciocínio lógico formal, a capacidade de pensar com rigor e sistematicidade, a criatividade e solução para problemas. 

Em uma aula tradicional, o professor é o transmissor do conhecimento e utilizam-se exclusivamente do livro didático, lousa e giz para ensinar seus alunos que recebem passivamente informações. 

Com o uso das TICs o professor deixa de ser o detentor do conhecimento e a única fonte de informações dos alunos, deixa de ser a autoridade incontestada do saber para passar a ser, muitas vezes, aquele que menos sabe. “Professor e aluno passam a ser parceiros de um mesmo processo de construção do conhecimento”. 

Diante da velocidade acelerada das transformações tecnocientíficas, os conteúdos administrados nas diferentes disciplinas escolares não acompanham as qualidades exigidas nos perfis profissionais do mercado de trabalho. Se uma das funções da escola seria a de preparar profissionais para a sociedade é preciso desenvolver a atualização dos objetivos educacionais ao conjunto dos atributos demandados pelas profissões modernas, não apenas no nível das informações, saberes e aptidões adquiridas, mas sobretudo, nas habilidades atitudinais que as condições de trabalho modernas reclamam. Daí a importância das TICs no processo de ensino-aprendizagem.

TEMA GERADOR 

Esse conceito remete a concepção de “Palavra Geradora” desenvolvida no trabalho com alfabetização de adultos feito por Paulo Freire, na década de 1960. É uma proposta metodológica inspirada na dialética. Segundo o autor, no livro Pedagogia do Oprimido, “a escola pode deixar de ser campo de reprodução para ser agente de transformação da realidade, permitindo, desta forma, estruturar e desenvolver todo processo de conhecimento onde a atuação educativa é um processo de criação e recriação do conhecimento”. 

Assim, os temas são chamados de geradores, porque são gerados na comunidade escolar e geram respostas para essa comunidade, sem perder a perspectiva da relação com o mundo, além disso, contém a possibilidade de desdobrar-se em outros tantos temas, que provocam novas tarefas a serem cumpridas. 

O tema gerador, portanto não pode ser definido, a priori, mas na estreita relação da escola com a comunidade escolar. Para estabelecê-lo devem-se diagnosticar quais são as situações significativas para os alunos, os docentes e a comunidade, naquele determinado contexto, depois, a partir delas se estabelecer o tema e os subtemas decorrentes.

Com essa definição, os docentes definem quais conteúdos irão trabalhar para dar respostas a essas situações significativas para, na volta ao tema, e à comunidade escolar, se definam novos temas e subtemas, gerando nova pesquisa, decorrente da anteriores e novas respostas. 

Desse modo, não é necessário que tendo se estabelecido um tema, todos os docentes falem do mesmo assunto, como é comum em alguns projetos desenvolvidos nas escolas. Se fosse assim, o trabalho não seria interdisciplinar e se tornaria maçante tanto pra docentes, quanto para alunos, corroborando com a pedagogia bancária ou tradicional. 

O tema é chamado de gerador, justamente pelo método dialético e dialógico como é definido e trabalhado e não por ser objeto de repetição. 

TEMAS TRANSVERSAIS 

A transversalidade é uma das formas de organizar o trabalho didático. Os temas devem ser incorporados nas áreas já existentes e no trabalho educativo da escola. 

Os temas transversais traduzem as preocupações cotidianas da sociedade brasileira no exercício da cidadania. Os PCNs do ensino fundamental definem como temas transversais: Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde, Orientação Sexual e Trabalho e Consumo. 

Eles não são definidos aleatoriamente, devem ter como norte o princípio da dignidade humana, a igualdade de direitos, a participação e a corresponsabilidade pela vida social. 

Os critérios para sua escolha são a urgência social, a abrangência nacional, a possibilidade de ensino e aprendizagem e o favorecimento da compreensão da realidade e participação social. 

Os temas transversais não constituem novas áreas, não são temas escolhidos pela equipe docente, por vontade desses, mas temas relevantes socialmente que atravessam todas as disciplinas e interagem com elas. 

A proposta de transversalidade traz a necessidade de a escola refletir e atuar conscientemente via educação de valores e atitudes em todas as áreas, garantindo que a perspectiva político-social se expresse no direcionamento do trabalho pedagógico dos conteúdos e das orientações didáticas. 

A perspectiva transversal aponta uma transformação de prática pedagógica, pois rompe com a pedagogia formal e amplia, a responsabilidade com a formação do aluno, com um trabalho sistemático e continuo que permita a escola refletir sobre os objetivos a serem alcançados de forma a se definirem em termos do trabalho a ser desenvolvido. 

TRANSDISCIPLINARIDADE 

Princípio teórico que busca uma intercomunicação entre as disciplinas, tratando efetivamente de um tema comum (transversal). Ou seja, na transdisciplinaridade não existem fronteiras entre as disciplinas. 

A ideia de transdisciplinaridade surgiu para superar o conceito de disciplina, que se configura pela departamentalização do saber em diversas matérias. Ou seja, considera que as práticas educativas foram centradas num paradigma em que cada disciplina é abordada de modo fragmentado e isolada das demais. 

Isto resultaria também na fragmentação das mentalidades, das consciências e das posturas que perdem assim a compreensão do ser, da vida, da cultura, em suas relações e inter-relações. Sobre esta lógica, Morin (2000) afirma: que "a inteligência parcelizada, compartimentada, mecanística, disjuntiva e reducionista quebra o complexo do mundo em fragmentos desconectados, fraciona os problemas, separa o que está unido, unidimensionaliza o multidimensional". 

O conceito de transdisciplinaridade está relacionado com a superação desta fragmentação dos saberes, na busca de uma compreensão holística e complexa dos processos do mundo. A transdisciplinaridade é um princípio do qual decorrem várias consequências práticas, tanto nas metodologias de ensino quanto na proposta curricular e pedagógica. Ela considera que embora cada um dos campos guarde suas especificidades, há entre eles um intercâmbio permanente, formando novos campos. 

Segundo Moacir Gadotti, “a transdisciplinaridade na educação é entendida como a coordenação de todas as disciplinas e interdisciplinar do sistema de ensino inovado sobre a base de uma axiomática geral, ética, política e antropológica”, e, ainda, para Ubiratan D’Ambrósio, no livro Transdisciplinaridade. “O essencial na transdisciplinaridade reside na postura de reconhecimento de que não há espaço nem tempo culturais privilegiados que permitam julgar e hierarquizar como mais corretos”. 

“A transdisciplinaridade repousa sobre uma atitude mais aberta, de respeito mútuo e mesmo de humildade em relação a mitos, religiões, sistemas de explicação e de conhecimentos, rejeitando qualquer tipo de arrogância ou prepotência”. 

Segundo Piaget, a interdisciplinaridade seria uma forma de se chegar a transdisciplinaridade. 

A interdisciplinaridade considera um diálogo entre as disciplinas, porém continua estruturada nas esferas da disciplinaridade. A transdisciplinaridade, por sua vez, alcançaria um estágio onde não haveria mais fronteiras entre as disciplinas e se consideraria outras fontes e níveis de conhecimento. 

TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA 

A transposição didática é a transformação do conhecimento científico em conhecimento didático, aquele conhecimento ensinado (aprendido) na sala de aula, presente nos conteúdos curriculares e nos livros didáticos. Cabe ao professor fazer esta transformação. É preciso domínio do conteúdo específico para a realização de uma boa transposição didática, para torná-la compreensível ao aluno.

 Perrenoud (1993, p.25), define como transposição didática a essência do ensinar, ou seja, “a ação de fabricar artesanalmente os saberes, tornando-os ensináveis, passíveis de avaliação no quadro de uma turma, de um ano, de um horário, de um sistema de comunicação e trabalho”. Considerada por alguns autores como a "mais nobre tarefa do professor", a transposição didática não é uma tarefa trivial. 

Como já mencionado, para se obter bons resultados, além de um conhecimento bastante profundo sobre o conteúdo a ser ensinado, é necessário muito empenho do professor e conhecimento também sobre princípios pedagógicos e formas de ensinar e aprender. 

A transposição didática pode também estar presente fora da sala de aula. No processo de produção de material didático, por exemplo, este conceito é fundamental para garantir a qualidade do material produzido. Assim, muitos educadores e instituições de ensino formam grupos especiais para a criação de material didático personalizado. 

É importante ressaltar, entretanto, que a adoção de um material didático, por parte de um professor (ou escola) não elimina a necessidade de o professor realizar a transposição didática em sala de aula. 

ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL 

A abordagem de Vygotsky atribuía, para o desenvolvimento de funções superiores dos indivíduos, uma grande importância à escola. Para o autor a instrução e o aprendizado na escola estão avançados em relação ao desenvolvimento cognitivo da criança. 

Vygotsky propõem um paralelo entre o brinquedo e a instrução escolar: ambos criam uma zona de desenvolvimento proximal e, em ambos os contextos, a criança elabora habilidades e conhecimentos socialmente disponíveis que passará a internalizar. 

Segundo Vygotsky, essa zona de desenvolvimento proximal é “a distância entre o nível real de desenvolvimento determinado pela resolução de problemas independentemente e o nível de desenvolvimento potencial determinado pela orientação de adultos ou em colaboração com companheiros mais capacitados”. 

Daí surge, a necessidade de classes heterogêneas de forma a possibilitar o avanço da aprendizagem, e do desenvolvimento através de ações mediadas com os outros, em outras palavras, a aprendizagem acontece no intervalo entre o conhecimento real e o conhecimento potencial, ou a distância existente entre o que o sujeito já sabe e aquilo que ele tem potencialidade de aprender. Seria neste campo que a educação atuaria, estimulando a aquisição do potencial, partindo do conhecimento da ZDP do aprendiz, para assim intervir. O conhecimento potencial, ao ser alcançado, passa a ser o conhecimento real e a ZDP redefinida a partir do que seria o novo potencial.

 

Não era meu intuito de  dar uma de teórico, mas, no entanto, darei algumas opiniões;

·               Primariamente é necessário rever os papeis das elites que não querem seus filhos nas escolas publicas

·               Ou se privatiza tudo ou se estatiza tudo. Prêmios, cotas, salário-escola é assistencialismo.

·               É necessário um ensino com auto-gestão e acabar com centralismos que perdura por séculos.

·               Que o dinheiro arrecadado  tem que ir direto para a escola lá as comunidades destinaram melhor estes. Não se perdendo no meio do caminho.

·               Acabar com as disciplinas estancadas, fazer aulas continuadas, com salas bem distantes uma da outra, com ênfase no social.

·               Escolas maiores, com salas amplas e de bem separadas, para não atrapalhar  as atividades do que estão de lado. Exemplo, uma sala de ginástica, juntos não ira  atrapalhar o laboratório de química, um belo cinema, um belo ginásio poliesportivo, um centro de formação profissional.

·               O aluno deve escolher a disciplina que quer fazer num período, exemplo escolher a sala de matemática num período continuo e não quebrado como é, se não quiser ir aquela aula escolha outra que lhe agrade

·               Acabar com estes currículos mínimos, e estabelecendo um currículo democrático, ainda estamos na escola jesuítica, com disciplinas estanques. 

                                                 

Destaques na Teoria de Skinner:

·               É através do condicionamento o perante que Skinner crê ser adquirida a maior parte do comportamento; Não leva em consideração o que ocorre dentro da mente do individuo durante o processo de aprendizagem. O que interessa é o comportamento observável; 

·               O estudo do comportamento não depende de conclusões sobre o que se passa dentro do organismo do individuo; O importante é não se concentrar no lado dos estímulos, mas sim ao lado do reforço. Para Skinner aprendizagem ocorre devido ao esforço. Não é a presença do estímulo ou a presença da resposta que leva à aprendizagem, mas sim, a presença das contribuições de reforço.

 

·               A teoria de Skinner é fundamentada no poderoso papel da “recompensa” “reforço” e parte da premissa fundamental de que toda ação que produz satisfação tenderá a ser repetida e aprendida;

·               A aprendizagem ocorre devido ao reforço. Não é a presença do estimulo ou da resposta que leva a aprendizagem, mas sim a presença das contingências de reforço.

·               O importante é arrancar situações tais que as respostas dadas pelo aprendiz sejam reforçadas e tenham sua probabilidade de ocorrência aumentada;

As idéias de Skinner dão maior ênfase ao desempenho ou “desempenho”;* A necessidade de prestar atenção às diferenças individuais, O professor tem a função de programador de contingências.

 

 Destaques na Teoria Dewey:

·               Dewey foi grande defensor da Escola Ativa;

·               Dava prioridade ao aspecto psicológico da educação;

·               Defendia que o professor era à base do processo educativo;

·               *Que o interesse do aluno devia ser o ponto de partida do professor;

·               *Acreditava que o currículo tinha de ser constantemente redefinido e avaliado;

·               O slogan de Dewey: Aprendemos Fazendo;

·               Afirmava que crescemos quando resolvemos juntos dificuldades e problemas comuns;

·               Acreditava na educação pela ação;

·               Disciplina é produto do interesse;

·               Que a atividade e alvoroço na sala de aula representam alunos interessados no que estão fazendo;

·               Que a sala de aula deveria ser um laboratório;

·               O currículo para Dewey não era um curso de estudos determinados, tinha de ser constantemente redefinido e reavaliado.

·               Seu objetivo era enriquecer a experiência dos alunos, já que a vida significava modificações, também a aprendizagem implicava reconstrução constante, onde não se permitiam quaisquer objetivos finais e onde se tinha de impedir, acima de tudo a estagnação;

·               A educação tem uma função democratizadora de igualar as oportunidades;

·               As tarefas em grupo estimulam a cooperação e o desenvolvimento de um espírito social;

·               Atribui grande valor as atividades manuais;

·               O espírito de iniciativa e independência virtudes de uma sociedade democrática levam a autonomia;

·               Para Dewey, a escola não é um prelúdio da vida, mas representa uma sociedade em miniatura. A democracia não deve ser adiada; na sala de aula, a criança pode aprender cooperando e participando no trabalho em grupos;

·               Dewey afirmava que crescemos somente quando participamos, quando resolvemos juntos dificuldades e problemas comuns;

 

Destaques na Teoria de Karl. R. Rogers

·               Para Rogers o importante é aprender a aprender. Não é o conhecimento em si que será de utilidade, e sim uma atitude de busca constante do conhecimento; A preocupação de Rogers é com o aluno como pessoa. O importante é a auto realização da pessoa; Parte de um enfoque essencialmente humanístico que visa à aprendizagem “pela pessoa inteira”, uma aprendizagem que transcende e engloba as aprendizagens cognitivas, afetivas e psicomotoras;

·               Para Rogers aprendizagem significante é mais do que acumulação de fatos. É uma aprendizagem que provoca uma modificação quer seja no comportamento do individuo, na orientação da ação futura que escolher ou nas suas atitudes e na sua personalidade. É uma aprendizagem penetrante que não se limita a um aumento de conhecimentos; é uma aprendizagem “pela pessoa inteira”;

·               Ele vê a aprendizagem como algo muito mais amplo de que acumulação de conhecimento e afirma que a aprendizagem socialmente mais útil, no mundo moderno, é a do próprio de aprender. Isso implica em uma postura de busca continua de conhecimento. O objetivo do ensino deve ser facilitação da mudança e da aprendizagem;

·               O importante é que exista uma relação interpessoal entre facilitador e aprendiz, e não nos recursos instrucionais utilizados;

·               O professor deve ser o facilitador da aprendizagem, mas seu sucesso nesta tarefa repousa, sobretudo, em qualidades atitudinais como a autenticidade, a compreensão empática, a aceitação e a confiança no aprendiz;

·               Rogers afirma que o educador deve concentrar a atenção não em ensinar, mas em criar condições que promovam a aprendizagem;

·               O pressuposto básico da teoria rogeriana é a crença de que a pessoa é capaz de promover seu próprio crescimento;

·               Rogers acha que a aprendizagem significativa verifica-se quando o estudante percebe que a matéria a estudar se relaciona com seus próprios objetivos;

·               Para que o aluno aprenda, crie, produza intelectualmente, ele precisa sentir-se seguro, apoiado, o que não ocorre em climas severos, de censura, onde os alunos trabalham com alto nível de ansiedade e poucos produzem;

·               Os seres humanos têm natural potencialidade para aprender; A aprendizagem é facilitada quando o aluno participa responsavelmente do seu processo; O comportamento pode ser provocado, em alguns casos, por experiências e necessidades  não simbolizadas;

·               O facilitador confia no desejo de cada aluno para alcançar os objetivos significativos para ele, como força motivadora subjacente à aprendizagem significativa. 

Destaques na teoria de Wallon:

·               Considera o meio social como um espaço de construção da atividade física, mental e afetiva;

·               Dizia que não é possível dissociar o biológico do social;

·               Tinha uma grande preocupação com os valores éticos e morais;

·               Emoção, movimento e espaço físico se confundem na sala de aula;

·               A gênese da inteligência é genética e organicamente social;

·               É pela emoção que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades;

·               O meio social oportuniza o desenvolvimento global;

·               A escola é o lugar apropriado para o desenvolvimento das aptidões;

·               No inicio da vida, afetividade e inteligência estão integradas, com o predomínio afetivo;

·               O ser humano é geneticamente social, isto é, sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para atualizar-se;

Destaques na Teoria de Piaget:

·               Piaget indica como fator de motivação para a aprendizagem, “a situação- problema”;

·               Teoria psicogenética ou construtiva de Piaget, dar mais ênfase ao desenvolvimento da inteligência;

·               Necessidade de prestar mais atenção às diferenças individuais entre os alunos e de acompanhar de maneira mais individualizada sua aprendizagem;

·               A inteligência é algo que se vai construindo gradualmente pela estimulação e o desafio;

·               A teoria de Piaget não é propriamente uma teoria de aprendizagem e sim uma teoria de desenvolvimento mental;

·               Os conceitos têm papel fundamental;

·               A estrutura cognitiva de um indivíduo poderia, pois, ser pensada como um complexo de esquemas de assimilação;

·               Só há aprendizagem quando o esquema de assimilação sofre acomodação;

·               O professor teria a função de propor situações que ativassem o mecanismo de aprendizagem do educando, isto é, sua capacidade de reestruturar-se mentalmente procurando um novo equilíbrio;

Supõe que ensinar

Destaques na Teoria de Dewey:

·               Dewey foi grande defensor da Escola Ativa;

·               Dava prioridade ao aspecto psicológico da educação;

·               Defendia que o professor era à base do processo educativo;

·               Que o interesse do aluno devia ser o ponto de partida do professor;

·               Acreditava que o currículo tinha de ser constantemente redefinido e avaliado;

·               O slogan de Dewey: Aprendemos Fazendo;

·               Afirmava que crescemos quando resolvemos juntos dificuldades e problemas comuns;

·               Acreditava na educação pela ação;

·               Disciplina é produto do interesse;

·               Que a atividade e alvoroço na sala de aula representam alunos interessados no que estão fazendo;

·               Que a sala de aula deveria ser um laboratório;

·               O currículo para Dewey não era um curso de estudos determinados, tinha de ser constantemente redefinido e reavaliado.

·               Seu objetivo era enriquecer a experiência dos alunos, já que a vida significava modificações, também a aprendizagem implicava reconstrução constante, onde não se permitiam quaisquer objetivos finais e onde se tinha de impedir, acima de tudo a estagnação;

·               A educação tem uma função democratizadora de igualar as oportunidades;

·               As tarefas em grupo estimulam a cooperação e o desenvolvimento de um espírito social;

·               Atribui grande valor as atividades manuais;

·               O espírito de iniciativa e independência virtudes de uma sociedade democrática levam a autonomia;

·               Para Dewey, a escola não é um prelúdio da vida, mas representa uma sociedade em miniatura. A democracia não deve ser adiada; na sala de aula, a criança pode aprender cooperando e participando no trabalho em grupos;

·               Dewey afirmava que crescemos somente quando participamos, quando resolvemos juntos dificuldades e problemas comuns;

Destaques na Teoria de Bruner:

·               O que é relevante em uma matéria de ensino é sua estrutura, suas ideias e relações fundamentais. A compreensão de princípios e conceitos fundamentais parece ser, segundo Bruner, o principal caminho para uma adequada transferência da aprendizagem;

·               Encara o ensino como uma atividade que deve principalmente concentrar-se em como otimizar a aprendizagem facilitar a transferência ou a recuperação de informações;

·               Destaca a importância de planejar o ensino levando em conta o que se sabe sobre o desenvolvimento intelectual do aprendiz;

·               Supõe que ensinar é esforço para auxiliar ou moldar o desenvolvimento;

·               O ensino é altamente facilitado por meio da linguagem que acaba sendo não apenas o meio de comunicação, mas o instrumento que o estudante pode usar para ordenar o meio ambiente;

  Destaques na Teoria de Makarenko:

 

·               A vida e o seu trabalho como educador foi marcado com o compromisso em defesa da classe trabalhadora;

·               Trabalhou com crianças e jovens abandonados e infratores;

·               Sua proposta pedagógica era, sobretudo transformar e formar cidadãos;

·               Achava que os pais que não soubessem educar seus filhos deveriam ser reeducados pela escola;

·               A escola para atingir seus objetivos, tinha que ter contato direto com a sociedade e a natureza;

·               O contato com a realidade concreta era uma das condições para o aluno aprender;

·               A sua proposta pedagógica era formar indivíduos participativos e responsáveis;

·               Acreditava no trabalho coletivo, como uma forma de se exercer a democracia;

·               O modelo de escola devia ser baseado na vida em grupos, na autogestão, no trabalho e na disciplina;

·               Defendia a autoridade e a disciplina, mas como uma forma de se conseguir a aprendizagem e a formação do aluno;

·               Valorizava a participação da família na vida escolar;

·               Os pais deveriam ser estimulados a participar de atividades culturais e recreativas;

·               A educação deve ser correta desde o inicio para que mais tarde não seja necessário reeducar;

·               A formação cultural deve começar o quanto antes, quando a criança ainda está longe de etapa da leitura;

 

Destaques na Teoria de Maria Montessori:

 

·               A criança para ser controlada tinha que ser estimulada através dos estímulos sensoriais e intelectuais;

·               O professor sendo um orientador da criança fazia com que ela mesma se corrigisse;

·               Defendeu a realização dos direitos da criança, talvez uma das características mais importantes do seu método;

·               O diálogo é a melhor forma de a criança aprender;

·               A disciplina em sala de aula deve nascer da liberdade e do prazer pelas atividades;

·               Deve existir um material específico para cada objetivo educacional;

·               Preocupação com o desenvolvimento pleno da criança, e sua integração social;

·               Defendeu o direito a vida, a liberdade, e a autonomia;

·               Um dos principais objetivos do seu método são as atividades motoras, intelectuais e sensoriais;

·               Enfatizou o desenvolvimento dos aspectos biológicos, pois acreditava que a função da educação era também favorecer esse desenvolvimento;

·               Pés e mãos têm grande importância nos exercícios sensoriais;

·               Deu ênfase ao treinamento dos movimentos musculares necessários a realização de tarefas, como a escrita;

·               Na sala de aula a criança deve ser livre para agir sobre os objetos, embora seja importante quando necessário, a mediação do professor;

·               Promoveu a autoeducação da criança, colocando meios adequados de trabalho a sua disposição;

Método de trabalho individual, embora tenha também

        Destaques na Teoria de Decroly:

 

·               A criança deve se educar não para o futuro, para a vida adulta, e sim para o presente;

·               O método de Centro de Interesse atendia as necessidades e interesses dos alunos;

·               Defendia que a sala de aula está em toda parte;

·               Sua vida foi dedicada ao trabalho com crianças retardadas e anormais;

·               Acreditava na liberdade, iniciativa e responsabilidade;

     Destaques na Teoria de Vigotsky:

 

·               O socioconstrutivismo é uma tendência cada vez mais presente no debate educacional;

·               Considerado o teórico social da inteligência;

·               O conhecimento é sempre intermediado;

·               A vivencia em sociedade é essencial para a transformação do homem de ser biológico em ser humano;

·               É pela aprendizagem nas relações com os outros que construímos os conceitos que permitem nosso desenvolvimento mental;

·               Segundo Vigotsky a evolução cultural é caracterizada por saltos qualitativos de um nível de conhecimento para outro;

·               A criança nasce dotada apenas de funções psicológicas elementares, como o reflexo e a atenção involuntária, presentes em todos os animais mais desenvolvidos;

·               O meio é sempre revestido de significados culturais;

·               A inteligência é construída a partir das relações recíprocas do homem com o meio;

·               O homem para se desenvolver e evoluir, é necessário o convívio com outras pessoas;

·               Através das concepções do materialismo histórico e dialético tentaram explicar o desenvolvimento das funções mentais superiores, a qual dedicou maior tempo de seus estudos, através da teoria sociocultural, contestando criticamente que as funções intelectuais do adulto não são resultados unicamente da maturação;

·               Entendia o pensamento como reflexo generalizado da realidade, transmitido através da fala e esta como importante mecanismo que estrutura e organiza o pensamento;

·               É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva em vez de uma esfera visual externa, dependendo das motivações internas e não unicamente dos incentivos fornecidos pelo objeto externo;

·               O trabalho em duplas facilita o aprendizado, mas cabe ao professor acompanhar individualmente o aluno;

·               O professor é o condutor do processo, atuando na zona de desenvolvimento proximal;

·               O erro faz parte do processo de aprendizagem. O professor não pode esperar que o aluno descubra sozinho seu erro;

 

Destaques na teoria de Paulo Freire:

 

·               Sua atividade como educador levou-o a criação, em 1961 do chamado Movimento de Educação de Base, sob o patrocínio do Bispo D. Helder Câmara, ao mesmo tempo em que se tomava forma o método Paulo Freire de Alfabetização;

·               Criou um método próprio, constituído de momentos dialéticos e interdisciplinares;

·               Defendeu que o pedagogo deve cuidar de libertar o homem das alienações a que a consciência dominadora o submete;

·               Critica a educação bancária, isto é, educação que trata as pessoas como objeto; defende a educação como uma ação cultural;

·               O primeiro passo na direção da conscientização é a alfabetização, entendida como a aproximação critica da realidade por meio da linguagem;

·               Professor e aluno fazem parte de um único contexto social, isto é, aprendem juntos, num processo de integração permanente;

·               “Ato criador capaz de gerar outros atos criadores”;

·               Paulo foi educado como cristão católico, mas criticava a chamada igreja dos opressores;

·               Paulo sempre lutou pelos direitos dos analfabetos, embora sempre soubesse que votar por votar é insuficiente, e lembra que um cidadão que seja participante não é aquele participante apenas em dia de eleição;

·               O seu método busca um significado social, e explica a tomada de consciência do mundo;

·               Em seu método, Freire propunha a exploração de tudo: palavras, frases, ditos, modos peculiares de falar, de contar o mundo;

      

Destaques na Teoria de Gagné:

 

·               A aprendizagem é, ativada por uma variedade de tipos de estimulação provenientes do ambiente do individuo;

·               A aprendizagem é algo que se realiza “dentro da cabeça”;

·               O organismo é naturalmente ativo e a aprendizagem ocorre devido a tal atividade; Acredita-se, então, que o agente da aprendizagem é o aluno, sendo o professor um orientador e facilitador;

·               Metodologia variada na qual cada assunto exigiria uma metodologia adequada á estrutura do assunto;

·               Necessidade de prestar atenção ás diferenças individuais entre os alunos;

·               Define a aprendizagem como uma mudança comportamental;

·               Defende a aprendizagem por descobertas;

·               Vê o ensino como uma atividade de planejamento e execução de eventos externos, ou condições externas à aprendizagem com a finalidade de influenciar os processos internos para atingir determinados objetivos;

·               O professor é o organizador das condições externas da aprendizagem. O professor é uma espécie de “gerente” da instrução, cuja tarefa é planejar e programar condições externas à aprendizagem, com a finalidade de influenciar os processos internos para atingir determinados objetivos, isto é, capacidade a serem aprendidos;

 

              Destaques na Teoria da Lauro de Oliveira Lima:

 

·               A aula expositiva torna-se quase um desestimulo a criatividade;

·               O nível mental da criança é que determina como o professor deve apresentar as situações didáticas;

·               O grupo é o;

·               Não ensine, provoque a atividade do aluno;

·               A escola deve estimular a criatividade e preparar o aluno para resolver situações-problema;

·               Em cada estágio de desenvolvimento, o aluno tem uma forma diferente de aprender;

·               Valoriza mais o processo de aquisição do saber, do que o saber propriamente dito;

·               Sugere ao professor, que faça o aluno compreender o que faz;

·               No grupo o aluno constrói a solidariedade, a responsabilidade, a criatividade, preservando a individualidade;

·               Criou o Método Psicogenético, para aplicação na educação.

 

Destaques na teoria de Pestalozzi:

 

·               Pestalozzi condenava as punições e recompensas;

·               As classes privilegiadas desprezavam o povo;

·               Foi o primeiro a pesquisar as leis fundamentais do desenvolvimento;

·               O defensor dos princípios empíricos;

·               O desenvolvimento é uma aquisição gradativa de poder;

·               A educação começa com a percepção de objetos concretos;

·               Pestalozzi tinha uma fé indomável e contagiante na educação como o meio supremo para o aperfeiçoamento individual e social;

·               A religião é mais profunda do que dogmas, ou credos;

·               Deu novo impulso à formação de professores e ao estudo da educação como uma ciência;

·               Psicologizou a educação;

·               Procurou apresentar seu método sob formas apropriadas as leis da psicologia;

·               Empregava as letras do alfabeto presas a cartões, e introduziu lousas e lápis;

·               Professor é comparado ao jardineiro, que providencia as condições para a planta crescer;

·               A educação sensorial é fundamental e os sentidos devem estar em contato direto com os objetos;

·               A educação poderia mudar a terrível condição de vida do povo;

·               Somente a educação poderá contribuir para que o povo conservasse os direitos conquistados;

·               O lar era para ele a melhor instituição de educação, base para a formação política, moral e religiosa;

 

Destaques na Teoria de Freinet:

·               Criticava duramente os livros didáticos fora da realidade do aluno;

·               O interesse do aluno não estava na escola e sim fora dela;

·               Um regime autoritário na escola não seria capaz de formar cidadãos democratas;

·               A sobrecarga de alunos na sala de aula constitui sempre um erro pedagógico;

·               Os castigos são humilhantes, constituem um grande erro;

·               O comportamento escolar de um aluno depende de seu estado fisiológico, orgânico e emocional;

·               O fracasso escolar inibe, destrói o ânimo e o entusiasmo;

·               Toda atitude imposta é paralisante;

·               O aluno não se cansa de um trabalho funcional, ou seja, que atenda aos rumos de sua vida;

·               As notas e classificações constituem sempre um erro;

·               A ordem e a disciplina são necessárias na aula;

·               A cooperação é vida na Nova Escola;

·               Ser maior não significa necessariamente estar acima dos outros;

·               A livre expressão deve sempre ser valorizada;

·               Deve ser dada atenção especial a pequenos grupos, e atendê-los em suas especificidades;

·               Toda ordem sob forma autoritária é um erro, isto caracteriza uma ofensa à dignidade humana, sobretudo se exercida publicamente; um regime autoritário na escola não seria capaz de formar cidadãos democratas;

·               O trabalho com o aluno deve ser diversificado;

·               A avaliação deve ser continua e permanente durante todo o processo de aula;

·               Confiança e respeito ao ser humano e seus direitos;

·               Se trabalhada a democracia na escola, teremos no futuro cidadãos conscientes;

·               As regras de sala de aula deviam ser discutidas e planejadas pelos alunos, só assim teriam a responsabilidade e liberdade desenvolvidas;

·               O professor devia respeitar o ritmo próprio de cada aluno;

 


Top Disco - Parte 1