terça-feira, 12 de julho de 2016

Para uma escola liberal o que precisa?




Sempre teve uma centralização exagerada na educação, o Estado gerenciou de acordo com utopias é um dos motivos do mesmo ter um dos piores ensino do mundo..
Segundo alguns estudiosos, a aprendizagem é um processo integrado que provoca uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende. Essa transformação se dá através da alteração de conduta de um indivíduo, seja por Condicionamento operante, experiência ou ambos, de uma forma razoavelmente permanente. As informações podem ser absorvidas através de técnicas de ensino ou até pela simples aquisição de hábitos. O ato ou vontade de aprender é uma característica essencial do psiquismo humano, pois somente este possui o caráter intencional, ou a intenção de aprender; dinâmico, por estar sempre em mutação e procurar informações para a aprendizagem; criador, por buscar novos métodos visando à melhora da própria aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e erro.

Um outro conceito de aprendizagem é uma mudança relativamente durável do comportamento, de uma forma mais ou menos sistemática, ou não, adquirida pela experiência, pela observação e pela prática motivada.

O ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, necessitando de estímulos externos e internos (motivação, necessidade) para o aprendizado. Há aprendizados que podem ser considerados natos, como o ato de aprender a falar, a andar, necessitando que ele passe pelo processo de maturação física, psicológica e social. Na maioria dos casos a aprendizagem se dá no meio social e temporal em que o indivíduo convive; sua conduta muda, normalmente, por esses fatores, e por predisposições genéticas.

Segundo os behavioristas a aprendizagem é uma aquisição de comportamentos através de relações entre Ambiente e Comportamento, ocorridas numa história de contingências, estabelecendo uma relação funcional entre Ambiente e Comportamento. Ambiente: Comportamento → Reforço.

Apresenta como principais características:

• O indivíduo é visto como ativo em todo o processo.
• A aprendizagem é sinônima de comportamento adquirido.
• O reforço é um dos principais motores da aprendizagem.
• A aprendizagem é vista como uma modelagem do comportamento.

Em algumas abordagens cognitivas, considera-se que o homem não pode ser considerado um ser passivo. Enfatiza a importância dos processos mentais no processo de aprendizagem, na forma como se percebe, seleciona, organiza e atribui significados aos objetos e acontecimentos.

É um processo dinâmico, centrado nos processos cognitivos, em que temos:
INDIVIDUO → INFORMAÇÃO → CODIFICAÇÃO → RECODIFICAÇÃO → PROCESSAMENTO → APRENDIZAGEM.

De uma perspectiva humanista existe uma valorização do potencial humano assumindo-o como ponto de partida para a compreensão do processo de aprendizagem. Considera que as pessoas podem controlar seu próprio destino, possuem liberdade para agir e que o comportamento delas é conseqüência da escolha humana. Os princípios que regem tal abordagem são a auto-direção e o valor da experiência no processo de aprendizagem. Preocuparam-se em tornar a aprendizagem significativa, valorizando a compreensão em detrimento da memorização tendo em conta, as características do sujeito, as suas experiências anteriores e as sua motivações.

O indivíduo é visto como responsável por decidir o que quer aprender. Aprendizagem é vista como algo espontâneo e misterioso.

Numa abordagem social, as pessoas aprendem observando outras pessoas no interior do contexto social. Nessa abordagem a aprendizagem é em função da inteiração da pessoa com outras pessoas, sendo irrelevantes condições biológicas. O ser humano nasce como uma 'tabula rasa', sendo moldado pelo contato com a sociedade.

TEORIA  KOHLBERG

Kohlberg foi professor na Universidade de Chicago, bem como na Universidade Harvard. Especializou-se na investigação sobre educação e argumentação moral, sendo mais conhecido pela sua teoria dos níveis de desenvolvimento moral. Muito influenciado pela teoria do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget, o trabalho de Kohlberg refletiu e desenvolveu as ideias de seu predecessor, ao mesmo tempo criando um novo campo na psicologia: "desenvolvimento moral".
Ainda em 1971, contraiu um parasita tropical em Belize enquanto fazia um trabalho transcultural. Como resultado disso, ele lutou contra a dor física e a depressão pelo resto de sua vida. Em 19 de janeiro de 1987ele pediu um dia de alta do hospital de Massachusetts onde fazia tratamento, dirigiu até o Harbor de Boston, estacionou seu carro em uma rua sem saída, e mergulhou no mar. Tendo aparentemente cometido suicídio, faleceu aos 59 anos de idade. 1
Em um estudo empírico realizado por Haggbloom et al. Utilizando seis critérios, tais como citações e reconhecimento, Kohlberg foi considerado o trigésimo psicólogo mais famoso do século XX.
Dentre os seus principais sucessores, estão James Rest e Elliot Turiel, que deram prosseguimentos às pesquisas de Kohlberg com contribuições relevantes.

Teoria do Desenvolvimento Moral
A teoria do desenvolvimento moral é a mais conhecida de Kohlberg. Sua teoria, assim como a de Piaget, é universalista. Não afirma a universalidade das normas, mas a das estruturas que permitem a aplicação das normas em contextos precisos e proporcionam critérios para o juízo moral. Acredita que através de um processo maturacional e interativo, todos os seres humanos têm a capacidade de chegar à plena competência moral, medida pelo paradigma da moralidade autônoma, ou, como prefere Kohlberg, pela da moralidade pós-convencional.
Os seis estágios de Kohlberg podem ser generalizadamente, agrupados em três níveis de dois estágios cada: pré-convencional, convencional, e pós-convencional.
Seguindo as exigências construcionistas de Piaget de um modelo de estágios, como exposto em sua teoria do desenvolvimento cognitivo, é extremamente raro regredir em estágios – perder o uso de capacidades de estágios mais altos. Não se podem pular estágios, cada um fornece uma nova e necessária perspectiva, mais abrangente e diferenciada de seus predecessores, mas integradas com eles. Os estágios não avançam em "bloco", podendo a pessoa estar em determinado estágio em uma área, e em outro estágio em outra área. 9Sua teoria é dinâmica, e não apenas estática. Potencialmente, todo indivíduo é capaz de transcender os valores da cultura em que foi socializado, ele não apenas os incorpora passivamente. Com isso, a própria cultura pode ser modificada.
Podemos esquematizar a teoria de Kohlberg da seguinte maneira:
Nível 1 (Pré-Convencional)
1. Orientação "punição obediência"
(Como eu posso evitar a punição?).
2. Orientação auto-interesse (ou "hedonismo instrumental")
(O que eu ganho com isso?).
Nível 2 (Convencional)
3. Acordo interpessoal e conformidade
(Normas sociais)
(Orientação "bom moço” / “boa moça")
4. Orientação "manutenção da ordem social e da autoridade"
(Moralidade "Lei e Ordem")
Nível 3 (Pós-Convencional)
5. Orientação "Contrato Social"
6. Princípios éticos universais
(Consciência principiada)
Nível pré-convencional
O nível pré-convencional de argumentação moral é particularmente comum em crianças, embora adulto também possam exibir esse nível de argumentação. Nesse nível, o juízo da moralidade da ação é feito com base em suas conseqüências diretas. O nível pré-convencional consiste apenas do primeiro e segundo estágios de desenvolvimento moral, e está preocupado apenas com o próprio ser de uma maneira egocêntrica. Alguém com uma moral pré-convencional ainda não adotaram ou internalizou as convenções da sociedade sobre o que é certo ou errado, mas, em vez disso, foca-se grandemente em conseqüências externas que certas ações possam ter.
O estágio 1 é o do castigo e obediência. Nesse estágio, a moralidade para a criança consiste em observar literalmente as regras, obedecer à autoridade e evitar o castigo. Por exemplo, uma ação é vista como errada apenas porque aquele que a cometeu foi punido. "Da última vez que fiz tal coisa, apanhei, então não farei de novo". Quanto pior a punição, pior é visto o ato. O ponto de vista é egocêntrico, o ator não distingue entre seus interesses e os dos outros, que o ponto de vista dos outros pode ser diferente do seu. Há uma deferência para aqueles vistos como de maior poder ou prestígio.
O estágio 2 é aquele em que a pessoa é movida apenas pelos próprios interesses. O comportamento moral consiste em seguir regras quando forem do interesse imediato do ator, e em reconhecer que os outros também têm seus próprios interesses, o que pode justificar uma troca entre atores, integrando interesses recíprocos, mas apenas até o ponto em que isso serve aos interesses do próprio ator. O ponto de vista inclui, portanto, o de outros indivíduos, numa base instrumental, ocorrendo certa descentralização, embora mínima. O respeito pelos outros não está baseado em lealdade ou respeito mútuo, mas no sentido de "uma mão lava a outra". A falta de perspectiva do estágio 2 também não pode ser confundida com o estágio 5, pois aqui todas as ações têm o propósito de servir os próprios interesses ou necessidades do próprio indivíduo.
Nível convencional
O nível convencional de argumentação moral é típico de adolescentes e adultos. Aqueles que argumentam de uma maneira convencional julgam a moralidade das ações comparando-as com as visões do mundo e expectativas da sociedade. A moralidade convencional é caracterizada por uma aceitação das convenções sociais a respeito do certo e do errado. Nesse nível um indivíduo obedece a regras e segue as normas da sociedade mesmo quando não há conseqüências pela obediência ou desobediência. Aderência a regras e convenções é de algum modo rígida, entretanto, a adequação da aplicação de uma regra ou a justiça dela é por vezes (poucas) questionada.
O estágio 3 é o das expectativas interpessoais mútuas, e do conformismo, em que o ser entra na sociedade preenchendo papéis sociais (identidade dos papéis). O correto é atender às expectativas das pessoas de referência, ser um "bom moço", no papel de filho, irmão ou amigo, tendo sido ensinado que há um valor inerente a tal comportamento. O ponto de vista inclui as perspectivas dos outros e sentimentos compartilhados, que têm precedência sobre os interesses individuais. A argumentação do estágio 3 pode julgar a moralidade de uma ação valorando as suas conseqüências em termos dos relacionamentos de uma pessoa, a qual agora começa a incluir coisas como respeito, gratidão, e a "regra de ouro". Desejo de manter as regras e autoridade existe apenas para manter esses papéis sociais. As intenções das ações desempenham um papel mais significante na argumentação neste estágio; "eles têm boas intenções…".
O estágio 4 é aquele em que a pessoa se move com base na obediência a autoridade e ordem social. O correto é cumprir seu dever na sociedade, preservar a ordem social, e manter o bem-estar da sociedade ou do grupo. O ponto de vista é o do sistema ou do grupo social como um todo, e considera os interesses individuais dentre desse quadro de referência mais amplo. O argumentação moral no estágio quatro está além da necessidade de aprovação individual exibida no estágio três; a sociedade deve aprender a transcender necessidades individuais. Um ideal (ou ideais) central frequentemente prescreve o que é certo ou errado, como no caso do fundacionalismo. Se uma pessoa viola uma lei, talvez todo mundo possa – portanto, há uma obrigação e um dever em manter leis e regras. As maiorias dos membros ativos da sociedade permanecem no estágio quatro, onde a moralidade é predominantemente ditada por uma força externa.
Nível pós-convencional
O nível pós-convencional, também conhecido como "nível principiado", consiste dos estágios cinco e seis do desenvolvimento moral. Há uma crescente percepção de que os indivíduos são entes separados da sociedade, e de que a perspectiva do próprio indivíduo pode tomar precedência sobre a visão da sociedade; eles podem desobedecer a regras inconsistentes com princípios universais que possam ser justificados. Essas pessoas vivem de acordo com seus próprios princípios abstratos sobre o certo e o errado – princípios que tipicamente incluem direitos humanos básicos. Devido ao fato desse nível colocar a "natureza do ser antes dos outros", o comportamento de indivíduos pós-convencionais, especialmente daqueles no estágio seis, podem ser confundido com o daqueles no nível pré-convencional. As pessoas que exibem uma moralidade pós-convencional vêem as regras como necessárias e como mecanismos mutáveis – idealmente, as regras podem ajudar a manter a ordem social geral e a proteger os direitos humanos. As regras não são ditos absolutos que devem ser obedecidos sem questionamentos, podendo ser desobedecidas ou modificadas com base em justificativas universais.
O estágio 5 é o dos direitos pré-existentes e do contrato social ou utilidade. A visão de mundo de quem está neste estágio é a de que no mundo existem pessoas de diferentes opiniões, direitos, e valores. O correto é apoiar os direitos, valores e contratos jurídicos de uma sociedade, mesmo quando estão em conflito com as normas concretas do grupo. As leis são consideradas como contratos sociais em vez de um mandamento rígido. Aquelas que não promovem o bem-estar geral devem ser modificadas quando necessário para adequar-se ao "bem máximo para o maior número de pessoas". Isso é atingido através da decisão da maioria, e do comprometimento inevitável. Muitos dos atos de um governo democrático são baseados no estágio cinco.
O estágio 6 é o dos princípios universais éticos. As leis e acordos sociais só são válidos na medida em que derivam de tais princípios. Assim, quando a lei viola esses princípios, é preciso agir de acordo com eles.
Os princípios em questão são os da igualdade dos seres humanos e o respeito por sua dignidade como indivíduos, considerados como fins e não enquanto meios como na filosofia de Immanuel Kant. Existe uma capacidade de se imaginar no lugar do outro. O ponto de vista é universalista, transcendendo grupos e sociedades particulares, e se baseia numa ética válida para todos, da qual derivam arranjos e instituições concretas. Os direitos escritos formalmente não são necessários, pois os contratos sociais não são essenciais para a ação moral deôntica. O indivíduo age porque é o correto a ser feito, não porque tal ação é instrumental, esperada, legal, ou foi previamente acordada. Para Kohlberg, raras pessoas atingem este estágio.
Contribuições de outros autores
Além das contribuições relevantes de James Rest e Elliot Turiel, a pesquisa de Kohlberg ganhou também uma continuidade importante em Jürgen Habermas.

Habermas formulou um sétimo estágio de desenvolvimento no artigo "Desenvolvimento da Moral e Identidade do Eu", publicado no livro "Para a Reconstrução do Materialismo Histórico" (título original em alemão: "Zur Rekonstruktion des Historischen Materialismus"). Para Habermas, é somente a nível de uma ética universal da linguagem que se tornam objeto do discurso prático também a interpretação dos crescimentos, ou seja, o que cada indivíduo crê que deva ser entendido e afirmado como seus "verdadeiros" interesses. 1

No entanto, o desenvolvimento de 3 níveis mentais - inteligência, afetividade e moralidade, não são automáticas, porque exige a intermediação de agentes culturais, pais, professores, adultos em geral e no mundo competitivo é influenciado por todos, ao professor cabe uma parte, ele não é o salvador da pátria e nem do indivíduo.
É o conjunto dos agentes culturais, ou seja, do ponto de vista moral, a educação começa na heteronímia, em que as regras morais são introjetadas sem críticas, até que a pessoa possa alcançar a autonomia, típica da maturidade, ou seja, que é capaz de decidir por si mesmo e mesmo com um melhor professor só depende dele pode até ter um monte de técnicas e equipamentos se a moral do aluno.
Não quer autonomia e reação contra a resolução de problemas e não há como ele competir neste mundo competitivo e desigual.
Como disse acima os agentes culturais, no caso as escolas hoje com suas teorias sempre estiveram presas a uma diretriz estabelecida pelo Estado, o grande impasse entre a heteronímia e autonomia ocorre na adolescência, período das contradições em que, abandonando as características infantis, o indivíduo ainda não assumiu as obrigações e as responsabilidades da vida adulta. E nisto o professor tem um pequena parcela na sua formação.
Brasil ele é desvalorizado pelos agentes culturais, pais adultos em geral, pode aplicar qualquer teoria de Piaget, Kohlberg, ou seja, hoje, o professor só resta diminuir o egocentrismo, porque os pais e o Estado em sua maioria não estão maduros moralmente do que é educação de verdade e ao invés de auxiliarem as crianças nesse processo com seus dogmas não aceitam as teorias do professores, porque a maioria deles segundo Kohlberg os professores ao auxiliar na tarefa de ensinar e ao aplicar seus projetos encontra os pais ainda no nível convencional, "escola só é boa se o filho dele vai bem e tirando notas ótimas, e, se não for é por culpa do professor, da escola" tipicamente infantil, no Estado um toma lá e da cá e os professores no temor de não errarem estão entre a cruz e espada.

“Só faço que a quem me faça bem e o mal a quem me faz mal, assim permanece no estagio dois, de trocas e acordos de Kohlberg, uma vida de liberdade fica ela é uma boa professora ou uma boa menina”.
Segundo o qual devemos ser bons porque gostaria os que o outro agisse do mesmo modo se estivesse no nosso lugar é o reconhecimento do outro com regras, papéis e leis que garantem seu funcionamento, tendo em vista o bem-estar da sociedade ou de grupos e um Estado que centraliza tudo.
Passa o aluno sem esforço, na dita Progressão Continuada ou falso construtivismo do Mínimo Esforço.

O professor pode fazer tudo que lhe compete com computadores e todos os recursos tecnológicos com a maiores das boas intenções.

O papel para desenvolver a personalidade segundo Kohlberg é o nível pós-convecional o professor deve tentar e perceber os conflitos entre as regras e o sistema no contrato social que apela pela obediência às regras e às leis. Mas há uma enorme variedade de valores e 0pniões e que, muitas vezes, existem conflitos inconciliáveis entre o legal e o moral (tem um ditado hoje que o professor finge que ensina e aluno finge que aprende).

Exemplo: se um professor é ateu e falar que ele é, uma boa maioria de "crentes" nem mais sentira empatia em suas aulas porque vai ao contrário das normas do pensamento coletivo dos mesmos.
Mas no sexto estágio de kohlberg o comportamento moral regula-se por PRINCÍPIOS.

Os valores independem dos grupos ou das pessoas que sustentam, porque princípios racionais e universais de justiça: igualdade dos direitos humanos, respeito à dignidade das pessoas, reconhecimento de que elas são os fins em si e precisam ser tratadas como tal. Não se trata de recusar leis ou contratos, mas de reconhecer que eles são válidos PORQUE se apóiam em princípios.

E o povo brasileiro está, em sua maioria, ainda estão na fase da criança ou no nível convencional ou ainda no nível pré-condicional, a criança obedece para evitar castigo dadas pela autoridade ou para merecer recompensa, é um ponto de vista egocêntrico e o Estado com suas elites tentam com suas diretrizes utópicas facilitar esta hoje a não punição da reprova.

Eles garantem o funcionamento dos princípios da desigualdade do capitalismo ineficiente, não estou falando de educação socialista, esta é mais uma utopia onde o professor como dizem tenta salvador, estou falando do capitalismo ineficiente que se baseia de que pelo menos um seja dentro dos seus projetos o diferente o melhor para dirigir os explorados e como estamos no regime dos desiguais.
O professar, mas nem todos, ainda são o que tem os princípios dos direitos humanos.

Ele, aquele que quer mudanças e não é a maioria, se elevam de suas Verdades utópicas e tentam dar uma direção a uma sociedade mais justa e é neste campo que o professor deve atuar se elevam acima de suas utopias de seus preconceitos quebrando as regras do nível pré-convecional e convencional.

NO PRÉ-CONVECIONAL a criança adentra lentamente o mundo das normas. No segundo ele reconhece o valor do outro na identificação com pessoas, ele se espelha no outro, se casa dele é uma bagunça e seus pais e se sociedade e uma bagunça possivelmente eles serão daí entra o papel do professor, mas ele não é o salvador da pátria, ele tenta elevar ao nível pós-convecional numa "desobediência civil" em direção a uma sociedade mais justa só consegue na atualidade só com alguns.
Porque as maiorias das pessoas estão no pré-convecional manipulada pela utopias que falam e falam
Que hoje poucos querem ser professores e muitos desistem de ser. É duro hoje ser professor no Brasil. 

A pergunta que tento responder nesta teoria que estou passando é quer realmente o aluno fazer advocacia, engenheiro, cientista ou se ele quer ser padeiro, jogador, técnico em refrigeração,
Comerciante e outros que nada têm haver com a formação seriada e prisional (panótica) e muitos professores estão jogando a toalha é a classe que mais sofre stress, imagina o professor cuidar de 400 alunos todos diferentes e pais que estão ainda na pré-convenção.
Penso logo existo de Rani Descartes, será que a mulher não quer ser apenas dona de casa e o rapaz só quer ser simplesmente um mecânico e está sendo ou  pode ser um joguete de afetos e paixões tristes.
E a pessoa passar a ser seu dono, como os agentes sociais querem?

Segundo Espinosa “as boas paixões permitem o” desenvolvimento humano facilitam o encontro das pessoas e proporcionam a alegria, hoje o que se vê e viu no Brasil não proporcionam alegria, onde há vários instintos e paixões negativas e positivas para Freud "o mal-estar da civilização está nas forças agressivas e egoístas a ponto de ser autodestruitiva e comprometer a felicidade”.

Jovem de 15 anos é aprovado e vai cursar Medicina no Ceará

Um fato inusitado no interior do Ceará. Um jovem de 15 anos, que fez o Exame Nacional do Ensino Médio 2012, foi aprovado para o curso mais concorrido da Universidade Federal do Ceará (UFC): o de medicina. Nesta semana, Tiago Saraiva recebeu a aprovação do Conselho de Educação do Ceará e vai poder fazer o curso, pulando os segundo e o terceiro anos do ensino médio.


A inscrição para o Enem foi apenas para ganhar experiência, como ele mesmo conta. Mas acertar 153 das 180 questões e os 900 dos mil pontos na redação o colocaram em vantagem. E aí o próximo passo era arriscar o Sistema de Seleção Unificado (Sisu). O curso desejado: Medicina na UFC, no campus da cidade de Sobral, a 250 km de Fortaleza.

Para entrar, ele disputou com mais de 4 mil concorrentes as 70 vagas do curso. No resultado, ficou em 54º. Para conseguir a posição, Tiago conta que sempre teve os estudos em primeiro lugar, desde que se decidiu por medicina. Para ele, o tempo ajudou a criar o hábito e o prazer pelos estudos.

PERMISSÃO - Para que Tiago pudesse fazer o curso de medicina, estando ainda no primeiro ano do ensino médio, era preciso que o Conselho de Educação do Ceará desse o aval. Para isso, Tiago passou por mais uma prova: em dois dias, ele fez dois exames que traziam questões que uniam as matérias dos três anos do ensino médio.

A prova foi desenvolvida pelo colégio onde Tiago estudava. As respostas foram analisadas por uma equipe de pedagogos e professores da instituição, que submeteram o resultado ao Conselho, que o aprovou. Agora é esperar pela confirmação da matrícula de Tiago pela Universidade para saber quando ele começa as aulas do novo curso.

O ERROS DO AGENTES SOCIAIS

A educação brasileira foi copiada e adaptadas dos utópicos clássicos fez com que o aluno durante a vida inteira tenha ideias, principalmente das escolas públicas, porque eles não são preparados para ser um aluno perceptos.

Aluno Perceptos é definido pela psicologia como aqueles que conseguem nos processos de aprendizagem e de aquisição de conhecimento através da percepção. Que é o conjunto dos processos mentais usados no pensamento e na percepção, também na classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas. De uma maneira mais simples, podemos dizer que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos.

Mas o conhecimento lhe traria uma melhor adaptação ao meio - é também um mecanismo de conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno, e, portanto, melhorando a consciência coletiva. Ela é um processo pelo qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em que vive sem perder a sua identidade existencial.

Ela começa com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre à percepção. É, portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na nossa memória.

Os processos mentais que estão por detrás do comportamento. É uma das disciplinas da ciência cognitiva e uma delas é neurolinguística versos domínios, examinando questões sobre a memória, atenção, percepção, representação de conhecimento, raciocínio, criatividade e resolução de problemas.

No século XX, a psicologia cognitiva recebeu um grande impulso através de estudos sobre inteligência artificial, que permite relacionar e comparar, em certa medida, o processamento humano e animal da informação com processos eletrônicos, como o computador.

Hoje, perceptos necessitam de liberdade de comportamento e um click para ele desbrava um novo mundo e é assim que proporei a Teoria Cognitiva Determinista que deu levo - a Memética.

Os pensamentos cognitivos se passa neurolinguisticamente pela formação da personalidade exemplo: ódio, rancor encaixa nos treze traços de personalidade que proponho abaixo e não precisa etapas para se desenvolver a cognição, ele é inato na consciência coletiva da sociedade em que nasce não adianta ensinar por etapas como Piaget, Wallon, ou seriação que tanto a UNESCO promove, achando que pela estatística e no pelo ensino até a universidade teremos países desenvolvido, patifaria, deixe de ser hipócritas, acabe com este mito.

O exemplo acima é característico de alunos perceptos, mas, no entanto o meio social em que ele esta é determinista, portanto, para se ter mais alunos perceptos são necessários entender o pensamento coletivo consciente e inconsciente de uma sociedade e quando se leva em consideração os limites de transição de idades como Piaget e Wallon, diminui as chances de o ser.

Mas pode ser que um jovem de doze anos não queira ser médico, mas simplesmente um caminhoneiro, um pescador e ele obrigado a estudar coisas que não fariam sentido para eles e torná-los ser feliz.

Não precisam ser educado para um futuro pelo qual não tem certeza, se será um médico ou letrado, por isto, para ser feliz é necessário ter universidade? Seguir diretrizes centralizadas, aptidão dele deve ser o hoje, no que ele quer; se têm 12 anos e quer ser mecânico, mas não tem condição econômica, e, existe recursos abundantes no Brasil, cerca de R$ 749 (reais) e somente chega às escolas 220 por alunos porque não repassar diretamente para este aluno perceptos que quer ser mecânico seria sim uma educação sem manipulação que tanto vimos ao longo do século.

 Vygotsky 

O ponto de partida desta análise é a concepção vygotskyana de que o pensamento verbal não é uma forma de comportamento natural e inata, mas é determinado por um processo histórico-cultural e tem propriedades e leis específicas que não podem ser encontradas nas formas naturais de pensamento e fala. Uma vez admitido o caráter histórico do pensamento verbal, devemos considerá-lo sujeito a todas as premissas do materialismo histórico, que são válidas para qualquer fenômeno histórico na sociedade humana (Vygotsky, 1993 p. 44).

Sendo o pensamento sujeito às interferências históricas às quais está o indivíduo submetido, entende-se que, o processo de aquisição da ortografia, a alfabetização e o uso autônomo da linguagem escrita são resultantes não apenas do processo pedagógico de ensino-aprendizagem propriamente dito, mas das relações subjacentes a isto. É a dialética que muitos dos pensadores utópicos socialistas aplicaram na escola publica.

Vygotsky diz ainda que o pensamento propriamente dito seja gerado pela motivação, isto é, por nossos desejos e necessidades, nossos interesses e emoções. Por trás de cada pensamento há uma tendência afetivo-volitiva. Uma compreensão plena e verdadeira do pensamento de outrem só é possível quando entendemos sua base afetivo-volitiva (Vygotsky, 1991 p. 101).

Desta forma não seria válido estudar as dificuldades de aprendizagem sem considerar os aspectos afetivos. Avaliar o estágio de desenvolvimento, ou realizar testes psicométricos não supre de respostas às questões levantadas. É necessário fazer uma análise do contexto emocional, das relações afetivas, do modo como à criança está situada historicamente no mundo. Começou a briga entre professores e alunos.

Na abordagem de Vygotsky a linguagem tem um papel de construtor e de propulsor do pensamento, afirma que aprendizado não é desenvolvimento, o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer (Vygotsky, 1991 p. 101). A linguagem seria então o motor do pensamento, contrariando assim a concepção desenvolvimentista que considera o desenvolvimento a base para a aquisição da linguagem. Vygotsky defende que os processos de desenvolvimento não coincidem com os processos de aprendizagem, uma vez que o desenvolvimento progride de forma mais lenta, indo atrás do processo de aprendizagem. Isto ocorre de forma seqüencial. (Vygotsky, 1991 p. 102).

O processo de aprendizagem na abordagem de Piaget

Nos estudos de Piaget, a teoria da equilibrarão, de uma maneira geral, trata de um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, e assim, é considerada como um mecanismo auto-regulador, necessária para assegurar à criança uma interação eficiente dela com o meio-ambiente. (Wadsworth, 1996) Piaget postula que todo esquema de assimilação tende a alimentar-se, isto é, a incorporar elementos que lhe são exteriores e compatíveis com a sua natureza. E postula também que todo esquema de assimilação é obrigado a se acomodar aos elementos que assimila, isto é, a se modificar em função de suas particularidades, mas, sem com isso, perder sua continuidade (portanto, seu fechamento enquanto ciclo de processos interdependentes), nem seus poderes anteriores de assimilação. (Piaget, 1975, p. 14)

Em outras palavras, Piaget (1975) define que o equilíbrio cognitivo implica afirmar a presença necessária de acomodações nas estruturas; bem como a conservação de tais estruturas em caso de acomodações em sucedidas. O funcionamento da inteligência: assimilação e acomodação.

No modelo piagetiano, uma das idéias é conceito de inteligência de natureza biológica. Para ele o ser humano é um organismo vivo que chega ao mundo com uma herança biológica, que afeta à inteligência. Por uma parte, das estruturas biológicas limitam aquilo que podemos perceber, e por outro lado mostram a possibilidade de progresso intelectual.

Com influência darwinista, PIAGET elabora um modelo que constitui a sua vez uma das partes mais conhecidas de sua teoria. PIAGET crê que os organizamos humanos compartem das “funções invariantes": organização e adaptação. A mente humana, de acordo com PIAGET, também opera em términos das funções traçadas. Seus processos psicológicos estão muito organizados em sistemas coerentes e estes sistemas estão preparados para se adaptar aos estímulos que se trocam entre eles. A função e adaptação nos sistemas psicológicos e fisiológicos operam a através dos processos complementares: da assimilação e acomodação

A equilibração é necessária porque se uma pessoa só assimilasse, desenvolveria apenas alguns esquemas cognitivos, esses muito amplos, comprometendo sua capacidade de diferenciação; em contrapartida, se uma pessoa só acomodasse, desenvolveria uma grande quantidade de esquemas cognitivos, porém muito pequenos, comprometendo seu esquema de generalização de tal forma que a maioria das coisas seria vistas sempre como diferentes, mesmo pertencendo à mesma classe. Essa noção de equilibração foi à base para o conceito, desenvolvido por Paín, sobre as modalidades de aprendizagem, que se servem dos conceitos de assimilação e acomodação, na descrição de sua estrutura processual.

O esquema a seguir dá uma idéia.

Para Sara Paín (Buenos Aires, 1931) é uma psicóloga argentina. Doutora em Filosofia pela Universidade de Buenos Aires e em Psicologia pelo Instituto de Epistemologia Genética de Genebra. Para falar em Modalidades de Aprendizagem sintomática, que são popularmente conhecidas por dificuldades de aprendizagem, faz-se necessário compreender o processo denominado adaptação.

O processo de adaptação, conforme Piaget cumpre-se graças a um duplo movimento complementar de assimilação e acomodação. Através do primeiro, o sujeito transforma a realidade para integrá-la às suas possibilidades de ação e, através do segundo, transforma e coordena seus próprios esquemas ativos, para adequá-los às exigências da realidade. (Paín, 1989, p.46). A Psicopedagogia volta seu olhar para o modo como o sujeito aprende, portanto, aprofunda o estudo do processo de adaptação formulado por Piaget. Paín (1989) descreve as Modalidades de Aprendizagem sintomática tomando por base o postulado piagetiano.

Descreve como a assimilação e a acomodação atua no modo como o sujeito aprende e como isso pode ser sintomatizado, tendo assim características de um excesso ou escassez de um desses movimentos, afetando o resultado final. Na abordagem de Piaget, o sujeito está em constante equilibração. Paín parte desse pressuposto e afirma que as dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas a uma hiperatuação de uma dessas formas, somada a uma hipo-atuação da outra, o que é descrito a seguir.

Hiperassimilação: sendo a assimilação o movimento do processo de adaptação pelo quais os elementos do meio são alterados para serem incorporados pelo sujeito, numa aprendizagem sintomatizado pode ocorrer uma exacerbação desse movimento, de modo que o aprendiz não se resigna ao aprender. Há o predomínio dos aspectos subjetivos sobre os objetivos. Esta sintomatização vem acompanhada da hipoacomodação.

Hipoacomodação: esta sintomatização a acomodação consiste em adaptar-se para que ocorra a internalização. A sintomatização da acomodação pode dar-se pela resistência em acomodar, ou seja, numa dificuldade de internalizar os objetos (Fernández, 1991 p.110).

Hiperacomodação: esta sintomatização se acomodar é abrir-se para a internalização, o exagero disto pode levar a uma pobreza de contato com a subjetividade, levando à submissão e à obediência acrítico. Essa sintomatização está associada à Hiperassimilação.

Hiperassimilação: Nesta sintomatização ocorre uma assimilação pobre, o que resulta na pobreza no contato com o objeto, de modo a não transformá-lo, não assimilá-lo de todo, apenas acomodá-lo.

A aprendizagem normal pressupõe que os movimentos de assimilação e acomodação estão em equilíbrio. O que caracteriza a sintomatização no aprender é predomínio de um movimento sobre o outro. Quando há o predomínio da assimilação, as dificuldades de aprendizagem são da ordem da não resignação, o que leva o sujeito a interpretar os objetos de modo subjetivo, não internalizando as características próprias do objeto.

Quando a acomodação predomina, o sujeito não empresta sentido subjetivo aos objetos, antes, resigna-se sem criticidade. O sistema educativo pode produzir sujeito muito acomodativos se a reprodução dos padrões for mais valorizada que o desenvolvimento da autonomia e da criatividade. Um sujeito que apresente uma sintomatização na modalidade hiperacomodativa/ hipoassimilativa pode não ser visto como tendo “problemas de aprendizagem”, pois consegue reproduzir os modelos com precisão. A tabela a seguir, baseada em Alicia Fernández, apresenta a sumarização da relação entre os dois pólos sintomáticos das modalidades de aprendizagem, evidenciando a relação que existe entre a predominância de um movimento sobre o outro e o modo como ocorre o processo adaptativo.

Modalidade sintomatizada
Resultados na adaptação
Hiperassimilação
Predomínio da subjetivação, desrealização do pensamento, dificuldade em resignar-se.
Hipoacomodação
Pobreza de contato com o objeto, dificuldade na interiorização das imagens.
Hiper-comodação
Pobreza de contato com a subjetividade, superestimulação da imitação, falta de iniciativa, obediência acrítico às normas, submissão.
Hiperassimilação
Pobreza de contato com o objeto, déficit lúdico e criativo.

Segundo Wadsworth, se a criança não consegue assimilar o estímulo, ela tenta, então, fizer uma acomodação, modificando um esquema ou criando um esquema novo. Quando isso é feito, ocorre à assimilação do estímulo e, nesse momento, o equilíbrio é alcançado. (Wadsworth, 1996) Segundo a teoria da equilibração, a integração pode ser vista como uma tarefa de assimilação, enquanto que a diferenciação seria uma tarefa de acomodação, contudo, há conservação mútua do todo e das partes.

É de Piaget o postulado de que o pleno desenvolvimento da personalidade sob seus aspectos mais intelectuais é indissociável do conjunto das relações afetivas, sociais e morais que constituem a vida da instituição educacional. À primeira vista, o desabrochamento da personalidade parece depender, sobretudo, dos fatores afetivos; na realidade, a educação forma um todo indissociável e não é possível formar personalidades autônomas no domínio moral se o indivíduo estiver submetido a uma coerção intelectual tal que o limite a aprender passivamente, sem tentar descobrir por si mesmo a verdade.

Se ele é passivo intelectualmente não será livre moralmente. Mas reciprocamente, se sua moral consiste exclusivamente numa submissão à vontade adulta e se as únicas relações sociais que constituem as relações de aprendizagem são as que ligam cada estudante individualmente a um professor que detém todos os poderes, ele não pode tampouco ser ativo intelectualmente. (Piaget, 1982).

Piaget afirma que "adquirida a linguagem, a socialização do pensamento manifesta-se pela elaboração de conceitos e relações e pela constituição de regras. É justamente na medida, até, que o pensamento verbo-conceptual é transformado pela sua natureza coletiva que ele se torna capaz de comprovar e investigar a verdade, em contraste com os atos práticos dos atos da inteligência sensório-motora e à sua busca de êxito ou satisfação" (Piaget, 1975 p. 115).

Henri Paul Acinte Wallon (França, 1879 + 1962) foi filósofo, médico, psicólogo e político francês, e marxista convicto. Foi neto do político francês Henri-Alexandre Wallon. 

Nas posições teóricas feita em suas obras, Henri Wallon é perpassado pela idéia de que o processo de aprendizagem é dialético: não é adequado postular verdades absolutas, mas, sim, revitalizar direções e possibilidades. Usada hoje pelos pseudos-pedagogos que tem a utopia socialista no sangue

Uma das conseqüências desta postura é a crítica às concepções reducionistas: Wallon propõe o estudo da pessoa completa, tanto em relação a seu caráter cognitivo quanto ao caráter afetivo e motor. Para Wallon, a cognição é importante, mas não mais importante que a afetividade ou a motricidade. A Influência do Fator Orgânico e a Ênfase no Fator Social. Que foi destaque nos Parâmetros Curriculares no Capitulo da educação na Constituinte brasileira e preferida metodologia dos burocratas brasileiros.

Wallon reconhece que o fator orgânico é a primeira condição para o desenvolvimento do pensamento; ressalta, porém, a importância das influências do meio. O homem, para Wallon, seria o resultado de influências sociais e fisiológicas, de modo que o estudo do psiquismo não pode desconsiderar nem um nem outro aspecto do desenvolvimento humano. Por outro lado, para Wallon as potencialidades psicológicas dependem especialmente do contexto sócio-cultural. O desenvolvimento do sistema nervoso, então, não seria suficiente para o pleno desenvolvimento das habilidades cognitivas.

Desenvolvimento do Pensamento.

Wallon define que desenvolvimento é o processo pelo qual o indivíduo emerge de um estado de completa imersão social em que não se distingue do meio para um estado em que pode distinguir seus próprios motivos dos motivos oriundos do ambiente. Deste modo, desenvolver-se se tornaria sinônimo de identificar-se em oposição ao mundo exterior.

O desenvolvimento ocorreria, para Wallon, por uma sucessão de estágios, à maneira da teoria de Piaget, mas através de um processo assistemático e contínuo, em que a criança oscila entre a afetividade e a inteligência.

O desenvolvimento é movido por conflitos, dialeticamente, de maneira análoga à combinação de acomodação, assimilação e equilíbrio na teoria piagetianas. Entretanto, ao contrário de Piaget, Wallon acreditava que o processo não é tão bem delimitado, mas constante, podendo haver, inclusive, regressão: as aquisições de um estágio são irreversíveis, mas o indivíduo pode retornar as atividades anteriores ao estágio. Um estágio não suprime os comportamentos anteriores, mas sim os integra, resultando em um comportamento que é a acumulação das partes. Não dá certo nas escolas públicas com suas seriações no qual um aluno que se adianta, tem interesse fica preso a um bagunceiro que não quer saber de nada.

A teoria de Wallon confronta-se com o Behaviorismo neste ponto. Enquanto um comportamentalista acredita que a aprendizagem é um processo de modelagem onde vários comportamentos são condicionados e posteriormente extintos, Wallon afirma que o comportamento aprendido não é extinto, mas sim integrado ao posterior. Por exemplo, durante a aprendizagem da escrita, a criança, primeiro aprende a desenhar algo semelhante a um círculo, para posteriormente "puxar a perninha" e escrever um "a". O comportamentalista afirma que o comportamento de desenhar o círculo foi extinto, mas Wallon vai mais além e afirma que foi integrado a outros comportamentos ou, para usar um termo mais adequado à teoria walloniana, integrado a outras aprendizagens.

Pelos Campos Funcionais, para Wallon, a cognição está alicerçada em quatro categorias de atividades cognitivas específicas, às quais se dá o nome de 'campos funcionais. Os campos funcionais seria o movimento, a afetividade, a inteligência e a pessoa.

Movimento.

O movimento seria um dos primeiros campos funcionais a se desenvolver, e que serviria de base para o desenvolvimento dos demais.

Os movimentos, enquanto atividades cognitivas podem estar em duas categorias: movimentos instrumentais e movimentos expressivos. Os movimentos instrumentais são ações executadas para alcançar um objetivo imediato e, em si, não diretamente relacionado com outro indivíduo; este seria o caso de ações como andar, pegar objetos, mastigar etc. Já os movimentos expressivos têm uma função comunicativa intrínseca, estando usualmente associados a outros indivíduos ou sendo usados para uma estruturação do pensamento do próprio movimenta dor. Falar, gesticular, sorrir seriam exemplos de movimentos expressivos.

Wallon dá especial ênfase ao movimento como campo funcional porque acredita que o movimento tem grande importância na atividade de estruturação do pensamento no período anterior à aquisição da linguagem.

Afetividade

A afetividade, por sua vez, seria a primeira forma de interação com o meio ambiente e a motivação primeira do movimento.

À medida que o movimento proporciona experiências à criança, ela vai respondendo através de emoções, diferenciando-se, para si mesma, do ambiente. A afetividade é o elemento mediador das relações sociais primordial, portanto, dado que separa a criança do ambiente.

As emoções são, também, a bases do desenvolvimento do terceiro campo funcional, as inteligências.

Inteligência.

Na obra de Wallon, inteligência tem um significado bem específico, estando diretamente relacionada com duas importantes atividades cognitivas humanas: o raciocínio simbólico e a linguagem. À medida que a criança vai aprendendo a pensar nas coisas fora de sua presença, o raciocínio simbólico e o poder de abstração vão sendo desenvolvidos. Ao mesmo tempo, e relacionadamente, as habilidades lingüísticas vão surgindo no indivíduo, potencializando sua capacidade de abstração.

Pessoa.

Wallon dá o nome de pessoa ao campo funcional que coordena os demais. Seria este também o campo funcional responsável pelo desenvolvimento da consciência e da identidade do eu.

As relações entre estes três campos funcionais não são harmônicas, de modo que constantemente surgem conflitos entre eles. A pessoa, como campo funcional, cumpre um papel integrador importante, mas não absoluto. A cognição desenvolve-se de maneira dialética, em um constante processo de tese, antítese e síntese entre os campos funcionais.

Estágios de Desenvolvimento.

Assim como na teoria piagetianas, a teoria de Wallon também propõe uma série de estágios do desenvolvimento, mas, diferentemente daquele, não se limitando ao aspecto cognitivo. Além disso, Wallon é bem mais flexível na análise dos estágios: ao contrário de Piaget, Wallon não acredita que os estágios de desenvolvimento formem uma seqüência linear e fixa, ou que um estágio suprima o outro. Para Wallon, o estágio posterior amplia e reforma os anteriores.

O desenvolvimento não seria, na obra walloniana, um fenômeno suave e contínuo; pelo contrário, o desenvolvimento seria permeado de conflitos internos e externos.

Wallon deixa claro que é natural que, no desenvolvimento, ocorram rupturas, retrocessos e reviravoltas, o que para Piaget e os comportamentalistas parece algo improvável. Os conflitos, mesmo os que resultem em retorno a estágios anteriores, são fenômenos inerentemente dinamogênicos, geradores de evolução.

Wallon afirma que os estágios se sucedem de maneira que momentos predominantemente afetivos sejam sucedidos por momentos predominantemente cognitivos. Usualmente, períodos predominantemente afetivos ocorrem em períodos focados na construção do eu, enquanto estágios com predominância cognitiva estão mais direcionados à construção do real e compreensão do mundo físico. Este ciclo não é encerrado, mas perdura pela vida toda, uma vez que a emoção sobrepõe-se à razão quando o indivíduo se depara com o desconhecido. Deste modo, afetividade e cognição não são estanques e se revezam na dominância dos estágios. O aluno brasileiro como disse esta na utopia do Click e afetividade dele esta no modo de vida capitalista, ou seja, consumista e centrada nele, são muito egoístas.

Estágio impulsivo-emocional.

Do nascimento até aproximadamente o primeiro ano de vida, a criança passa por uma fase denominada estágio impulsivo-emocional. É um estágio predominantemente afetivo, onde as emoções são os principais instrumentos de interação com o meio. A relação com o ambiente desenvolve, na criança, sentimentos intraceptivos e fatores afetivos.

O movimento, como campo funcional, ainda não está desenvolvido, a criança não possui perícia motora. Os movimentos infantis são um tanto quanto desorientados, mas a contínua resposta do ambiente ao movimento infantil permite que a criança passe da desordem gestual às emoções diferenciadas.

Estágio sensório-motor e projetivo.

Dos três meses de idade até aproximadamente o terceiro ano de vida, a criança passa pelo estágio sensório-motor e projetivo. É uma fase onde a inteligência predomina e o mundo externo prevalece nos fenômenos cognitivos. A inteligência, nesse período, é tradicionalmente particionada entre inteligência prática, obtida pela interação de objetos com o próprio corpo, e inteligência discursiva, adquirida pela imitação e apropriação da linguagem. Os pensamentos, nesse estágio, muito comumente se projetam em atos motores.

Estágio do personalismo.

Ao estágio sensório-motor e projetivo sucede um momento com predominância afetiva sobre o indivíduo: o estágio do personalismo. Este estágio, que se estende aproximadamente dos três aos seis anos de idade, é um período crucial para a formação da personalidade do indivíduo e da autoconsciência. Uma conseqüência do caráter auto-afirmativo deste estágio é a crise negativista: a criança opõe-se sistematicamente ao adulto. Por outro lado, também se verifica uma fase de imitação motora e social.

Estágio categorial.

O estágio do personalismo é sucedido por um período de acentuada predominância da inteligência sobre as emoções. Neste estágio, usualmente chamado estágio categorial, a criança começa a desenvolver as capacidades de memória e atenção voluntárias. Este estágio geralmente manifesta-se entre os seis e os onze anos de idade.

É neste estágio que se formam as categorias mentais: conceitos abstratos que abarcam vários conceitos concretos sem se prender a nenhum deles. Nesta fase, por exemplo, uma criança que antes associasse o conceito de "triângulo" a triângulos eqüiláteros (porque este tenha sido apresentado como um exemplo de triângulo) adquirirá a habilidade de compreender que mesmo "formatos" diferentes - triângulos isósceles e escalenos—também são abarcados pelo conceito de "triângulo".

No estágio categorial, o poder de abstração da mente da criança é consideravelmente amplificado. Provavelmente por isto mesmo, é nesse estágio que o raciocínio simbólico se consolida como ferramenta cognitiva.

Estágio da adolescência.

Mais ou menos a partir dos onze, doze anos, a criança começa a passar pelas transformações físicas e psicológicas da adolescência. Este é um estágio caracterizadamente afetivo, onde o indivíduo passa por uma série de conflitos internos e externos. Os grandes marcos desse estágio são à busca de auto-afirmação e o desenvolvimento da sexualidade. Daí o que no Brasil chamamos de “aborocentes” que é uma mistura de adolescente que só pensa em sexo e só quer namorar e não esta nem aí com as aulas, só vão para se mostrar e atrapalha os outros alunos com conversas paralelas geralmente narcisística, ou seja, só se vê como pessoa e não respeita os outros.

Os estágios de desenvolvimento não se encerram com a adolescência. Em verdade, para Wallon o processo de aprendizagem sempre implica na passagem por um novo estágio. O indivíduo, ante algo em relação ao qual tem imperícia, sofre manifestações afetivas que levarão a um processo de adaptação. O resultado será a aquisição de perícia pelo indivíduo. O processo dialético de desenvolvimento jamais se encerra. Encerra-se sim se o aluno não tiver interesse ele fica estagnado porque ele é obrigado a estudar o que não gosta e atrapalham com conversas paralelas.

Na teoria HENRI WALLON do desenvolvimento cognitivo, ele teve a preocupação de reservar espaço especial para o meio social como espaço de construção da atividade física, mental e afetiva, ou seja, como espaço que oportuniza o desenvolvimento global.

Para isto, ele dividiu em estágios nos quais podem explicar como o homem se desenvolve:

Estes estágios se comunicam entre si, favorecendo a aprendizagem:

(1º) Estágio Impulsivo (0 – 6 meses), Movimentação dos membros dentro do campo visual não coordenada, iniciada a partir do ato reflexo e dependente diretamente dos estados afetivos.

(2º) Estágio Emocional (6-8 meses), reações que foram associadas a alguma atividade, portanto, reforçadas e repetidas nessa fase. Preparação para a fase sensório-motora.

(3º) Estágio Sensório-Motor (8 – 18meses), predominância de ralações cognitivas com o meio, através da experimentação e curiosidade em relação aos objetos. A movimentação passa a ter finalidades afetivas, expressivas e tônicas, com a liberação progressiva das mãos.

(4º) Estágio Projetivo (18 meses – 3anos), inicia-se com muita força o simbolismo da linguagem, sua aquisição se torna cada vez mais elaborada, tornando esse período muito especial. O pensamento passa a ser expresso pelos gestos.

(5º) Estágio Personalismo (3 – 7anos), evidencia-se nesse período o processo de formação da personalidade, com a predominância das relações afetivas expressas através de palavras e idéias.

(6º) Estágio Categorial (7 – puberdade), grande avanço nos processos cognitivos e predominância desses na relação com o meio. Adolescência, rompimento com a tranqüilidade afetiva pela busca de resignação enquanto ser social, ou seja, desejo de busca de uma nova ordem que dê conta do novo ser bio-psico-social.

Para Wallon, o desenvolvimento é um processo marcado por conflitos que acontecem através de certo descompasso entre as ações desenvolvidas pelas crianças e o ambiente exterior, o qual é estruturado pelos adultos e pela cultura que esta na utopia do click e confundi e aliena.

O processo de aprendizagem pós-piagetiano.

Paín (1989) descreve as modalidades de aprendizagem sintomática tomando por base o postulado piagetiano. Descreve como a assimilação e as acomodações atuam no modo como o sujeito aprende e como isso pode ser sintomatizado, tendo assim características de um excesso ou escassez de um desses movimentos, afetando o resultado final. Na abordagem de Piaget, o sujeito está em constante equilibração. Paín parte desse pressuposto e afirma que as dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas a uma hiperatuação de uma dessas formas, somada a uma hipo-atuação da outra gerando as modalidades de aprendizagem sintomática a seguir:

Hiperassimilação é quando a assimilação o movimento do processo de adaptação pelo quais os elementos do meio são alterados para serem incorporados pelo sujeito, numa aprendizagem sintomatizada pode ocorrer uma exacerbação desse movimento, de modo que o aprendiz não se resigna ao aprender. Há o predomínio dos aspectos subjetivos sobre os objetivos. Esta sintomatização vem acompanhada da hipoacomodação.

Hipoacomodação é quando acomodação consiste em adaptar-se para que ocorra a internalização. A sintomatização da acomodação pode dar-se pela resistência em acomodar, ou seja, numa dificuldade de internalizar os objetos (Fernández, 1991 p. 110).

Hiperacomodação é quando acomodar é abrir-se para a internalização, o exagero disto pode levar a uma pobreza de contato com a subjetividade, levando à submissão e à obediência acrítico. Essa sintomatização está associada à Hiperassimilação.

Hipoassimilação, nesta sintomatização ocorre uma assimilação pobre, o que resulta na pobreza no contato com o objeto, de modo a não transformá-lo, não assimilá-lo de todo, apenas acomodá-lo.

A aprendizagem normal pressupõe que os movimentos de assimilação e acomodação estão em equilíbrio. O que caracteriza a sintomatização no aprender é predomínio de um movimento sobre o outro. Quando há o predomínio da assimilação, as dificuldades de aprendizagem são da ordem da não resignação, o que leva o sujeito a interpretar os objetos de modo subjetivo, não internalizando as características próprias do objeto. Quando a acomodação predomina, o sujeito não empresta sentido subjetivo aos objetos, antes, resigna-se sem criticidade.

O sistema educativo pode produzir sujeito muito acomodativos se a reprodução dos padrões for mais valorizada que o desenvolvimento da autonomia e da criatividade. Um sujeito que apresente uma sintomatização na modalidade hiperacomodativa e hipoassimilativa pode não ser visto como tendo “problemas de aprendizagem”, pois consegue reproduzir os modelos com precisão.
O processo de aprendizagem em outras concepções. 

O mito de que o Behaviorismo considera que o processo de aprendizagem se dá baseado na relação estimulo-resposta é uma noção falha de alguns leigos em educação. O aprender esta diretamente relacionado à relação entre o indivíduo e seu meio e como esse atua sobre ele. Falar em behaviorismo é fala de diversos tipos de behaviorismo, sendo os mais comuns o Behaviorismo Radical e o Inter-behaviorismo. Essa noção leiga refere-se à linha teórica ao Behaviorismo Metodológico, que não existe desde a década de 30.

O papel da memória na aprendizagem independente da escola de pensamento seguida sabe-se que o indivíduo desde o nascimento, utilizando seu campo perceptual, vai ampliando seu repertório e construindo conceitos, em função do meio que o cerca.

Estes conceitos são regidos por mecanismos de memória onde as imagens dos sentidos são fixadas e relembradas por associação a cada nova experiência. Os efeitos da aprendizagem são retidos na memória, onde este processo é reversível até certo tempo, pois depende do estímulo ou necessidade de fixação, podendo depois ser sucedido por uma mudança neural duradoura.

Memória de curto prazo é reversível e temporária, acredita-se que decorra de um mecanismo fisiologia ou fisiológico, por exemplo, um impulso eletroquímico gerando um impulso sinapse - sináptico, que pode manter vivo um traço da memória por um período de tempo limitado. Isto é, depois de passado certo período, acredita-se que esta informação desvanesce-se. Logo a memória de curto prazo pouco importa para a aprendizagem.

Memória de longo prazo é a memória permanente, ou memória de longo prazo, depende de transformações na estrutura química ou física dos neurônios. Aparentemente as mudanças sinápticas têm uma importância primordial nos estímulos levam aos mecanismos de lembranças, como imagens, odores, som e sons, etc. Avulsos parecem ter uma localização definida, parecendo ser de certa forma blocos desconexos, que ao serem ativados montam a lembrança do evento que é novamente sentida pelo indivíduo, como por exemplo, a lembrança da confecção de um bolo pela avó pela associação da lembrança de um determinado odor..

1. Repensando o que é Utopia 

Primeiro vamos recordar o que é uma utopia: ela consiste na idéia de idealizar não apenas um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real e não fugimos dela, nós sempre temos algum ideal ocasionada pela utopia. O utopismo é um modo absurdamente otimista de ver as coisas do jeito que gostaríamos que elas fossem e assim que nós somos e nosso consciente coletivo Dhurkheiniano esta contagiado pela idéia de sermos felizes no mundo tão desigual.

As pessoas vivem numa utopia, nós inclusive, sem ela a vida teria que ser  paraíso que nos contentar. Mas utopias se chocam, o judaísmo e islamismo, o capitalismo versus natureza, os adeptos se lançam em várias teorias para sustentá-la.

Há pedagogos teóricos utopistas socialistas, capitalistas, religiosos que implantaram metodologias de ensino sempre buscando um culpado, ora o professor, ora os pais, ora os alunos, pois numa utopia há sempre um culpado. Uma utopia vence a outra que se mostrou ineficiente.

As adaptações das utopias clássicas feitas no Brasil, pelo que chamo de pseudos-pedagogos, que nada mais confundiu e ainda confunde muitos professores  que pais, ou seja, o usuário das escolas pública. As utopias dão suportes a três correntes utópicas: capitalistas, socialistas e religiosas que tentam encaminhar as diretrizes e não dão mais conta do mundo real e feliz que poderíamos viver.

Os processos de aprendizagem ou aprender que pode ser definido pelo modo de como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportamento. Contudo, a complexidade desse processo dificilmente pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de pressupostos político-ideológicos, relacionados com a visão de homem, sociedade e saber em que os burocratas utilizam.

Na consciência coletiva de qualquer sociedade tem sempre uma utopia, os norte-americanos, os vietnamitas, os indonésios, os brasileiros agem em suas vidas uma visão do que vai ser bom para ele no futuro que pode acontecer ou não, nós seres humanos somos então movidos à Utopia, dentro desta utopia tem um conjunto de doutrinas, nas sociedades consumistas a qual vivemos, onde o capitalismo é a utopia mais utilizada que através dos meios das mídias e outros meios, dão à utopia da felicidade através doutrina do click do controle remoto ou outro click, até no amor o capitalismo tira aproveito criando imagens de amores perfeitos e a banalização do sexo sem amor.

Nos jornais das Televisões mostra primeiramente as notícias ruins e deixa para o final as notícias felizes que dão uma sensação de que nem tudo esta perdido é plena utopia, quando não gostamos de um programa de televisão é só apertar o controle remoto e pronto.

A escola também segue o mesmo caminho, o aluno gosta de uma disciplina como matemática, mas não gosta de Biologia, no Brasil o tempo de aula geralmente são de 50 minutos. O aluno que não gosta de Matemática fica a esperando a próxima disciplina que lhe deixará feliz, isto interessa as elites governamentais, porque manter uma sociedade dividida é melhor para controlar (Maquiavel).

Ao mostrar a escola do Brasil que é uma das piores do mundo a seguinte utopia as dimensões econômicas, filosófica, potencial e causal de Roberto Adami com minhas adaptações, mas primeiramente falarei das utopias clássicas, depois das adaptações feita pelos pedagogos contemporâneos e o uso dos pseudos-pedagogos que são burocratas que fazem as diretrizes que são centralizadas, sem autonomia e muito menos democráticas, seja aqui ou em outros países.

Então vamos aos clássicos, depois como a escola foi elaborada pela burocracia brasileira desde jesuítas até atual República do populista de Luís Ignácio da Silva – vulgo LULA. Começarei com a utopia Escolástica.


Tentarei esclarecer por que não temos uma escola boa no Brasil é porque existe e existiram mentiras utópicas burocráticas pedagógicas que não passam de adaptações Utópicas dos escritores clássicos como Skinner e educadores jesuítas e conceitos socialistas como de Gramsci. Onde os burocratas e adaptadores pedagogos brasileiros tiram do sério nós professores e alunos e pais da escola brasileira.
Temos aqui no Brasil a obrigatoriedade escolar e a seriação, o aluno é obrigado a comparecer nas escolas e muitos recebem bolsas de 50 Reais para que compareça e considero uma miséria perto dos 769 Reais que vem de impostos e iria direto para os alunos se não parasse nas mãos dos burocratas que centralizam a educação brasileira. Pela lei de Diretrizes de Base brasileira seria de 450 bilhões para 5 milhões de estudantes.
Os alunos teriam mais interesse se recebesse 769, os alunos brasileiros em 70 por cento não gostam do modelo escolar brasileiro, eles são obrigados pela lei a ir à escola, mas hoje temos tecnologias e outra maneiras de estimularem e os 769 reais que receberiam poderia escolher uma escola de longa distância que pagaria 69 reais e, portanto sobraria 700 reais para ele utilizar como complemento orçamentário e não receber bolsas escolas no valor de 50 reais ou 60 reais, isto tudo porque o dinheiro dos impostos ficam nas  nas estruturas burocráticas  que fazem  uma política imitativa, indireta e querem dinheiro para suas campanhas eleitorais das livrarias que indicam livros, de suportes pedagógicos que só enchem o saco do professor ao invés que confundem e mascaram o que eles querem que o brasileiro não estude para melhor controlarem.

Com 796 reais ele pode pagar até o mestrado ou fazer, por exemplo, um curso de caminhoneiro que seria mais útil na economia  e teria uma profissão um trabalho que na constituição brasileira tanto promulga no artigo 5º onde a educação e voltada para o trabalho.


Devemos também acabar com a seriações os alunos devem estudar por aptidões se ele gosta de humanas a matemática para ele só vai ser para saber as quatro operações para ver seus ganhos e perdas , não precisa saber binômio de Newton, co-seno, etc.
Nós tivemos sonhos de ser caminhoneiros, mecânico, padeiro e outras atividades que geram dinheiro na infância, eu mesmo queria ser palhaço, mas tive que enfrentar uma escola que não preenchia minhas aptidões, por isto eu acho necessário uma escola profissionalizante já à partir da alfabetização, esta escola que querem formar cidadão só no SER é falsa e precisa mudar para o TER.

Também acabar com as seriações por idade os alunos com ou cognição ou QI (Consciente de Inteligência ) poderiam pular etapas e se formarem com menos idade, pois esta utopia ( a seriação) baseada nos Escritores clássicos Wallon e Piaget eles consegue vencer etapas por ser superdotados.
Vamos entender agora as utopias pedagógicas.

 Utopia Escolástica

Escolástica tem como ao conteúdo um o programa do humanismo cristão. O instrumento para sua implantação será o colégio, e o único método para sua realização será a tríplice metodologia que consiste a preleção, no conserto e na repetição.

A preleção consiste em: O mestre deve ler o texto inteiro, sem interrupções, a não ser que se trate de algum texto muito comprido. Deve explicar o assunto, situando-o dentro de um plano global. Deve explicar o texto, frase por frase e palavra por palavra, numa linguagem compreensível aos alunos, recorrendo, se for necessário, ao vernáculo.

Deve fazer observações sobre cada frase, ou seja, intercalar tais observações dentro da própria explicação. Essas observações devem ser anotadas pelos alunos em cadernos.

A preleção é usada para o ensino de todas as matérias humanistas: a Gramática, a Literatura, a Poesia, a História, e sob forma modificada, para a Matemática, a Retórica, a Filosofia e a Teologia.

Paralela à preleção, vem uma segunda técnica, a saber, o conserto (conserta tio), com base na etimologia ciceroniana, que estende o sentido de luta física para a luta verbal ou debate.

Este método é utilizado para o ensino de todas as disciplinas, com a finalidade de corrigir os erros. Trata-se de incentivar a rivalidade honrosa, visando à melhoria intelectual.

Os dois métodos se completam com os exercícios por escrito. Estes devem ser corrigidos pelo mestre e as correções reforçadas por repetições orais, com a finalidade de fortalecer a memória.

Preleção, conserto, exercícios e repetição constituem a técnica pedagógica comum a todas as escolas dos jesuítas.

A educação brasileira é bem diferente das nações que escolheram em sua maioria às utopias clássicas e protestantes que tiveram como suporte as utopias do pastor e reformador Ordenado pela igreja dos Morávio no ano 1616 pastor Jan Amos Komenský ou Comenius, autor da Didática Magna. Que foi influenciado do teólogo John Wyclif que se destacou pela firme defesa dos interesses nacionais contra as demandas do papado. Comenius foi o primeiro educador, no Ocidente, a interessar-se na relação ensino e aprendizagem. Já no Brasil e nas colônias de exploração o ensino era naquela época organizado pelos jesuítas o ensinar e o aprender através das interferências da utopia escolástica. Esta é uma das maiores diferenças.

O professor brasileiro esta perdido em tantas teorias que chamo de utopias confusas, ele deve seguir as diretrizes do MEC (Ministério da Educação e Cultura ) que tem que mostrar índices para a UNESCO que se baseia em certas disciplinas criadas lá em 1600 por Comenius, eu proponho que acabe com todas a burocracia governamental, acabe com MEC, Secretárias de Educação. No decorrer da leitura você certamente vai concordar.

Portanto, o modo ou didática feita nos países que não foram colônias de exploração que se concentrava nas mãos dos jesuítas onde estabelecia a utopia escolástica com suas diretrizes, não respeitavam os conhecimentos dos povos dominados, enquanto nos países que tiveram influências protestantes aplicaram os princípios de Comenius "Ensinar tudo a todos" que sintetizaria os princípios e fundamentos que permitiriam ao homem colocar-se no mundo como autor e depois os protestantes expulsos da Igreja Anglicana – os Quakers.

Os Quakers Criado em 1652, pelo inglês George Fox, o Movimento Quaker pretendeu ser a restauração da fé cristã e foram expulsos por Carlos II, os quakers emigraram em massa para os Estados Unidos, onde, em 1681, criaram, sob a égide de William Penn, a colônia da Pensilvânia., eles se chamavam de "Santos", "Filhos da Luz" e "Amigos da Verdade" daí a influência, eles queriam buscar a verdade sem interferências de qualquer igreja, laica, fizeram "Sociedade dos Amigos" que foi utilizada pelo Marquês de Pombal quando expulsou os jesuítas e instalou a escola laica, mas centralizada na mão do Estado.

Nas colônias de exploração as utopias clássicas foram adaptadas historicamente através de burocratas que chamo de pseudos-pedagogos e pedagogos que criaram novas utopias nas escolas do Brasil, enquanto nos países que tem IDH ( Índice de Desenvolvimento Humano ) usaram livremente os utópicos clássicos.

São tantas mudanças na história educacional brasileira, tantas ineficiências na escola pública porque nas escolas particulares (privadas) os usaram com clareza as utopias clássicas, principalmente a Skinneriana a modo agora para dizer que a escola não funciona é o Bullying. Que são atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.

Utopia de Jan Amos Komenský
Ele foi um professor e cientista e escritor checo, considerado o fundador da Didática Moderna. O principal livro é a DIDÁTICA MAGNA neste ele propôs que A educação realista e permanente; Método pedagógico rápido, econômico e sem fadiga; Ensinamento a partir de experiências quotidianas; Conhecimento de todas as ciências e de todas as artes; Ensino unificado.

Ele teve influência do teólogo John Wyclif. Como teólogo, Wyclif, logo se destacou pela firme defesa dos interesses nacionais contra as demandas do papado, ganhando reputação de patriota e reformista. Wyclif afirmava que havia um grande contraste entre o que a Igreja era e o que deveria ser por isso defendia reformas. Suas idéias apontavam a incompatibilidade entre várias normas do clero e os ensinos de Jesus e seus apóstolos.

Uma destas incompatibilidades era a questão das propriedades e da riqueza do clero. Wyclif defendia que era tarefa do Estado lutar contra o que considerava abusos do papado. A obra contém 18 teses, que vieram a público em Oxford em 1376.

Suas idéias espalharam-se com grande rapidez, em parte pelos interesses da nobreza em confiscar os bens então em poder da igreja. Wyclif pregava nas igrejas em Londres e sua mensagem era bem recebida. Ele fez da Bíblia para o inglês pode ser entendida como mais movida pelo nacionalismo inglês e menos por uma inclinação popular de democratização de acesso. Os pobres continuaram sem ter acesso à mesma por dois motivos: o primeiro é que era cara por sua confecção ainda manual e segundo o povo continuava analfabeto. A grande difusão da Bíblia só foi de fato possível com a invenção da imprensa no século XV e a universalização da educação a partir do século XIX. Então, somente após o século XIX reuniram-se as condições para a Bíblia se tornar um livro popular.

Apesar do empenho da hierarquia eclesiástica em destruir as traduções em razão do que consideravam como erros de tradução e comentários equivocados, ainda existem ao redor de 150 manuscritos, parciais ou completos, contendo a tradução em sua forma revisada. Disso podemos inferir a quão difundida essa tradução foi no século XV, razão pela quais os partidários de Wyclif eram chamados de "homens da Bíblia" por seus críticos. Assim como a versão de Lutero teve grande influência sobre a língua alemã, também à versão de Wycliffe influenciaram o idioma inglês, pela sua clareza, força e beleza.

Sob a influência de Wycliffe, Jan Amos Komenský – Comenius que era pastor e reformador Ordenado pela igreja dos Morávio em 1616, aos 26 anos, mudou para Fulnek, capital da Morávia, onde se casou e teve filhos. Mas era região conturbada por rebelião nascida de disputas entre católicos e protestantes, estopim da Guerra dos Trinta anos. Os exércitos espanhóis, em 1621, invadiram e incendiaram Fulnek quase extinguindo a população. Comenius perdeu a família - mulher e dois filhos - na epidemia de peste que brotou, e perdeu sua biblioteca e seus escritos.

Mudou-se para Polônia em 1628, como a maioria dos Irmãos Morávios, fugindo da perseguição e se estabeleceu em Lezno, onde retomou atividades de pastor e professor. Dedicou-se a escritos religiosos para ajudar a levantar o ânimo de seus irmãos de igreja. Sua fama crescia e ganhou simpatizantes na Inglaterra, onde permaneceu quase um ano. Visitou o reino da Suécia, contratado para promover a reforma do ensino, permanecendo seis anos. Ali se encontrou com René Descartes, que lá vivia sob a proteção da rainha Cristina.

Preocupado com um dos grandes problemas epistemológicos de seu tempo - o método - publicou em 1627 a Didática Tcheca, traduzida em 1631 para o latim como Didática Magna, sua grande obra.

Em 1648, doente e desprestigiado entre os seus, estabeleceu-se em Amsterdã, na Holanda, onde se casou de novo em 1649 e retornou o seu trabalho como educador e reformador social. Prestigiado pelas autoridades, viu publicadas todas suas obras pedagógicas, muitas já famosas.

Comenius morreu a 15 de Novembro de 1671 em Amsterdã, famoso e prestigiado, tendo sempre lutado pela fraternidade entre os povos e as igrejas. Foi enterrado em Naarden, onde foi construído um mausoléu. Em 1956, a Conferência Internacional da UNESCO em Nova Delhi (Índia) decidiu a publicação de todas as suas obras pelo organismo e o apontou como um dos primeiros propagadores das idéias que inspiraram - quase 300 anos depois - a fundação da UNESCO.

A Pedagogia de Coménio que ele defendia na sua pedagogia com a máxima: "Ensinar tudo a todos" que sintetizaria os princípios e fundamentos que permitiriam ao homem colocar-se no mundo como autor. Objetivando a aproximação do homem a Deus, seu objetivo central era tornar os homens bons cristãos - sábios no pensamento, dotados de fé, capazes de praticar ações virtuosas estendendo-se a todos: ricos, pobres, mulheres, portadores de deficiências. A didática é, ao mesmo tempo, processo e tratado: é tanto o ato de ensinar quanto a arte de ensinar.

Salientava a importância da educação formal de crianças pequenas e preconizou a criação de escolas maternais, pois teriam, desde cedo, a oportunidade de adquirir as noções elementares do que deveriam aprofundar mais tarde. A educação deveria começar pelos sentidos, pois as experiências sensoriais obtidas por meio dos objetos seriam internalizadas e, mais tarde, interpretadas pela razão. Compreensão, retenção e práticas consistiam a base de seu método didáticos e, por eles se chegaria às três qualidades: erudição, virtude e religião, correspondendo às três faculdades necessárias - intelecto, vontade e memória.

Fundamentos naturais do método de Comenius: - o fim é o mesmo: sabedoria, moral e perfeição; - todos são dotados da mesma natureza humana, apesar de terem inteligências diversas; - a diversidade das inteligências é tão somente um excesso ou deficiência da harmonia natural; - o melhor momento para remediar excessos e deficiências acontece quando as inteligências são novas.

O método tem como preceitos: - tudo o que se deve saber deve ser ensinado; - qualquer coisa que se ensine deverá ser ensinada em sua aplicação prática, uso definido; - deve ensinar-se de maneira direta e clara; - ensinar a verdadeira natureza das coisas, partindo de suas causas; - explicar primeiro os princípios gerais; - ensinar as coisas em seu devido tempo; - Foi um grande influenciador na educação moderna.

A obra de Comenius é um paradigma do saber sobre a educação da infância e juventude, utilizando, para isso, um local privilegiado: a escola. Já a Didática Magna apresenta as características fundamentais da escola moderna: - a construção da infância moderna como forma de pedagogização dessa infância por meio da escolaridade formal (até então, as crianças eram tratadas como pequenos adultos); - uma aliança entre a família e a escola, por meio da qual a criança vai se soltando da influência da órbita familiar para a órbita escolar; - uma forma de organização da transmissão dos saberes, baseada no método de instrução simultânea, agrupando-se os alunos; e - a construção de um lugar de educador, de mestre, reservado aos adultos portadores de saberes legítimo.

As críticas de alguns autores é que o método de Comenius trouxe prejuízos para a educação. Ao enfatizar a figura do ensino universal de praticamente todas as ciências humanas desde a tenra infância, teria prejudicado a capacidade de educação das pessoas e a formação de senso crítico destas.

A Educação Clássica, presente na Idade Média, fomentava no indivíduo a capacidade de adquirir informações e emitir juízos críticos de valor (através do Trivium) e compreender o espaço físico (através do Quadrivium) antes de transmitir informações de maior complexidade aos alunos, bem como neste modelo a busca pelo conhecimento se dava de maneira voluntária e somente após os alunos adquirirem idade suficiente para absorverem o conhecimento a ser ministrado (por volta dos 14 anos).

O método defendido por Comenius - que se opõe ao modelo de Educação Clássica, de origem medieval, mas com raízes na filosofia aristotélica - impõe obrigatoriamente um conjunto de informações e dados a crianças que ainda não teriam desenvolvido suas capacidades cognitivas em plenitude e que ainda não teriam condições de compreender os motivos que as levam a estudar.

Por tais motivos, a didática de Comenius acaba por atribuir ao conhecimento transmitido uma função muito mais utilitarista, para ser utilizada apenas para fins profissionais futuros, do que para a formação da pessoa e para a formação de seu senso crítico.

Com a divulgação das idéias de Comenius, o sistema de educação baseado nas Artes Liberais acabou por ser suplantado em praticamente todo Ocidente pelo sistema de ensino universal encampado pela UNESCO, que, desconsiderando os benefícios do sistema de ensino clássico, implantou a pedagogia de Comenius, que certamente aumenta o número de pessoas nas instituições de ensino, sem a garantia de um processo de educação que garanta a formação de pessoas com um senso crítico mais apurado.

Plano de reforma da instrução pública para o Brasil Plano de renovação do ensino no Brasil elaborado por José Albano Fragoso, desembargador do Paço e deputado da Mesa de Consciência e Ordens, convocado pelo príncipe regente. O autor discorre inicialmente sobre as reformas pombalinas no ensino elogiando a expulsão dos jesuítas e a conversão de seus rendimentos para o progresso das letras. Critica, no entanto, o caráter elitista de alguns pontos da reforma e a ineficácia do subsídio literário no que tange ao financiamento do ensino público. O plano prevê o remodelamento do Seminário de S. Joaquim como modelo de instituição a ser adotado pelo governo, inicialmente sustentado por doações particulares, e posteriormente devendo tornar-se público. Ainda segundo o plano, os mestres deveriam seguir a "Causa Constitucional", sendo que nesta deveria estar incluso o respeito às leis, à moral pública e à liberdade de imprensa. Fragoso recomenda ainda a leitura de filósofos franceses como Diderot, D´Alambert, Mostesquieu, e britânicos como F. Bacon e T. Paine no ensino da mocidade, para que através de uma educação liberal fossem formados "Cidadãos Constitucionais".


Para analisar os utópicos que deram suporte para os pedagogos  brasileiro usarei às dimensões econômicas, filosóficas, potencial e causal de Roberto Adami Tranjan que têm 3 Ds: - A Desatenção, Desalinhamento, Desesperança. Que tanto fizeram mal aos alunos, professores, pais e todos outros usuários da educação brasileira.

 UTOPIA DO MÉTODO DE LANCASTER OU MÉTODO LANCASTERIANO

Na historiografia ficou conhecido como Método de Ensino Mútuo, Método Monitorial, Método Inglês de Ensino, Método de Lancaster, Método Lancasteriano de Ensino e também como Sistema de Madras. O quaker inglês Joseph Lancaster (1778-1838), identificado com o trabalho pedagógico realizado em Madras, na Índia, pelo pastor anglicano Andrew Bell (1753-1832), e com os ideais reformadores do jurista inglês Jéremy Bentham (1748-1792), autor do Panóptico, estabeleceu em 1798, uma escola para filhos da classe trabalhadora, também utilizando monitores para o encaminhamento das atividades pedagógicas.

Todavia, Lancaster amparou seu método no ensino oral, no uso refinado e constante da repetição e, principalmente, na memorização, porque acreditava que esta inibia a preguiça, a ociosidade, e aumentava o desejo pela quietude. Em face desta opção metodológica ele não esperava que os alunos tivessem “originalidade ou elucubração intelectual” na atividade pedagógica, mas disciplinalização mental e física. Em Lancaster, o principal encargo do monitor não estava na tarefa de ensinar ou de corrigir os erros, mas sim na de coordenar para que os alunos se corrigissem entre si. Para Lancaster, os monitores eram os responsáveis pela organização geral da escola, da limpeza e, fundamentalmente, da manutenção da ordem, outra tarefa relevante do monitor lancasteriano. Diferentemente de Comênius, Lancaster defendia uma proposta disciplinar de instrução, relacionada à disciplinalização da mente, do corpo e no desenvolvimento de crenças morais próprias da sociedade disciplinar, e não na independência intelectual. Observa-se que a utilização de monitores, no método do educador morávio e no de Lancaster, estavam sob pressupostos pedagógicos bastante diferentes entre si. Portanto, considero oportuno problematizar o discurso, consolidado e assumido por uma historiografia de larga tradição, que trata o Ensino Mútuo e o Método Lancasteriano como métodos que se identificam entre si, como iguais, como sinônimos, apesar da visibilidade dos distanciamentos teórico-metodológicos. Assim nossas escolas se tornaram modelos prisionais diferente de outras nações.

Com a independência brasileira e com a formação da República iniciou-se o uso dos utópicos clássicos que foram adaptados pelos pseudos-pedagogos brasileiros porque muitos eram advogados, filósofos, médicos, alguns eram professores. Começarei a descrever as utopias usadas na República em ordem cronológica.

UUTOPIA de Friedrich Wilhelm August Fröbel (Oberweißbach, de 1782 + Schweina, 1852) foi um pedagogo alemão.

Seu pai era um pastor protestante. Seus princípios filosófico-teológicos apontam um Fröbel (protestante) com um espírito profundamente religioso que desejava manifestar ao exterior o que lhe acontecia interiormente: sua união com Deus. Froebel foi o fundador do primeiro Jardim de Infância.

Os seus princípios e sua crença determinaram alguns de seus postulados tais como: O educando tem que ser tratado de acordo com sua dignidade de filho de Deus, dentro de um clima de compreensão e liberdade; O educador é obrigado a respeitar o discípulo em toda sua integridade; O educador deve manifestar-se como um guia experimentado e amigo fiel que com mão flexível, mas firme, exija e oriente. Não é somente um guia, mas também sujeito ativo da educação: dá e recebe, orienta, mas deixa em liberdade, é firme, mas concede;

O educador deve conhecer os diversos graus de desenvolvimento do homem para realizar sua tarefa com êxito, sendo três as fases de desenvolvimento: vai desde que o homem nasce até a adolescência.

Suas idéias reformularam a educação. A essência de sua pedagogia são as idéias de atividade e liberdade.

Trabalhou com Pestalozzi, e embora influenciado por ele, foi totalmente independente e crítico, formulando seus próprios princípios educacionais. Seus ideais educacionais foram considerados politicamente radicais e, durante alguns anos, foram banidos da Prússia.

Em 1837 Fröebel abriu o primeiro jardim de infância, onde as crianças eram consideradas como plantinhas de um jardim, do qual o professor seria o jardineiro. A criança se expressaria através das atividades de percepção sensorial, da linguagem e do brinquedo. A linguagem oral se associaria à natureza e à vida.

Frobel foi um defensor do desenvolvimento genético. Para ele o desenvolvimento ocorre segundo as seguintes etapas:
A infância
A meninice
A puberdade
A mocidade
A maturidade

Todas estas fases eram igualmente importantes. Observava, portanto a gradação e a continuidade do desenvolvimento, bem como a unidade das fases de crescimento. Enfim, a educação da infância se realiza através de três tipos de operações:
A ação,
O jogo
O trabalho.

Fröebel foi o primeiro educador a enfatizar o brinquedo, a atividade lúdica, a apreender o significado da família nas relações humanas e na educação.

Idealizou recursos sistematizados para as crianças se expressarem: blocos de construção que eram utilizados pelas crianças em suas atividades criadoras, papel, papelão, argila e serragem. O desenho e as atividades que envolvem o movimento e os ritmos eram muito importantes. Para a criança se conhecer, o primeiro passo seria chamar a atenção para os membros de seu próprio corpo, para depois chegar aos movimentos das partes do corpo. Valorizava também a utilização de histórias, mitos, lendas, contos de fadas e fábulas, assim como as excursões e o contato com a natureza.

Fröebel afirma em sua obra A educação do homem (1826) que "a educação é o processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição humana auto-consciente, com todos os seus poderes funcionando completa e harmoniosamente, em relação à natureza e à sociedade. Além do mais, era o mesmo processo pelo qual a humanidade, como um todo, originariamente se elevara acima do plano animal e continuara a se desenvolver até a sua condição atual. Implica tanto a evolução individual quanto a universal". Que deu base para a teoria globalizante ou cidadão mundo.

Esse conceito de parte-todo foi um dos mais bem desenvolvidos por Fröbel. Cada objeto é parte de algo mais geral e é também uma unidade, se for considerado em relação a si mesmo. No campo das relações humanas, o indivíduo é, para ele, uma unidade, quando considerado em si mesmo, mas mantém uma relação com o todo, isto é, incorpora-se a outros homens para atingir certos objetivos.

Principais concepções educacionais

A educação deve basear-se na evolução natural das atividades da criança.
O objetivo do ensino é sempre extrair mais do homem do que colocar mais e mais dentro dele. A criança não deve ser iniciada em nenhum novo assunto enquanto não estiver madura para ele.
O verdadeiro desenvolvimento advém de atividades espontâneas.
Na educação inicial da criança o brinquedo é um processo essencial.
Os currículos das escolas devem basear-se nas atividades e interesses de cada fase da vida da criança. Muito bom, mas hoje as crianças na maioria das vezes não tem atividades espontâneas porque como disse estamos na utopia do click do controle onde a cultura de massas sobressai mais que a educação.

A grande tarefa da educação consiste em ajudar o homem a conhecer a si próprio, a viver em paz com a natureza e em união com Deus. É o que ele chamou de educação integral. Sua concepção de ser humano era profundamente religiosa.

Sua proposta pode ser caracterizada como um "currículo por atividades", no qual o caráter lúdico é o fator determinante da aprendizagem das crianças. Entende a educação como suporte no processo de apropriação do mundo pelo homem, é um modelo de educação esférica, onde os alunos aprendem em contato com o real, com as coisas em sua volta, com os objetos de aprendizagem. A Matemática só é entendida quando o sujeito for capaz de estruturar a realidade. Da o conceito do Concreto que Emilia Ferreira e outros adaptaram.

Uma das melhores idéias com que Frobel contribuiu para a Pedagogia moderna foi a de que o ser humano é essencialmente dinâmico e produtivo, e não meramente receptivo. O homem é uma força auto-geradora e não uma esponja que absorve conhecimento do exterior.

Outro acerto de Fröbel foi o de não esquecer as diferentes etapas que marcam a evolução do homem, especialmente a infância. Sua doutrina pedagógica em síntese consiste basicamente na atividade e na liberdade; o homem deve aprender a trabalhar e a produzir manifestando sua atividade em obras exteriores.

UTOPIA DE Maria Montessori (Itália 1870 + Países Baixos, 1952) educadora italiana, médica e feminista,

Filha de Alessandro Montessori e Renilde Stoppani nasceu como informa seu certificado de batismo, em 31 de agosto de 1870 em Chiaravalle, Província de Ancona, Itália.

Desde menina manifesta interesse pelas matérias científicas, principalmente matemáticas e biologia, resultando em conflito com seus pais, que possuíam o desejo que ela seguisse a carreira de professora.

Indo contra as expectativas familiares, ela se inscreve na Faculdade de Medicina da Universidade de Roma, escolha que a levou a ser, em 1896, a primeira mulher a se formar em medicina na Itália. Após sua formatura, iniciou um trabalho com crianças com necessidades especiais na clínica da universidade, vindo posteriormente dedicar-se a experimentar em crianças sem comprometimento algum, os procedimentos usados na educação dos que tinham comprometimento. Observou também, crianças que ficavam brincando nas ruas e criou um espaço educacional a estas crianças.

Responsável também pela criação do método Montessori de aprendizagem, composto especialmente por um material de apoio em que a própria criança (ou usuário) observa se está fazendo as conexões corretas.

O Método Montessori ou pedagogia Montessoriana relaciona-se à normatização (consiste em harmonizar a interação de forças corporais e espirituais, corpo, inteligência e vontade).

Os princípios fundamentais do sistema Montessori são: a atividade, a individualidade e a liberdade. Enfatizando os aspectos biológicos, pois, considerando que a vida é desenvolvimento, achava que era função da educação favorecer esse desenvolvimento.

Os estímulos externos formariam o espírito da criança, precisando, portanto, serem determinados.

Assim, na sala de aula, a criança era livre para agir sobre os objetos sujeitos à sua ação, mas estes já estavam preestabelecidos, como os conjuntos de jogos e outros materiais que desenvolveu.

A pedagogia de Montessori insere-se no movimento das Escolas Novas. Tal como a pedagogia waldorf, o método João de Deus (João de Deus de Nogueira Ramos) que fez o método de ensino da leitura, assente numa Cartilha Maternal por ele escrita, que teve grande aceitação popular, formaram várias Cartilha no Brasil a mais famosa era a Cartilha Caminhos Suave, retornaram atualmente com cadernos do aluno que é diretivo e não deixa o professor usar seu Direito de Cátedra, ele é simplesmente um reprodutor destas.

A Escola Moderna foi instalada no Brasil que foi um movimento pedagógico progressivo de inspiração libertária que existiu no início do século XX, surgido inicialmente na Catalunha inspirado pela filosofia de ensino do pedagogo catalão Francisco Ferrer y Guardia. Fundada em 1901 na cidade de Barcelona por um grupo de ativistas, pedagogos e apoiadores entre eles Francisco Ferrer e Anselmo Lorenzo, a escola tinha como objetivo "educar a classe trabalhadora em um ambiente racional, laico e não coercitivo". Apesar deste a admissão de estudantes vindos das classes médias foi maior do que das classes baixas. A escola era mantida em caráter privado que naquele tempo era considerado um princípio para ação revolucionária, seus estudantes eram motivados a se tornarem articuladores das classes trabalhadoras. Portanto, alunos que estudaram nesta época se apoiaram em utopias socialistas ou social-democratas e entraram no poder, mas adaptaram seus ideais nas Cartilhas.

A partir da execução de Ferrer houve internacionalização e da tradução e divulgação de suas idéias acerca da pedagogia em diversos idiomas, coletivos estabelecidos na Argentina, Brasil, Canadá, Cuba, Estados Unidos, França e Inglaterra fundaram centenas de escolas modernas e publicações de periódicos em seus países. Geralmente de caráter experimental, vinculados aos sindicatos e jornais libertários, e encontrando grande oposição por parte das autoridades, estes coletivos foram responsáveis pela formação de milhares de crianças em um ensino laico, pacífico, racional e libertário, se contrapondo a tendência dogmática e violenta do ensino tradicional geralmente vinculado a instituições religiosas.

Entre os docentes e apoiadores que fizeram parte das escolas modernas em diferentes países estavam intelectuais e ativistas, que cada qual a sua forma e há seu tempo, tornaram-se referenciais políticos ou científicos para as gerações posteriores. Entre eles destacam-se Emma Goldman, Nascida em Kovno, no Império Russo (atual Kaunas, na Lituânia), Goldman emigrou para os Estados Unidos da América em 1885 e viveu em Nova Iorque, onde conheceu e passou a fazer parte do florescente movimento anarquista.

Em 1917, Goldman e Berkman foram sentenciados a dois anos na cadeia por conspirarem para "induzir pessoas a não se alistarem" no serviço militar obrigatório, que havia sido recentemente instituído nos Estados Unidos. Depois de serem soltos da prisão, foram novamente presos - junto com centenas de outros progressistas - sendo deportados para a Rússia. Inicialmente simpatizantes da Revolução Bolchevique daquele país, Goldman rapidamente expressou sua oposição ao uso de violência dos sovietes e à repressão das vozes independentes que influenciaram, João Penteado (Jaú, de 1876 + São Paulo, Brasil de 1965) foi um dos principais pedagogos anarquistas brasileiros de fins do século XIX e inícios do século XX. E foi um dos fundadores da primeira Escola Moderna no Brasil, colaborador como redator de inúmeros periódicos libertários, foi editor do periódico Boletim da Escola Moderna em 1918.

Em seus artigos sempre ressaltou a intrínseca relação entre educação e transformação social. , Adelino Pinho e Oreste Ristori. Aqui começa o Mito do Desenvolvimento e a escola sendo usada pelas utopias socializantes com caráter ideológico.

Para dar impulso a este movimento reformador, foi criada em 1906 a Liga Internacional para a Instrução Racional da Infância, cujos princípios estatutários estabeleciam os seguintes princípios:

A educação da infância deve fundamentar-se sobre uma base científica e racional; em conseqüência, é preciso separar dela toda noção mística ou sobrenatural; O Brasil precisava acabar com misticismos, lenda que não formam cidadãos, que dó, acreditar que a educação em bancos escolares dará cidadania e foi à base da crítica do Pedagogo Paulo Freire (usou a utopia socialista) contra a Escola Moderna que utilizava muito as Cartilhas. Ele era da elite intelectualizada que queriam mudar o Brasil. Ele chegou a secretário de educação da prefeitura de São Paulo do governo de Marta Suplicy, muito amiga e do mesmo partido do Populista LULA o PT (Partido dos Trabalhadores) que Governa o país hoje com Dilma Rousset e continua centralizando todas as ações através de diretrizes.

A instrução é parte desta educação. A instrução deve compreender também, junto à formação da inteligência, o desenvolvimento do caráter, a cultura da vontade, a preparação de um ser moral e físico bem equilibrado, cujas faculdades estejam associadas e elevadas ao seu máximo de potência;

A educação moral, muito menos teoria do que prática deve resultar principalmente do exemplo e apoiar-se sobre a grande lei natural da solidariedade;

É necessário, sobretudo no ensino da primeira infância, que os programas e os métodos estejam adaptados o mais possível à psicologia da criança, o que quase não acontece em parte alguma, nem no ensino público nem no privado.

As Escolas Modernas comumente compreendiam também cursos noturnos para a educação de adultos. Por ser anticlerical e fomentar a solidariedade e a educação livre de autoridade coerciva, os anarquistas foram grandes adeptos deste movimento. Os sindicatos e associações operárias nos quais tinham influência contribuíram ativamente para a fundação de várias Escolas Modernas e cursos para adultos baseados em sua filosofia pedagógica.

Portanto com a Escola Moderna o Mito do Desenvolvimento foi e continua como uma das Utopias das escolas brasileiras.

O método Montessori opõe-se aos métodos tradicionais como a educação bancária e as metodologias que não respeitem as necessidades e os mecanismos evolutivos do desenvolvimento da criança. Ocupa um papel de destaque neste movimento pelas novas técnicas que apresentou para os jardins de infância e para as primeiras séries do ensino formal, bem diferente da Escola Moderna e utilizada em algumas Escolas que eram particular no Brasil república e até hoje há escolas principalmente particulares usam o método Montessori, mas nas escolas publicas foram feitas adaptações e que se agregou a outras utopias e criaram dificuldades para professores seguirem uma metodologia clara. Como veremos mais a frente.

O material criado por Montessori tem papel preponderante no seu trabalho educativo pois pressupõem a compreensão das coisas a partir delas mesmas, tendo como função a estimular e desenvolver na criança, um impulso interior que se manifesta no trabalho espontâneo do intelecto.

Materiais didáticos
Ela produz uma série de cinco grupos de materiais didáticos:
Exercícios Para a Vida Cotidiana
Material Sensorial
Material de Linguagem
Material de Matemática
Material de Ciências

Os adaptadores burocráticos lançaram as diretrizes com disciplinas obrigatórias nas escolas e fizeram as divisões das aulas em horários alternados, primeira aula de linguagem, segunda aula de Ciências que é uma das maiores utopias do Brasil e fazem com que desanime quem gosta de humanas a ter que estudar tudo de exatas cateto oposto, binômio de Newton, eu nunca usei no dia-a-dia (cotidiano) estes conceitos, mas se gostasse talvez fosse um engenheiro daí também não necessitaria de conhecer a teoria das desigualdades, o positivismo, o determinismo e blá-blá.

O método de Montessori é bom para se lidar com o concreto O "Material Dourado" escrito por ela baseia-se nas regras do sistema de numeração, inclusive para o trabalho com múltiplos, sendo confeccionado em madeira, é composto por: cubos, placas, barras e cubinhos. O cubo é formado por dez placas, a placa por dez barras e a barra por dez cubinhos. Este material é de grande importância na numeração, e facilita a aprendizagem dos algoritmos da adição, da subtração, da multiplicação e da divisão.

O "Material Dourado" desperta no aluno a concentração, o interesse, além de desenvolver sua inteligência e imaginação criadora, pois a criança está sempre predisposta ao jogo. Além disso, permite o estabelecimento de relações de graduação e de proporções, e finalmente, ajuda a contar e a calcular.

O aluno usa (individualmente) os materiais à medida de sua necessidade e por ser auto-corretivo faz sua auto-avaliação. Os professores são auxiliares de aprendizagem e o sistema peca pelo individualismo, embora hoje sua utilização seja feita eventualmente em grupo.

No trabalho com esses materiais a concentração é um fator importante. As tarefas são precedidas por uma intensa preparação, e, quando terminam, a criança se solta, feliz com sua concentração, comunicando-se então com seus semelhantes, num processo de socialização.

A livre escolha das atividades pela criança é outro aspecto fundamental para que exista a concentração e para que a atividade seja formadora e imaginativa. Essa escolha se realiza com ordem disciplina e com um relativo silêncio em consideração à perturbação dos professores, as crianças calam a boca ao assistir o material adulto (+18). É muito difícil ou mesmo impossível trabalhar nas escolas publicas pela indisciplina e falta de respeito dos alunos de hoje que como disse estão na utopia do click.

O silêncio também desempenha papel preponderante. A criança fala quando o trabalho assim o exige, a professora não precisa falar alto. Hoje o professor mais que grita, mas não adianta, ele só vai se stressar.

Pés e mãos têm grande destaque nos exercícios sensoriais (não se restringem apenas aos sentidos), fornecendo oportunidade às crianças de manipular os objetos, roliços, grossos e vibrantes, sendo que a coordenação se desenvolve com o movimento oscilante do Consolo em relação aos citados instrumentos.

Em relação à leitura e escrita, na escola montessoriana, as crianças conhecem as letras e são introduzidas na análise das palavras e letras; estando a mão treinada e reconhecendo as letras, a criança pode escrever palavras e orações inteiras.

Em relação à matemática os materiais permitem o reconhecimento das formas básicas, permitem o estabelecimento de graduações e proporções, comparações, induzem a contar e calcular.

Treze pontos do Método Montessori

Baseia-se em anos de observação da natureza da criança por parte do maior gênio da educação desde Friedrich Froebel.

Demonstrou ter uma aplicabilidade universal. Mas no Brasil se restringiu mais a Escolas particulares das elites que podem pagar.

Revelou que a criança pequena pode ser um amante do trabalho, do trabalho intelectual, escolhido de forma espontânea, e assim, realizado com muita alegria.

Baseia-se em uma necessidade vital para a criança que é a de aprender fazendo. Em cada etapa do crescimento mental da criança são proporcionadas atividades correspondentes com as quais se desenvolvem suas faculdades.

Ainda que ofereça à criança uma grande espontaneidade consegue capacitá-la para alcançar os mesmos níveis, ou até mesmo níveis superiores de sucesso escolar, que os alcançados sobre os sistemas antigos.

Posições para a melhor procriação na fase infanto-juvenil

Consegue uma excelente disciplina apesar de prescindir de coerções tais como recompensas e castigos. Explica-se tal fato por tratar-se de uma disciplina que tem origem dentro da própria criança e não imposta de fora. Aqui os pais dão incentiva como mesada, roupas, um melhor celular...

Baseia-se em um grande respeito pela personalidade da criança, concedendo-lhe espaço para crescer em uma independência biológica, permitindo-se à criança uma grande margem de liberdade que se constitui no fundamento de uma disciplina real.

Permite ao professor tratar cada criança individualmente em cada matéria, e assim, fazê-lo de acordo com suas necessidades individuais.

Cada criança trabalha em seu próprio ritmo.

Não necessita desenvolver o espírito de competição e a cada momento procuram oferecer às crianças muitas oportunidades para ajuda mútua o que é feito com grande prazer e alegria.

Já que a criança trabalha partindo de sua livre escolha, sem coerções e sem necessidade de competir, não sente as tensões, os sentimentos de inferioridade e outras experiências capazes de deixar marcas no decorrer de sua vida. O método Montessori se propõe a desenvolver a totalidade da personalidade da criança e não somente suas capacidades intelectuais. Preocupa-se também com as capacidades de iniciativa, de deliberação e de escolhas independentes e os componentes emocionais. No Brasil há obrigatoriedade que acaba com sua espontaneidade.


UTOPIA DE Anton Semyonovich Makarenko, e (Ucrânia, 1888 +, URSS, 1939) foi um pedagogo ucraniano que se especializou no trabalho com menores abandonados, especialmente os que viviam nas ruas e estavam associados ao crime. Ele foi usado muito pelos pseudos-pedagogos socialistas.

Makarenko teve uma infância pobre, seu pai foi operário ferroviário e sua mãe dona de casa. Quando foi matriculado em uma escola primária já havia aprendido a ler e escrever com sua mãe. Apesar de ter tido contato com várias disciplinas na escola, ele não pode estudar sua língua materna (ucraniana), pois o império czarista da Rússia proibia, assim como Filosofia e lógica que eram estudos apenas para elite. Em 1906, com um ano de conclusão do curso de magistério, Makarenko deu sua primeira aula na Escola Primária das Oficinas Ferroviárias, onde ficou por oito anos. Assumiu então a direção de uma escola secundária e esteve em contato com as idéias de Lênin e Máximo Gorki que influenciaram seu modo de lidar com a educação. Mudou o currículo escolar implantando o ensino da língua ucraniana e ampliação do espaço cultural na escola. De 1920 a 1928 esteve à frente da direção da colônia Gorki, instituição rural que atendia crianças e jovens órfãos que haviam vivido na marginalidade. Durante este período demonstrou grande habilidade junto às questões educacionais, colocou em prática uma maneira revolucionária e eficaz de educar. De acordo com a pedagogia de Makarenko o jovem deveria ser educado em uma escola baseada na vida em grupo, no autocontrole, no trabalho, e na disciplina.

Os jovens da colônia Gorki eram indivíduos rebeldes e complicados, Makarenko com rigidez e disciplina conjugadas ao afeto, compreensão e valorização conseguiu índices positivos de melhora. Os jovens além de seguirem regras disciplinares, eram ouvidos e podiam opinar a respeito das regras em reuniões e votações, isso os deixavam mais abertos aos métodos educacionais. Makarenko vivenciou a Primeira Guerra Mundial, e a Revolução Russa, presenciava as reivindicações de países que queriam se livrar da miséria e da desigualdade, e convivia de perto com a carência afetiva e material dos jovens cujos pais operários trabalhavam para os burocratas da época. Colocar em prática uma pedagogia tão revolucionária no início do século XX foi reflexo da sociedade em que vivia e das necessidades da mesma. Durante sua trajetória profissional Anton Makarenko registrava suas experiências, feitos, erros e acertos, publicou novelas, peças de teatro e livros sobre educação, sendo “Poema Pedagógico” o mais importante, ele faleceu em 1939 de um ataque cardíaco durante uma viagem de trem. Deu suporte aos utópicos da auto-avaliação.

UTOPIA DE Johann Heinrich Pestalozzi (Zurique, 1746 + Brugg, de 1827) foi um pedagogo suíço e educador pioneiro da reforma educacional.

Seu pai morreu quando ainda era criança, foi criado pela mãe, sua família empobreceu. As dificuldades para sobreviver fortaleceram sua alma ainda na infância. Ele conheceu de perto o preconceito social e teve de lutar muito para se tornar conhecido numa sociedade dividida entre nobres e plebeus e entre ricos e pobres. Durante esse período recebeu orientação religiosa protestante, mas considerava-se sempre um cristão, sem defender qualquer religião.

Após a leitura do Emílio, de Rousseau, Pestalozzi foi influenciado pelo movimento naturalista e tornou-se um revolucionário, juntando-se aos que criticavam a situação política do país.

Na Universidade de Zurique associa-se ao poeta Lavater num grupo de reformistas. Gastou parte de sua juventude nas lutas políticas, mas, em 1781, com a morte do amigo e político Bluntschli, abandonou o partido para dedicar-se à causa da educação.

Por este tempo havia feito de sua casa na fazenda uma escola. Escreveu "As Horas Noturnas de um Ermitão" (Die Abendstunde eines Einsiedlers – 1780), contendo uma coleção de pensamentos e reflexões. A este livro seguiu-se sua obra-prima: Leonardo e Gertrudes ("Leonard und Gertrud" – 1781), um conto onde narra a reforma gradual feita primeiro numa casa, depois numa aldeia, frutos dos esforços de uma mulher boa e dedicada. A obra foi um sucesso na Alemanha, e Pestalozzi saiu do anonimato. Casou-se aos 23 anos e comprou um pedaço de terra onde intentou o cultivo de ruiva (Rubia tinctorum – planta herbácea de onde se pretendia tirar um corante), mas, não sendo agricultor, fracassou.

No horror da guerra: nasce o "Método Pestalozzi" com a invasão francesa na Suíça em 1798 revelou-lhe um caráter verdadeiramente heróico. Muitas crianças vagavam no Cantão de Unterwalden, às margens do Lago de Lucerna, sem pais, casa, comida ou abrigo. Pestalozzi reuniu muito deles num convento abandonado, e gastou suas energias educando-os. Durante o inverno cuidava delas pessoalmente com extremada devoção, mas, em junho de 1799, o edifício foi requisitado pelo invasor francês para instalar ali um hospital, e seus esforços foram perdidos.

Em 1801 Pestalozzi concentrou suas idéias sobre educação num livro intitulado "Como Gertrudes ensina suas crianças" (Wie Gertrude Ihre Kinder Lehrt). Ali expõe seu método pedagógico, de partir do mais fácil e simples, para o mais difícil e complexo. Continuava daí, medindo, pintando, escrevendo e contando, e assim por diante. Surgiu o Construtivismos que foi adaptado por vários pseudos-pedagogos.

Em 1799 obteve permissão para manter uma escola em Burgdorf, onde permaneceu trabalhando até 1804. Em 1802 foi como deputado a Paris, e fez de tudo para fazer com que Napoleão se interessasse em criar um sistema nacional de educação primária; mas o conquistador disse-lhe que não podia perder tempo com o alfabeto. Daí nasce à frase é melhor governar com analfabetos ou semi-analfabetos.

Em 1805 ele mudou-se para Yverdon, no Lago Neuchâtel, e por vinte anos dedicou-se ao seu trabalho continuamente. Ali era visitado por todos que se interessavam pela educação, como Talleyrand, d'Istria de Capo, e Mme. de Staël. Foi elogiado por Humboldt e por Fichte. Dentre seus discípulos incluem-se Denizard Rivail, Ramsauer, Delbrück, Blochmann, Carl Ritter, Froebel e Zeller.

Por volta de 1815 dissensões surgiram entre os professores de sua escola, e os últimos 10 anos de seu trabalho foram marcados por cansaço e tristeza. Em 1825 ele se aposentou em Neuhof. Escreveu suas memórias e seu último trabalho, "O canto do cisne", vindo a morrer em Brugg. Esta utopia ocasiona discórdia entre os professores todo mundo acha que estão trabalhando o construtivismo que tanto os utópicos usam no Brasil.

Como ele próprio disse, o verdadeiro trabalho de sua vida não se deu em Burgdorf ou em Yverdon. Estava em seus primeiros momentos como educador, com a sua observação, a preparação do homem integral, a prática junto aos órfãos de Stans, logo esta utopia só serve para quem realmente que estudar, tem interesse, no caso brasileiro TER é mais importante.

Pestalozzi foi um dos pioneiros da pedagogia moderna, influenciando profundamente todas as correntes educacionais, e longe está de deixar de ser uma referência. Fundou escolas, cativava todos para a causa de uma educação capaz de atingir o povo, num tempo em que o ensino era privilégio exclusivo.

 “A vida educa. Mas a vida que educa não é uma questão de palavras, e sim de ação. É atividade.”

Os trabalhos completos de Pestalozzi foram publicados em Stuttgart em 1819, 1826, e uma edição por Seyffarth apareceu em Berlim, em 1881.

A teoria dos três estados de desenvolvimento moral, trechos extraídos do Livro Minhas indagações sobre a marcha da natureza no desenvolvimento da espécie humana escrito por Pestalozzi em 1797, (traduzido do original alemão Meine Nachforschungen über den Gang der Natur in der Entwicklung des Menschengeschlechts):

Estado natural
O homem nesse estado é filho puro do instinto, que o conduz simples e inocentemente para todos os gozos dos sentidos.
Estado social
O homem como espécie, como povo não se submete ao poder como ser moral, nem tampouco entra na sociedade e na cidadania para servir a Deus ou amar ao próximo. Ele entra na sociedade e no estado de cidadania para tornar sua vida mais alegre e para gozar tudo o que seu ser animal e sensorial tem que gozar e para que seus dias sobre a terra transcorram satisfeitos e tranqüilos. O direito social não é assim um direito moral, mas apenas uma modificação do direito animal. (…) daí o conceito de cidadania que tanto usam.

O poder só pode exigir de mim que eu seja um homem social. Ele não pode exigir que eu seja um homem moral. Se eu o sou, sou-o para mim e não para ele. O poder só pode exigir de mim que eu seja um homem moral na medida em que ele mesmo o seja, isto é, se ele não for poder, não se comportar como poder. Só pode exigir de mim, se ele viver a força de sua divindade, não para ser servido, mas para servir e dar a vida para a redenção de muitos. (…)

Simples satisfação é a cota do estado natural. Esperança é a cota do estado social. Não pode ser diferente: toda a estrutura da vida social repousa em representações que basicamente não existem – ela é uma representação. Propriedade, lucro, profissão, autoridade, leis são meios artificiais para satisfazerem minha natureza animal pela escassez de liberdade animal. (…)

Estado moral

Se eu alcançar na minha condição e na profissão tudo o que eu posso alcançar, se minha felicidade está garantida pelo direito, em suma, se eu, no pleno sentido da palavra, for um cidadão e se a palavra de meu país, liberdade – liberdade –, soasse novamente na boca dos homens honestos e felizes, estaria eu então satisfeito no meu íntimo? Deveria pensar que sim, mas não é verdade (…), o direito social não me satisfaz, o estado social não me realiza, não posso permanecer tranqüilo sobre o fundamento da minha formação civil, como não posso permanecer no mero prazer sensual e animal – sou, em todo o caso, através dessa formação, emudecido; na minha alma entraram desconfiança, sinuosidade e intranqüilidade, que nenhum direito social pode desfazer. (…) e nem descasos ditatoriais pode me calar.

Se eu te declaro animal no envoltório do teu nascimento, não coloco o objetivo da tua perfeição nos limites do invólucro da tua origem. Vejo o interior do teu ser como divino, assim como o ser interior da minha natureza (…). Se o homem planta uma árvore ou uma flor, ele a enterra no solo, põe esterco na raiz e a cobre de terra. Mas o que ele faz com tudo isso ao ser íntimo da flor? O material, através do qual a semente se desenvolve, é em toda a natureza infinitamente de menor valor que a semente em si. (…)

Logo vi que as circunstâncias fazem o homem, mas vi também que o homem faz as circunstâncias, tem uma força em si mesmo que pode conduzir de várias maneiras, segundo sua vontade. (…). A vontade dos brasileiros esta na lei do mínimo esforço possível.

Como obra da natureza, sinto-me livre no mundo para fazer o que me agrada e me sinto no direito de fazer o que me serve. No caso das escolas brasileiras seriada e obrigatória não contempla o interesse dos alunos em estudar, portanto não esta servindo para nada, é só enganação.

Como obra da espécie, sinto-me no mundo atado a relações e contratos, fazendo e suportando o que essas relações me prescrevem como dever.

Como obra de mim mesmo, sinto-me livre do egoísmo da minha natureza animal e das minhas relações sociais, e ao mesmo tempo no direito e no dever de fazer o que me santifica e o que santifica o meu ambiente. (…). Nós jogamos papéis no chão como santificar o meu ambiente.

Como obra da natureza, sou um animal perfeito. Como obra de mim mesmo, esforço-me pela perfeição. Como obra da espécie, procuro me tranqüilizar num ponto sobre o qual a perfeição de mim mesmo não é possível. Mas é difícil porque fizeram lavagens cerebrais onde o modo de vida consumista nos engole.

A natureza fez a sua obra inteira, assim também fazes a tua.

Reconhece-te a ti mesmo e constrói a obra do teu enobrecimento sobre a consciência profunda de tua natureza animal, mas também com a consciência completa da tua força interior de viver divinamente no meio dos laços da carne.

Quem quer que tu sejas, acharás nesse caminho um meio de trazer tua natureza em harmonia contigo mesmo. Queres, porém fazer tua obra apenas pela metade, quando a natureza fez a dela inteira? Queres estacionar no degrau intermediário entre tua natureza animal e tua natureza moral, sobre o qual não é possível o acabamento de ti mesmo? – Então não te espantes de que serás um costureiro, um sapateiro, um amolador ou um príncipe, mas não será um homem. Se não for generoso com a educação.

Não te espantes então de que tua vida seja uma luta sem vitória e que nem sequer te tornes o que a natureza, sem a tua ação, fez de ti – mas muito menos serás um meio-homem civil. (…). Nós hoje vivemos utopicamente na concepção de ser herói ou bandido, o bom e o mal tanto propagado nas televisões que nos cegam.

O princípio de que o bem do homem e o direito do homem repousam inteiramente na subordinação das minhas exigências animais e sociais à minha vontade moral é outra maneira de dizer o resultado do meu livro. Disse ele.

UTOPIA DE  Sir Jean William Fritz Piaget (1896, + 1980) suíço.

Através da minuciosa observação de seus filhos e principalmente de outras crianças, Piaget impulsionou a Teoria Cognitiva, onde propõe a existência de quatro estágios de desenvolvimento cognitivo no ser humano que são: Sensório-motor.

No estágio sensório-motor, que dura do nascimento até aproximadamente o segundo ano de vida, a criança busca adquirir controle motor e aprender sobre os objetos que a rodeiam. Esse estágio é chamado sensório-motor, pois o bebê adquire o conhecimento por meio de suas próprias ações que são controladas por informações sensoriais imediatas. Neste período o desenvolvimento físico acelerado é o suporte para o aparecimento de novas habilidades, como sentar, andar, o que propiciara um domínio maior do ambiente.

Ao fim do período por volta dos dois anos à criança obrem uma atitude mais ativa e participativa, é capaz de entender algumas palavras, mais produz uma fala imitativa. Neste período a inteligência prática é acentuada na percepção e no motor, essa inteligência é utilizada a partir de seus esquemas sensoriais e motores vindo dos reflexos genéticos para solucionar problemas imediatos como pegar, jogar ou chutar bola.

O estágio subdivide-se em até 6 subestágios nos qual o bebê apresenta desde reflexos até uma capacidade representacional do uso de símbolos.

As principais características observáveis durante essa fase, que vai até os dois anos de idade da criança são:
A exploração manual e visual do ambiente;
A experiência obtida com ações, a imitação;
A inteligência prática (através de ações);
Ações como agarrar, sugar, atirar, bater e chutar;
A coordenação das ações proporciona o surgimento do pensamento;
A centralização no próprio corpo;
A noção de permanência do objeto.

Podemos citar que no Período Sensório-motor a criança conquista, através da percepção e dos movimentos, todo o universo que a cerca. Ela assimila que: se puxar a toalha da mesa, o pote de bolacha ficará mais próximo dela (conduta do suporte).

Pré-operacional.

O segundo estágio de desenvolvimento considerado por Piaget é o estágio pré-operacional, que coincide com a fase pré-escolar e vai dos dois anos de idade até os sete anos em média. Nesse período, as características observáveis mais importantes são:

Inteligência simbólica;
O pensamento egocêntrico, intuitivo e mágico;
A centralização (apenas um aspecto de determinada situação é considerado);
A confusão entre aparência e realidade;
Ausência da noção de reversibilidade;
O raciocínio transdutivo (aplicação de uma mesma explicação a situações parecidas);
A característica do animismo (vida a seres inanimados).

De acordo com Pedrosa & Navarro, os cinco aspectos mais importantes do pensamento neste estágio são: Egocentrismo: são incapazes de compreender as coisas de outro ponto de vista que não seja o seu. Tem a tendência de tomar o seu ponto de vista como o único, sem compreender o dos demais por estar centrados em suas ações.

O egocentrismo se caracteriza basicamente por uma visão de realidade que parte do próprio eu. Dificuldades de transformação: são incapazes de compreender os processos que implicam mudança. Seu pensamento é estático, estão sempre no momento presente, não considerando os anteriores, nem antecipando o futuro.

Reversibilidade: são incapazes de compreender um processo inverso ao observado. Seu pensamento é irreversível.

Centralização: incapacidade para se centrar em mais de um aspecto da situação. São incapazes de globalizar.

Não conservação: não são capazes de compreender que a quantidade pode permanecer embora mude seu aspecto ou aparência. No exemplo da figura em massa de modelar, não entenderiam que a quantidade seria a mesma com qualquer formato que assumisse.

Neste estágio os padrões de pensamento sensório-motor variam para um incremento da capacidade de usar símbolos e imagens dos objetos do meio ambiente.

Esse momento é marcado por aparecimento da linguagem oral que lhe dará possibilidade de além de se utilizar da inteligência prática decorrente dos esquemas sensoriais e motores, formados na fase anterior.

A criança desenvolve, ainda, a linguagem, as imagens mentais e jogos simbólicos, assim como muitas habilidades preceituais e motoras. Apesar disso, o pensamento e a linguagem estão reduzidos, no geral, ao momento presente e a acontecimentos concretos.

Desenvolve atividade de comunicação de tipo informativo e também de controle da conduta dos outros, isto é pede, pergunta, dá ordens..., para provocar as condutas que deseja em outros. A criança já antecipa o que vai fazer, desenvolve o pensamento aceleradamente, no final do período começa a querer saber a razão causal e finalista de tudo, é a famosa fase dos (por quês).

Seu raciocínio é intuitivo, está ligado às suas próprias percepções e às aparências das situações.

Inteligência simbólica ou intuitiva.

Pré-raciocínio lógico. 1 – Inicia imagem mental → memória de reconhecimento dá lugar à memória de evocação (nomes de coisas e pessoas que ela conhece) 2 – Linguagem → criança grava a imagem das coisas com nome → simbolismo linguagem → gestos, linguagem, brincar de faz-de-conta ou jogo simbólico 3 - acontecimentos do pré-operatório:

Interiorizar a palavra
Socialização da ação – brinca sozinha, mas a dois sem interação.
Desenvolve a intuição – interiorização da ação, antes perceptivo-motor, passa ao plano intuitivo das imagens e experiências mentais.

Outras características:

Intuição – conhecimento que se obtém pela percepção imediata buscada na aparência do objeto.
Imitação diferida – imitação na ausência do objeto imitado. Indica a formação de imagem mental
Ludicidade – o não comprometimento com a verdade.
Pensamento egocêntrico – sua percepção como centro. Só entende a relação numa direção (em relação a ela).

ASSIMILAÇÃO DEFORMANTE DA REALIDADE → a criança não pensa o pensamento e sim, brinca com ela.

O pensamento egocêntrico ou intuitivo tem várias características:

Justaposição – colocar coisas lado a lado sem conexão
Transdutivo – vai do particular para o particular
Sincretismo – misturar conceitos de referenciais diferentes
Ausência de reversibilidade
Animismo, antropomorfismo, artificialismo (natureza toda feita pelo homem) e finalismo (pra que serve?) Ao final do estágio sensório-motor → coordenação de esquemas Ao final do pré-operatório → coordenação de ações.

Operatório concreto

No estágio operatório concreto, que dura dos 7 aos 11 anos de idade em média, a criança começa a lidar com conceitos como os números e relações. Esse estágio passa a manifestar-se de modo mais evidente o que coincide (ou deve coincidir) com o início da escolarização formal é caracterizado por uma lógica interna consistente e pela habilidade de solucionar problemas concretos. Neste momento, o declínio no egocentrismo passa a ser mais visível.

O declínio do egocentrismo se entendeu a linguagem que se torna mais socializada, e a criança será capaz de levar em conta o ponto de vista do outro, assim objetos e pessoas passam a ser mais bem explorados nas interações das crianças.

Por volta dos 7 anos, o equilíbrio entre a assimilação e a acomodação torna-se mais estável;

Surge à capacidade de fazer análises lógicas;

A criança ultrapassa o egocentrismo, ou seja, dá-se um aumento da empatia com os sentimentos e as atitudes dos outros;

Mesmo antes deste estágio a criança já é capaz de ordenar uma série de objetos por tamanhos e de comparar dois objetos indicando qual é o maior, mas ainda não é capaz de compreender a propriedade transitiva (A é maior que B, B é maior que C, logo A é maior que C). No início deste estágio a criança já é capaz de compreender a propriedade transitiva, desde que aplicada a objetos concretos que ela tenha visto;

Começa a perceber a conservação do volume, da massa, do comprimento, etc.

Neste estágio, também algumas características das crianças começam a ser aprimoradas, como exemplo elas se concentram mais nas atividades; colaboram mais com os colegas; apresentam responsabilidade e respeito mutua e participações em grupo.

Operatório formal.

No estágio operatório formal – desenvolvido a partir dos 12 anos de idade em média – o adolescente começa a raciocinar lógica e sistematicamente. Esse estágio é definido pela habilidade de engajar-se no raciocínio proposicional. As deduções lógicas podem ser feitas sem o apoio de objetos concretos.

Diferente do período anterior, agora o adolescente tem o pensamento formal abstrato. Ele não necessita mais de manipulação ou referência concreta, ele cria referências sobre o mundo. No lado social a vida em grupo é um aspecto significativo junto com o planejamento de ações coletivas. Reflete sobre a sociedade e quer transformá-la, mais tarde vem o equilíbrio entre pensamento e realidade.

O pensamento hipotético-dedutivo é o mais importante aspecto apresentado nessa fase de desenvolvimento, pois o ser humano passa a criar hipóteses para tentar explicar e sanar problemas, o foco desvia-se do "é" para o "poderia ser". Quando o adolescente já tem noção do certo e do errado.

As bases do pensamento científico aparecem nessa etapa do desenvolvimento. Os estágios sensório-motor, pré-operacional (pré-operatório), operatório concreto e operatório formal. Piaget influenciou a educação de maneira profunda. Para ele as crianças só podiam aprender o que estavam preparadas a assimilar. Aos professores, cabia aperfeiçoar o processo de descoberta dos alunos.

UTOPIA DE  Celestin Freinet nasceu no sul da França, na região de Provença, numa família de oito filhos. Seus dias de escola foram profundamente desagradáveis, e afetaram seus métodos de ensino e desejo de reforma.

Enquanto cursava o Magistério estoura a Primeira Guerra Mundial. Interrompe seus estudos e é obrigado a alistar-se. Recrutado pelo exército francês, em 1915 na ocasião teve uma lesão pulmonar causada por gases tóxicos. Esta experiência o transformou em um pacifista convicto. Em 1920 iniciou seu trabalho como professor de escola primária, antes mesmo de concluir o curso normal. Foi quando Freinet começou a desenvolver seus métodos de ensino. Ele atuou como professor-adjunto em Le Bar-sur-Loup e docente em Saint-Paul.

Em 1923 Freinet comprou um tipógrafo, para auxiliar a atividade de ensino, já que seu ferimento do pulmão dificultava que falasse por períodos longos. Foi com este tipógrafo que imprimiu textos livres e jornais da classe para seus alunos. As próprias crianças compunham seus trabalhos, os discutiam e os editavam em pequenos grupos, antes de apresentar o resultado à classe. Os jornais eram trocados com os de outras escolas. Gradualmente os textos do grupo substituíram livros didáticos convencionais.

Em 1924, Freinet criou uma cooperativa de trabalho com professores de sua aldeia, esta cooperativa suscitou o movimento da Escola Moderna na França. Neste mesmo ano inicia as primeiras correspondências escolares. Em 1925, conhece a artista plástica Élise, que começa a trabalhar como sua ajudante e em 1926 casa-se com ela, e anos depois tem com ela uma filha, Madeleine Freinet. Escreve o livro A Imprensa na Escola e cria a revista "La Gerbe" (O Ramalhete) composta de poemas infantis.

Os métodos do ensino de Freinet eram divergentes da política oficial de educação nacional e causavam um clima de desconfiança, especialmente devido ao grande volume de correspondências trocadas, por esta razão ele foi exonerado de suas funções em 1935 e começou sua própria escola, junto com sua esposa, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial.

Na década de 1930, a escola de Freinet é oficialmente aberta, e, juntamente com Romain Rolland, ele lança o projeto Frente da Infância.

Em 1940, Freinet é preso e mandado para o campo de concentração de Var, onde fica gravemente doente. Todavia, mesmo enquanto esteve preso, deu aulas para os companheiros. Sua esposa Elise Freinet depois de muita luta conseguiu sua libertação. Logo após sair do campo, Freinet incorpora-se à Resistência Francesa. No final da década de 1940 Freinet criou o ICEM, Cooperativa do Ensino Leigo que reunia mais de 20 mil pessoas. Em 1956 lançou uma Campanha Nacional para quantificar os alunos nas salas de aula. Lutava por 25 alunos em cada classe. Nasceu à estatística educacional, a utopia que 25 alunos seria melhor para lidar, mas se estes não tiverem interesse esta utopia não vale nada, já cheguei a trabalhar com até 15 alunos que não queriam saber de nada, mas já trabalhei com 70 alunos que era uma pensão.

Proposta pedagógica

Para Freinet, a educação deveria proporcionar ao aluno a realização de um trabalho real. Sua carreira docente teve início construindo os princípios educativos de sua prática. Ele propunha uma mudança da escola, pois a considerava teórica e, portanto desligada da vida.

Suas propostas de ensino estão baseadas em investigações a respeito da maneira de pensar da criança e de como ela construía seu conhecimento. Através da observação constante ele percebia onde e quando tinha que intervir e como despertar a vontade de aprender do aluno. De acordo com Freinet, a aprendizagem através da experiência seria mais eficaz, porque se o aluno fizer um experimento e der certo, ele o repetirá e avançará no procedimento; porém não avançará sozinho, precisará da cooperação do professor. Lançou o experimentalismo em sala, mas no Brasil são poucas escolas públicas que se tem laboratórios.

Na proposta pedagógica de Freinet, a interação professor-aluno é essencial para a aprendizagem. Estar em contato com a realidade em que vive o aluno é fundamental. As práticas atuais de jornal escolar, troca de correspondência, trabalhos em grupo, aula-passeio são idéias defendidas e aplicadas por Freinet desde os anos 20 do século passado. Como disse nós vivemos na concepção de bandido e herói e sobra sempre para o professor porque nós não temos autonomia para tirar alunos que só querem prejudicar agindo como bandidos, sem interesse, nossos governantes querem na verdade a escola Panóptico, ou seja, que os professores ajam como xerifes e eles nos gabinetes com ar condicionados.

Além das técnicas pedagógicas, o aspecto político e social ao redor da escola não deve ser ignorado pelo educador. Isto porque sua pedagogia traz em seu bojo a preocupação com a formação de um ser social que atua no presente. O professor deve mesclar seu trabalho com a vida em comunidade, criando as associações, os conselhos, eleições, enfim as várias formas de participação e colaboração de tudo na formação do aluno, direcionando o movimento pedagógico em defesa da fraternidade, respeito e crescimento de uma sociedade cooperativa e feliz. Já disse temos a cultura do herói.

Há princípios no saber Pedagógico que C.Freinet considerava invariáveis, ou seja, independente do local ou período histórico, certos pressupostos deveriam sempre ser levados em conta na prática educacional. Desta forma, postulou as chamadas "Invariantes Pedagógicas”, consideradas como pilares de sua proposta Pedagógica.

Desde sua origem, o movimento sempre se manteve aberto a todas as experiências pedagógicas através de documentos, revistas, circulares, cartas e boletins. Freinet buscava formas alternativas de ensino, pois não conseguia se adaptar a forma tradicional, fazia também relatórios diários de cada criança. Ao que se refere às cartilhas, ele questiona seu valor, pois os conteúdos nada tinham a ver com a realidade da criança e, portanto, não traziam nenhum estímulo à aprendizagem da leitura. Freinet dava muita importância ao trabalho, pois este deveria ser o centro de toda atividade escolar, enfatizando-o como forma do ser humano ascender, exercer seu poder. Daí a utopia de ver a realidade da criança, a realidade da criança hoje é TER e não cooperar.

Para Freinet, o aprender deveria passar pela experiência de vida e isso só é possível pela ação, através do trabalho. O trabalho desenvolve o pensamento, o pensamento lógico e inteligente que se faz a partir de preocupações materiais, sendo que esta é um degrau para abstração. Freinet acreditava que no e pelo trabalho o ser humano se exprime e se realiza eficazmente. Lembrando-se que, quando o autor exalta o trabalho, não está referindo-se forçosamente ao trabalho manual, pois para ele, o trabalho engloba toda pesquisa, documentação e experimentação.

Com relação à intervenção do professor, só se dava para organizar o trabalho, sem precisar de imposições ou ameaças. Para ele, a disciplina escolar se resume a executar uma atividade que envolva e torne a criança automaticamente disciplinada.

Outro aspecto importante para Freinet é a liberdade, relativa e não desvinculada a vida e do trabalho de cada um. Para ele, a liberdade é a possibilidade do ser humano vencer obstáculos. Freinet buscou técnicas pedagógicas que pudessem envolver todas as crianças no processo de aprendizagem, independentemente da diferença de caráter, inteligência ou meio social, (lembrando-se mais uma vez que ele afirmava que o conteúdo estudado no meio escolar deveria estar relacionado às condições reais de seus alunos).

Ao estudar o problema da educação, ele propunha que ao mesmo tempo em que o professor almejasse a escola ideal, criativa e libertadora, deveria também estudar as condições concretas que estariam impedindo a sua realização.

As Invariantes pedagógicas são:

A criança é da mesma natureza que o adulto.
Ser maior não significa necessariamente estar acima dos outros.
O comportamento escolar de uma criança depende do seu estado fisiológico, orgânico e constitucional.
A criança e o adulto não gostam de imposições autoritárias.
A criança e o adulto não gostam de uma disciplina rígida, quando isto significa obedecer passivamente uma ordem externa.
Ninguém gosta de fazer determinado trabalho por coerção, mesmo que, em particular, ele não o desagrade. Toda atitude imposta é paralisante.
Todos gostam de escolher o seu trabalho mesmo que essa escolha não seja a mais vantajosa.
Ninguém gosta de trabalhar sem objetivo, atuar como máquina, sujeitando-se a rotinas nas quais não participa.
É fundamental a motivação para o trabalho.
É preciso abolir a escolástica.
Todos querem ser bem-sucedidos. O fracasso inibe, destrói o ânimo e o entusiasmo.
Não é o jogo que é natural na criança, mas sim o trabalho.
Não são a observação, a explicação e a demonstração - processos essenciais da escola - as únicas vias normais de aquisição de conhecimento, mas a experiência tateante,que é uma conduta natural e universal.
A memória, tão preconizada pela escola, não é válida, nem preciosa, a não ser quando está integrada no tateamento experimental, onde se encontra verdadeiramente a serviço da vida.
As aquisições não são obtidas pelo estudo de regras e leis, como às vezes se crê, mas sim pela experiência. Estudar primeiras regras e leis é colocar o carro na frente dos bois.
A inteligência não é uma faculdade específica, que funciona como um circuito fechado, independente dos demais elementos vitais do indivíduo, como ensina à escolástica.
A escola cultiva apenas uma forma abstrata de inteligência, que atua fora da realidade fica fixada na memória por meio de palavras e idéias.
A criança não gosta de receber lições autoritárias.
A criança não se cansa de um trabalho funcional, ou seja, que atende aos rumos de sua vida.
A criança e o adulto não gostam de ser controlados e receber sanções. Isso caracteriza uma ofensa à dignidade humana, sobretudo se exercida publicamente.
As notas e classificações constituem sempre um erro.
Fale o menos possível.
A criança não gosta de sujeitar-se a um trabalho em rebanho. Ela prefere o trabalho individual ou de equipe numa comunidade cooperativa.
A ordem e a disciplina são necessárias na aula.
Os castigos são sempre uns erros. São humilhantes, não conduzem ao fim desejado e não passam de paliativo.
A nova vida da escola supõe a cooperação escolar, isto é, a gestão da vida pelo trabalho escolar pelos que a praticam, incluindo o educador.
A sobrecarga das classes constitui sempre um erro pedagógico.
A concepção atual das grandes escolas conduz professores e alunos ao anonimato, o que é sempre um erro e cria barreiras.
A democracia de amanhã prepara-se pela democracia na escola. Um regime autoritário na escola não seria capaz de formar cidadãos democratas.
Uma das primeiras condições da renovação da escola é o respeito à criança e, por sua vez, a criança ter respeito aos seus professores; só assim é possível educar dentro da dignidade.
A reação social e política, que manifesta uma reação pedagógica, é uma oposição com o qual temos que contar, sem que se possa evitá-la ou modificá-la.
É preciso ter esperança otimista na vida.
Técnicas desenvolvidas por Freinet

A Aula-Passeio: aulas de campo, voltadas para os interesses do estudantes

A Auto-avaliação: fichas criadas por Freinet, preenchidas pelos alunos, como forma de registrar a própria aprendizagem.

A Auto-correção: modalidade de correção de textos feita pelos próprios autores, no caso os alunos, sob a orientação do educador.

A Correspondência Interescolar: atividade largamente utilizada por Freinet, na qual os alunos se comunicavam com outros estudantes de escolas diferentes.

O Fichário de consulta: fichas criadas por alunos e professores, para suprir as lacunas deixadas pelos livros didáticos convencionais.

A Imprensa escolar: os textos escritos pelos alunos tinham uma função social real, já que não serviam meramente como forma avaliativa, já que eram publicados e lidos pelos colegas.

O Livro da vida: caderno no quais os alunos registram suas impressões, sentimentos, pensamentos em formas variadas, o qual fica como um registro de todo o ano escolar de cada classe

O Plano de trabalho: atividade realizada em pequenos grupos que sob a orientação do educador, com base em um dado tema, desenvolvem um plano a ser realizado num certo intervalo de tempo.

O Texto Livre: tipo de texto em que o aluno não é obrigado a escrever como nas escolas tradicionais. É livre em formato e em tema. Relaciona-se com a técnica da Imprensa Escolar, Livro da vida e Correspondência Interescolar.

Esta utopia é a principal nas escolas públicas brasileiras é utilizada por vários utópicos em novas teses pela diretrizes dos burocratas que não dão o Direito de Cátedra aos professores que é mais um acessório.

UTOPIA DE  Carl Ransom Rogers ( 1902+ 1987, EUA), Psicólogo norte-americano que foi o primeiro a gravar sessões psicoterapêuticas, com as devidas permissões, tornando possível o estudo objetivo de um processo eminente subjetivo.

Em conseqüência, foram feitas algumas constatações até então impensadas, como a de que o motivo da melhora dos clientes ocorria independente do motivo pelo quais os terapeutas acreditavam em que os estavam beneficiando.

Comparando-se análises feitas por observadores neutros. Verificou-se que elas coincidiam mais com as dos próprios clientes que com a dos psicoterapeutas, ou seja, os primeiros é que percebiam melhor o que realmente os ajudava e o quanto estava sendo compreendido ou não por quem os atendia.

Sua dedicação à construção de um método científico na psicologia foi reconhecida por prêmio da Associação Americana de Psicologia, da qual também foi eleito presidente, em 1958. Seus métodos científicos estão descritos em livros traduzidos no Brasil como "A Pessoa como Centro" e "Um jeito de ser".

“Subvertendo” a “relação de poder” terapeuta-cliente (decorrente do pressuposto, até então, psicólogos e psiquiatras é que detinham o conhecimento da subjetividade de seus pacientes)seu trabalho "subverteu" também outras áreas, o que só se tornou visível para o próprio Rogers após décadas de atividades, como relatou em uma de suas últimas e melhores obras, “Sobre o Poder Pessoal” – livro em que traça, por exemplo, um paralelo entre suas descobertas e as de Paulo Freire e de sua “pedagogia do oprimido”.

Fruto de suas pesquisas sistematizou o método da “Terapia centrada no cliente” que depois evoluiu para a “Abordagem centrada na pessoa”(ACP).

Mas ele próprio afirma que seu objetivo nunca fora criar um sistema próprio de psicoterapia e sim estudar os critérios necessários para a evolução da psicoterapia científica como um todo. É considerado um precursor da psicologia humanista e criador da linha teórica conhecida como Abordagem Centrada na Pessoa (ACP)

O indivíduo possui possibilidades inimagináveis de compreender-se de modificar os conceitos que tem de si - mesmo, suas posturas e seu comportamento; esse potencial pode ser liberado se a pessoa puder ser trazida a uma situação caracterizada por um clima favorável para o desenvolvimento psíquico.

A abordagem centrada na pessoa, originalmente terapia centrada na pessoa, é uma abordagem psicoterapêutica desenvolvida por Carl Ransom Rogers e seus colaboradores. Carl Rogers é tido como o primeiro psicólogo a abordar as questões principais da Psicologia sob a ótica da “Saúde Mental”, ao contrário de outros estudiosos cuja atenção se concentrava na idéia de que todo ser humano possuía uma neurose básica.

Rogers rejeitou essa visão, defendendo que, na verdade, o núcleo básico da personalidade humana era tendente à saúde, ao bem-estar. Tal conclusão sobreveio a um processo meticuloso de investigação científica levado a cabo por ele, ao longo de sua atuação profissional.

A partir dessa concepção primária, o processo psicoterapêutica consiste em um trabalho de cooperação entre psicólogo e cliente, cujo objetivo é a liberação desse núcleo da personalidade, obtendo-se com isso a descoberta ou redescoberta da auto-estima, da autoconfiança e do amadurecimento emocional.

Há três condições básicas e simultâneas defendidas por Rogers como sendo aquelas que vão permitir que, dentro do relacionamento entre psicoterapêutica e cliente, ocorra a descoberta desse núcleo essencialmente positivo existente em cada um de nós. São elas:

A consideração positiva incondicional
A empatia
A congruência

Em linhas gerais, ter consideração positiva incondicional é receber e aceitar a pessoa como ela é e expressar um afeto positivo por ela, simplesmente por ela existir, não sendo necessário que ela faça, ou seja, isto ou aquilo;

A empatia, por sua vez, consiste na capacidade de se colocar no lugar do cliente, ver o mundo pelos olhos deles e sentir como ele sente, comunicando tal situação para ele, que receberá esta manifestação como uma profunda e reconfortante experiência de estar sendo compreendido, não julgado;

Por último, é a congruência a condição que permitirá ao profissional, embora nutra um afeto positivo e incondicional por seu cliente e tenha a capacidade de “estar no lugar” dele. A habilidade de expressar de modo objetivo seus sentimentos e percepções, de modo a permitir ao cliente as experiências de reflexão e conclusão sobre si mesmo.

O interessante na abordagem rogeriana é que a aplicação do seu método em psicoterapia, passa por um processo de amadurecimento do próprio psicoterapeuta, já que ele não pode simplesmente apropriar-se da “técnica”, antes que lhe seja próprio e natural agir conforme as condições desenhadas por Rogers.

Percebe-se então, por exemplo, que a expressão de uma afetividade incondicional só ocorre devidamente se brotar com sinceridade do psicólogo; não há como simular tal afetividade. O mesmo ocorre com a empatia e com a congruência. Por isso se diz que não existe uma “técnica rogeriana”, mas sim psicólogos cuja conduta pessoal e profissional mais se aproxima da perspectiva de Carl Rogers.

Outro ponto a considerar é que após longos estudos, Carl Rogers chegou à conclusão de que as três condições que descobriu são eficaz como instrumento de aperfeiçoamento da condição humana em qualquer tipo de relacionamento interpessoal, tais como:

Na educação entre professor e aluno;
No trabalho entre chefes e subordinados;
Na família entre pais e filhos ou entre marido e mulher.

Os transtornos mentais originam-se, assim, através do bloqueamento do desenvolvimento natural do ser humano por fatores externos.

A frase a seguir “... Parece que, se desejo tornar-me um cientista, o primeiro passo para isso é mergulhar nos fenômenos da área especifica pela qual me interessei... absorver a experiência como uma esponja, de tal modo que ela seja recolhida em toda a sua complexidade, com meu organismo total, e não apenas minha mente consciente, participando livremente da experiência dos fenômenos... Carl R. Rogers.”.

Nascido nos Estados Unidos em 1902, filho de uma família protestante, com valores tradicionais e religiosos, onde o incentivo ao trabalho duro era amplamente cultivado. Rogers faleceu em plena atividade, aos 85 anos de idade em 1987. Psicólogo, formado na Universidade de Columbia em Nova York, especializou-se em problemas infantis. Lecionou na Universidade de Rochester e escreveu o livro O Tratamento Clinica da Criança.

Como professor da Universidade de Chicago, pôs em pratica suas idéias, cujos resultados foram avaliados no livro Psicoterapia Centrada no Cliente em 1951. “Ele considerava que era o próprio cliente quem dirigia o processo terapêutico”. Em sua publicação Psicoterapia Centrada no Cliente em 1951, Rogers fez uma exposição geral do seu método não diretivo, e de suas aplicações à educação e a outros campos. Em sua obra Liberdade para Aprender, ele discute:

“Melhorando o nosso relacionamento com os alunos, melhoramos o nosso ensino, melhora a aprendizagem”. Os nossos alunos estão ávidos deste tipo de comunicação; eles querem, antes de tudo, ser vistos como pessoas que existem que amam que choram que sofrem que têm dificuldades.

Só os alunos? E nós, professores, também não desejamos ser vistos não só como aqueles que sabem alguma coisa, mas igualmente como pessoas humanas?... Eu quero que meus alunos sejam meus amigos, e quero dar-lhes a minha amizade... O bom relacionamento depende fundamentalmente de mim, de criar um clima propício à amizade, à aceitação, à autenticidade. (P.21.)

Suas primeiras experiências clínicas, colocadas na tradição behavioristas e ainda mais, psicanalistas, foi feitas como interno do Instituto For Childguidance, onde sentiu a forte ruptura entre o pensamento especulativo freudiano e o mecanismo mediador e estatístico do behaviorismo.

Karl Rogers foi um dos principais responsáveis, embora quase nunca se fale nisso pelo acesso e reconhecimento dos psicólogos ao universo clinica antes dominado pela psiquiatria médica e pela psicanálise, e que, nos EUA, era exercida exclusivamente por médicos até bem pouco tempo atrás.

Sua postura, enquanto, terapeuta sempre esteve apoiada em sólidas pesquisas e observação clinica, podendo-se sem sombra de dúvida, dizer que o campo de pesquisas objetivas voltadas para o referencial teórico da abordagem Centrada na Pessoa é formado por um número considerável de trabalhos.

Mesmo, além que o numero de pesquisas feitas sobre muitas outras abordagens, incluindo a psicanálise. A utilização dos testes psicológicos e a elaboração de diagnósticos tornaram-se irrelevante para Carl Rogers, e ele transportaria para a educação a sua concepção terapêutica.

Destaques na Teoria de Rogers:

Para Rogers o importante é aprender a aprender. Não é o conhecimento em si que será de utilidade, e sim uma atitude de busca constante do conhecimento; A preocupação de Rogers é com o aluno como pessoa. O importante é a auto-realização da pessoa; Parte de um enfoque essencialmente humanístico que visa à aprendizagem “pela pessoa inteira”, uma aprendizagem que transcende e engloba as aprendizagens cognitivas, afetivas e psicomotoras;

Para Rogers aprendizagem significante é mais do que acumulação de fatos. É uma aprendizagem que provoca uma modificação quer seja no comportamento do individuo, na orientação da ação futura que escolher ou nas suas atitudes e na sua personalidade. É uma aprendizagem penetrante que não se limita a um aumento de conhecimentos; é uma aprendizagem “pela pessoa inteira”;

Ele vê a aprendizagem como algo muito mais amplo de que acumulação de conhecimento e afirma que a aprendizagem socialmente mais útil, no mundo moderno, é a do próprio de aprender. Isso implica em uma postura de busca continua de conhecimento. O objetivo do ensino deve ser facilitação da mudança e da aprendizagem;

O importante é que exista uma relação interpessoal entre facilitador e aprendiz, e não nos recursos instrucionais utilizados;

O professor deve ser o facilitador da aprendizagem, mas seu sucesso nesta tarefa repousa, sobretudo, em qualidades atitudinais como a autenticidade, a compreensão empática, a aceitação e a confiança no aprendiz;

Rogers afirma que o educador deve concentrar a atenção não em ensinar, mas em criar condições que promovam a aprendizagem;

O pressuposto básico da teoria rogeriana é a crença de que a pessoa é capaz de promover seu próprio crescimento;

Rogers acha que a aprendizagem significativa verifica-se quando o estudante percebe que a matéria a estudar se relaciona com seus próprios objetivos;

Para que o aluno aprenda, crie, produza intelectualmente, ele precisa sentir-se seguro, apoiado, o que não ocorre em climas severos, de censura, onde os alunos trabalham com alto nível de ansiedade e poucos produzem;

Os seres humanos têm natural potencialidade para aprender; A aprendizagem é facilitada quando o aluno participa responsavelmente do seu processo; O comportamento pode ser provocado, em alguns casos, por experiências e necessidades não simbolizadas;

O facilitador confia no desejo de cada aluno para alcançar os objetivos significativos para ele, como força motivadora subjacente à aprendizagem significativa.

Pela dimensão econômica ele esquece que vivemos numa sociedade capitalista e numa cultura totalmente diferente da dele, ele era moralista.

Hoje nossa sociedade é imediatista e queremos ter mais que ser que implica dinheiro, no capitalismo em muito de nossos jovens a auto-realização se dá pelas recompensas financeiras que podem gastar.

O Estado e as elites não conseguem melhorias contínuas, que não passam de inovações e sempre acaba no mesmo lugar para que as atitudes e as personalidades não ajam criticamente.

Pela dimensão filosófica de Karl R. Rogers é centrada no Ser a educação que existe hoje tem crises emocionais e até brigas entre professores e alunos e pais.

O Estado e as elites nos dão uma infinidade de teóricos que implica em modismo tanto socialistas como capitalistas e alimenta em busca de aprovação através de propaganda falsa de que vamos melhorar, mostrando os índices de escolaridade que não reflete a verdade.

Uma boa parte de nossos jovens são consumistas e imediatista, querem sucessos egoístas. Muitos professores buscam individualizar os alunos, mas vivemos numa ditadura da desta cultura, alguns alunos que não querem estudar e são obrigados dificultam as atividades dos professores e tira as potencialidades de aprender de muitos.

Os burocratas e as elites esquecem que vivemos num mundo de competição. Gostaria que algum deles colocasse seus filhos dentro da escola publicas, de preferência na periferia mais violenta do Brasil, mas acham que são boas as teorias elaboradas por eles e seus pseudos pedagogos.

A indisciplina é brava o professor tenta ser facilitador e promove uma aproximação com os alunos, mas tem alunos que não querem crescer e são irresponsáveis, aí esta o conflito armado e a motivação vai pelas cucuias.

Pela dimensão potencial o Estado e seus lideres se orgulham através das contingências do custo o menor é o melhor. Toda hora aparece uma resolução para os problemas da escola, a uma rotatividade de utopias socialistas e dos pseudos que deixam os educadores e educados sem rumo e sem um TER para viver dignamente.

Pela dimensão causal os educando merecem o melhor do ter, eles têm clareza de suas necessidades capitalistas.

A visão global pelo modelo utópico capitalista esta instalada, na constituição a gratuidade vai até o ensino médio, os alunos das elites se consagram nas universidades publicas, enquanto o povão não tem uma universidade grátis, um curso profissionalizante, que daria seqüência da de uma escola formadora de SER.

A universidade publica tem alguma infra-estrutura, assim sendo, o aluno da escola publica termina o ensino médio lá se vai os objetivos significativos de Karl. R. Rogers.

Ao professor ainda esta inserido numa escola modelo jesuítica da educação, e panóptico e, que ele, deve facilitar o processo de inserção da cidadania aos educando, mas uma vez a utopia dos pedagogos socialistas ou capitalistas cobrindo a ineficiência do Estado e de seus lideres.

Abordagem centrada na pessoa.

Há muitos nomes para, o que hoje, aqui estamos a denominar de Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). Há psicólogos ou orientadores educacionais, ou mesmo professores que "falam" em Orientação Não Diretiva, em Psicoterapia Humanista-Existencial (Corey), de Terapia Centrada no Cliente, de Pedagogia Centrada no Aluno, ou Abordagem Experiencial, de Grupos de Encontro, de Gestão Humana Existencial de Recursos Humanos ou de Gestão Humanista Existencial de Empresas, de Mediação de Conflitos Sociais pela ACP, Políticos ou Raciais Centrados na Pessoa etc.

Enfim, a sua ação ao longo deste século, foi de um contínuo empenho no caminho da liberdade e da libertação das forças interiores (Self) do ser humano, na sua capacidade de enfrentar a si e o outro, no mundo mesmo, e sua tendência a uma atitude de respeito e ao crescimento.

Essas forças internas do ser humano se mostram nos seus modos de ser – ser sendo no mundo - sempre alguém aberto ao desenvolvimento e aprendizagem positivos, tendo dentro de si algo que o impulsiona: a Tendência atualizante, modos de auto-atualização de suas potencialidades, de fazer, sentir, agir seu próprio florescimento.

Rogers fez severas oposições aos conceitos deterministas de ser humano, buscando fundamentar-se nas Filosofias Humanistas Existenciais e utilizando-se do método fenomenológico de pesquisa.

Para Roger, cada pessoa possui em si mesmo as respostas para as suas inquietações e a habilidade necessária para resolver os seus problemas. Por isso, o sentimento de pena e o determinismo seriam maneiras de negar a capacidade de realização de cada indivíduo.

Tornar-se pessoa.

Rogers se opôs à teoria de B.F.Skinner de que a personalidade do homem seria moldada pelo meio por meio de condicionamentos operantes. Para Rogers todos os homens são bons na sua essência, e que todo o aprendizado deveria ser organizado no sentido do indivíduo para o meio, e não o contrário. Neste sentido, ele nos diz:

A Questão é saber se pode permitir que o conhecimento se organize no e pelo indivíduo, em vez de ser organizado para o indivíduo.

UTOPIA DE Burrhus Frederic Skinner (1904 + 1990) foi um autor e psicólogo estadunidense.

Ele conduziu trabalhos pioneiros em psicologia experimental que analisa o comportamento observável, a fim de testar modelos e teorias matemáticas sobre diversos aspectos do mesmo: prestar atenção, perceber, recordar, aprender, decidir, reagir emocionalmente e interagir.

E também foi o propositor do Behaviorismo Radical que traduzido do inglês que significa comportamento, conduta, também designado de comportamentalismo, ou às vezes comportamentismo, é o conjunto das teorias psicológicas que postulam o comportamento como o mais adequado objeto de estudo da Psicologia.

Comportamento geralmente é definido por meio das unidades analítica respostas e estímulos, baseados em três níveis de seleção: entradas de estímulos e saídas de estímulos e manutenção dos estímulos.

O primeiro nível de seleção, a seleção filogenética se refere aos repertórios compartilhados por uma mesma espécie, amor, sexo e o qual são determinados pela história evolutiva da mesma.

O segundo nível de seleção, a seleção ontogenética se refere ao repertório particular de cada indivíduo ou organismo, o qual é determinado por sua história de vida ou histórico de reforçamento de como eu amei, que entendi, fiz e que vou fazer.

E o terceiro nível de seleção, a seleção cultural se refere ao repertório compartilhado por indivíduos de uma mesma cultura. “Sendo este de maior importância para compreender o comportamento humano e de outros animais que apresentam algum tipo de comportamento social”, ou seja, dá uma consciência coletiva de amor, de moral, etc.

Psicólogo contemporâneo nasceu nos Estados Unidos em 1904. Foi professor nas universidades de Harvard, Indiana e Minnesota. Entre outros livros publicou o comportamento do organismo, (behavior of organisms), o comportamento verbal (verbal behavior) e o comportamento científico e humano. (science and human behavior).

A abordagem skinneriana representa a mais completa sistematização do posicionamento associacionista, behaviorista e ambientalista da psicologia atual. Devido a sua preocupação com controles científicos estritos, Skinner realizou a maioria de seus experimentos com animais, principalmente ratos e pombos.

O êxito obtido nesses experimentos levou-o a fazer extrapolações para o comportamento humano. Segundo ele, por exemplo, em escolas o comportamento de alunos pode ser modificado pela apresentação de materiais em cuidadosa seqüência e pelo oferecimento de recompensas ou reforços apropriados.

Ao contrário de outros que estudam o comportamento a fim de compreender o “funcionamento da mente”, Skinner limitou-se ao estudo de comportamentos manifestos imensuráveis. Sem negar processos mentais nem fisiológicos, ele acredita que o estudo do comportamento não depende de conclusões sobre o que se passa dentro do organismo. A abordagem Skinneriana, não leva em consideração o que ocorre dentro da mente do individuo durante o processo de aprendizagem.

O que interessa é o comportamento observável. Skinner, não se considera um teórico de aprendizagem. Não considera também seu trabalho como uma teoria, e sim uma analise funcional, isto é, uma análise das relações funcionais entre estimulo e resposta. Ele simplesmente ignora as variáveis intervenientes e concentra-seno controle e predição das relações entre as variáveis de “input” (estímulos) e de “output” (respostas).

Em 1932, Skinner, na Universidade de Harvard, relatou uma de suas observações, sobre o comportamento de pombos e ratos brancos. Para seus experimentos, Skinner inventou um aparelho que depois de passar por modificações é hoje ainda muito conhecido e utilizado nos laboratórios de psicologia, chamado como Caixa Skinner.

Influenciado pelos trabalhos de Pavlov e Watson, ele passou a estudar o comportamento operante, desenvolvendo intensa atividade no estudo da psicologia da aprendizagem. Esses estudos levaram-no a criar os métodos de ensino programado que podem ser aplicadas sem a intervenção direta do professor, através de livros, apostilas ou mesmo máquinas.

Segundo Skinner, as crianças aprendem sem serem ensinadas, aprendem sozinhas se estiverem interessadas nas atividades. Por esta razão alguns professores preconizam o emprego do método de descoberta.

Diz Skinner que o método da descoberta não é solução para o problema da educação. Para ser forte uma cultura precisa transmitir-se; precisa dar aos seus indivíduos um acúmulo de conhecimentos, aptidões, práticas sociais e éticas, defende Skinner.

Para Skinner, um dos grandes problemas do ensino, é o uso do controle aversivo. Ele explica dizendo, que o aluno ainda hoje na escola passa a maior parte do tempo fazendo coisas que não gostaria de fazer. Provas são usadas como poder, como ameaça, e é destinado principalmente a mostrar o que o aluno não sabe e coagi-lo a estudar.

E assim o aluno vai fazendo coisas que o professor determina, porque é ele professor, que detém o poder e a autoridade. E assim o estudante vai descobrindo meios de fugir da sala de aula, chegando atrasado na escola ou faltando, não fica mais atento, recusa-se a obedecer às ordens, torna-se agressivo, procura sentar-se bem distante do professor.

Destaques na utopia de Skinner:

É através do condicionamento o perante que Skinner crê ser adquirida a maior parte do comportamento; Não leva em consideração o que ocorre dentro da mente do individuo durante o processo de aprendizagem. O que interessa é o comportamento observável;

O estudo do comportamento não depende de conclusões sobre o que se passa dentro do organismo do individuo; O importante é não se concentrar no lado dos estímulos, mas sim ao lado do reforço. Para Skinner aprendizagem ocorre devido ao esforço. Não é a presença do estímulo ou a presença da resposta que leva à aprendizagem, mas sim, a presença das contribuições de reforço.

A teoria de Skinner é fundamentada no poderoso papel da “recompensa” “reforço” e parte da premissa fundamental de que toda ação que produz satisfação tenderá a ser repetida e aprendida;

A aprendizagem ocorre devido ao reforço. Não é a presença do estimulo ou da resposta que leva a aprendizagem, mas sim a presença das contingências de reforço.

O importante é arrancar situações tais que as respostas dadas pelo aprendiz sejam reforçadas e tenham sua probabilidade de ocorrência aumentada;

As idéias de Skinner dão maior ênfase ao desempenho ou “desempenho”;

A necessidade de prestar atenção às diferenças individuais, O professor tem a função de programador de contingências. Programar contingências significa dar o reforço no momento apropriado, reforçar respostas que aumentarão a probabilidade de que o aprendiz exiba o comportamento terminal desejado.

Educar é provocar a atividade motora, verbal e mental, Skinner realizou a maioria de seus experimentos com animais,

No ponto de vista da dimensão econômica hoje o desempenho falta desatenção do Estado e das elites que... Onde o estimulo da maioria dos estudantes é ganhar dinheiro, alguns chegam a universidades, mas falta o motor do financiamento das idéias, para uma nova inovação tecnológica, falta recursos diversos que os estimulem, aos professores faltam dinheiro para o seu bem estar.

Pela dimensão econômica a maioria dos brasileiros dá a maior atenção e quer uma escola completa com todos os recursos necessários que estimulariam os seus filhos, mas, o Estado sabota pela teoria da escassez e sempre com “adequações necessárias”.

E as elites colocam seus filhos tem todos os recursos, um carro, um dinheirinho, uma viagem, ou seja, uma compensação, e nos os usuários da escola publica brigamos um com outro, aluno que briga com professor é um palco de Guerra.

No ponto de vista da dimensão filosófico se baseia no ensino programado que podem ser aplicadas sem ou com a intervenção do professor. Mas, contudo nós nos enganamos um ao outro, buscamos soluções, mas não percebemos as invenções utópicas que nos dão.

As elites abusam desta teoria porque eles têm os incentivos, enquanto nos das escolas publicas ficamos com as migalhas.

Através de livros, apostilas ou mesmo máquinas o professor deve observar e ajudar e avaliar os comportamentos desejados quanto a desempenho.

De novo há desalinho entre o Estado e modo de viver da maioria da população brasileira que é capitalista, e, no entanto, a maioria das utopias educacionais e dos pedagogos e na utopia do socialismo e do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova(1932).

Na dimensão potencial é negligenciada pelo Estado onde o orgulho da máquina operante é maior dos que operam - no caso os educadores, pais, e, não têm autonomia e estes assumem compromissos emocionais, psíquicos com os alunos ditados pela utopia do Estado.

Para o Estado e seus lideres, a escola é apenas um objeto e jogam utopias a vontade de que é possível e necessário avaliar o desempenho de todos, menos deles é claro.

Na dimensão de causal o centralizado de controle dos utópicos do Estado efetivamente mostram-se incompetente, mostrando índices estatísticos como Saresp, SAEB, só para enganar, como dizem “só para inglês ver”. A escola esta formando analfabetos funcionais, isto é sabe mais ou menos e escrever.

Portanto, a Utopia Skinneriana onde “Educar é provocar a atividade motora, verbal e mental”, não se concretiza, e, ainda não é utilizada, plenamente pela dimensão econômica no Estado, mas na escola particulares ela é bem utilizada.

Muitos educadores e pais pregam esta utopia na escola publica, com todo esforço emocional e psíquico da sociedade, mas, é mais uma mentira do Estado e seus lideres, que reforçam com a obrigatoriedade do ensino, além de sistematizar e comportimentalizar as disciplina e alguns utópicos pregam as interdisciplinaridades desta como salvadora da educação.

Analisando mais profundamente Émile Durkheim estudou a consciência coletiva com as influências culturais atuais dos meios de comunicação ocasionam uma nova consciência coletiva,

Segundo “Partindo da afirmação de que os fatos sociais devem ser tratados como coisa, forneceu uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade”.

“Em que o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele”. O que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência tangível. Por exemplo, o machismo perdeu o significado como consciência coletiva porque não mais obrigatório que era normal antes, agora já não o é.

Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo ( no caso do machismo) deve permitir a realização deste, desde que consiga integrar-se a essa estrutura.

Hoje o nosso modelo patológico de consciência coletiva é baseado em heróis e bandidos - o modelo norte americano ou ocidental.

Ainda não se destaca a liberdade individual, a responsabilidade e a subjetividade do ser humano, mas como imitação da imagem da TV e outras mídias. Cada homem é um ser único que é mestre dos seus atos e do seu destino, ainda não conseguimos porque estamos sendo há tempos sofrendo lavagens cerebrais baseadas em entradas de estímulos e saídas e manutenção de estímulos.

Basta um click no controle remoto já nos deixam felizes e nos dá uma sensação de existência artificial, uma alegria maquinal.

O filósofo francês Jean-Paul Sartre “afirma a prioridade da existência sobre a essência, Essa definição funda a liberdade e a responsabilidade do homem, visto que esse existe sem que seu ser seja pré-definido”.

No caso da nossa consciência coletiva e durante nossa existência, à medida que se experimentamos novas vivências elaboradas pelas mídias, redefinimos o nosso pensamento.

Assim, o click tem uma importância crucial no comportamento baseados nos estímulos Behaviorismo Radical.

Hoje um Indivíduo não consegue tomar suas decisões, geralmente suas escolhas são baseadas na linguagem da imagem, tem a tribo do Justin Bieber, Skkinheds, cowboys, etc. A consciência coletiva, ou seja, a Sociedade e controlada.

As regras sociais ou a consciência coletiva são os resultados da tentativa dos homens de planejar um projeto funcional. Ou seja, quanto mais estruturada a sociedade, mais funcional ela deverá ser.

Há uma passividade moral de quem trabalha na educação e o desafio maior é mudar utopia skinnriana. Porque é mais fácil seguir ordens do que fazer uma nova utopia que encaixe numa possível funcionalidade que envolva autogerenciar, com justiça, onde o mito de Sísifio perdura e continua o desafio de tomar decisões.

O negativo hoje é Bullying que é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bola, tiranete ou valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder. Só mentiras ao longo dos tempos.

Tudo agora virou bullying, o professor não pode falar mais alto, o aluno falar mais alto, já não bastava a ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) que junto com Constituição obrigam os pais a manter os alunos que não querem estudar.

Portanto, contra suas vontades que os alunos fiquem na escola sem querer. Não é uma escola para ser feliz, adeus utopia é obrigação.

O imediatismo, a idolatria, e, principalmente da imagem nos fere.

UTOPIA DE Jerome Seymour Bruner (Nova Iorque, 1915) é um psicólogo estadunidense. E acrescenta a utopia de Piaget.

O que é relevante em uma matéria de ensino é sua estrutura, suas idéias e relações fundamentais. A compreensão de princípios e conceitos fundamentais parece ser, segundo Bruner, o principal caminho para uma adequada transferência da aprendizagem;

Encara o ensino como uma atividade que deve principalmente concentrar-se em como aperfeiçoar a aprendizagem facilitar a transferência ou a recuperação de informações;

Destaca a importância de planejar o ensino levando em conta o que se sabe sobre o desenvolvimento intelectual do aprendiz.

Daí se deu a idéia de ciclos ou etapas, no caso brasileiro, educação infantil, fundamental, médio, técnico, superior e ensino de jovens adultos ( antiga madureza, feito mais rápido). Professor, alô, olha aí a UTOPIA de ciclos.

Os pseudos-utópicos usam muito.

A aula expositiva torna-se quase um desestimulo a criatividade;
O nível mental da criança é que determina como o professor deve apresentar as situações didáticas;
O grupo é o condutor de estímulos de aprendizagem;
Não ensine, provoque a atividade do aluno;
A escola deve estimular a criatividade e preparar o aluno para resolver situações-problema;
Em cada estágio de desenvolvimento, o aluno tem uma forma diferente de aprender;
Valoriza mais o processo de aquisição do saber, do que o saber propriamente dito;
Sugere ao professor, que faça o aluno compreender o que faz;
No grupo o aluno constrói a solidariedade, a responsabilidade, a criatividade, preservando a individualidade;

De 1896 ainda usa suas hipóteses e fazem uma bagunça na educação, várias teses, livros, revistas, é o igualitarismo falseado de cidadania.

Enquanto, os burocratas e eleitos, fazem diretrizes, planos comuns a todas as escolas, sem transparência, são tantas pseudo-utopias aumenta mais ainda os 3Ds.

UTOPIA DE “Paulo Reglus Neves Freire”. (Recife, 1921 + 1997) foi um educador e filósofo brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política. Autor de “Pedagogia do Oprimido”, um método de alfabetização dialético, se diferenciou do "vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático.

É considerado um dos pensadores que influenciaram erradamente e enganou muitos jovens com sua pseudopedagogia, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica, que na verdade foi usada como instrumento de enganação dos recém socialistas após 1982 com abertura democrática e choveram de professores nas escolas cuspindo a utopia pedagógica dele.

Jovens que recém saídos do campo, cristão, queriam ser todos felizes como família, onde todos teriam acesso aos bens materiais elaborados pela industrialização, achavam que o socialismo iria trazer a sonhada igualdade, até elegeram LULA.

Que pena, esta utopia baseado na “ de critica” que para mim é ter, fazer, ser para mudanças, no caso não houve, na verdade era mais um manipulador que se dizia progressista.

A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e alienante; o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído; libertando-se de chavões alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado.

A utopia da Pedagogia da Libertação Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação, intimamente relacionada com a visão marxista ( onde opressor deve ser vencido, ainda se tinha conceito regiaonalizante de Terceiro Mundo em que os países capitalistas e socialistas oprimem as classes populares), ele foi influenciado por Antonio Gramsci (Ales22 de janeiro de 1891 — Roma,27 de abril de 1937) foi um políticocientista políticocomunista e antifascista italiano.



Sendo escritor de teoria política, Gramsci produziu muito como editor de diversos jornais comunistas na Itália. Entre estes, ele fundou juntamente com Palmiro Togliatti em 1919 L'Ordine Nuovo, e contribuiu para La Città Futura.

O grupo que se reuniu em torno de L'Ordine Nuovo aliou-se com Amadeo Bordiga e a ampla facção Comunista Abstencionista dentro do Partido Socialista. Isto levou à organização do Partido Comunista Italiano (PCI) em 21 de janeiro de 1921. Gramsci viria a ser um dos líderes do partido desde sua fundação, porém subordinado a Bordiga até que este perdeu a liderança em 1924. Suas teses foram adotadas pelo PCI no congresso que o partido realizou em 1926.


Em 1924, Gramsci foi eleito deputado pelo Veneto. Ele começou a organizar o lançamento do jornal oficial do partido, denominado L'Unità, vivendo em Roma enquanto sua família permanecia em Moscou.

Em 1926, as manobras de Stalin dentro do Partido Bolchevista levaram Gramsci a escrever uma carta ao Komintern, na qual ele deplorava os erros políticos da oposição de Esquerda (dirigida por Lev Davidovitsch Bronstein e Zinoviev) no Partido Comunista Russo, porém apelava ao grupo dirigente de Stalin para que não expulsasse os opositores do Partido. Togliatti, que estava em Moscou como representante do PCI, recebeu a carta e a abriu, leu e decidiu não entregá-la ao destinatário. Este fato deu início a um complicado conflito entre Gramsci e Togliatti que nunca chegou a ser completamente resolvido. Togliatti, posteriormente, divulgaria a obra de Gramsci após sua morte, mas evitou cuidadosamente qualquer menção às suas simpatias por Trotsky.

Em 8 de novembro de 1926, a polícia italiana prendeu Gramsci e o levou a prisão romana Regina Coeli. Foi condenado a 5 anos de confinamento (na remota ilha de Ústica); no ano seguinte ele foi condenado a vinte anos de prisão (em Turi, próximo a Bari, na Puglia). Sua saúde neste momento começava a declinar sensivelmente. Em 1932, um projeto para a troca de prisioneiros políticos entre Itália e União Soviética, que poderia dar a liberdade a Gramsci, falhou. Em 1934 sua saúde estava seriamente abalada e ele recebeu a liberdade condicional, após ter passado por alguns hospitais em CivitavecchiaFormia e Roma. Gramsci faleceu aos 46 anos, algum tempo depois de ter sido libertado. Internado em um hospital católico no fim de sua vida, obteve a seu pedido os sacramentos da religião que tanto criticara durante sua vida. Dessa forma, curiosamente, Gramsci voltou a fé de sua infância pouco tempo antes da morte.

Obras e pensamentos que serviram para os ditos pedagogos críticos como Paulo Freire.
Os 32 Cadernos do Cárcere, de 2.848 páginas, não eram destinados à publicação. Trazem reflexões e anotações do tempo em que Gramsci esteve preso, que começaram a 8 de Fevereiro de 1929 e terminaram em Agosto de 1935, por conta dos seus problemas de saúde. Foi Tatiana Schucht, sua cunhada, que os enumerou, sem, todavia levar em conta sua cronologia.


Teoria da Hegemonia cultural;

A ampliação da concepção Marxista de Estado;
A necessidade de educar os trabalhadores e da formação de intelectuais provenientes da classe trabalhadora, que ele denomina “intelectuais orgânicos”;
A distinção entre a sociedade política e a civil;
O historicismo absoluto;
A crítica do determinismo econômico;
A crítica do materialismo filosófico.
Hegemonia / Bloco Hegemônico

Gramsci é famoso principalmente pela elaboração do conceito de hegemonia e bloco hegemônico, e também por focar o estudo dos aspectos culturais da sociedade (a chamada superestrutura no marxismo clássico) como elemento a partir do qual se poderia realizar uma ação política e como uma das formas de criar e reproduzir a hegemonia.

Alcunhado em alguns meios como o “marxista das superestruturas”, Gramsci atribuiu um papel central à diálise infra-estrutura (base real da sociedade, que inclui forças de produção e relações sociais de produção)/ superestrutura ("ideologia", constituída pelas instituições, sistemas de idéias, doutrinas e crenças de uma sociedade), a partir do conceito de "bloco hegemônico".

Segundo esse conceito, o poder das classes dominantes sobre o proletariado e todas as classes dominadas dentro do modo de produção capitalista, não reside simplesmente no controlo dos aparatos repressivos do Estado. Se assim fosse, tal poder seria relativamente fácil de derrocar (bastaria que fosse atacado por uma força armada equivalente ou superior que trabalhasse para o proletariado). Este poder é garantido fundamentalmente pela "hegemonia" cultural que as classes dominantes logram exercer sobre as dominadas, através do controlo do sistema educacional, das instituições religiosas e dos meios de comunicação. Usando deste controlo, as classes dominantes "educam" os dominados para que estes vivam em submissão às primeiras como algo natural e conveniente, inibindo assim sua potencialidade revolucionária.

Assim, por exemplo, em nome da "nação" ou da "pátria", as classes dominantes criam no povo o sentimento de identificação com elas, de união sagrada com os exploradores, contra um inimigo exterior e a favor de um suposto "destino nacional". Assim se forma um "bloco hegemônico" que amalgama a todas as classes sociais em torno de um projeto burguês.

A hegemonia é o conceito que permite compreender o desenrolar da história italiana e da Ressurreição particularmente, que poderia ter adquirido um caráter revolucionário se contasse com o apoio de vastas massas populares, em particular dos camponeses, que constituíam a maioria da população. Limitou o alcance da revolução burguesa em Itália o fato de não ser guiada por um partido jacobino, como em França, onde a participação camponesa, apoiando a revolução, foi decisiva para a derrota das forças da reação aristocrática.


A união das várias classes rurais em um bloco reacionário, através de diversos núcleos intelectuais legitimista-clericais, poderia ser dissolvida pelo advento de uma nova formação liberal-nacional, somente se fizessem esforços voltados para duas frentes: para base camponesa, aceitando suas reivindicações, e, segundo, para os intelectuais dos estratos meios e inferiores.”

A supremacia de um grupo social se manifesta por dois modos: primeiro, pelo domínio e, segundo, pela direção intelectual e moral. Um grupo social domina os grupos adversários que tenda liquidar ou a submeter inclusive com a força armada e dirige os grupos afins e aliados. Um grupo social pode e deve ser dirigente antes de conquistar o poder governamental: esta, aliás, é uma das condições principais para a própria conquista do poder. Posteriormente, quando exerce o poder, torna-se dominante, mas deve continuar sendo dirigente também.

Analisando o processo da Ressurreição, Gramsci considera que a função de classe dirigente ficou com Piemonte, ainda que existissem em Itália núcleos de classe dirigente favoráveis à unificação, “estes núcleos nada queriam dirigir, isto é, não queriam conciliar seus interesses e aspirações com os de outros grupos. Queriam dominar não dirigir e, todavia, queriam que seus interesses prevalecessem não suas próprias pessoas, isto é, queriam que uma força nova, independente de todo compromisso e condição, se torna árbitra da Nação: esta força foi Piemonte”, que teve uma função comparável à de um partido.

“Este fato é da máxima importância para o conceito de revolução passiva, pois não foi um grupo social o dirigente de outros grupos, sim um estado, ao mesmo tempo limitado como potência e dirigente do grupo que deveria ser dirigente e pudesse pela disposição deste um exército e uma força político-diplomática… É um dos casos nos quais se tem a função de domínio e não de direção destes grupos, ditadura sem hegemonia.”

As classes subalternas

A hegemonia é, portanto, o exercício das funções de direção intelectual e moral unida àquela do domínio do poder político. O problema para Gramsci está em compreender como pode o proletariado ou em geral uma classe dominada, subalterna, tornar-se classe dirigente e exercer o poder político, ou seja, converter-se em uma classe hegemônica.

As classes subalternas – subproletariado, proletariado urbano, rural e também a pequena burguesia – não estão unidas e sua união ocorre somente quando “se convertem em Estado”, quando chegam a dirigir o Estado, de outra forma desempenham uma função descontinua e desagregada na história da sociedade civil dos estados singulares. Sua tendência à unificação “se despedaça continuamente por iniciativa dos grupos dominantes” dos quais elas “sofrem sempre a iniciativa, ainda quando se rebelam e se insurgem”.

A hegemonia é exercida unindo-se um bloco social – criando então a aliança política de um conglomerado de classes sociais diferentes. Em Itália, o bloco social não é homogêneo, sendo formado por industriais, proprietários rurais, classes médias e parte pequena da burguesia. Este bloco é, portanto, sempre entrecortado por interesses divergentes. Mas, mediante uma política, uma cultura e uma ideologia ou um sistema de ideologias, impedem que os conflitos de interesses, permanentes até quando são latentes, explodem, provocando a crise da ideologia dominante e uma decorrente crise política do sistema de poder.

A crise da hegemonia se manifesta quando, ainda que mantendo o próprio domínio, as classes sociais politicamente dominantes não conseguem mais ser dirigentes de todas as classes sociais, isto é não conseguem resolver os problemas de toda a coletividade e a impor a toda a sociedade a própria complexa concepção do mundo. A classe social subalterna se consegue indicar soluções concretas aos problemas deixados sem solução, torna-se dirigente e, expandindo seu próprio cosmo visão a outros estratos sociais, cria um novo bloco social, que se torna hegemônico. Para Gramsci, o momento revolucionário volta-se inicialmente para o nível da superestrutura, em sentido marxista, isto é, político, cultural, ideal, moral. Mas, trespassa a sociedade em sua complexidade, indo ao encontro com sua estrutura econômica, isto é, todo o bloco histórico - termo que para Gramsci indica o conglomerado da estrutura e da superestrutura, as relações sociais de produção e seus reflexos ideológicos.

Em Itália, o exercício da hegemonia das classes dominantes sempre foi parcial: entre as forças que contribuem à conservação do bloco social estão a Igreja Católica, que se bate para manter a unidade doutrinária de modo e evitar entre as fiéis fraturas irremediáveis que, no entanto existem e que ela não pode sanar, mas somente controlar: “A Igreja romana foi sempre a mais tenaz na luta para impedir que oficialmente se formem duas religiões, uma dos intelectuais e outra das almas simples”.

Luta que, se por um lado, teve graves conseqüências, conectadas “ao processo histórico que transforma toda a sociedade civil e que em bloco contem uma crítica corrosiva das religiões”, por outro, fez ressaltar “a capacidade organizadora na esfera da cultura do clero” que deu “certas satisfações às exigências da ciência e da filosofia, mas com um ritmo tão lento e metódico que as mutações não são percebidas pela massa dos simples, ainda que estas pareçam revolucionárias e demagógicas aos fundamentalistas.”.

Nem mesmo a cultura de timbre idealista, que, ao tempo de Gramsci, era dominante e exercida pelas escolas filosóficas crocianas e gentilianas, “soube criar uma unidade ideológica entre o baixo e o alto, entre os simples e os intelectuais”. Tanto é que esta cultura, ainda que considera a religião uma mitologia, não ao menos “tentou construir uma concepção que pudesse substituir a religião na educação infantil”, e estes pedagogos, ainda que não fossem religiosos nem confessionais, ou mesmo que fossem ateus, “concordam com o ensino religioso porque a religião é a filosofia da infância da humanidade, que se renova em cada infância não metafórica”. Também a cultura laica “dominante” utiliza, pois a religião, porque não trata do problema de elevar às classes populares ao nível das dominantes, mas, ao contrário, quer mantê-la em uma posição subalterna.

Consciência de classe

A fratura entre os intelectuais e os simples pode ser sanada por uma política que “não tenda manter os simples em sua filosofia primitiva do sentido comum, mas, ao invés disso, que os leve a uma concepção superior da vida”. A ação política empreendida pela “filosofia da práxis” (como Gramsci chama o marxismo), opondo-se às culturas dominantes da Igreja e do idealismo, pode elevar os subalternos a uma “consciência superior da vida”.

Isto afirma a exigência do contacto entre os intelectuais e os simples, que não é para limitar a atividade científica ou por manter uma unidade ao baixo nível das massas, mas para construir um bloco intelectual e moral que torne politicamente possível um progresso intelectual de massa e não somente de escassos grupos intelectuais.”. Logo, a via para a hegemonia do proletariado passa por uma reforma cultural e moral da sociedade.

Porém, “o homem ativo da massa”, isto é a classe operária, em geral não é cônscia nem da função que pode desempenhar nem da sua condição real de subordinada. O proletariado, de acordo com Gramsci, “não tem uma clara consciência teórica de sua forma de trabalhar, que também é um conhecimento do mundo enquanto o transforma. Assim, sua consciência teórica até pode estar conflito com sua forma de trabalhar”. Ele trabalha de modo prático e ao mesmo tempo tem uma consciência teórica herdada do passado, que ele acolhe de modo acrítico. A real compreensão crítica de si mesmo ocorre “através de uma luta de hegemonias políticas, de direções conflituosas, primeiro no campo da ética, logo da política para chegar a uma elaboração superior da própria concepção do real”. A consciência política, isto é, o ser parte de uma determinante força hegemônica, constitui “a primeira fase para uma ulterior e progressiva autoconsciência onde teoria e prática finalmente se unem”.

Mas, a autoconsciência crítica implica a criação de uma elite de intelectuais, pois para distinguirem-se e fazerem-se independentes, o proletariado necessita de organização e esta não existe sem intelectuais, “um estrato de pessoas especializadas na elaboração conceitual e filosófica”.

O Partido Político

Maquiavel já enxergava nos Estados unitários europeus modernos a experiência pela qual passaria a própria Itália, para superar a dramática crise emergida das guerras que devastaram a península desde os finais do século XV. O príncipe de Maquiavel “não existia na realidade histórica, não se apresentava ao povo italiano de modo imediato e objetivo. Era uma pura abstração doutrinária, o símbolo do chefe, do líder ideal. Mas os seus elementos passionais, míticos… se resumem e se tornam vivos ao final, na invocação de um príncipe realmente existente”.

Ao tempo de Maquiavel, em Itália não houve uma monarquia absoluta que unificasse a nação, porque, segundo Gramsci, na dissolução da burguesia comunal se criou uma situação interno econômico - corporativa, politicamente “a pior das formas de sociedade feudal, a forma menos progressista e mais estancada; faltou sempre, e não se podia constituir, uma força jacobina eficiente, a força precisa que em outras nações insuflou e organizou a vontade coletiva nacional-popular e fundou os estados modernos”.

A esta força progressista se opôs em Itália a “burguesia rural, herança do parasitismo deixado nos tempos modernos pela derrota, como classe, da burguesia comunal”. As forças progressistas são os grupos sociais urbanos com um determinado nível de cultura política. Todavia, não será possível a formação de uma vontade coletiva nacional-popular, “se as grandes massas de campesinos trabalhadores não irrompem simultaneamente na vida política. Isso Maquiavel pretendia alcançar através da reforma das milícias, isto fizeram os jacobinos na Revolução Francesa; Compreendendo isto, identifica-se um jacobinismo precoce em Maquiavel. “.

Modernamente, o Príncipe invocado por Maquiavel não pode ser um indivíduo real, concreto, mas antes um organismo e “este organismo já vem do desenvolvimento histórico e é o partido político: a primeira célula na qual se resumem as sementes de vontade coletiva que almejam tornarem-se universais e totais”; o partido é o organizador de uma reforma intelectual e moral, que concretamente se manifesta com um programa de reforma econômica, tornando-se assim “a base de um laicismo moderno e de uma completa laicização de toda a vida e de todas as relações de costumes”.

Para que um partido exista e se faça historicamente necessário, devem confluir nele três elementos fundamentais:

"Um elemento difuso, de homens comuns, médios, cuja participação seja a contribuição pela disciplina e pela fidelidade, não pelo espírito criativo e altamente organizador. Eles são a força enquanto houver quem os centralize, organize, discipline, porém, na ausência desta força coesiva, se dispersariam e se anulariam em uma poeira impotente.”.

“O elemento coesivo principal. Dotado de força altamente coesiva, centralizadora e disciplinadora e também, ou por isto mesmo, inventiva. Com apenas este elemento não se formaria um partido, mas um partido se forma mais com ele do que com o primeiro elemento considerado. Fala-se de capitães sem exército, mas na realidade é mais fácil formar um exército que os capitães.

“Um elemento médio, que articule o primeiro elemento com o segundo, que os coloque em contacto, não apenas física, mas moral e intelectualmente.”.

Os Intelectuais e a educação

Gramsci examinou de perto o papel dos intelectuais na sociedade: todo homem é um intelectual, já que todos têm faculdades intelectuais e racionais, mas nem todos têm a função social de intelectuais. Ele propôs a idéia de que os intelectuais modernos não se contentariam mais de apenas produzir discursos, mas estariam engajados na organização das práticas sociais.

Segundo sua análise, “não há atividade humana da qual se possa excluir de toda intervenção intelectual, não se pode separar o ‘homo faber’ do ‘homo sapiens’” enquanto, independentemente de sua profissão específica, cada um é a seu modo “um filósofo, um artista, um homem de gosto, participa de uma concepção do mundo, tem uma consciente linha moral”, Mas, nem todos os homens têm na sociedade a função de intelectuais.

Historicamente se formam categorias particulares de intelectuais, “especialmente em relação aos grupos sociais mais importantes e passam por processos mais extensos e complexos em conexão com o grupo social dominante”. Gramsci, então, distingue entre uma “intelectualidade tradicional” que, sem razões, se considera uma classe distinta da sociedade e os grupos intelectuais que cada classe gera “organicamente”. Estes últimos não descrevem a vida social simplesmente por regras científicas, mas de preferência exprimem as experiências e os sentimentos que as massas por si mesmas não conseguem exprimir.

O intelectual tradicional é o literato, o filósofo, o artista e por isso, diz Gramsci, “os jornalistas, que acreditam ser literatos, filósofos e artistas, também acreditam ser os verdadeiros intelectuais”, enquanto que modernamente é a formação técnica a que serve como base do novo tipo de intelectual, um “construtor, organizador, persuadem”, que deve partir “da técnica-trabalho para a técnica-ciência e a concepção humano-histórica, sem a qual permanece especialista e não se torna dirigente”. O grupo social emergente, que labuta por conquistar a hegemonia política, almeja conquistar a própria ideologia intelectual tradicional, ao mesmo tempo em que forma seus próprios intelectuais orgânicos.

A organicidade do intelectual se mede pela maior ou menor conexão que mantém com o grupo social ao qual se relaciona: eles operam, tanto na sociedade civil quanto na sociedade político ou estado. A primeira representa o conjunto dos organismos privados nos quais se debatem e se difundem as ideologias necessárias para a aquisição do consenso que aparentemente surge de modo espontâneo das grandes massas da população em torno às decisões do grupo social dominante. A segunda é onde se exerce o “domínio direto do comando que se expressa no Estado e no regime jurídico”. Os intelectuais são como “apostadores do grupo dominante para o exercício das funções subalternas da hegemonia social e do regime político”. pressupostos muito usados hoje ainda.

Assim como o Estado, que na sociedade política almeja unir os intelectuais tradicionais com os orgânicos, também, na sociedade civil, a partida política forma “os próprios componentes, elementos de um grupo social que nasce e se desenvolve como econômico, até convertê-los em intelectuais políticos qualificados, dirigentes, organizadores de todas as atividades e as funções inerentes ao desenvolvimento orgânico de uma sociedade integral, civil e política”.

A necessidade de criar uma cultura própria dos trabalhadores relaciona-se com o apelo de Gramsci por um tipo de educação que permite o surgimento de intelectuais que partilhem das paixões das massas de trabalhadores. Neste aspecto, os adeptos da educação adulta popular tomam Gramsci como uma referência. Seu sistema educacional pode ser definido dentro do âmbito da pedagogia crítica que é uma filosofia educacional descrita por Henry Giroux como um "movimento educacional, guiado por paixão e princípio, para ajudar estudantes a desenvolverem consciência de liberdade, reconhecer tendências autoritárias, e conectar o conhecimento ao poder e à habilidade de tomar atitudes construtivas.

Baseado na teoria marxista, a pedagogia crítica é ligada à democracia radical, o anarquismo, o feminismo, e outros movimentos que lutam pelo que descrevem como justiça social.

A pedagogia crítica foi fortemente influenciada pelos trabalhos de Paulo Freire, um dos mais aclamados educadores críticos. De acordo com seus textos, Paulo defende a habilidade dos estudantes de pensar criticamente sobre sua situação educacional; esta forma de pensar os permite "reconhecer conexões entre seus problemas individuais, experiências e o contexto social em que eles estão imersos." Perceber sua consciência ("conscientização") é um primeiro passo requerido da "Práxis," que é definida como o poder e a habilidade de tomar atitude contra a opressão ao mesmo tempo em que se enfatizam a importância da educação libertadora. “A práxis envolve o engajamento em um ciclo de teoria, aplicação, avaliação, reflexão, e de volta à teoria”. Transformação social é o produto da práxis em nível coletivo.

As idéias de Antonio Gramsci, político e pensador marxista italiano, também tiveram influência no desenvolvimento no conceito. Suas idéias passaram a ser discutidas no Brasil a partir da década de 1970, várias décadas depois de terem sido escritas (entre 1929 e 1937) e publicadas (no segundo pós-guerra).

A força do pensamento Gramsci ano na academia brasileira pode ser medida por sua influência nas teses e dissertações nas áreas de educação, ciência política e serviço social. Mas, hoje, Gramsci é um dos autores italianos mais citados e influentes não só no Brasil, como também em todo o mundo. Todo um filão de estudos sobre os "subalternos" floresce no mundo anglo-saxão. Naturalmente, são díspares os resultados obtidos, e uma parte desta disparidade reside na própria complexidade dos Cadernos do cárcere.

Mesmo que se consiga rastrear a origem de conceitos como “filosofia da práxis”, “revolução passiva”, “reforma ético - política”, “bloco histórico” e hegemonia, na obra de Gramsci tais conceitos adquirem significados diferentes dos originais. Em conseqüência, a interpretação do pensamento Gramsci ano demanda cuidados adicionais na decodificação do seu universo semântico. Entre os estudiosos, acredita-se que a edição crítica de 1975 é a melhor fonte para a compreensão do pensamento do Autor.

Considera-se que o pensamento Gramsci ano associa intensamente conhecimento histórico, práxis política, luta cultural e processo de formação. Gramsci é formalmente contra qualquer interpretação do homem fundamentada no naturalismo ou no positivismo. Entende o homem como produto histórico e não natural; como produto de específicas relações sociais e, ao mesmo tempo, como indivíduo dotado de singularidade insuprimível.

Considerando que o homem é sujeito de sua história, Gramsci propõe a difusão da cultura humanista e filosófica no âmbito da classe operária e dos "subalternos" de um modo geral; a formação do hábito de pesquisa, método e disciplina nos estudos; e a valorização da vontade moral.

Foi a educação popular teorizadas e praticadas mais contemporaneamente pelo brasileiro Paulo Freire.

Literatura Nacional Popular

Se os intelectuais podem ser mediadores de cultura e de consenso para os grupos sociais, uma classe politicamente emergente deve valer-se de intelectuais orgânicos, para a valorização de seus valores culturais, até poder impô-los à sociedade inteira.

Para Gramsci, uma crítica literária deve fundir, como De Saltes fez, a crítica estética com a labuta por uma cultura nova, criticando os costumes, os sentimentos e as ideologias expressas na história da literatura. Não por acaso, Gramsci esboça nos cadernos um ensaio que intitula “os sobrinhinhos do padre Bresciani”. Antonio Bresciani (1798-1862), jesuíta, fundador da revista “A Cultura Católica”, foi um escritor de contos populares de caráter reacionário. Um destes, “O judeu de Verona”, foi criticado em um célebre ensaio de Saltes. Os sobrinhinhos do padre Bresciani são os intelectuais e os literatos contemporâneos portadores de uma ideologia reacionária.

Esta crítica de Croce é em verdade um simples sofisma: os conceitos de mais valia e os de valor são o mesmo. É a diferença entre o valor das mercadorias produzidas pelo trabalhador e o valor da força de trabalho do próprio trabalhador. A teoria do valor de Marx se deriva diretamente da do economista inglês David Ricardo, cuja teoria do valor-trabalho “não causou nenhum escândalo quando foi formulada, porque então não representava nenhum perigo, parecia apenas, como de fato era, uma constatação puramente objetiva e científica. O valor polêmico e de educação moral e política, para não perder sua objetividade, devera adquiri-la apenas com a Economia Crítica [O Capital]”.

A filosofia crociana é um tipo de historicismo, ou seja, como concebe Vico, a realidade é história e tudo o que existe é necessariamente histórico. Porém, de acordo com a natureza idealista de sua filosofia, a história é a do espírito e, portanto, especulativa, de abstração, da liberdade, da cultura e do progresso. Não é a história concreta das nações e das classes:

“A história especulativa pode ser considerada como um retrocesso, em formas literárias feitas com mais astúcia e menos ingênuas, que o desenvolvimento da capacidade crítica, com formas de história em descrédito, como jogos de palavras vazios e registrados em diversos livros do próprio Croce. A história ético - política, enquanto prescinde do conceito de bloco histórico [união de estrutura e superestrutura no sentido marxista], onde conteúdo econômico - social e forma ético-política se identificam concretamente pela reconstrução de vários períodos históricos, não se trata de nada mais que de uma apresentação polemica de pensamentos mais ou menos interessantes, mas não é história. [.] A história de Croce apresenta-se como figuras desossadas, sem esqueleto, das carnes flácidas e decadentes até mesmo debaixo do vermelho das veias literárias dos escritores.”

A atuação conservadora do Croce histórico forma um binômio com a do Croce filósofo: se a dialética do idealista Hegel era uma dialética dos contrários – um desenvolvimento da história que procede por contradições – a dialética crociana é uma dialética dos distintos: comutar a contradição em distinção significa operar uma atenuação, se não uma anulação, dos conflitos que na história e nas sociedades se apresentam.

Para Gramsci, tal atenuação ou anulação se manifesta nas obras históricas de Croce: sua História da Europa, iniciando em 1815 e ignorando o período da Revolução Francesa e o império napoleônico, “não é outra coisa que um fragmento de história, o aspecto passivo da grande revolução que se iniciou em França em 1789, desembocou no resto da Europa com os exércitos republicanos e napoleônicos, dando fortes ombradas aos velhos regimes e determinando não a sua queda imediata, como em França, mas antes a corrosão reformista que durou até 1870”.

Do mesmo modo, sua História da Itália de 1871 a 1915 “prescinde do momento da labuta, do momento no qual se elaboram, reúnem e dispõem as forças em conflito [.] no qual um sistema ético-político se dissolve e outro se elabora [.] no qual um sistema de relações sociais se desconecta e cai e outro sistema surge e se afirma. Ao invés disso, Croce toma placidamente como história o momento de crescimento cultural ou ético-político”.

Materialismo Histórico

Por acreditar que a história humana e a práxis coletiva determinam se uma questão filosófica é relevante ou não, Gramsci opõe-se ao materialismo metafísico e cola-se à teoria da percepção Engels e Lenine, se bem que não deixa isto explícito. Para Gramsci, o Marxismo não lida com uma realidade que existe em si e por si, independente da humanidade. O conceito de um universo objetivo fora da história e da práxis humanas era, a seu ver, análogo à crença em Deus. Não poderia existir a objetividade, mas somente uma intersubjetividade universal, a ser construída numa sociedade futura. A história natural, portanto, só teria sentido em relação à história humana.

Gramsci, desde os anos universitários, foi um decidido opositor da concepção fatalista e positivista do marxismo, presente no velho partido socialista, para a qual o capitalismo necessariamente estava destinado a cair, dando lugar a uma sociedade socialista. Esta concepção mascarava a impotência política do partido da classe subalterna, incapaz de tomar a iniciativa para a conquista da hegemonia.

Ainda que o manual do bolchevique russo Nikolai Bukharin, editado em 1921, A teoria do materialismo histórico, manual popular de sociologia, se coloque no mesmo filão positivista, “a sociologia foi um tentativa de criar um método da ciência histórica-política, na dependência de um sistema filosófico já elaborado, o positivismo evolucionista [.] converteu-se na filosofia de não-filósofos, uma tentativa de descrever e classificar esquematicamente os fatos históricos, segundo critérios construídos sobre o modelo das ciências naturais. A Sociologia é, pois uma tentativa de obter experimentalmente as leis da evolução da sociedade humana de modo a prever o futuro com a mesma certeza com a qual se prevê que de uma bolota nascerá uma flor. O evolucionismo vulgar está na base da sociologia que não pode conhecer o princípio dialético com a passagem da quantidade à qualidade, passagem que desconcerta toda evolução e toda lei de uniformidade entendida no sentido evolucionista vulgar”.

A compreensão da realidade como desenvolvimento da história humana somente é possível utilizando a dialética marxista, da qual não trata o manual de Bukharin, porque ela capta tanto o sentido tanto das vivências humanas como do seu caráter efêmero, sua historicidade, determinada da práxis, da ação política, que transforma as sociedades.

Por si mesmas as sociedades não se transformam. Marx notara que nenhuma sociedade enfrenta questões sem que já possua, ou estejam em vias de obter, as condições de solucioná-las. Nem tampouco se desfaz uma sociedade sem que primeiro tenha desenvolvido todas as formas de vida nela subjacentes. Ao revolucionário se coloca o problema de identificar com exatidão as relações entre infra-estrutura e superestrutura para chegar a uma análise correta das forças que operam na história de um determinado período. A ação política revolucionária, a práxis, para Gramsci é outros sim uma catarse que indica a “passagem do momento meramente econômico (ou egoísta-passional) ao ético-político, que é a elaboração superior da estrutura em superestrutura na consciência humana. Isto equivale também à transição “do objetivo para o subjetivo” e da “necessidade para a liberdade”. A infra-estrutura, que, pela força exterior que oprime o homem, assimila-o a si mesma, tornando-o passivo, se transforma assim em meio de libertação, em instrumento para criar uma nova forma ético - política, em causa de novas iniciativas. A fixação do momento “catártico” torna-se então, segundo me parece, o ponto de partida de toda filosofia da práxis. O processo catártico coincide com a cadeia de sínteses que resultam do desenvolvimento dialético.”

A dialética é pois um instrumento de investigação histórica, que supera a visão naturalista e mecanicista da realidade, é união da teoria com a práxis, de conhecimento e ação. As dialéticas são “doutrina do conhecimento e substância medular da historiografia e da ciência da política” e pode ser compreendida somente concebendo o marxismo “como uma filosofia integral e original que inicia uma nova fase na história e no desenvolvimento mundial enquanto supera (e superando inclui em si os elementos vitais) tanto o idealismo quanto o materialismo tradicionais, expressões da velhas sociedades. Se a filosofia da práxis, ou seja, o marxismo, não se pensa como subordinada a outra filosofia, não se pode conceber a nova dialéticas, na qual precisamente tal superação se efetua e se exprime”.

O velho materialismo é metafísica. Para o senso comum, a realidade é objetiva, existente independentemente do sujeito, é um obvio axioma, confortado pela afirmação da religião pela qual o mundo, criado por Deus, se encontra já dado à nossa frente. Mas, para Gramsci, está excluída “a concepção da realidade objetiva do mundo externo na sua forma mais trivial e acrítico” a partir do momento em que “a esta se pode colocar a objeção do misticismo”. Conhecem-se a realidade enquanto homens, e sendo nós mesmos produtos da história, também o são a consciência e a realidade.

Como poderia de fato existir uma objetividade extra-histórica e extra-humana e quem julgará tal objetividade? “A formulação de Engels que a unidade do mundo consiste na materialidade, demonstrada pelo largo e laborioso desenvolvimento da filosofia das ciências naturais, contem precisamente a semente da concepção correta, porque se refere à história e ao homem para demonstrar a realidade objetiva.

Objetivo significa sempre humanamente objetivo, isto é, que pode corresponder exatamente a historicamente objetivo [.]. O homem conhece objetivamente enquanto o conhecimento é real para todo o gênero humano, historicamente unificado num sistema cultural unitário. Mas, este processo de unificação histórica virá com o desaparecimento das contradições internas que são a condição da formação dos grupos e do nascimento das ideologias [.]. Há, portanto, uma luta pela objetividade (para livrar-se das ideologias parciais e falazes) e esta labuta é a mesma labuta para a unificação cultural do gênero humano. “Ao que os idealistas chamam de espírito, não é o ponto de partida, mas de chegada, o conjunto das superestruturas num futuro em direção a uma unificação concreta e objetivamente universal e não mais um pressuposto unitário.”

O estado e a sociedade civil

A teoria da hegemonia de Gramsci está ligada à sua concepção do estado capitalista, que, segundo afirma, exerce o poder tanto mediante a força quanto o consentimento. O estado não deve ser entendido no sentido estreito de governo. Gramsci divide-o entre a sociedade política, que é a arena das instituições políticas e do controlo legal constitucional, e a sociedade civil, que se vê comummente como uma esfera 'privada' ou 'não-estatal', e que inclui a economia. A primeira é o âmbito da força e a segundo o do consentimento.

Não obstante, Gramsci esclarece que a divisão é meramente conceptual e que as ambas podem mesclar-se na prática. Gramsci afirma que sob o capitalismo moderno, a burguesia pode manter seu controlo econômico permitindo que a esfera política satisfaça certas demandas dos sindicatos e dos partidos políticos de massas da sociedade civil. Assim, a burguesia leva a cabo uma revolução passiva, ao ir muito aquém dos seus interesses econômicos e permitir que algumas formas de sua hegemonia se vejam alteradas. Gramsci dava como exemplos disto movimentos como o reformismo e o fascismo, e bem assim a 'administração científica' e os métodos da linha de montagem de Frederick Taylor e Henry Ford.

Seguindo Maquiavel, Gramsci argumenta que o 'Príncipe moderno' -o partido revolucionário- é a força que permitirá que a classe operária desenvolva intelectuais orgânicos e uma hegemonia alternativa dentro da sociedade civil.

Para Gramsci, a natureza complexa da sociedade civil moderna implica que a única táctica capaz de minar a hegemonia da burguesia e chegar-se ao socialismo é uma 'guerra de posições' (análoga à guerra de trincheiras), A 'guerra em movimento' (o ataque frontal) levado a cabo pelos bolcheviques foi uma estratégia mais apropriada à sociedade civil 'primordial' existente na Rússia Czarista.

Apesar de sua afirmação de que a fronteira entre as duas é nebulosa, Gramsci alerta contra a adoração ao estado que resulta do identificar a sociedade política com a sociedade civil, como no caso dos jacobinos e os fascistas. Ele acredita que a tarefa histórica do proletariado é criar uma sociedade regulada e define a 'tendência do estado a desaparecer' como o pleno desenvolvimento da capacidade da sociedade civil para regular-se a si própria.

Historicismo

Gramsci, a exemplo de Marx quando moço, enfaticamente defendia o historicismo. A partir desta perspectiva, todo significado se deriva da relação entre a atividade prática (ou 'práxis') e os processos sociais e históricos 'objetivos' dos quais formamos parte. As idéias não podem ser entendidas fora do contexto histórico e social, à parte de sua função e origem. Os conceitos com os quais organizamos nosso conhecimento do mundo não derivam primordialmente de nossa relação com as cousas, mas das relações sociais entre os usuários destes conceitos. Logo, não há algo como que uma 'natureza humana' que não muda, mas uma mera idéia desta que muda historicamente. Ademais, a filosofia e a ciência não 'refletem' uma realidade independente do homem, mas são 'verdadeiras' à medida que expressam o processo de desenvolvimento real de uma situação histórica determinada. A maioria dos marxistas sustenta a opinião do senso comum de que a verdade é a verdade sem importar quando e onde se conheça, e que o conhecimento científico (que inclui o marxismo) se acumula historicamente como o progresso da verdade neste sentido quotidiano. Portanto, não pertenceria ao domínio ilusório da superestrutura. Para Gramsci, não obstante, o marxismo era 'verdadeiro' no sentido pragmático social, em que, ao articular a consciência de classe do proletariado, expressa a 'verdade' de sua época melhor que qualquer outra teoria. Tal posição anticientífica e antipositivista devia-se provavelmente à influência de Benedetto Croce. Ainda que Gramsci repudiasse esta possibilidade, sua descrição histórica da verdade foi criticada como uma forma de relativismo.

Crítica do Economicísmo.

Num famoso artigo escrito antes de sua prisão, intitulado 'A Revolução contra O Capital , Gramsci afirma que a revolução bolcheviques representava uma revolução contra o livro clássico de Karl Marx, considerado o guia básico da social-democracia e do movimento operário antes de 1917. Ia contra várias premissas fazer uma revolução socialista em um país atrasado como a Rússia, que não reunia as condições econômicas e sociais que se consideravam indispensáveis para a transição ao socialismo. O principio da primordial das relações de produção, dizia, era uma má interpretação do marxismo. Tanto as mudanças econômicas como as culturais são expressões de um 'processo histórico básico', e é difícil dizer qual esfera tem maior importância.

Para Gramsci, a crença fatalista, comum entre o movimento operário em seus primeiros anos, de que triunfaria inevitavelmente devido a 'leis históricas', era o produto de circunstâncias de uma classe oprimida, restrita principalmente à ação defensiva, e seria abandonada como um obstáculo uma vez que a classe operária pudesse tomar a iniciativa.

A 'filosofia da práxis' não pode confiar em 'leis históricas' invisíveis como os agentes da mudança social. A história define-se pela práxis humana e, portanto inclui o alvedrio humano. Não obstante, o poder da vontade apenas não pode conseguir nada que se queira em uma situação determinada: quando a consciência da classe operária alcançar o nível de desenvolvimento necessário para a revolução, as circunstâncias históricas que se encontrarão serão tais que não se poderão alterar arbitrariamente. De qualquer modo, não se pode predeterminar, por inevitabilidade histórica, qual dentre os muitos possíveis desenvolvimentos tomará lugar.

Influências

Obstante o fato do pensamento de Gramsci originar-se na esquerda organizada, ele é outros sim uma figura importante para as discussões nos estudos culturais e teoria crítica. Ademais, seus conceitos também têm inspirado teóricos políticos assim de centro com de direita, sendo a sua idéia de hegemonia muito citada. Essa influência é muito sentida em ciência política atualmente, por exemplo, quando se aborda o tema da prevalência do pensamento neoliberal entre as elites políticas: é o chamado Neo-Gramscianismo.

Por fim, seu trabalho fortemente influenciou o discurso de intelectuais acerca da cultura popular e dos estudos acadêmicos desta, por nele encontrarem potencial para a resistência política ou ideológica aos interesses dominantes dos governos e do poder. Onde o intelectual Paulo Freire foi o principal representante com sua pedagogia do oprimido.

Paulo Freire considerava que educações das classes oprimidas deveriam ser elucidar e conscientizar politicamente para sair da exploração que estavam sendo submetidos. Segundo a visão de Freire, todo ato de educação é um ato político.

A educação sempre foi capitalista e desigual, e a realidade, ela é neutra politicamente, povo é capitalista, já escolheu desde 1988 com Constituição que se diz cidadã.

Os fundamentos da utopia capitalista ganharam e não tem mais fundamento de se ter uma visão socialista nas escolas. Mas, ainda há professores, que acreditam nesta utopia e contribui para uma visão distorcida da realidade que nossos jovens querem.

Eles querem ser felizes, capitalistas, com uma boa profissão, uns jogadores excelentes, querem em sua maioria não ser político, quer é TER, querem ter uma imagem de utilitarismo, imediatista, aqui e o agora, não tem paciência de lidar com uma escola prisional, isto é baseada.

Daí vem os lideres da burocracia com estas utopias e com especialistas em educação que sempre acusam os professores estatais de maus preparados e não entendem as teorias. Em contrapartida os professores acusam os alunos e assim por diante, mas na verdade são os dirigentes iludem e dividem os atores que participam com vontade com estas teorias.

Vocês acham que eles colocam seus filhos na escola publica, o mais lamentável é que alguns professores fazem o mesmo e ainda pousam de progressistas, sabedores de tudo.

Desta maneira mais adiante demonstrarei as teorias de um modo critico capitalista baseado nos conceitos baseados nas concepções econômicas, filosófica, potencial e causal.

O ter é importante na sociedade capitalista, ganhar dinheiro é bom, a maioria dos professores foram criados na utopia socialista, muitos foram para educação com o pensamento igualitário e jogaram suas palavras aos alunos, mas seguiam com as teorias das elites capitalistas permeada na escola durante séculos.

Se um professor entrasse quando D. Pedro receberia R$ 2.700 (convertidos dos Réis dinheiro da época para Real) que na época já era considerado baixo.

Pela cultura ocidental propaga-se a riqueza. Nas escolas particulares se tem a clareza desta cultura, nas escolas publicas nos enganaram e enganam com as teorias socialistas misturada aos teóricos capitalistas que foram banidos tanto na Ditadura de Vargas como na Militar que retornaram com tudo.

Tanto os teóricos do O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova(1932) e pelos enganadores pedagogos socialistas (que fizeram uma lavagem cerebral que até elegeu Lula).

Os professores seguiram as utopias socialistas usaram (alguns usam ainda) para enganar jovens ingênuos recém saídos da ditadura militar. Que caíram como patos e acreditaram num mundo igualitário, hoje ainda há jovens cinquentões que acreditam nestas utopias que da uma sensação de libertário, mas na verdade são vaidosos e acreditam na farsa da cidadania.

Os sindicatos criados depois da ditadura, principalmente dos professores, alimentaram ainda mais a utopia socialista que iludiram professores. Eu mesmo tive professores marxistas que me iludiram.

Eu acreditava na utopia socialista de numa escola dialética e que poderia mudar o Brasil, fazer uma revolução socialista não pelas armas, mas, pelas idéias. Iludi vários alunos com discursos inflamados de que poderíamos ter uma sociedade igualitária, me desculpem estava cego e iludido, tinha sofrido uma lavagem cerebral. Para isto veremos as novas utopias educacionais feitas a partir das utopias clássicas pelos que chamo de pedagogos baseados em 80 conceitos importantes na prestação de concursos da oposição alternativa, mas primeiro vou melhorar a utopia que chamo de escola memética.

As 4 dimensões, nos escritores pedagogos brasileiros fazem recortes de citações dos utópicos clássicos, um exemplo: como se deve fazer avaliação do aluno, é avaliação formadora, é avaliação dialógica. E lançam novas teses de como o professor deve fazer que os burocratas e pseudos-pedagogos utilizam em forma de diretivas para a rede pública e dá uma bagunça na cabeça dos professores. Eles utilizam bem a Lei de Maquiavel que diz “ para controlar o povo é melhor dividi-los” conseguem fazer bem no Brasil.

A MINHA UTOPIA - MEMÉTICA
Elaborarei também uma nova utopia pedagógica e chamarei de escola Memética, tem como princípio às frases do filósofo francês Gilles Deleuze que diz que “nós estamos numa Sociedade de Controle”, este controle está no click. Também usarei o princípio da consciência coletiva de Émile Durkheim, e o princípio de Maquiavel que disse: “Nós, como seres humano, tendemos ao esforço mínimo para nos acomodar”, utilizam as utopias seja capitalista, religiosas, etc., para fazer lavagens cerebrais em nós, o outro conceito que usarei de Richard Dawkins que explica o que são Memes.

Em sua citação de Gilles Deleuze que diz “A idéia”. “O que é ter uma idéia?”. Que diz: “A idéia no sentido em que a usamos, pois, não se trata mais de Platão, atravessa todas as atividades criadoras”. Criar é ter uma idéia.

É muito difícil ter uma idéia. Há pessoas extremamente interessantes que passaram à vida inteira sem ter uma idéia. Pode-se ter uma idéia em qualquer área é mais difícil ainda nos processos de aprendizagens.

Os processos de aprendizagem ou aprender que pode ser definido pelo modo de como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportamento. Contudo, a complexidade desse processo dificilmente pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de pressupostos político-ideológicos, relacionados com a visão de homem, sociedade e saber.


A formação histórica da escola brasileira
Ela sempre foi elaborada em gabinetes com diretrizes, portanto, vem de cima para baixo, com ajuda dos pseudos-pedagogos que pela ineficiência burocrática querem fazer uma sociedade autônoma e democrática, nem politicamente e pessoalmente, mas só que empregam uma lavagem cerebral que nós brasileiros já estamos de “saco cheio”, são tantas diretrizes históricas...

A primeira diretriz foi dos jesuítas, depois Marquês de Pombal, D. Pedro I e com a Independência veio à República com uns amontoados de diretrizes e até hoje não param de fazer.

Os jesuítas instalaram a utopia Escolástica que tem como ao conteúdo um o programa do humanismo cristão. O instrumento para sua implantação será o colégio, e o único método para sua realização será a tríplice metodologia que consiste a preleção, no conserto e na repetição.

A preleção consiste em: O mestre deve ler o texto inteiro, sem interrupções, a não ser que se trate de algum texto muito comprido. Deve explicar o assunto, situando-o dentro de um plano global. Deve explicar o texto, frase por frase e palavra por palavra, numa linguagem compreensível aos alunos, recorrendo, se for necessário, ao vernáculo. Deve fazer observações sobre cada frase, ou seja, intercalar tais observações dentro da própria explicação. Essas observações devem ser anotadas pelos alunos em cadernos. A preleção é usada para o ensino de todas as matérias humanistas: a Gramática, a Literatura, a Poesia, a História, e sob forma modificada, para a Matemática, a Retórica, a Filosofia e a Teologia.

Paralela à preleção, vem uma segunda técnica, a saber, o conserto (conserta tio), com base na etimologia ciceroniana, que estende o sentido de luta física para a luta verbal ou debate. Este método é utilizado para o ensino de todas as disciplinas, com a finalidade de corrigir os erros. Trata-se de incentivar a rivalidade honrosa, visando à melhoria intelectual.

Os dois métodos se completam com os exercícios por escrito. Estes devem ser corrigidos pelo mestre e as correções reforçadas por repetições orais, com a finalidade de fortalecer a memória. Preleção, conserto, exercícios e repetição constituem a técnica pedagógica comum a todas as escolas dos jesuítas.

Depois veio o Marquês de Pombal com o Alvará Régio que teve um plano de reforma da instrução pública para o Brasil elaborado por José Albano Fragoso, desembargador do Paço e deputado da Mesa de Consciência e Ordens, convocado pelo príncipe regente. O autor discorre inicialmente sobre as reformas pombalinas no ensino elogiando a expulsão dos jesuítas e a conversão de seus rendimentos para o progresso das letras. Critica, no entanto, o caráter elitista de alguns pontos da reforma e a ineficácia do subsídio literário no que tange ao financiamento do ensino público. O plano prevê o remodelamento do Seminário de S. Joaquim como modelo de instituição a ser adotado pelo governo, inicialmente sustentado por doações particulares, e posteriormente devendo tornar-se público. Ainda segundo o plano, os mestres deveriam seguir a "Causa Constitucional", sendo que nesta deveria estar incluso o respeito às leis, à moral pública e à liberdade de imprensa. Fragoso recomenda ainda a leitura de filósofos franceses como Diderot, D´alambert, Montesquieu, e britânicos como F. Bacon e T. Paine no ensino da mocidade, para que através de uma educação liberal fossem formados "Cidadãos Constitucionais". Ele rompeu com igreja e instalou a escola laica (sem influências das igrejas).

Com D. Pedro I instalou a escola panóptico no país que veio do modelo dos prédios prisional feita em Madras, na Índia, pelo pastor anglicano Andrew Bell (1753-1832), e com os ideais reformadores do jurista inglês Jeremy Bentham (1748-1792), que foi autor da idéia do panóptico. Que encontramos até hoje nas escolas brasileira.

Bentham estudou “racionalmente”, em suas próprias palavras, o sistema penitenciário. Criou então um projeto de prisão circular, onde um observador poderia ver todos os locais onde houvesse presos. Eis o Panóptico instalado nas escolas brasileiras, até hoje os observadores e se tecnolizaram através de câmeras e através de teste como SAEB ( Sistema de Avaliação Escolar Brasileira) e acham que indicadores farão uma escola cidadã. É só um modo de mascarar suas ineficiências e mostrar para a UNESCO que temos uma escola boa.

Mesmo a UNESCO teve como principio a utopia de Jan Amos Komenský (em português, Comênio) (1592 + 1671 ) morreu em Amsterdã, famoso e prestigiado, tendo sempre lutado pela fraternidade entre os povos e as igrejas. Foi enterrado em Naarden, onde foi construído um mausoléu. Em 1956, a Conferência Internacional da UNESCO em Nova Delhi (Índia) decidiu a publicação de todas as suas obras pelo organismo e o apontou como um dos primeiros propagadores das idéias que inspiraram - quase 300 anos depois - a fundação da UNESCO.

A Pedagogia de Coménio que ele defendia na sua pedagogia com a máxima: "Ensinar tudo a todos". Que até hoje se faz e analisam um país pelas estatísticas de algumas disciplinas para elevar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos países membros, mas, esta errada, tem alunos que gostam de Ciências Exatas ou Humanas ou Biológicas que ocasionam desgastes emocionais nos educando. Ou será que a UNESCO segue a Lei de Maquiavel - a que divide para confundir.

Na utopia Memética os alunos podem escolher de acordo com suas aptidões qual seguirá, as salas devem ser bem distantes uma das outras e o aluno escolhe uma matéria, só uma e sem mudança de aula, durante um período. Uma sala de artes que ocasiona cantos não deve ficar ao lado de uma sala de leitura, assim não seguirmos com o modelo panóptico e essa coisa de ensinar tudo a todos que na verdade ensinam uns poucos, a maioria fica esperando a próxima aula ou numa escola virtual.

A nossa sociedade tem a utopia controle remoto vital, se alguma coisa que não gostamos delatamos ou mudamos de canal (no caso da Televisão) e partimos para próxima alegria. Se queremos SER precisamos primeiramente TER. As nossas aptidões, no caso da escola aulas quebradas, uma hora de matemática depois uma hora de inglês.

Na vida escolhemos áreas de interesse, se somos propensos para área de humanas para que souberem co-seno, raiz quadrada, binômio de Newton, só precisamos do básico das matérias e se precisar delas, o nosso interesse nos moverá, nós não podemos ser felizes com essas diretrizes, principalmente das classes populares que tem menos condições, e não estão preparados e sempre caem nas armadilhas das diretrizes governamentais, já sofreram lavagens cerebrais, por favor, pessoal da UNESCO, deixe de ser hipócritas.

Com a República (1889 - 2011), a oportunidade de acesso e a qualidade do ensino brasileiro se configuraram como privilégio de uma pequena classe dominante em detrimento de grande parcela da população, formada apenas para trabalhar.

As escolas brasileiras contribuíram para formação de uma casta intelectualizada e continua até hoje, porque no Brasil aqueles que podem pagar escolas particulares no ensino inicial ou médio, antes da universidade ( nesta a maioria que vem das escolas publicas não conseguem entrar) têm mais chances de se intelectualizar e provavelmente comandar os estudantes que não tiveram o TER.

No Brasil República temos dois tipos de educação popular e a educação particular que é feita para elite que pode pagar. As escolas dos que podem pagar cobra e participa e estimula seus filhos utiliza a utopia de Skinner esta impregnada na consciência coletiva dos que podem pagar, dão carros, viagens, ou seja, condições econômicas para que seus filhos possam ir bem aos ensinamentos.

Nas escolas públicas se tem diversas utopias educacionais as mais usadas são a de Freinet e do brasileiro Paulo Freire que também adaptou o utópico Carl Ransom Rogers que prega a utopia socialista, ou seja, primeiro temos de SER cidadã para depois TER, são enganações. Eles fazem lavagens cerebrais e nos deixam como culpados, tanto professores como alunos, pais e usuários da educação. As diretrizes dos pseudos-pedagogos nos manipulam e sempre vêm os burocratas de plantão com novas adaptações das utopias clássicas.

As aulas têm tempos determinados e são interrompidas, não tem uma seqüência, uma ligação, com 50 minutos de Biologia, 50 minutos de Matemática, 50 minutos de Inglês, elas são compartimentalizada com rupturas com uma divisão de trabalhos igual à ordem vigente nas manufaturas.

A educação brasileira foi copiada e adaptadas dos utópicos clássicos fez com que o aluno durante a vida inteira tenha idéias, principalmente das escolas públicas, porque eles não são preparados para ser um aluno perceptos.

Aluno Perceptos é definido pela psicologia como aqueles que conseguem nos processos de aprendizagem e de aquisição de conhecimento através da percepção. Que é o conjunto dos processos mentais usados no pensamento e na percepção, também na classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas. De uma maneira mais simples, podemos dizer que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos.

Mas o conhecimento lhe traria uma melhor adaptação ao meio - é também um mecanismo de conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno, e, portanto, melhorando a consciência coletiva. Ela é um processo pelo qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em que vive sem perder a sua identidade existencial.

Ela começa com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre à percepção. É, portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na nossa memória.

Os processos mentais que estão por detrás do comportamento. É uma das disciplinas da ciência cognitiva. Esta área de investigação cobre diversos domínios, examinando questões sobre a memória, atenção, percepção, representação de conhecimento, raciocínio, criatividade e resolução de problemas.

No século XX, a psicologia cognitiva recebeu um grande impulso através de estudos sobre inteligência artificial, que permite relacionar e comparar, em certa medida, o processamento humano e animal da informação com processos eletrônicos, como o computador.

Hoje perceptos necessita de liberdade de comportamento e um click para ele desbrava um novo mundo e é assim que proporei a Escola Memética.

A Pedagogia Memética parte do é o estudo formal cunhado em 1976 por Richard Dawkins no seu bestseller - O Gene Egoísta é para a memória o análogo do gene na genética, a sua unidade mínima que é o memes. É considerado como uma unidade mínima de informação, mas que se multiplica de cérebro em cérebro, ou entre locais onde a informação é armazenada em livros e principalmente no click da atual tecnologia midiática ou em outros locais de armazenamento ou outros cérebros.

No que diz respeito à sua funcionalidade, o meme é considerado uma unidade de evolução cultural que pode de alguma forma autopropagar-se. Os memes podem ser idéias ou uma parte de idéias, línguas, sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade autônoma. O estudo dos modelos evolutivos da transferência de informação é conhecido como memética.

Quando usado num contexto coloquial e não especializado, o termo meme pode significar apenas a transmissão de informação de uma mente para outra. Este uso aproxima o termo da analogia da "linguagem como vírus", afastando-o do propósito original de Dawkins, que procurava definir os memes como replicadores de comportamentos.

A chave de todo ser humano é seu pensamento. Resistente e desafiante aos olhares, tem oculto um estandarte que obedece, que é a idéia ante a qual todos seus fatos são interpretados. O ser humano pode somente ser reformado mostrando-lhe uma idéia nova que supere a antiga e traga comandos próprios e hoje há tecnologias suficientes que os alunos perceptos podem usar como: o ensino a distância, salas bem elaboradas sem ser a modelo panóptico e comênica que ainda estamos utilizando que trás tantos aborrecimentos.

No Brasil há dinheiro para isto, na Constituição brasileira salienta que 25 % dos impostos arrecadados deverão ir 25 % para a educação, este ano o Brasil arrecadará em impostos 1 trilhão e meio de Reais, então estes 25% dariam 375 Bilhões. O Brasil têm 41 milhões de estudantes se dividirmos os 25% por cabeça, ou seja, os 375 Bilhões por aluno, dariam 763 Reais para cada aluno. Mas...

O governo com seus órgãos como o MEC (Ministério da Educação e Cultura), aplicam somente 220 Reais, o resto fica na burocracia. Onde os pseudos-pedagogos elaboram diretrizes por governos populistas que enganam com esmolas como bolsa família para que os pais mantenham seus filhos na escola, não seria melhor com 763 Reais no bolso.

Sem passar burocracia populista esse dinheiro seria mais bem aproveitado, vou ser mais direto, que acabe com todos os órgãos burocráticos centralizadores, com o MEC, Secretarias Municipais e Diretorias Regionais.

Deixe a escola usar os 763 Reais e sejam auto organizados, gerencie diretamente democraticamente com os pais, alunos e professores, ou aluno estudo on-line. E com certeza que vai sobrar dinheiro tanto para os alunos como para escolas, mas, para isto, se deve ter uma regra, o aluno não pode tirar menos de 8 nas escolas públicas ou particulares que escolheu ou nas escolas virtuais.

Ora são 763 reais, hoje a escolas virtuais que se paga 120 e também as escolas publicas que só recebem 220 por aluno pode organizar melhor seus gastos e ainda iria sobrar, veja abaixo um demonstrativo de resultado se uma escola tivesse 100 alunos sobraria dos 76 mil e 300 mensais para os alunos 300 Reais para os alunos.

Se o aluno autogerenciasse os 763 em centros de aplicação de provas que aplicariam a prova on-line utilizando as digitais dele, ele gastaria no máximo 250 e sobraria 500 Reais. Isto seria uma verdadeira distribuição de renda, numa escola on-line gastaria no máximo 150 reais com internet e escola, sobraria ainda mais para ele.

Por isto estou propondo a escola Memética o estudante escolherá qual escola e onde gastar e ainda sobraria dinheiro para ele, incentivaria os alunos no TER e na falsidade do SER, que tanto pregam os pseudos-pedagogos e os burocratas brasileiros.

E se ele quisesse estudar a distância ganharia mais sem sair de casa ou em centros ou mesmo assistindo aulas presenciais para acessar. Por isto que deve acabar com a obrigatoriedade e um aluno com 15 anos ou menos que completasse os conteúdos das disciplinas, poderá fazer a universidade.

Por outro lado, aumentaria o consumo e que aumentaria os impostos recolhidos, é um ciclo. Chega de palhaçada com nós professores e usuários, nós queremos TER para SER e não a falsidade instalada na escola publica feitas pelas utopias pedagógicas baseada no SER, como dizem os pseudos-pedagogos: escola formadora de Cidadão. Pare! Com estas idiotices.

Nós pais e professores e educadores e alunos, na escola memética, estaremos exercendo a autonomia e democracia e juntos vamos definir qual a metodologia pedagógica a ser empregada e acabe com diretrizes que começaram com os jesuítas em 1524 e continua até hoje.

Para isto é necessário que o aluno seja livre tanto para ir a uma determinada escola como estudar por conta própria, assessorado através de centro de apoio escolar. Ele deve TER para SER é extremamente necessário para ser perceptos com os Memes que temos hoje, basta um computador, um click.

Até hoje as elites usaram e usam as utopias históricas que não fizeram alunos perceptos, sempre fizeram lavagem cerebral em nossos estudantes.

A escola foi um palco de teorias copiadas por pedagogos e pseudos-pedagogos brasileiros que adequaram às teorias clássicas uma roupagem nova, são imitadores dos clássicos e mascararam a realidade escolar brasileira. E sempre vêm com o Mito do Desenvolvimento brasileiro onde a Escola é a chave do sucesso. A escola é salvadora do Brasil, chega de mentiras. Às ultimas mentiras agora é o bullyng, a escola de tempo integral.

Inutilidade, às ineficiências estatais continua, é aluno contra aluno, ou professor contra aluno, pai contra pais, é uma escola de conflitos a que temos no Brasil. E está cada vez mais violenta, tivemos a chacina numa escola no Rio que um ex-aluno fez, bem parecido com que acontece nos Estados Unidos.

Assim sendo tentarei mostrar o porquê da escola brasileira não deu certo até hoje, no ano 2011.

PERIOCO DA  Utopia do Alvará Régio de Marquês de Pombal 

No reinado do senhor rei D. José o marquês de Pombal querendo suplantar a preponderância religiosa procurou como meio o adiantamento dos estudos, não pelo interesse geral da Nação, mas a seus fins particulares de engrandecimento e coerente com Luis 14 no sistema de dar como lei a vontade soberana, e de reprimir esses vestígios de consideração popular, querendo elevar-se dissipando as sombras, que torneavam a monarquia, chamou os sábios e cavou a ruína do despotismo preparando a atual regeneração política.

Em lugar de purificar os ânimos com a educação, e universalizando as luzes oferecer tudo, que neles se observava de prestadio, julgou o ministério, que poderia ainda vendar aqueles de quem exigia uma cega obediência aferrolhando os conhecimentos sem refletir, que o povo quando geme na ignorância, e desconhece sua grandeza, sendo guiado como rebanho entrega-se voluntariamente ao primeiro usurpador em que veja reluzir algum brilho, e lhe peça obediência.

Os jesuítas apoderados do ensino da mocidade em que infundiam superstição e prejuízos, e a quem regiam com religiosa disciplina, senhores por imediato influxo dos sentimentos do trono da administração nos tribunais e até no recinto doméstico dos particulares conservavam cuidadosamente o seu monopólio, e com muitos, e espalhados colégios no Reino e com grande número de criaturas suas destinadas a perpetuar a escravidão científica repeliam a ocorrência de outros mestres, e apenas em alguns pequenos lugares haviam clérigos, e seculares, que ensinavam com o agradecimento de seis vinténs por mês os de Gramática Latina, e de três vinténs os de ler, sendo porém igual a doutrina por que os mestres ensinavam o que nas mesmas escolas jesuíticas tinham aprendido. E vemos com tão débeis socorros, sobressair muitas vezes o Gênio Português o que lhe dá direito a perpétuo louvor.

Expulsar os jesuítas destina-se parte de suas causas, e rendimentos para o progresso das letras, mas não tiveram aquela elevação, que se lhe devia. Conheceu o marquês de Pombal a necessidade de estabelecer Escolas Menores, e a este fim deu as providências da Lei de 28 de junho de 1759.

Nomeou a seis de julho por Diretor dos Estudos ao Principal Almeida, que deu as Instruções confirmadas por Alvará de 11 de janeiro de 1760 em que é contemplado o Ultramar com seus comissários, mas havendo falta no pagamento dos mestres franqueava licença aos particulares pagos pelos discípulos, e não provia as cadeiras que vagavam.

Em todos os Planos, que até agora se tem dado de educação literária não se tem procurado vulgarizar as noções de tudo que interessa ao homem na sua qualidade de Cidadão, quando o fim da educação deve ser formar homens, e cidadãos com os conhecimentos relativos à sociedade, e governo em que se vive, e sujeita às leis do Estado de que são membros.

Por arremedo ou necessidade, fizeram as religiões suas reformas com planos de estudo na ocasião da reforma da Universidade.

Não havia em Portugal colégios públicos para a educação, e o marquês de Pombal, coerente com seu sistema, lembrou-se somente dos fidalgos, e dos ricos, deixando no esquecimento os mais Cidadãos como vítimas para o despotismo, formando a esse fim o Colégio dos Nobres e de Mafra a quem deu os estatutos e tem havido algumas Casas particulares pagas pelos discípulos.

Pelo Aviso de 18 de setembro de 1778 se declarou o fim da Casa Pia da Correção da Corte onde se educam meninos, e merece o intendente geral da polícia Diogo Ignácio de Pina Manique um eterno reconhecimento dos amigos da humanidade, e onde se aproveitam as vítimas da vadiagem, que tem feito hábeis Cidadãos, mas esta não se pode contemplar na classe de que tratamos: havia duas de beneficência particular em Lisboa, e havia no Porto o Colégio dos Meninos Órfãos que teve providências para a sua administração pela Câmara pelo Alvará de 29 de julho de 1803. Na Ilha Grande há igualmente uma Casa Pia fundada pelo Tenente Coronel Manoel da Cunha de Carvalho em 1808, aprovada em consulta de 24 de janeiro de 1814 para a educação da mocidade pobre e desvalida.

A instrução pública é indispensável no governo representativo, porque sendo a lei a vontade da Nação, e um princípio de razão reconhecido pela vontade geral, e sendo a liberdade da imprensa o canal por onde se transmitem a todos o conhecimento, e se consulta esta vontade, torna-se insuficiente este meio se todo o povo não souber ler, e não tiver os primeiros traços intelectuais.

Seja, pois o Seminário de S. Joaquim o primeiro teatro onde se pratique a melhoria. Este seminário formado de doações particulares para o ensino dos meninos pobres é da Nação, por que de todas as doações com fim certo os verdadeiros proprietários são aqueles a quem se destinam, e sendo estas destinadas para ilegíveis meninos pobres, estes são a cargo da Nação e do Estado por ambas as qualidades por ser um objeto público a que a mesma Nação é obrigada, e são estas oblações o suprimento do imposto sobre que devia recair aquela despesa, variando tão somente no administrador.

Parece que florescerá o colégio, e merecendo a concorrência de porcionistas, que paguem, se aumentam os gratuitos, porque com três dos ricos pode contar com um pobre, porém pediria eu, que tendo sempre preferência em metade os expostos como já se disse no voto da comissão, que a eleição se fizesse pondo o nome de todos os pretendentes em uma urna e tirado por sorte ficava assim vedada a ocasião de influxo superior, e de recomendação, e manifestava o esmero em procurar a igualdade. Sendo a pobreza, e a orfandade as credenciais que legitimassem os concorrentes.

Julgo ser de absoluta necessidade, que as aulas sejam públicas, e que seja permitido a qualquer menino de fora, não sendo escravo, ir ouvir as lições consideradas com igualdade no ensino, e com esta publicidade se adianta o progresso das luzes chegando a maior numero de pessoas, animam-se os estudantes e promove-se a emulação, por que não deve haver monopólio científico, e considerando o Seminário como Colégio Nacional todos têm igual direito, e a escassez dos meios é que origina a restrição.

Conheço a dificuldade atual em ter bons mestres, mas olhando para o futuro deve dar-se em regra que estes empregos serão providos em concurso requerendo-se conhecimentos, probidade, morigeração e que tenham dado provas de adesão ao sistema constitucional, e qualquer desvio nesta parte essencial, e agora tão interessante de inspirar amor à Causa Constitucional, e de fazer respeitar seus ditames será punido com a expulsão, porque o fim primeiro é formar, como já disse cidadãos constitucionais.
O último artigo de dissidência é acrescentar mais seis professores sendo todos eles pagos pelo cofre do subsídio literário para dilatar o campo da instrução.

Há tempo que no Brasil se veja raiar a aurora científica, o Brasil é grande: merece ser grande: e há de vir a ser grande. O Rio de Janeiro desde o ano de 1774 que paga avultada quantia para o ensino da mocidade, e decorreram já 47 anos e está na ignorância, e nas trevas. [...] Este Seminário que vai ser remoçado, e vestir-se das galas nupciais é o primeiro, que se forma depois da nossa regeneração, vai ser o exemplo, e o modelo, vai despertar as outras províncias, e deve ser coerente o seu Plano com o ditame da causa Constitucional. Serão os campos dos estudos o ensinar as primeiras letras, depois a Gramática Portuguesa, e Latina, os elementos de Geografia, os elementos da história Portuguesa, e princípios da nossa Constituição porque todos estes educandos seja qual for o gênero de vida que posteriormente seguirem, hão de ser chefes de famílias, e terem voto nas Eleições base do atual sistema. Aprenderão Retórica, e Poética, princípios de desenho: elementos de aritmética, álgebra, e trigonometria retilínea, elementos de mecânica, arquitetura, agrimensura, e algumas noções de agricultura para os que se destinarem para a vida rural.

Será quinta-feira o dia de descanso e nele haverá duas horas de lição de música e duas de dança.
Uma centena de educandos assim instruídos, que sairão todos os dez anos serão outros tantos apóstolos da razão, pregoeiros da bem entendida liberdade, defensores da benfazeja Causa Constitucional, e vagando pelo interior espalharão as luzes e propagarão o Sistema, e sua utilidade, adoçando a rispidez do campo.

Será uma geração que produzirá hábeis agricultores, artistas mais industriosos, oficiais mais inteligentes, melhores chefes de famílias, cidadãos interessados pela Pátria, e pela ordem social; enfim, uma agricultura uma indústria, artes, ciências mais aperfeiçoadas, e um novo grau de felicidade, e prosperidade entre os portugueses. A posteridade dará com cordial reconhecimento os bem merecidos louvores a V.A.R. por levantar o padrão de regeneração científica.

Disse francamente meu voto sujeito às bem merecidas correções, e falei como amigo da prosperidade do país em que vivo: como homem que deseja, que o facho da razão alumie a todos os concidadãos, e como pai de família, que acredita ser a melhor herança, que se pode deixar, a virtude, que encerra a sincera homenagem da criatura com o seu criador; o respeito aos depositários do poder público, obediência às leis, e amor ao trabalho.

A escola de Pombal foi de extrema importância para o Brasil os mais eruditos ensinavam em grupos e utilizava os métodos dos quakers todos eram responsáveis por todos, havia uma união grupal que através de diálogos deram nas aulas régias tanto que o ideal de liberdade, igualdade e fraternidade feita pelos inconfidentes mineiros, na Revolta dos Inconfidentes (Estado de Minas Gerais), portanto a escola de Pombal não foi tão ruim, mas se concentrava nas elites, mas lançou as bases do iluminismo no Brasil e o conceito de educação popular.

UTOPIA DE  Lancaster ou Sistema de Madras ou Panóptico feito por D. Pedro I

18.  Utopia Escola Memética feita por mim

As abordagens acima foram frutos do click saudável, o do interesse em conhecer apreender e Sob o ponto de vista da Escola Memética tentará esclarecer por que não temos uma escola boa no Brasil porque é porque existe e existiram mentiras burocráticas como pedagógica que não passa de adaptações Utopias Educacionais escritores clássicos como Skinner.

Elaborarei uma nova utopia pedagógica chamada de escola Memética que parte do principio do filósofo francês, Gilles Deleuze, que escreveu que em nossa consciência coletiva foi criada uma Sociedade de Controle, iniciada pela idéia em Maquiavel (do esforço mínimo).

A idéia de escola Memética, baseado na citação de Gilles Deleuze que diz “A idéia”. “O que é ter uma idéia?”. Que diz: “A idéia no sentido em que a usamos, pois não se trata mais de Platão, atravessa todas as atividades criadoras”.

Criar é ter uma idéia.

É muito difícil ter uma idéia. Há pessoas extremamente interessantes que passaram à vida inteira sem ter uma idéia. Pode-se ter uma idéia em qualquer área e mais difícil ainda e nos processos de aprendizagens.

Os processos de aprendizagem ou aprender que pode ser definido pelo modo de como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportamento. Contudo, a complexidade desse processo dificilmente pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de pressupostos político-ideológicos, relacionados com a visão de homem, sociedade e saber.

A formação histórica da escola brasileira até agora feitas às utopias não formaram uma sociedade com autonomia e democrática, nem politicamente. Desde jesuítas com a utopia Escolástica passando por D. Pedro que efetivou e escola panóptico onde projetou o modelo dos prédios que encontramos até hoje nas escolas.

Com D. Pedro ele seguiu o exemplo baseado na escola feita em Madras, na Índia, pelo pastor anglicano Andrew Bell (1753-1832), e com os ideais reformadores do jurista inglês Jeremy Bentham (1748-1792), que foi autor da idéia do panóptico.

Para isto Bentham estudou “racionalmente”, em suas próprias palavras, o sistema penitenciário. Criou então um projeto de prisão circular, onde um observador poderia ver todos os locais onde houvesse presos. Eis o Panóptico instalado nas escolas brasileiras, com adaptações.

As adaptações até não fizeram nossas escolas ser boas.

A com tempos determinados para disciplinas que são interrompidas, não tem uma seqüência de ligação, as matérias tem 50 minutos, 50 minutos de matemática, 50 minutos de inglês, elas estão compartimentalizada, há uma ruptura. Segue uma divisão de trabalhos escolares igual a ordem vigente nas manufaturas.

A escola brasileira com as atuais utopias impregnada de pressupostos político-ideológicos faz com que os alunos passam a vida inteira sem ter uma idéia de quer ser porque ele não é preparado para ser um aluno perceptos.

Perceptos que na psicologia são os processos de aprendizagem e de aquisição de conhecimento através da percepção. É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento e na percepção, também na classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas. De uma maneira mais simples, podemos dizer que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos.

Mas o conhecimento lhe traria uma melhor adaptação ao meio - é também um mecanismo de conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno.

Ela é um processo pelo qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em que vive sem perder a sua identidade existencial.

Ela começa com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre à percepção. É, portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na nossa memória.

Os processos mentais que estão por detrás do comportamento. É uma das disciplinas da ciência cognitiva. Esta área de investigação cobre diversos domínios, examinando questões sobre a memória, atenção, percepção, representação de conhecimento, raciocínio, criatividade e resolução de problemas.

No século XX, a psicologia cognitiva recebeu um grande impulso através de estudos sobre inteligência artificial, que permite relacionar e comparar, em certa medida, o processamento humano e animal da informação com processos eletrônicos, como o computador.

Hoje perceptos necessita de liberdade de comportamento e tentarei propor a pedagogia Memética.

A Pedagogia Memética parte do é o estudo formal cunhado em 1976 por Richard Dawkins no seu bestseller - O Gene Egoísta é para a memória o análogo do gene na genética, a sua unidade mínima que é o memes.

É considerado como uma unidade mínima de informação, mas que se multiplica de cérebro em cérebro, ou entre locais onde a informação é armazenada em livros e principalmente no click da atual tecnologia midiática ou em outros locais de armazenamento ou outros cérebros.

No que diz respeito à sua funcionalidade, o meme é considerado uma unidade de evolução cultural que pode de alguma forma autopropagar-se. Os memes podem ser idéias ou uma parte de idéias, línguas, sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade autônoma. O estudo dos modelos evolutivos da transferência de informação é conhecido como memética.

Quando usado num contexto coloquial e não especializado, o termo meme pode significar apenas a transmissão de informação de uma mente para outra. Este uso aproxima o termo da analogia da "linguagem como vírus", afastando-o do propósito original de Dawkins, que procurava definir os memes como replicadores de comportamentos.

A chave de todo ser humano é seu pensamento. Resistente e desafiante aos olhares, tem oculto um estandarte que obedece, que é a idéia ante a qual todos seus fatos são interpretados. O ser humano pode somente ser reformado mostrando-lhe uma idéia nova que supere a antiga e traga comandos próprios.

Temos hoje tecnologia e dinheiro para isto. Um aluno deveria receber 680 reais se dinheiro da arrecadação fosse direto e escolheria qual utopia seguiria, (ou seus pais, no caso de menores de 10 anos ou...). Assumiriam seus próprios comandos que também pode ser grupal.

Para isto é necessário que o aluno seja livre tanto para ir a uma determinada escola como estudar por conta própria, assessorado através de centro de apoio escolar. Ele deve ser, mas ter é extremamente necessário para ser perceptos.

Até hoje as elites usaram e usam as utopias históricas que não fizeram alunos perceptos, que sofreram uma lavagem cerebral e condiciona a idéia de uma consciência coletiva melhor.

Historicamente a escola foi um palco de teorias copiadas e adequadas a realidade brasileira, a ultima moda é bullyng, o aluno contra aluno, ou professor contra aluno. Os alunos estão cada vez mais violento, veja o caso do Rio da chacina que um ex-aluno fez na escola bem parecido a dos Estados Unidos.

Assim sendo tentarei mostrar o porquê escola brasileira não deu certo.

19. Um novo olhar no significado do que é utopia .


Há pedagogos teóricos utopistas socialistas, capitalistas, religiosos que implantaram metodologias de ensino sempre buscando um culpado, ora o professor, ora os pais, ora os alunos, pois numa utopia há sempre um culpado. Uma utopia vence a outra que se mostrou ineficiente.

As adaptações das utopias clássicas feitas, pelo que chamo de pseudos-pedagogos, que nada mais fez que confundisse e ainda confunde muitos professores e pais, ou seja, o usuário das escolas publica. As utopias dão suportes a três correntes teóricas, capitalistas, socialistas e religiosas que tentam encaminhar as metodologias que não dão mais conta do mundo real em que vivemos.

No Brasil, as elites que podem pagar escola privada, sabem dos experimentalismos dos burocratas estatais e de seus “pseudos-pedagogos”, eles preferem uma escola onde às utopias são claras, como de Skinner, Piaget, do que a bagunça teóricas utópicas Estatal.

As estruturas burocráticas emperraram e emperram a escola publica que deveria ser democrática, uma escola que segundo a Constituição deve ser autônoma, mas não é. Autonomia da escola deve se autogerir e programar suas próprias utopias, pode ser Piagentina se quiserem.

Os 763 Reais daria mais estímulos para os alunos de hoje, que pela dimensão econômica a chave para alavancar um norte para as camadas populares. Colocaria um fim na frase que sempre se houve nos estudantes carentes: - para que estudar se não pode pagar uma universidade, um curso técnico...

Mas os governantes vaidosos querem programar a “autonomia” deles baseada em utopias de gabinetes que só confundem os pais, professores, diretores, as pessoas que estão ligadas diretamente ao aluno. Tratam-nos como débeis mentais. Deixe a escola programar suas Utopias.

Nas anteriores gerações brasileiras se havia mais cultura cristã que com advento da televisão começaram a ter contato com as idéias socialistas, capitalistas, etc., mas, poucos sabiam ler. Para isto as imagens e a cultura ocidental foram dubladas principalmente a norte-americana que impregnaram nossa juventude com a linguagem da imagem mais que a escrita, facilitaram as utopias capitalistas e socialistas e religiosas a se tornarem consciência coletiva.

Hoje, os jovens querem aqui e o agora, a linguagem da imagem propagada pela Televisão e outras mídias como musica, que mostra uma cultura ocidental violentíssima há sempre heróis e bandidos. Claro é mais fácil convencer um analfabeto e agora também como alguns chama analfabeto funcional, ou seja, sabe lê mais consegue entender.

Para felicidade da Nação eles adoram um click no controle remoto, e pronto! Ficam satisfeitos, é um troca-troca de felicidade momentânea muito rápida, onde lei do menor esforço de Maquiavel (ou que por aqui no Brasil como se diz: - a “lei de Gerson”). As imagens dos clicks se projetam neles e ao olhar as telas, os indivíduos torna criatura imaginada utopicamente dentro do seu espaço e se acomoda, ele se vê como artista no bar, rua, jogador na festa, cantor, político famoso, há uma vestimenta na consciência coletiva de quero ter e não ser.

A consciência coletiva segundo Émile Durkheim “é que a sociedade tem uma consciência individual que se juntam e formam uma consciência coletiva e partindo da afirmação de que os fatos sociais devem ser tratados como coisas, forneceram uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade”.

“Em que o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele. O que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência tangível. Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve permitir a realização deste, desde que consiga integrar-se a essa estrutura.”

“Para que reine certo consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento de uma solidariedade entre seus membros criticamente, ou seja, pensa e age”. Ufa! Será que um dia chegaremos lá.

A sociedade precisa saber criticamente utilizar o click se quisermos ter uma consciência coletiva. Mas, será difícil pela qualidade dos canais do Brasil para melhorar deveremos acabar com as dublagens, seria um passo para nossos jovens melhorarem a leitura e forçaria aqueles que não sabe ler um esforço maior, saindo da lei de Maquiavel. Que tanto permeia nossa sociedade ou consciência coletiva que está incrustada ainda no lixo da violência e no mínimo de esforço possível.

Na utopia anarquista de Freinet que é à base do planejamento dos utópicos pseudos-pedagogos atuais e também da ECA - Estatuto da Criança e Adolescente, que proíbe e esconde uma realidade escolar, e nos dão esta utopia de cima para baixo, não se pode fazer nada antes dos 18 anos e as crianças abusam da ECA, os pais são obrigados a colocar os filhos na escola, mesmo se este ter vontade.

Retorno de novo: - a Escola deve com sua própria utopia feita pela sua própria consciência coletiva, de cada escola, seja ela no bairro Butantã ou em Pinheiros ou ter a pedagogia memética que estou propondo.

Antes não havia obrigação de colocar seu filho na escola, ele ia trabalhar no campo e sabia das dificuldades que seus pais passavam e dava valor aos esforços de cada conquista familiar e pessoal, mas, a maioria era analfabeta. Davam valor a quem sabia ler e interpretar, os professores mais do que nunca eram o suporte da moral e sabedoria, eram ídolos, os pais acreditavam e deixavam o professor livre para educar seus filhos, não havia a utopia de hoje – Herói, Bandido.

As pessoas liam mais, quem tinha condições de se instruir dava valor ao professor, ele era uma categoria especial, até o seu aumento salarial era de categoria especial. Os melhores escritores de nossa literatura foram desta época. Com o aumento da industrialização e com o inicio das Rádios as utopias do herói e bandidos começaram a fazer a consciência coletiva ficar massificada. Foi instalada a cultura de massa que aumentou mais ainda a partir de 1960.

Cultura de massa (também chamada de cultura popular ou cultura pop) é o total de idéias, perspectivas, atitudes, memes, imagens e outros fenômenos que são julgados como preferidos por um consenso informal contendo o mainstream ( quer dizer uma corrente de pensamento principal. É um termo inglês que designa o pensamento ou gosto corrente da maioria da população).

É muito utilizado atualmente referindo-se às artes. Em uma dada cultura, especialmente a cultura ocidental do começo da metade do século XX e o emergente mainstream global do final do século XX e começo do século XXI.

Fortemente influenciada pela mídia de massa, essa coleção de idéias permeia o cotidiano da sociedade. Em contraste, o folclore se refere a um cenário cultural de sociedade mais locais ou pré-industriais.

A cultura popular é frequentemente vista como trivial e simplificada para que se possa encontrar uma aceitação consensual através do contexto maior. Como resultado, ela tem forte criticismo de várias subculturas (mais notavelmente grupos religiosos e contra culturais ) que a acreditam superficial, consumista, sensacionalista, e corrupta.

O termo "cultura popular" surgiu no século XIX, em uso original para se referir à educação e cultura das classes mais baixas. “O termo começou a assumir o significado de uma cultura de classes mais baixas, separado e se opondo à verdadeira educação” próxima do final do século, um uso que se tornou estabelecido no período de entre guerras.

O significado corrente do termo, cultura para consumo da massa, originou-se especialmente nos Estados Unidos, estabelecendo-se ao final da Segunda Guerra Mundial. A forma abreviada "pop culture" data da década de 1960.

A principal utopia da cultura pop culture foi "hippie" foi o "Woodstock," um grande festival ocorrido no estado de Nova Iorque em 1969, que contou com a participação de artistas de diversos estilos musicais, como o folk, o "rock'roll" e o blues, todos esses movimentos de alguma forma digamos ligados às críticas e à contestação do movimento foi à utopia que aumentou a lei do mínimo possível de Maquiavel e sedimentou a cultura da imagem bandido e mocinhos..

O mais importante na cultura de massa é o significado de “meme”, a autopropagação, isto é, a transmissão de informação de uma mente para outra. Replicaram comportamentos e sempre surge meme falsa a todo o momento principalmente pela internet.

Há hoje uma consciência coletiva Nemética onde o click de uma pessoa pode mudar uma atitude de muitos, se ligam nas redes sociais, facebook, orkut, MSN e outros meios. Vou dar uma idéia memética: vamos acabar com as eleições obrigatórias no Brasil votando em branco, precisamos 50 % mais um voto colocaria a constituição em contradição.

Outro exemplo, as votações nos projetos on-line poderiam acabar com o modelo democrático falso temos e que veio lá do império romano para que senadores e os deputados fossem eleitos sem um mandato efetivo de 4 anos, nós poderemos tirá-lo só com um click, ele tem que ter a maioria mesmo. Teríamos uma democracia direta estes são exemplos de consciência coletiva memética. (Sei também que no Brasil não são todos que podem e sabem dar o click).

As pessoas se interagiriam via internet, as provas para o aluno passar de ano seria feito num centro de provas localizadas em pólos, nestes haveria professores para tirar as dúvidas. Mesmo pode ter uma intranet entre professores e alunos, (como disse acima, um aluno deveria receber 680 reais por mês se viesse direto sem os entraves do governo), aquele que não tirasse nota acima de 7 não teria este beneficio, ou seja, os 763 reais.

Seria um jeito de diminuir custos, diminuiria a quantidade de professores, mas os salários aumentariam, veja bem, estou aqui fazendo também uma Utopia. Antes o Brasil era um país “caipira” e respeitador, não se tinha as maldades de hoje, mas os jovens de hoje querem tudo nas mãos. Não sabem a dificuldade de não ter um Real para comprar pão, se projetam nos ídolos.

Os governantes dizem que para um país ser desenvolvido tem que ter índice igual aos paises mais ricos e instalam o mito que a educação salvará o Brasil, confundem educação com índice, educação não é índice.

Educação engloba os processos de ensinar e aprender. É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade.

A Socialização é o processo pelo quais as crianças, ou outros novos membros da sociedade, aprendem o modo de vida de sua sociedade é chamado de socialização. A socialização é o principal canal para a transmissão da cultura através do tempo e das gerações, assim a escola é um ator na geração de uma sociedade desenvolvida.

Ao longo do tempo os lideres tentam fazer a lavagem cerebral que é também conhecido como Reforma de pensamento ou Reeducação é o esforço constituído visando reprimir certas atitudes e crenças de uma pessoa. Crenças consideradas indesejáveis ou em conflito com as crenças e conhecimentos das outras pessoas.

Os motivos para a lavagem cerebral podem incluir o objetivo de afetar o pensamento e comportamento do indivíduo que o sistema de valores padrão considerados indesejável como desejável.

Enquanto processo de sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos. No Brasil não houve uma Socialização plena, mas uma lavagem Cerebral.

Os lideres se servem de teorias utópicas que fazem verdadeiras lavagens cerebrais desde jesuítas até os autores socialistas, capitalistas e eclesiásticos atuais que atrapalham os professores e os usuários da escola publica. O autogereciamento escolar é uma necessidade urgente para melhoria da escola. A organização deve ser feita por quem participa diretamente na unidade escolar, chega de interferências.

Gostaria de perguntar para os utópicos e lideres e as elites que podem pagar e que planejam e idealizam a escola que temos hoje, se eles têm coragem de colocar seus filhos na escola publica. Com o autogereciamento as escolas serão mais transparentes, é imperioso que se faça já, porque as mentiras da educação elaboradas pelas utopias criadas pelos governantes, ocasionaram esta porcaria de educação brasileira.

As utopias clássicas segundo a Escola Memética na educação brasileira.

As Mentiras da Educação Brasileira elaboradas pelas elites educacionais desde jesuítas que obrigaram os nativos ao modelo educacional europeu, hoje, os pedagogos ou pseudos-pedagogos que vieram depois fizeram cópias das teorias educacionais muitos do Século XIX como Sir Jean William Fritz Piaget.

As teorias atendem as utopias, são casadas no pensamento e que são usadas para atender aos interesses das Elites que elaboram a educação brasileira. Como a teoria educacional socialistas e capitalista que só confundem a escola publica e a desqualificando.

A escola publica não tem liberdade e transparência como às privadas, devem seguir uma diretriz de um governo e quando muda, seja por secretários estadual ou municipal, prefeito, governador ou presidente, lá vêm eles com outras teorias ou dá continuidade no que esta dando errado.

Criaram o Mito da educação com a “máxima à escola serve para o desenvolvimento do país” e que deve ter uma um maior quantidade de alunos dentro da escola para formarem cidadão para o trabalho, como esta na Constituição.

Querem mostrar através de projetos que escolas são formadoras de cidadãos, elas são autônomas, e, blá-blá, a vaidade, a ineficiência deles fazem que as estruturas escolares um experimentalismo, com suas teorias que é jogada aos usuários da escola pública a moda agora é bulling.

Segundo alguns filósofos, nós não vivemos sem uma utopia, portanto, sempre haverá uma utopia a ser realizada, a nós basta escolher uma que nos dê felicidades.

A escola que querem, portanto é utópica cujo significado é há uma idéia de civilização ideal, imaginária, fantástica. Pode referir-se a uma cidade ou a um mundo, sendo possível tanto no futuro, quanto no presente, porém em um paralelo. Que significa "não-lugar" ou "lugar que não existe".

“Utopia é um termo inventado por Thomas More que serviu de título a uma de suas obras escritas em latim por volta de 1516. Segundo a versão de vários historiadores, More se fascinou pelas narrações extraordinárias de Américo Vespucio sobre a recém avistada ilha de Fernando de Noronha, em 1503. More decidiu então escrever sobre um lugar novo e puro onde existiria uma sociedade perfeita.”

As tentativas de colocar utopias educacionais feitas ao longo dos anos e como somos enganados por elas. Que no período da Guerra Fria, os pseudos-pedagogos, se fartaram desta.A utopia colocada na educação publica brasileira foram não deram felicidades, mas só tristeza.

Professores sabem claramente das teorias elaboradas pelos órgãos estatais, mas também sabem elas não são claras e transparentes e nem praticáveis, nas universidades uma boa parte das utopias educacionais clássicas são saboreadas, são tantas, mas não sabe o que seguem Skinner ou Montessori, Piaget. Começam nas universidades as confusões educacionais que as elites gostam.

Os governos vêm com diretrizes, uniformizando do Estado, todas as escolas devem segui-las, lá vêm coordenadores, etc. tentam mostrar como devem funcionar estas. As maiorias dos professores vieram das classes populares onde a utopia socialista era e é forte, muitos foram iludidos, por teóricos como Paulo Freire, Freinet, eles tem consciências que o Estado e as elites não querem uma escola de boa qualidade.

Segundo a Constituição a escola deve ser democrática e transparente. A democracia fica por conta deles. Tudo vem de cima, cumpra. Os professores olham um para outro, suspiram e pensam e dizem: - Vai começar tudo de novo, a culpa é nossa, fazer o quê?

Querem que estes dias de lavagem cerebral entre aspas termine logo, para ir embora, por que já sabem não vai mudar nada, sempre vai ter um culpado, e, especial sempre sobra para o professor. O modelo que o Estado empregou e empregam, mostraram falsas utopias para gestão escolar.

Teorias e seus seguidores não cumprem dimensão econômica, filosófica, potencial e causal que o capitalismo requer, estas quatro dimensões será minha base de análise do por que a educação brasileira não deu certo.

Entendo as dimensões econômicas, filosófica, potencial e causal.

A Desatenção, Desalinhamento, Desesperança, os 3 Ds, segundo Roberto Adami Tranjan:

Desatenção “é quando ligamos o piloto automático e seguimos enfrente, não percebemos algo mais e não observamos que se repete e nos escapa e não interagirmos”.

Desalinhamento “ é quando somos incoerentes com” nossos pensamentos está desintegrado pelos sentimentos e comportamentos e quando não vivemos nossos valores, ignorando com comportamentos mesquinhos, reduzimos e não enxergamos os valores significantes para nossa melhoria.

Desesperança “somos, apesar de lutarmos, tentarmos acreditar que se terá mudanças, nós não estamos incrédulo, não acreditamos em ninguém, só nos restas sonhos, vazios de sonhos, e as atuais utopias não nos alimenta, as forças do mal sempre vence, o crime compensa.”

As elites que podem pagar só lamentam e seguem a lei de Maquiavel a “lei do mínimo esforço” que para ele “a natureza humana seria essencialmente má e os seres humanos querem obter os máximos ganhos a partir do menor esforço, apenas fazendo o bem quando forçados a isso.”

“A natureza humana também não se alteraria ao longo da história fazendo com que seus contemporâneos agissem da mesma maneira que os antigos romanos e que a história dessa e de outras civilizações servissem de exemplo. Falta-lhe um senso das mudanças históricas se mantém felizes com as conquistas e se brinda com o percentual e comemora que seus filhos conseguiram o melhor.”

Eles já sabem que se seus filhos encontrarem com o povão, nas escolas publicas saíram perdendo, e se matem no redutivismo, ou seja, a quanto se fala de melhorias na educação das massas populares, eles têm um algodão nos ouvidos.

Eles almejam resultados para seus filhos com o máximo que podem pagar. Nem seguer tentam ir além, aprender algo novo.

Sabem e se contentam em não fazer movimentos para melhoria nas escolas publicas porque as escolas que podem pagar correspondem as suas expectativas.

Assim nos lutarmos todo tempo com utopias que dão falsos 3 Ds, que até agora que não nos levaram a nada e só servem para mascarar os descasos das Elites e do Estado e confundem quem vive da escola publica.

Para entender a dimensão econômica restringe ao plano material, composto de máquinas, equipamentos, produtos, relatório e principalmente dinheiro, sem não haverá um serviço e as pessoas que estão envolvidas com a educação não conseguem enxergar, inovar e quando ganho pouca acha que estão no mesmo lugar e não administram bem. Hoje se tem 317,5 bilhões em impostos que deveria ir para educação, segundo a Constituição, hoje há matriculado na escola publica 41,3 milhões de Reais, se dividirmos teremos para cada aluno durante um ano 7650,60 mil e se dividirmos por 12 meses daria 637,55 reais.

Mas, estes impostos, não vão direto para escola ou direto para um cartão estudante, ou boleto para uma instituição qualquer particular nossos alunos e filhos tem que agüentar as demagogias dos governantes.

Assim uma escola que tem uma dimensão econômica proposta pelas elites com seus projetos nunca vai para frente, é o maior dos erros que existe na educação.

Pela dimensão filosófica é quando buscamos respostas por que existe a escola, a sua missão , suas razoes pela quais ela existe, será que ela a utopia que sonhamos, e principalmente das classes populares onde deveria assegurar emocionalmente sucessos futuros de seus filhos.

O Estado e as elites que pode... Levam aos trancos e barrancos baseada na malícia e truques, é o quadro em que a escola publica esta metida.

Para explicar melhor a dimensão filosófica contarei da mitologia grega a historia de e Sísifio, Prometeu, Hermes.

Começarei com Sísifio Mestre da malícia e dos truques, ele entrou para a tradição como um dos maiores ofensores dos deuses.

Segundo Higino, ele odiava seu irmão Salmoneu; perguntando a Apolo como ele poderia matar seu inimigo, o deus respondeu que ele deveria ter filhos com Tiro, filha de Salmoneu, que o vingariam. Dois filhos nasceram, mas Tiro, descobrindo a profecia, os matou. Sísifo se vingou... E, por causa disso, ele recebeu como castigo na terra dos mortos deveria empurrar uma pedra até o lugar mais alto da montanha, de onde ela rola de volta por 30 mil anos.

O nosso povo carrega 511 anos os modelos, programas, jeitos, um descaso das elites.

Outra malícia de Sísifio é a seguinte: Certa vez, uma grande águia sobrevoou sua cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a jovem Égina, filha de Asopo, um deus-rio. Que Zeus a raptou, e Asopo, sem ter informações sobre a filha, foi parar em Corinto.

Sísifo sabia o que tinha acontecido, Mais tarde, o velho Asopo veio perguntar-lhe se sabia do rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo fez um acordo: em troca de uma fonte de água para sua cidade, ele contaria o paradeiro da filha. O acordo foi feito e a fonte presenteada recebeu o nome de Pirene.

A tantos acordos e interesses egoístas nos nossos lideres que eles fazem qualquer acordo e como dizem aqui no Brasil: “tudo acaba em Pizza”.

Mas quando ele contou para Asopo, despertou a raiva do grande Zeus, que enviou o deus da Morte, Tânatos, para levá-lo ao mundo subterrâneo. Porém o esperto Sísifo conseguiu enganar o enviado de Zeus. Elogiou sua beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar. O colar, na verdade, não passava de uma coleira, com a qual Sísifo manteve a Morte aprisionada e conseguiu driblar seu destino.

Sempre fazem isto com a educação brasileira. É estatística para todo lado, são melhores que Pelé, Maradona, Robinho, etc. Saresp, SAEB, Prova Brasil. Tanto gastos.

Durante um tempo não morreu mais ninguém. Sísifo soube enganar a Morte, mas arrumou novas encrencas. Desta vez com Hades, o deus dos mortos, e com Ares, o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para consumar as batalhas.

Tão logo teve conhecimento, Hades libertou Tânatos e ordenou-lhe que trouxesse Sísifo imediatamente para as mansões da morte. Quando Sísifo se despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela não enterrasse seu corpo.

Já no inferno, Sísifo reclamou com Hades da falta de respeito de sua esposa em não o enterrar. Então suplicou por mais um dia de prazo, para se vingar da mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades lhe concedeu o pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa. Havia enganado a Morte pela segunda vez.

Sempre, sempre nos enganados.

Sísifo morreu de velhice e Zeus enviou Hermes que para conduzir sua alma a Hades. No tártaro, Sísifo foi considerado um grande rebelde e teve um castigo, juntamente com Prometeu.

Por toda a eternidade Sísifo foi condenado a rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível.

Sísifo tornou-se conhecido por executar um trabalho rotineiro e cansativo. Tratava-se de um castigo para mostrar-lhe que os mortais não têm a liberdade dos deuses. Os mortais têm a liberdade de escolha, devendo, pois, concentrar-se nos afazeres da vida cotidiana, vivendo-a em sua plenitude, tornando-se criativos na repetição e na monotonia.

A escola de hoje é Sisífica não somos felizes nos seus afazeres da vida cotidiana. E fazem que carreguemos as pedras mentirosas das utopias que estão aí.

Outro mito, segundo Hesíodo foi dada a Prometeu e seu irmão Epimeteu a tarefa de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu encarregou-se de supervisioná-la.

Na obra, Epimeteu atribuiu a cada animal os dons variados de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou a vez do homem, formou-o do barro.

Mas como Epimeteu gastara todos os recursos nos outros animais, recorreu a seu irmão Prometeu.

Este então roubou o fogo dos deuses e o deu aos homens. Isto assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais.

Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto que o acorrentasse no cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma águia (ou corvo) dilacerava seu fígado que, todos os dias, regeneravam-se. Esse castigo devia durar 30.000 anos.

As elites que elaboram as utopias estão nos fazendo como Prometeu, estão comendo nossos fígados e acabando com os fogos de uma boa escola.

E querem aplausos, o que importa são refletores, os aplausos, mas as famílias, os alunos e os educadores bananas. Vaidades geradas em modice impulsionada por pseudos pedagogos, a última ultima utopia é o bullyng. A igualdade lastreada na constituição e nos ECAs da vida são só para “gregos verem”.

Pela dimensão potencial é quem faz um grupo, um organismo social que cria e elabora pelo meio de suas potencialidades para que cada um se dê bem e seja feliz, porque ele se estimula a lutar e vencer as dificuldades em sua vida.

São a mais negligenciadas dentro da escola, as escolas sempre a um líder que se orgulha mais da máquina do que quem opera regida pela sagacidade, sempre em busca de ondas perfeitas, são equilibristas. Procuram se adequar a novos cenários e utopias, usam a vontade propagandas que mostram suas utopias, sempre com aplausos da imagem.

Hoje a imagem é que conta, ninguém aplaude perdedores, aí inventam propagandas enganadoras das utopias que não são adequadas para nossa escola. Agem como mágicos e usa certos pseudos-pedagogos que com seus talentos copiadores expressam uma nova teoria para utopias que já existiam.

Direcionados pela ambição que buscam aprovação e sucesso... E não resolve os problemas da escola só ocasionam confusões nas cabeças dos que utilizam à escola publica e querem realmente uma escola feliz e que diminui as potencialidades do grupo onde deveria dar êxito aos talentosos.

Dimensão Causal é baseada nos pressupostos das necessidades e desejos para uma realidade melhor e colocam os serviços da escola em estágios de compreensão para uma demanda de satisfação.

Declaradamente a escola publica esta insatisfeita. Sempre a um culpado, se o aluno não vai bem, é culpa do professor, daí os professores culpam os pais, e assim vai... Necessitamos de construir pessoas para um futuro promissor, precisamos de um norte, os professores, alunos, direção, corpo de educadores estão mais perdidos que “uma agulha no deserto” e cada vez mais os serviços oferecidos pela escola.

A escola precisa de liberdade tanto utopicamente como economicamente, em suma, autogerenciar, sem interferência dos Utópicos de Plantão.

 Como foram as histórias das utopias no Brasil.

Como disse, tento neste livro, esclarecer os utópicos educacionais no ponto de vista da dimensão econômica, filosófica, potencial e causal dos chamo de pseudos-pedagogos a serviço do Estado e das elites que vem sempre como modismo, mas são teorias copiadas dos clássicos como Freinet Piaget e Anton Makarenko e outros.

Vem com nova roupagem que atrapalharam e atrapalham e, principalmente confundem os professores, eles sempre acham uma tese para melhorar escola brasileira, que são meras adaptações dos clássicos utópicos, mas continua ainda sendo aplicada no modelo Panóptico de Jeremy Bentham.

A estrutura de escola que temos no Brasil foi baseada no modelo estrutural de escola realizado em Madras, na Índia, pelo pastor anglicano Andrew Bell (1753-1832), e com os ideais reformadores do jurista inglês Jeremy Bentham (1748-1792), autor do Panóptico e nos seminários cristãos.

“No final do Século 17, o filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham concebeu pela primeira vez a idéia do panóptico”. Para isto Bentham estudou racionalmente, em suas próprias palavras, o sistema penitenciário. Criou então um projeto de prisão circular, onde um observador poderia ver todos os locais onde houvesse presos.

Ele também observou que estes mesmos projetos de prisão poderiam ser utilizados em escolas e no trabalho, como meio de tornar mais eficiente o funcionamento daqueles locais. Alguma semelhança com modelos estrutural de nossas escolas! É “isso aí, nossa escola foi baseada em prisões.”. Eis o Panóptico. Esse processo panóptico teve várias adaptações no processo de aprendizagem que junto com o modelo jesuítico fazem nossa educação não dar certo.

23. As principais adaptações utópicas clássicas nos processos de aprendizagem no Brasil

Na Antiguidade aprendizagem vem sendo estudada e sistematizada desde os povos da antiguidade oriental. Já no Egito, na China e na Índia a finalidade era transmitir as tradições e os costumes. Na antiguidade clássica, na Grécia e em Roma, a aprendizagem passou a seguir duas linhas opostas, porém complementares: A pedagogia da personalidade visava a formação individual. A pedagogia humanista desenvolvia os indivíduos numa linha onde o Sistema de ensino e sistema educacional era representativo da realidade social e dava ênfase à aprendizagem universal.

Na Idade Média a aprendizagem e consequentemente o ensino (aqui ambos seguem o mesmo rumo) passaram a ser determinados pela religião e seus dogmas. Por exemplo, uma criança aprendia a não ser canhota, ou sinistra, embora geneticamente o fosse.

No final daquele período, iniciou-se a separação entre as teorias da aprendizagem e do ensino com a independência em relação ao clero. Devido às modificações que ocorreram com o advento do humanismo e da Reforma, no século XVI, e sua ampliação a partir da revolução francesa, as teorias do ensino-aprendizagem continuaram a seguir seu rumo natural.

Do século XVII até o início do século XX, a doutrina central sobre a aprendizagem era demonstrar cientificamente que determinados processos universais regiam os princípios da aprendizagem tentando explicar as causas e formas de seu funcionamento, forçando uma metodologia que visava enquadrar o comportamento de todos os organismos num sistema unificado de leis. O exemplo da sistematização efetuada pelos cientistas para a explicação dos demais fenômenos das ciências naturais.

Muitos acreditavam que a aprendizagem estava intimamente ligada somente ao condicionamento. Um exemplo de experiência sobre o condicionamento foi realizado pelo fisiólogo russo, Ivan Pavlov, que condicionou cães para salivarem ao som de campainhas.

A partir da década de 30 os cientistas Edwin R. Guthrie, Clark L. Hull e Edward C. Tolman pesquisaram sobre as leis que regem a aprendizagem.Guthrie acreditava que as respostas, ao invés das percepções ou os estados mentais, poderiam formar os componentes da aprendizagem.

Hull afirmava que a força do hábito, além dos estímulos originados pelas recompensas, constituía um dos principais aspectos da aprendizagem, a qual se dava num processo gradual.

Tolman seguia a linha de raciocínio de que o princípio objetivo visado pelo sujeito era a base comportamental para a aprendizagem. Percebendo o ser humano na sociedade em que está inserido, se faz necessário uma maior observação de seu estado emocional.

26. As influências e os processos utópicos nas utopias pedagógicas
A aprendizagem é influenciada pela inteligência, motivação, e, segundo alguns teóricos, pela hereditariedade (existem controvérsias), onde o estímulo, o impulso, o reforço e a resposta são os elementos básicos para o processo de fixação das novas informações absorvidas e processadas pelo indivíduo.

O processo de aprendizagem é de suma importância para o estudo do comportamento. Alguns autores afirmam que certos processos neuróticos, ou neuroses, nada mais são aprendizagens distorcida, e que a ação recomendada para algumas psicopatologias são um redirecionamento para a absorção da nova aprendizagem que substituirá a antiga, de forma a minimizar as sintomatizações que perturbam o indivíduo. Isto é, através da reaprendizagem (reeducação) ou da intervenção profissional através da Psicopedagogia.

Pela motivação se aprende melhor e mais depressa se houver interesse pelo assunto que se está a estudar. Motivado, um indivíduo possui uma atitude ativa e empenhada no processo de aprendizagem e, por isso, aprende melhor. A relação entre a aprendizagem e a motivação é dinâmica: é freqüente o Homem interessar-se por um assunto, empenhar-se, quando começa a aprender. A motivação pode ocorrer durante o processo de aprendizagem.

No Brasil a motivação dos perceptos é bloqueada tanto pela ineficácia do Estado que considera a igualdade dos desiguais, entendeu? Vou explicar: - numa sala se encontra 35 alunos, 5 fazem uma bagunça imensa, não querem saber de ser motivado eles querem é ser jogador de futebol, é sua utopia, 15 alunos estão extramente interessado e motivado querem aprender mesmo, só não consegue porque os 5 alunos bagunceiros não deixam seguirem motivados. Não sei se entendeu a política dos iguais brasileira.

Os conhecimentos anteriores que um indivíduo possui sobre um assunto podem condicionar a aprendizagem. Há conhecimentos, aprendizagens prévias, que, se não tiverem sido concretizadas, não permitem a possibilidade de se aprender. Uma nova aprendizagem só concretiza quando o material novo se incorpora se relaciona, com os conhecimentos e os saberes que se possui.

A quantidade de informação e possibilidade de o Homem aprender novas informações é limitada: não é possível integrar grandes quantidades de informação ao mesmo tempo. É necessário proceder-se a uma seleção da informação relevante, organizando-a de modo a poder ser gerida em termos de aprendizagem.

A diversidade das atividades e quanto mais diversificadas forem as abordagens a um tema, quanto mais diferenciadas as tarefas, maior é a motivação e a concentração e melhor decorre a aprendizagem.

A planificação e a organização e melhor forma como se aprende pode determinar, em grande parte, o que se aprende. A definição clara de objetivos, a seleção de estratégias, é essencial para uma aprendizagem bem sucedida. Contudo, isto não basta: é necessário planificar, organizar o trabalho por etapas, e ir avaliando os resultados. Para além de estes processos serem mais eficientes, a planificação e a organização promovem o controle dos processos de aprendizagem e, deste modo, a autonomia de cada ser humano.

Bela abordagem, mas, por favor, fale para os 5 alunos que não querem saber de nada.

A cooperação e a forma como cada ser humano encara um problema e a forma como o soluciona é diferente. Por isso, determinados tipos de problemas são mais bem resolvidos e a aprendizagem é mais eficaz se existir trabalho de forma cooperativa com os outros. A aprendizagem cooperativa, ao implicar a interação e a ajuda mútua, possibilita a resolução de problemas complexos de forma mais eficaz e elaborada.

Peça de novo para os 5 alunos.

Estilos de aprendizagem de cada indivíduo apresentam um conjunto de estratégias cognitivas que mobilizam o processo de aprendizagem. Em outras palavras, cada pessoa aprende a seu modo, estilo e ritmo. Embora haja discordâncias entre os estudiosos, estes são quatro categorias representativas dos estilos de aprendizagem:

· Visual: aprendizagem centrada na visualização
· Auditiva: centrada na audição
· Leitura/escrita: aprendizagem através de textos
· Ativa: aprendizagem através do fazer
· Olfativa: através do cheiro pode possibilitar conhecimento já adquirido anteriormente, com o deitar de gazes é exemplo de uma aprendizagem olfativa.

Aprendizagem Associativa e a associação é um tema que reside na observação de que o indivíduo percebe algo em seu meio pelas sensações, o resultado é a consciência de algo no mundo exterior que pode ser definida como idéia.

Portanto, a associação leva às idéias, e para tal, é necessária a proximidade do objeto ou ocorrência no espaço e no tempo; deve haver uma similaridade; freqüência de observação; além da proeminência e da atração da atenção aos objetos em questão. Estes objetos de estudo para a aprendizagem podem ser, por exemplo, uma alavanca que gera determinado impulso, que ao ser acionada gera o impulso tantas vezes quantas for acionada. A associação ocorre quando o indivíduo em questão acionar outra alavanca similar à primeira esperando o mesmo impulso da outra. O que levou ao indivíduo acionar a segunda alavanca foi a idéia gerada através da associação entre os objetos (alavancas).

Um grupo liderado pelos pesquisadores Guthrie e Hull sustentava que as associações se davam entre estímulos e respostas, estes eram passíveis de observação.

A teoria da aprendizagem associativa, ou a capacidade que o indivíduo tem para associar um estímulo que antes parecia não ter importância a uma determinada resposta, ocorre pelo condicionamento, em que o reforço gera novas condutas. Porém, as teorias de estímulo e resposta não mostraram os mecanismos da aprendizagem, pois não levaram em conta os processos interiores do indivíduo. (Há que se diferenciar aprendizagem de condicionamento).

Tolman pesquisou que as associações através do estímulo geravam uma impressão sensorial subjetiva.

Aprendizagem Condicionada é o reforçamento, é uma noção que provém da descoberta da possibilidade que é possível reforçar um padrão comportamental através de métodos onde são utilizadas as recompensas ou castigos. A é uma proposta para integrar alunos e professores durante a aprendizagem em sala de aula, de modo a possibilitar a construção de conhecimentos por meio das interações.

A aprendizagem reflexiva como estratégia para a formação profissional. A melhoria da qualidade da prática docente facilita o aprendizado de novos modos de ensino e expande estratégias de aprendizagem.

Na formação de Docentes é necessário ter em conta, como princípio básico, a atuação, tornando a sua prática para muito além dos meios tradicionais de ensino.

Onde vou mandar os 5 alunos. O lugar mais certo é eles ficarem jogando futebol daí estarei sendo memético.

O princípio da aprendizagem reflexiva, considerada por alguns autores, trata da urgência em formar profissionais, que venham a espelhar a sua própria prática, na esperança de que a reflexão será um meio de desenvolvimento do pensamento e da ação.

De novo a culpa nos professores.

A dificuldade em decifrar este conhecimento, reside no fato das ações serem ativas, de forma diversificada em às teorias, que são mais estáticas. Desta forma, ao descrever o conhecimento empregue numa determinada ação, com o intuito de compreender, o futuro docente, estará a praticar um processo de estrutura do seu saber.

A maioria dos professores com a falta de respeito dos 5 alunos não consegue atuar, ele fica a procura de uma utopia, mas fica numa roda viva de utopias.

27. Outras utopias de aprendizagem 

Atualmente, muitos profissionais da área educacional contestam a existência de uma validade universal na teoria da associação. Estes afirmam a importância de outros fatores na aprendizagem. Exemplos típicos são os educadores que seguem a linha gestalt|gestaltista, estes defendem que os processos mais importantes da aprendizagem envolvem uma reestruturação das relações com o meio e não simplesmente uma associação das mesmas.

Existem também, os educadores que estudam os aspectos psicológicos da linguagem, ou psicolinguistas. Estes, por sua vez, sustentam que a aprendizagem de uma língua abrange um número de palavras e locuções muito grande para ser explicado pela teoria associativa. Alguns pesquisadores afirmam que a aprendizagem lingüística se baseia numa estrutura básica de organização elemento.

Outras correntes de pensamento afirmam que as teorias da aprendizagem incluem o papel da motivação além dos estágios da aprendizagem, os processos e a natureza da evocação, do esquecimento e da recuperação de informações ou memória. Na pesquisa sobre a aprendizagem, ainda existem os conceitos não passíveis de quantificação, como os processos cognição-cognitiva, a imagem, à vontade e a consciência - conscientização.

As lacunas do experimentalismo e sua teoria geral da aprendizagem utilizando métodos experimentalistas encontraram muitas lacunas. Começaram surgir então teorias que aparentemente demonstravam não ser possível teorização da aprendizagem através de um único método, ou sistema. Estas teorias convergiram para um raciocínio sistêmico ao invés de sistemático. Começou-se a pensar na utilização de métodos que explicassem a aprendizagem de forma dinâmica, e não estática.

28. Como foram usadas as utopias na educação no Brasil dos jesuítas até D. Pedro I. 

Primeiramente vamos entender melhor um aluno perceptos na pedagogia memética. O aluno deve procura com prazer que terá tranqüilidade e liberdade sem medo, sem ausência de sofrimento numa escola que lhe dê felicidades e não somente a possibilidade comprar, ter bens materiais. Em linhas gerais, o homem está em contato permanente com dois tipos de realidade: a inteligível e a sensível. A inteligência está na procura das idéias que afetam os sentidos percebendo o mundo concreto que pode mudá-lo com a criticamente e estão repletos de utopias.

Segundo Platão “o problema do ser é a mudança, tudo está em constante movimento e é uma ilusão a estaticidade, ou a permanência de qualquer coisa; para o segundo, o movimento que é uma ilusão, pois algo que é não pode deixar de ser e algo que não é não pode passar a ser; assim, não há mudança”. (Daí as utopias serem o ligamento dos ideais.).

Por exemplo, “o que faz com determinada árvore seja ela mesma desde o estágio de semente até morrer, e o que faz com que ela seja tão árvore quanto outra de outra espécie, com características tão diferentes”?

Há aqui uma mudança, tanto da árvore em relação a si mesma (com o passar do tempo ela cresce) quanto da árvore em relação à outra. Para Heraclito, a árvore está sempre mudando e nunca é a mesma, e para Parmênides, ela nunca muda, é sempre a mesma e sua mudança é uma ilusão. (Concepção da diferença das utopias. Para uns pode ser verdade para outro falso).

Platão resolve esse problema com sua Teoria das Idéias. “O que há de permanente em um objeto é a Idéia; mais precisamente, a participação desse objeto na sua Idéia correspondente”. “E a mudança ocorre porque esse objeto não é uma Idéia, mas uma incompleta representação da Idéia desse objeto”.

No exemplo da árvore, o que faz com que ela seja ela mesma e seja uma árvore (e não outra coisa). A despeito de sua diferença daquilo que era quando mais jovem e de outras árvores de outras espécies, e, mesmo das árvores da mesma espécie, é a sua participação na idéia de Árvore, e sua mudança, deve-se ao fato de ser uma pálida representação da idéia de Árvore”.

Outro diálogo de Platão é seguinte “cada caneta terá outros atributos, sendo ela também uma caneta, tanto quanto a outra”. “Aquilo que faz com que as duas sejam canetas é, para Platão, a idéia de Caneta, perfeita, que esgota todas as possibilidades de ser caneta”. ( é como somos humanos e imperfeitos, mas cada um tem uma percepção de utopia).

Platão também elaborou uma teoria gnosiológica, ou seja, uma teoria que explica como se podem conhecer as coisas, ou ainda, uma teoria do conhecimento. Segundo ele, ao ver um objeto repetido várias vezes, uma pessoa se lembra, aos poucos, da Idéia daquele objeto que viu no mundo das idéias.

Para explicar como se dá isso, Platão recorre a um mito (ou uma metáfora) segundo “a qual, antes de nascer, a alma de cada pessoa vivia em uma estrela, onde se localizam as idéias. Quando uma pessoa nasce, sua alma é "jogada" para a Terra, e o impacto que ocorre faz com que esqueça o que viu na estrela. Mas, ao ver um objeto aparecer de diferentes formas (como as diferentes árvores que se pode ver), a alma se recorda da idéia daquele objeto que foi visto na estrela. Tal recordação, em Platão, chama-se anamnesis”. (para a pedagogia memética é uma nova forma de ver o mundo)

A reminiscência para Platão é uma das condições para a indagação ou investigação acerca das idéias é que não estamos em estado de completa ignorância sobre elas. Do contrário, não teríamos nem o desejo nem o poder de procurá-las. Em vista disso, é uma condição necessária, para tal investigação, que tenhamos em nossa alma alguma espécie de conhecimento ou lembrança de nosso contato com as idéias (contato esse ocorrido antes do nosso próprio nascimento) e nos recordemos das idéias ao vê-las reproduzidas palidamente nas coisas”. (para isto o aluno perceptos de estar livre para escolher as idéias ou utopias sem obrigação como é no Brasil.)

Deste modo, toda a ciência platônica é uma reminiscência. A investigação das idéias supõe que as almas preexistiram em uma região divina onde contemplavam as idéias. (a escola não é mais única fonte de investigação.).

Podemos tomar como exemplo o Mito da Parelha Alada, localizado no diálogo Fedro, de Platão (é “um diálogo platônico que se ocupa com uma investigação acerca da retórica e do amor (sensual),” Neste diálogo, Platão compara a raça humana a carros alados). “Tudo o que fazemos de bom, dá forças às nossas asas.”

“Tudo o que fazemos de errado, tira força das nossas asas. Ao longo do tempo fizemos tantas coisas erradas que nossas asas perderam as forças e, sem elas para nos sustentarmos, caímos no Mundo Sensível, onde vivemos até hoje. A partir deste momento, fomos condenados a vermos apenas as sombras do Mundo das idéias”. (que são utópicas e para se ter uma pedagogia memética tem que dar asas aos educandos e não uma educação que só educa com utopias feita pelas elites).

Conhecimento

Platão não buscava as verdadeiras essências da forma física como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a verdade essencial das coisas. Platão não poderia buscar a essência do conhecimento nas coisas, pois estas são corruptíveis, ou seja, variam, mudam, surgem e se vão. (É que chamo de utopia).

“Como o filósofo busca a verdade plena, deve buscá-la em algo estável, nas verdadeiras causas, pois logicamente a verdade não pode variar e, se há uma verdade essencial para os homens, esta verdade deve valer para todas as pessoas. Logo, a verdade deve ser buscada em algo superior. ( verdade é difícil em cada momento, cada segundo).”

Como seu mestre Sócrates, Platão busca descobrir as verdades essenciais das coisas. As coisas devem ter um outro fundamento, além do físico, e a forma de buscar estas realidades vem do conhecimento, não das coisas, mas do além das coisas. Esta busca racional é contemplativa. Isto significa buscar a verdade no interior do próprio homem, não meramente como sujeito particular, mas como participante das verdades essenciais do ser. ( eis aí a essência do aluno perceptos na pedagogia memética, ele buscará o que lhe interessa se não esta pronto para a matemática e gosta de artes deixem desenvolver todas suas aptidões depois ele procurará os conhecimentos mínimos de matemática, física, mas, se ele realmente precisar ).

O conhecimento era o conhecimento do próprio homem, mas sempre ressaltando o homem não enquanto corpo, mas enquanto alma. O conhecimento contido na alma era a essência daquilo que existia no mundo sensível. Portanto, em Platão, também a técnica e o mundo sensível eram secundários. A alma humana enquanto perfeita participa do mundo perfeito das idéias, porém este formalismo só é reconhecível na experiência sensível.

Também o conhecimento tinha fins morais, isto é, levar o homem à bondade e à felicidade. Assim a forma de conhecimento era um reconhecimento, que faria o homem dar-se conta das verdades que sempre possuíra e que o levavam a discernir melhor dentre as aparências de verdades e as verdades. A obtenção do autoconhecimento era um caminho árduo e metódico. ( que facilita no caso de um aluno que tem aptidão numa escola memética).

Quanto ao mundo material, o homem poderia ter somente a doxa (opinião) e téchne (técnica), que permitia a sua sobrevivência, ao passo que, no mundo das idéias, o homem pode ter a épisthéme, (epistemológica) o conhecimento verdadeiro, o conhecimento filosófico.

Platão não defendia que todas as pessoas tivessem igual acesso à razão. Apesar de todos terem a alma perfeita, nem todos chegava à contemplação absoluta do mundo das idéias. ( é assim na consciência coletiva, um individuo não é igual ao outro, por isto deve-se diferenciar às disciplinas para a pedagogia memética, do qual ele terá maior contemplação).

"Os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos chegue ao poder, ou antes, que os chefes das cidades, por uma divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente." (Platão, Carta Sétima, 326b).

Esta afirmação de Platão deve ser compreendida com base primeira base na teoria e utopia do conhecimento

Platão acreditava que existiam três espécies de virtudes baseadas na alma

A primeira virtude era a da sabedoria, deveria ser a cabeça do Estado, ou seja, o governante, pois possui caráter de ouro e utiliza a razão. (no caso brasileiro usam as teorias utópicas de baixo para cima)

A segunda espécie de virtude é a coragem, deveria ser o peito do Estado, isto é, os soldados ou guardiões da polis (cidade), pois sua alma de prata é imbuída de vontade. ( acho que esta virtude não cabe nos desejos burocracia brasileira que entravam à educação e deve sair de cena e deixar a escola memética se auto-executar).

E, por fim, A terceira virtude, a temperança, que deveria ser o baixo-ventre do Estado, ou os trabalhadores, pois sua alma de bronze orienta-se pelo desejo das coisas sensíveis. ( que belo seria nós trabalhadores termos realmente em mãos o dinheiro arrecado e aplicássemos melhor sem interferência do alto-ventre, ou seja, os que fazem as utopias educacionais brasileiras).

Por meio da relação de sua alma com a Alma do Mundo, o homem tem acesso ao mundo das idéias e aspira ao conhecimento e às idéias do Bem e da Justiça. A partir da contemplação do mundo das idéias, o Demiurgo, ( é o criador do Mundo inferior ou material é considerado o chefe dos Arcontes -’servos’- possuindo sabedoria limitada e imperfeita).

O termo demiurgo provém do latim demiurgus, e este por sua vez do grego δημιουργός (dēmiourgós), literalmente "o que produz para o povo", e foi originalmente um termo comum que designava qualquer trabalhador cujo ofício se faz de uso público: artistas, artesãos, médicos, mensageiros, etc. Que no século V a.C. passou a designar certos magistrados ou funcionários eleitos. ( ou seja, nós, professores, e, outros educadores).

Platão o utilizou em seu diálogo Timeu, uma exposição sobre cosmologia escrita por volta de 360 a.C. onde o Demiurgo figura como o agente que, embora não seja o criador da realidade, organiza e modela a matéria caótica preexistente de acordo com modelos perfeitos e eternos.

Platão descreveu no Timeu, organizou o mundo sensível. Não se trata de uma criação ex nihilo, isto é, do nada, como no caso do Deus judaico-cristão, pois o Demiurgo não criou a matéria (Timeu, 53b) nem é a fonte da racionalidade das idéias por ele contempladas. A ação do homem se restringe ao mundo material; no mundo das idéias o homem não pode transformar nada. Pois o que é perfeito, não pode ser mais perfeito.

Timeu encontra-se a "teoria das formas inteligíveis", que explicaria a natureza do mundo sensível. Pelas idéias poder-se-ia explicar a natureza do universo ou da totalidade das coisas sensíveis. Estas estão sujeitas a geração e foram criadas de acordo com um modelo (paradigma eterno).

Assim, causas imutáveis seriam aplicadas ao que é instável por natureza e as coisas sensíveis teriam nas formas inteligíveis a própria possibilidade de existência. (por isto as utopias com suas teorias por serem instáveis numa escola memética esta dariam a possibilidade estabilização dos indivíduos).

Agora sim, veremos como as utopias educacionais foram utilizada no Brasil.

 Escolástica no Brasil 

Os escolásticos dividiram os discursos em perfeito e imperfeito definido pó Santo Tomás (in Perih. I lect. 7 n. 4). O discurso perfeito é o que completa a sentença, isto é, o que proporciona à inteligência um significado completo (o homem bom é generoso). O discurso imperfeito é o que na completa a sentença (‘o homem bom’).

Que se iniciou com Inácio de Loyola, de origem nobre, Durante o período de convalescença dedicou-se à leitura do "Flos Sanctorum", após o que se decidiu a desprezar os bens terrenos em busca dos sobrenaturais. No santuário de Montserrat fez a sua 'vigília d'armas' e submeteu-se a uma confissão geral. Abandonou a indumentária fidalga substituindo-a pela dos mendicantes. (começamos já com utopia das classes dominantes) que segundo ele um bom aluno deve:

Uma pessoa que se sente chamada, atraída, movida, conquistada por Jesus Cristo, e, agradecida e com toda liberdade e determinação adere a Ele, numa comunhão de vida e de missão. Colocando-se à disposição para trabalhar sob sua bandeira, para recriar nosso mundo e formar uma humanidade nova, que se caracterize pela solidariedade e pela fraternidade, tomando como modelo de vida o próprio Jesus Cristo.

Uma pessoa que, pela graça de Deus, dinamizada pelos Exercícios Espirituais, experimentou-se pecador, num mundo pecador, porém se sente amado e resgatado pela obra de Jesus e, agradecido, se sente também atraído e movido para acompanhá-lo na Sua Missão Redentora.

Uma pessoa que, experimentando o amor extremado e efetivo do Cristo, que viveu em si mesmo a condição do pecador e de todo o pecado do mundo. E o vence pela sua morte e ressurreição, sente o desejo e é levada, com muito amor, a seguir vitalmente o Senhor Jesus no seu aniquilamento, na sua pobreza e na sua dedicação para o resgate de todos os seres humanos e de toda a criação. Esta pessoa assume tudo isso não contando nem pensando nas suas próprias forças e disposições, mas sentindo-se abraçada e conquistada por Jesus, atraída e movida por Ele, confiando na graça d´Ele, e dispõe-se a segui-Lo vitalmente na sua vida de opróbrios e exclusões, estando disposta a viver na pobreza e enfrentar os conflitos decorrentes de tal decisão.

Uma pessoa que conhece Jesus Cristo intimamente, O ama e deseja ardentemente segui-Lo, identificando-se com seu modo de ser e Sua Missão.

Uma pessoa que saiba discernir e que tome as suas resoluções, menores ou maiores, na hora oportuna, baseando-se, sobretudo, não em critérios humanos e normas regulamentares. Mas na própria experiência do encontro e da união com o Senhor Jesus caracterizado pela paz, pela fé, esperança e caridade, numa palavra, pela consolação espiritual.

Uma pessoa seduzida por Jesus Cristo, envolvida no Seu amor e com o desejo de corresponder a este amor vivendo com Jesus no desempenho de sua missão. Assim, relativista todos os meios, usando-os tanto quanto forem úteis para a construção do Reino de Deus, desapegando-se de tudo que não conduz a viver de acordo com a vontade do Pai. Esta pessoa sabe que a tarefa na construção do Reino é um Dom de Deus.

Uma pessoa que acolhe o Senhor Jesus na Sua totalidade de enviado do Pai para resgatar o ser humano, identificando-se até com o mais excluído e miserável (quanto mais excluído e miserável, mais divino) e admiravelmente restaurando-o para a totalidade do ser humano (quando mais humano mais divino).

Uma pessoa que se reconhece conquistada pelo Senhor e que, conscientemente se entrega totalmente a Ele, e com Ele e nele à Sua missão, e assim, descobre Deus em todas as coisas, se incorpora na ação que Deus está executando no mundo, sendo um contemplativo na ação.

Uma pessoa que descobre o Senhor Jesus presente e atuante de diversas maneiras em todas as pessoas. E também na natureza, e que se sente chamada a viver e agir no Senhor Jesus não sozinha, mas em conjunto com todas as outras pessoas integradas no Senhor Jesus e com a mesma criação.

Segundo a missão redentora era o resgate de missão que salva o Ocidente em um segundo sentido específico. A espiritualidade cristã ocidental, afirma, em comparação com a espiritualidade cristã oriental, acentuou o caráter encarnatório do cristianismo, é dizer, a relação entre "natureza e graça", entre "a Causa Primeira (Deus) e as causas segundas (as criaturas)".

O característico do Oriente é uma concepção do mundo em que predomina a atitude do homem para com a divindade. É uma cultura que tende a desprender-se do terreno, para volver-se para o absoluto transcendente. Pensemos por exemplo no hinduismo.

No Ocidente, ao contrário, encontramos a tendência a acentuar mais o terreno, tudo o que o homem faz aqui na terra.

Nos últimos séculos, desde a Reforma e o Iluminismo, no âmbito cultural do Ocidente, se foi criando um pensamento separatista, que o Pe. Kentenich denomina "pensar mecanicista" e considera como uma enfermidade da alma ocidental. A este modo de pensar mecanicista, o fundador de Schoenstatt contrapõe o "pensar a mentalidade orgânica".

Segundo o Pe. Kentenich, uma das grandes contribuições que o cristianismo surgido no âmbito de Ocidente, está chamado a oferecer para a evangelização dos povos, é este modo de pensar e ver a realidade. Isto significa transmitir uma fé e uma espiritualidade que permite captar a relação harmônica do natural e o sobrenatural, de Deus e a criatura, segundo a qual, a natureza e a graça, Deus e homem, não se opõe mecanicamente nem são realidades justapostas, uma ao lado da outra.

Para compreender melhor esta visão, a mentalidade orgânica, é preciso ter presente as seguintes considerações que faz o Pe. Kentenich:

• Santo Agostinho, a maior figura do cristianismo primitivo, teve a missão de destacar o lugar que correspondia a Deus dentro do mundo, como Causa Primeira. Agostinho viveu em um momento em que o cristianismo começa a penetrar no mundo dessa época e começava a chegar até aos círculos intelectuais. Daí sua preocupação em tornar a doutrina cristã compreensível e atraente para eles.

Para isto se apoiou na filosofia reinante, o neoplatonismo. Sabemos que o platonismo dava importância primaria as "idéias". Estas eram o real e verdadeiro; em contradição, o mundo e as coisas são reflexos delas e só aparências. De este modo se restava valor ao terreno, o mundo como tal.

Santo Agustinho "cristianizou" o pensamento de Platão. A partir do platonismo olha a realidade primeiramente desde o ponto de vista sobrenatural. Sua conquista é precisamente haver reafirmado o lugar de Deus como Causa Primeira, como "o verdadeiro" e definitivo. (Analogicamente ao que Platão ensinava sobre as idéias). Seu pensamento gira em torno a Deus (não como idéia, senão como Deus pessoal, revelado por Cristo), sem destacar a importância e o valor a autonomia das criaturas.

• A outra grande figura que foi influente no Ocidente é São Tomás de Aquino.

São Tomás teve acesso, através dos filósofos árabes, aos escritos de Aristóteles, quem complementava a Platão, sua filosofia. Aristóteles dava importância preponderante a realidade, as coisas, ao homem, no que são elas por si mesmas.

Ele captou a doutrina aristotélica das causas segundas (de a realidade criada) e desenvolveu sua teologia a partir da base aristotélica. Não separa a causa segunda da Causa Primeira. Destaca o Deus como Causa Primeira, mas, vê as realidades criadas como causas segundas, afirmando sua autonomia e leis próprias.

As criaturas têm um valor em si mesmo e leis próprias que as regem. Afirma que as causas segundas não são independentes de Deus, já que Deus é o Criador, em quem as criaturas se sustentam e recebem seu sentido último. Deus mesmo lhe da uma natureza e originalidade próprias, e as resposta em sua ordem de ser natural.

Desta forma, São Tomás elaborou o que poderia chamar-se uma teologia a filosofia das causas segundas. É dizer, a propriedade de as criaturas em relação a Deus e as leis que regem a harmonia entre Deus e o mundo. Dos enunciados tomistas resumem sua visão:

“Deus governa o mundo por meio de causas segundas livres”. “A graça não destruiu a natureza senão que a supõe, a sana, eleva e perfecciona”.

Agora bem, nos últimos 400 anos, pouco a pouco o Ocidente foi perdendo a visão dessa harmonia que São Tomás elaborou doutrinalmente. O Ocidente chegou a separar quase de modo absoluto, mecanicista, o natural do sobrenatural, tanto na teoria como na prática. Nega o mundo do além e toda transcendência, encerrando-se no aquém, professando um ateísmo prático e teórico.

Neste contexto, Pe. Kentenich desenvolveu, complementando a visão doutrinal de São Tomás de Aquino, uma espiritualidade e pedagogia da harmonia entre a natureza e a graça. Se São Tomás elaborou uma teologia das causas segundas, era necessário elaborar uma psicologia, ascética e pedagógica das causas segundas.

Com isso, Pe. Kentenich responde a um profundo problema do mundo atual e da Igreja: a relação Deus-mundo; a relação do sobrenatural com o natural, da ação de Deus e a liberdade do homem; a autonomia e importância do criado em relação ao Criador. O Concilio Vaticano II expressou mais tarde assim esta problemática: “O divórcio entre Evangelho e cultura é o drama de nosso tempo”.

Neste contexto, Pe. Kentenich destaca o segundo objetivo de Schoenstatt: resgatar a missão salvadora do Ocidente, responsabilizando-se por salvar a harmonia entre a natureza e a graça, tanto no pensar, amar como no atuar e viver do homem moderno.

Portanto, assumir esta missão redentora significa para Schoenstatt (Movimento Apostólico Internacional de Schoenstatt é um movimento católico mariano fundado em Schönstatt, na Alemanha, em 1914 pelo padre Joseph Kentenich.)

• responsabilizar-se pela harmonia entre o sobrenatural e o natural;
• pela união harmônica entre a Causa Primeira e as causas segundas livres;
• pelo cultivo do pensar, amar e viver orgânicos.
• Tudo isto, em relação a todas as realidades, tanto na teoria como na prática.

"Percebem analisando Schoenstatt a partir do ponto de vista da convulsão espiritual que hoje existe, rapidamente se darão conta que (a doutrina das causas segundas) é o maior, o mais original, o mais amplamente elaborado que podemos oferecer ao tempo e ao mundo atual" (Pe. Kentench, 1967).

Pe. Kentenich anuncia este segundo objetivo de Schoenstatt, especialmente em 31 de Maio de 1949, a partir do santuário Cenáculo de Bellavista:

"Vemos como o Ocidente caminha para a ruína e cremos que somos chamados a partir daqui para realizar um trabalho de salvação, de construção e de edificação”.

Toda a vida e missão de Schoenstatt estão traspassadas por seu caráter essencialmente mariano. Também o está em relação ao resgate da missão redentora do Ocidente. O Pe. Kentenich vê em Maria a encarnação preclara da harmonia entre o sobrenatural e natural, o lugar de convergência de Deus e a humanidade. Nela, Deus mostra que é valoriza a criatura e a associa a sua obra salvadora.

Inácio de Loyola escreveu as constituições jesuítas, adotadas em 1554, que deram origem a uma organização rigidamente disciplinada, enfatizando a absoluta abnegação e a obediência ao Papa e aos superiores hierárquicos (perinde ac cadaver, "disciplinado como um cadáver", nas palavras de Inácio). O seu grande princípio tornou-se o lema dos jesuítas: "Ad maiorem Dei gloriam" ("Para a maior glória de Deus")

Na companhia de Fabro e Laynez, Inácio viajou até Roma, em outubro de 1538, para pedir ao papa a aprovação da ordem. O plano das Constituições da Companhia de Jesus foi examinado por Tomás Badia, mestre do Sacro Palácio, e mereceu sua aprovação. A congregação de cardeais, depois de algumas resistências, deu parecer positivo à constituição apresentada.

Em 27 de Setembro de 1540 Paulo III confirmou a nova ordem através da Bula "Regimini militantis Ecclesiae", que integra a "Fórmula do Instituto", onde está contida a legislação substancial da Ordem, cujo número de membros foi limitado a 60. A limitação foi, porém posteriormente abolida pela bula Injunctum nobis de 14 de março de 1543.

O Papa Paulo III autorizou que fossem ordenados padres, o que sucedeu em Veneza, pelo bispo de Arbe, em 24 de junho. Devotaram-se inicialmente a pregar e em obras de caridade em Itália. A guerra reatada entre o imperador, Veneza, o papa e os turcos, tornava qualquer viagem até Jerusalém pouco aconselhável.

Inácio de Loyola foi escolhido para servir como primeiro superior geral. Enviou os seus companheiros e missionários para vários países europeus, com o fim de criar escolas, liceus e seminários.

O Papa Paulo III também fez O Concílio de Trento foi o concílio ecumênico mais longo da História da Igreja Católica. Foi também o concílio que "emitiu o maior número de decretos dogmáticos e reformas, e produziu os resultados mais benéficos", duradouros e profundos "sobre a fé e a disciplina da Igreja".

Para se opor ao protestantismo (chamam-se hoje de evangélicos aqui no Brasil), o concílio emitiu numerosos decretos disciplinares e especificou claramente as doutrinas católicas quanto à salvação.

Foram criados diversos tipos de seminários: os seminários menores recebem alunos mais novos, que não estão ainda em idade para estudar no ensino superior. Os seminários maiores incluem os alunos que estão já na última etapa da sua formação para o sacerdócio e que freqüentam o curso superior de Teologia.

Alem destes, de forma um pouco diferente existem os pré-seminários, que recebem potenciais ingressos nos seminários nas dioceses como centros de formação sacerdotal e confirmou-se a superioridade do Papa sobre qualquer concílio ecumênico. Foi instituído o "Index Librorum Prohibitorum” ( “índice dos Livros Proibidos” ou "Lista dos Livros Proibidos" em português) foi uma lista de publicações proibidas pela Igreja Católica, de "livros perniciosos" contendo ainda as regras da igreja relativamente a livros.

Ofício divino: nome utilizado durante séculos, até ao Concílio Vaticano II, que exprimia o caráter de obrigatoriedade (ofício) desta oração para os clérigos. Ao mesmo tempo, remetia para o dever de rezar, dado por Deus aos seus fiéis. ) e um novo Catecismo (A palavra "catecismo" origina-se do termo grego katecheo que significa informar, instruir e ensinar.). Foi reorganizada também a Inquisição.

A Inquisição foi criada inicialmente para combater o sincretismo (do grego é uma fusão de doutrinas de diversas origens, seja na esfera das crenças religiosas, seja nas filosóficas. entre alguns grupos religiosos, que praticavam a adoração de plantas e animais e utilizavam Lista de métodos de adivinhação.

A Inquisição medieval, da qual derivam todas as demais, foi fundada em 1184 no Languedoc (sul da França) para combater a heresia dos cátaros.

O catarismo (do grego, "puro") foi um movimento cristão, considerado herético pela Igreja Católica que se manifestou no sul da França e no norte da Itália do final do século XI até meados do século XIV. Suas idéias têm fortes paralelos com o gnosticismo.

Gnosticismo (do grego 'conhecimento') é um conjunto de correntes filosófico-religiosas sincréticas que chegaram a mimetizar-se com o cristianismo nos primeiros séculos de nossa era, vindo a ser declarado como um pensamento herético após uma etapa em que conheceu prestígio entre os intelectuais cristãos.

De fato, pode falar-se em um gnosticismo pagão e em um gnosticismo cristão, ainda que o pensamento gnóstica mais significativo tenha sido alcançado como uma vertente heterodoxa (quaisquer opiniões ou doutrinas que discordem de uma posição oficial ou ortodoxa) do cristianismo primitivo.

Ao escrever sobre o gnosticismo quis mostrar que a pedagogia escolástica foi uma reação ao mesmo, então vamos para os fundamentos da pedagogia escolástica.

A Escolástica veio para o Brasil com Cláudio Aquaviva, em 1584, quinto Geral da Companhia, inicia a preparação de um plano definitivo para aplicação em todos os colégios sob direção da Sociedade de Jesus. Porém, este só será promulgado sob forma definitiva, ou seja, como Plano e Instituição de Estudos da Companhia de Jesus (Ratio Atque Instituto Studiorum Societatis Jesu), em 1599, depois de duas versões experimentais.

Neste documento, regulamenta-se o governo do colégio, o conteúdo dos estudos e o procedimento a se seguir no processo educativo, inclusive o comportamento dos professores e dos alunos, como também a formação dos próprios professores.

Os jesuítas não se limitaram ao ensino das primeiras letras; além do curso elementar eles mantinham os cursos de Letras e Filosofia, considerados secundários, e o curso de Teologia e Ciências Sagradas, de nível superior, para formação de sacerdotes, para as elites, para o povo brasileiro “nadinha de nada”.

Aos nativos pregava a utopia do pensamento escolástico com acentos notadamente cristãos, a escolástica surgia da necessidade de responder às exigências da fé, ensinada pela Igreja, considerada então como a guardiã dos valores espirituais e morais de toda a Cristandade.

Por assim dizer, responsável pela unidade de toda a Europa, que comungava da mesma fé. Esta linha vai do começo do século IX até ao fim do século XVI, ou seja, até ao fim da Idade Média. Este pensamento cristão deve o seu nome às artes ensinadas na altura pelos acadêmicos (escolásticos) nas escolas medievais. Estas artes podiam ser divididas em Trivium (gramática, retórica e dialética) e Quadrivium (aritmética, geometria, astronomia e música). A escolástica resulta essencialmente do aprofundar da filosofia.

A Filosofia que até então possuía traços marcadamente clássicos e helenísticos, sofreu influências da cultura judaica e cristã, a partir do século V, quando pensadores cristãos perceberam a necessidade de aprofundar uma fé que estava amadurecendo, em uma tentativa de harmonizá-la com as exigências do pensamento filosófico. Alguns temas que antes não faziam parte do universo do pensamento grego, tais como: Providência e Revelação Divina e Criação a partir do nada passaram a fazer parte de temáticas filosóficas.

A Escolástica possui uma constante de natureza neoplatônica, que conciliava elementos da filosofia de Platão com valores de ordem espiritual, reinterpretadas pelo Ocidente cristão. E mesmo quando Tomás de Aquino introduz elementos da filosofia de Aristóteles no pensamento escolástico, esta constante neoplatônica ainda é presente.

Basicamente, a questão chave que vai atravessar todo o pensamento escolástico é a harmonização de duas esferas: a fé e a razão. O pensamento de Agostinho, mais conservador, defende uma subordinação maior da razão em relação à fé, por crer que esta venha restaurar a condição decaída da razão humana. Enquanto que a linha de Tomás de Aquino defende certa autonomia da razão na obtenção de respostas, por força da inovação do aristotelismo, apesar de em nenhum momento negar tal subordinação da razão à fé.

Para a Escolástica, algumas fontes eram fundamentais no aprofundamento de sua reflexão, por exemplo, os filósofos antigos, as Sagradas Escrituras e os Padres da Igreja, autores dos primeiros séculos cristãos que tinham sobre si a autoridade de fé e de santidade.

Assim, a Ratio Studiorum é um documento que traduz a missão educativa da Companhia num programa concreto e prático. Um instrumento que será utilizado para estender a Contra-Reforma no ensino para além das fronteiras da Espanha, de Portugal, da França, da Itália, da Áustria, da Alemanha do sul, da Rússia, até as colônias espanholas e portuguesas no Novo Mundo, na África e nas índias Orientais.

A Companhia de Jesus foi fundada por Inácio de Loiola e um pequeno grupo de discípulos, na Capela de Montmartre, em Paris, em 1534, com objetivos catequéticos, em função da Reforma Protestante e a expansão do luteranismo na Europa.

Os primeiros jesuítas chegaram ao território brasileiro em março de 1549 juntamente com o primeiro governador·geral, Tome de Souza. Comandados pelo Padre Manoel de Nóbrega, quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola elementar brasileira, em Salvador, tendo como mestre o Irmão Vicente Rodrigues, contando apenas 21 anos. Irmão Vicente tornou·se o primeiro professor nos moldes europeus e durante mais de 50 anos dedicou·se ao ensino e a propagação da fé religiosa.

O mais conhecido e talvez o mais atuante foi o noviço José de Anchieta, nascido na Ilha de Tenerife e falecido na cidade de Reritiba, atual Anchieta, no litoral sul do Estado do Espírito Santo, em 1597. Anchieta tornou·se mestre·escola do Colégio de Piratininga; foi missionário em São Vicente, onde escreveu na areia os "Poemas à Virgem Maria" (De beata virgine Dei matre Maria), missionário em Piratininga, Rio de Janeiro e Espírito Santo; Provincial da Companhia de Jesus de 1579 a 1586 e reitor do Colégio do Espírito Santo. Além disso, foi autor da Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil.

No Brasil os jesuítas se dedicaram a pregação da fé católica e ao trabalho educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e escrever. De Salvador a obra jesuítica estendeu·se para o sul e em 1570, vinte e um anos após a chegada, já era composta por cinco escolas de instrução elementar (Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga) e três colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia).

Todas as escolas jesuítas eram regulamentadas por um documento, escrito por Inácio de Loiola, o Ratio atque Instituto Studiorum, chamado abreviadamente de Ratio Studiorum.

Que era o seguinte:

O plano de estudos (Ratio Studiorum): uma metodologia humanista católica.
A recomendação de um Plano de Estudos já é feita pelas Constituições: deve incluir a determinação dos horários de aula, sua ordem e métodos de execução; determinar os exercícios, tanto de composição (que devem ser corrigidos pelo próprio mestre), como as disputas ou debates públicos.

Tudo isto deve ser assunto de um tratado à parte, a ser aprovado pelo Superior Geral da Companhia. Mas tanto o método quanto o conteúdo devem adaptar-se às exigências da época, do local e das pessoas em questão, o que também é grande inovação.

Diante da rápida expansão da rede de escolas sob a direção da Companhia, tornou-se absolutamente necessária a elaboração desse plano, pois em 1586 já havia 162 colégios, dos quais 147 eram abertos a alunos externos.

Em termos históricos, o reitor do Colégio de Messina, Jerônimo Nadal (1507-74), já tinha elaborado um Programa de Estudos - (Ordo Studiorum) em 1551, modelo seguido por outras escolas da Companhia de Jesus.

No mesmo ano em que Nadal elaborou seu Programa, fundou-se uma escola livre de Gramática, Humanidades e Doutrina Cristã, em Roma: o Colégio Romano, que servirá de inspiração e instrumento de coordenação do ensino, de acordo com os crescentes esforços dos jesuítas que visam primeiro conterem e depois combater o aumento de influência da Reforma Protestante.

A primeira notícia da escola será promulgada sob o seguinte dístico: Scuola di gramática, d'umanità e di dottril1a christíana, grátis (Escola de gramática, de ciências humanas e de doutrina cristã).

Em 1584, Cláudio Aquaviva, quinto Geral da Companhia, inicia a preparação de um plano definitivo para aplicação em todos os colégios sob direção da Sociedade de Jesus. Porém, este só será promulgado sob forma definitiva, ou seja, como Plano e Instituição de Estudos da Companhia de Jesus (Ratio Atque Instituto Studiorum Societatis Jesu), em 1599, depois de duas versões experimentais.

Neste documento, regulamenta-se o governo do colégio, o conteúdo dos estudos e o procedimento a se seguir no processo educativo, inclusive o comportamento dos professores e dos alunos, como também a formação dos próprios professores.

Quanto ao conteúdo, este seguirá o programa do humanismo cristão. O instrumento para sua implantação será o colégio, e o único método para sua realização será a tríplice metodologia, que consiste na preleção, no conserto e na repetição, ou seja, a utopia escolástica que escrevi na pagina 11, índice 4.1.

Reforma no ensino feita pela utopia escolástica, a força nas colônias, para além das fronteiras da Espanha, de Portugal, da França, da Itália, da Áustria, da Alemanha do sul, da Rússia, ela é usada e deve ser usada se as pessoas neméticas quiserem.

Começa aqui as utopias que os professores usam, utopias feitas pelas Elites. Sempre de cima para baixo.

 As utopias utilizadas no período Pombalino no Brasil. 

Em 1755, Sebastião de Melo, ou Marquês de Pombal foi primeiro-ministro do reino de Portugal. Governou com mão de ferro, impondo a lei a todas as classes, desde os mais pobres até à alta nobreza. Impressionado pelo sucesso econômico inglês, tentou, com êxito, implementar medidas que incutissem um sentido semelhante à economia portuguesa. A região demarcada para a produção do vinho do Porto, a primeira região a assegurar a qualidade dos seus vinhos, data da sua governação. Em sua gestão, Pombal pôs em prática um vasto programa de reformas, cujo objectivo era racionalizar a administração sem enfraquecer o poder real. Para atingir essa meta, o ministro incorporou as novas idéias divulgadas na Europa pelos iluministas, mas ao mesmo tempo conservou aspectos do absolutismo e da política mercantilista.

O Marquês de Pombal foi à figura-chave do governo português entre 1750 e 1777. Sua gestão foi um perfeito exemplo de despotismo esclarecido, forma de governo que combinava a monarquia absolutista com o racionalismo iluminista. Uma notável realização de Pombal foi a fundação, em 1774, da Vila Real de Santo António, próxima à foz do rio Guadiana, no sul de Portugal.

Aboliu também a escravatura nas Índias portuguesas, reorganizou o exército e a marinha, reestruturou a Universidade de Coimbra acabando com a discriminação dos "cristãos novos" (pelo menos em parte). Mas uma das mais importantes reformas foi nos campos das economias e finanças, com a criação de companhias e associações corporativas que regulavam a atividade comercial, assim como a reforma do sistema fiscal. Todas estas reformas granjearam-lhe a inimizade das altas classes sociais, em especial da nobreza, apelidando-o - "novo rico".

Em 1758 D. José I é ferido numa tentativa de regicídio. A família de Távora e o Duque de Aveiro foram acusadas como implicados no atentado e executados após um rápido julgamento. Nessa altura Sebastião de Melo não mostrou qualquer misericórdia, tendo perseguido cada um dos envolvidos.43. Período Pombalino

POMBAL E A REFORMA EDUCACIONAL

A política educacional como outra qualquer de Pombal era lógica, prática e centrada nas relações econômicas anglo-portuguesa.

A reforma educacional pombalina culminou com a expulsão dos jesuítas precisamente das colônias portuguesas, tirando o comando da educação das mãos destes e passando para as mãos do Estado. Os objetivos que conduziram a administração pombalina a tal reforma, foram assim, um imperativo da própria circunstância histórica. Extintos os colégios jesuítas, o governo não poderia deixar de suprir a enorme lacuna que se abria na vida educacional tanto portuguesa como de suas colônias.

Para o Brasil, a expulsão dos jesuítas significou, entre outras coisas, a destruição do único sistema de ensino existente no país. Para Fernando de Azevedo, foi “a primeira grande e desastrosa reforma de ensino no Brasil”. Como bem colocou Niskier, “A organicidade da educação jesuítica foi consagrada quando Pombal os expulsou levando o ensino brasileiro ao caos, através de suas famosas ‘aulas régias’, a despeito da existência de escolas fundadas por outras ordens religiosas, como os Beneditinos, os franciscanos e os Carmelitas”. (Niskier, 2001, p. 34).

Enquanto na Metrópole buscava-se construir um sistema público de ensino, mais moderno e popular, na colônia, apesar das várias tentativas, através de sucessivos alvarás e cartas régias. As Reformas Pombalinas no campo da educação, só logrou desarranjar a sólida estrutura educacional construída pelos jesuítas, confiscando-lhes os bens e fechando todos os seus colégios.

É importante destacar que a reforma pombalina no Brasil não foi implementada no mesmo momento e da mesma forma que em Portugal. Foi de quase trinta anos o tempo de que o Estado português necessitou para assumir o controle pedagógico da educação a ser oferecida em terras brasileiras; da completa expulsão dos jesuítas e do desmantelamento sistemático de seu aparelho educacional, dos métodos aos materiais didáticos, até a nomeação de um Diretor Geral dos Estudos que deveria, em nome do Rei, nomear professores e fiscalizar sua ação na colônia.

Através do Alvará Régio de 28 de junho de 1759. O Marquês de Pombal suprimia as escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias ao expulsar os jesuítas da colônia e, ao mesmo tempo, criava as aulas régias ou avulsas de Latim, Grego, Filosofia e Retórica, que deveriam suprir as disciplinas antes oferecidas nos extintos colégios jesuítas.

Estas providências, entretanto, não foram suficientes para assegurar a continuidade e a expansão das escolas brasileiras, constantemente reclamadas pelas populações que até então se beneficiavam dos colégios jesuítas. Portugal logo percebeu que a educação no Brasil estava estagnada e era preciso oferecer uma solução.

Somente quando a Real Mesa Censória, criada em 1767 (inicialmente com atribuição para examinar livros e papéis já introduzidos e por introduzir em Portugal), alguns anos depois, passa a assumir a incumbência da administração e direção dos estudos das escolas menores de Portugal e suas colônias, é que as reformas na instrução ganham meios de implementação. Com as novas incumbências e a partir das experiências administrativas da direção geral de estudos, nos anos anteriores, a Mesa Censória apontou para as necessidades tanto na metrópole quanto na colônia referente ao campo educacional. Assim, os estudos menores ganharam amplitude e penetração com a instituição, em 1772, do chamado “subsídio literário” para manutenção dos ensinos primário e secundário. Como Carvalho (1978) bem explicitou:

“Com os recursos deste imposto, chamado subsídio literário, além do pagamento dos ordenados aos professores, para o qual ele foi instituído, poder-se-iam ainda obter as seguintes aplicações: 1) compra de livros para a constituição da biblioteca pública, subordinada à Real Mesa Censória; 2) organização de um museu de variedades; 3) construção de um gabinete de física experimental; 4) ampliação dos estabelecimentos e incentivos aos professores, dentre outras aplicações” (Carvalho, 1978, p. 128).

Dessa forma, foi implantado o novo sistema educacional que deveria substituir o sistema jesuítico. Aberto que estava à modernidade européia, incorporou partes dos discursos sobre a ação do Estado na educação e passou a empregá-lo para ocupar o vácuo que foi deixado com a saída dos jesuítas, pelo menos no que diz respeito ao controle e gestão administrativa do sistema escolar.

O NOVO SISTEMA
Como vimos, foi através do Alvará Régio de 28 de junho de 1759 que o Marquês de Pombal, ao mesmo tempo expulsou os jesuítas de Portugal e de suas colônias, suprimindo as escolas e colégios jesuíticas e de Portugal e de todas as colônias.

Criou as aulas régias ou avulsas de Latim, Grego, Filosofia e Retórica, que deveriam substituir os extintos colégios jesuítas e criou a figura do “Diretor Geral dos Estudos”, para nomear e fiscalizar a ação dos professores.

As aulas régias eram autônomas e isoladas, com professor único e uma não se articulava com as outras. Destarte, o novo sistema não impediu a continuação do oferecimento de estudos nos seminários e colégios das ordens religiosas que não a dos jesuítas (Oratorianos, Franciscanos e Carmelitas, principalmente).

Em lugar de um sistema mais ou menos unificado, baseado na seriação dos estudos, o ensino passou a ser disperso e fragmentado, baseado em aulas isoladas que eram ministrados por professores leigos e mal preparados.

Com a implantação do subsídio literário, imposto colonial para custear o ensino, houve um aumento no número de aulas régias, porém ainda muito precário devido à escassez de recursos, de docentes preparados e da falta de um currículo regular.

Ademais, vemos uma continuidade na escolarização baseada na formação clássica, ornamental e europeizante dos jesuítas. Isto porque a base da pedagogia jesuítica permaneceu a mesma, pois os padres missionários, além de terem cuidado da manutenção dos colégios destinados à formação dos seus sacerdotes, criaram seminários para um clero secular, constituído por “tios-padres” e “capelães de engenho”, ou os chamadas “padres-mestres”.

Estes, dando continuidade à sua ação pedagógica, mantiveram sua metodologia e seu programa de estudos, que deixava de fora, além das ciências naturais, as línguas e literaturas modernas.

Em oposição ao que acontecia na Metrópole, onde as principais inovações de Pombal no campo da educação como o ensino das línguas modernas, o estudo das ciências e a formação profissional já se faziam presentes.

Por isso, se para Portugal as reformas no campo da educação, que levaram a laicização do ensino representou um avanço.

Criou grupos de discussões educacionais que proliferaram os ideais revolucionários iluministas, veja o grupo de Tiradentes.

“O Brasil não é contemplado com as novas propostas que objetivavam a modernização do ensino pela introdução da filosofia moderna e das ciências da natureza, com a finalidade de acompanhar os progressos do século. Restam no Brasil, na educação, as aulas régias para a formação mínima dos que iriam ser educadas na Europa”. (Zotti, 2004, p. 32)

Nas Instruções do Alvará Régio de 1759 X, transparece claramente o objetivo que norteou a reforma na instrução. A preocupação básica era de formar o perfeito nobre, simplificando os estudos, abreviando o tempo do aprendizado de latim, facilitando os estudos para o ingresso nos cursos superiores, além de propiciar o aprimoramento da língua portuguesa, diversificar o conteúdo, incluir a natureza científica e torná-los mais práticos.

Em substância, tal Alvará teve como significado central a tentativa de manter a continuidade de um trabalho pedagógico interrompido pela expulsão dos jesuítas. A educação jesuítica não mais convinha aos interesses comerciais emanados por Pombal, com seus conhecidos motivos e atos na tentativa de modernização de Portugal, que chegariam também as suas colônias. Assim sendo, as escolas da Companhia de Jesus que tinham por objetivo servir aos interesses da fé não atendiam aos anseios de Pombal em organizar a escola para servir aos interesses do Estado.

É dentro desta ordem e em nome dela que o Alvará de 1759 pode ser visto como o primeiro esforço no sentido da secularização das escolas portuguesas e de suas colônias, entendendo que somente um ensino, dirigido e mantido pelo poder secular, poderia corresponder aos fins da ordem civil.

A ingerência do Estado nas questões de educação começa a ganhar vulto a partir do deste período, concomitante com a idéia do desenvolvimento de sistemas nacionais de educação, ligados aos processos político-sociais de consolidação dos Estados Nacionais europeus.

Seguindo nesta direção, com uma ação intensiva, o Estado português assume definitivamente o controle da educação colonial.

A criação da figura do “Diretor Geral dos Estudos” deixa bem clara, no mesmo “Alvará”, a intenção da Coroa de uniformizar a educação na Colônia e fiscalizar a ação dos professores, desde, já por ela nomeados — do material didático por eles utilizado — também devidamente “recomendado” no mesmo documento — de modo a que não houvesse choque de interesses — isto é, que não houvesse nenhum outro poder, como era o dos jesuítas, a afrontar as determinações da Coroa. Cabe à Coroa a instalação de um novo sistema de ensino, e é exatamente essa a linha pela qual segue o Alvará Régio.

As aulas régias instituídas por Pombal para substituir o ensino religioso constituíram, dessa forma, a primeira experiência de ensino promovido pelo Estado na história brasileira. A educação a partir de então, passou a ser uma questão de Estado. Desnecessário frisar que este sistema de ensino cuidado pelo Estado servia a uns poucos, em sua imensa maioria, filhos das incipientes elites coloniais.

Pedagogicamente, esta nova organização não representou um avanço. Mesmo exigindo novos métodos e novos livros, no latim a orientação era apenas de servir como instrumento de auxílio à língua portuguesa, o grego era indispensável a teólogos, advogados, artistas e médicos, a retórica não deveria ter seu uso restrito a cátedra. A filosofia ficou para bem mais tarde, mas efetivamente nada de novo aconteceu devido principalmente, às dificuldades quanto à falta de recursos e pessoal preparado.

As transformações no nível secundário não afetaram o fundamental, que permaneceu desvinculado da realidade, e buscando o modelo de exterior "civilizado". Quem tinha condições de cursar o ensino superior enfrentava os perigos das viagens, para freqüentar a Universidade de Coimbra ou outros centros europeus. Como as "Reformas Pombalinas" visavam transformar Portugal numa metrópole como a Inglaterra, a elite masculina deveria buscar respaldo fora, para poder servir melhor na sua função de articuladora dos interesses da camada dominante.

Os 27 anos de governo de Pombal caracterizaram-se por uma tentativa de modernização da sociedade e de desenvolvimento da economia portuguesa.

A peculiaridade de Portugal nessa época foi a coincidência do iluminismo com a luta do Estado português para voltar a ser a grande nação da época dos descobrimentos - por meio do fortalecimento do Reino e seu soberano - adaptando-se às técnicas que acreditava terem sido utilizadas pelos seus rivais para ultrapassá-lo - ainda que para tanto devesse se apoiar nas novas idéias da Ilustração, que não poupavam críticas a sua ordem política e social já considerada velha - Pombal tinha essa missão.

Foi um homem eclético, pragmático e obstinado, disposto a tirar de seu caminho tudo que lhe impedisse de alcançar seus objetivos. - em inúmeras oportunidades entrou em conflito com membros da nobreza e do clero – como se percebe a controvérsia está no núcleo da ação pombalina, na combinação particular de métodos que ele utilizou. Eles refletem seu posicionamento entre oportunidade e necessidade.

Era a oportunidade e seu senso prático que o faziam agir independentemente do julgamento de quem quer que fosse. Isso se esclarece por meio das grandes reformas perpetradas por Pombal , como por exemplo: A reconstrução de Lisboa foi possível pela catástrofe do terremoto de 1755. A reforma da área militar seguiu-se à invasão espanhola de 1762. Sua reforma do sistema educacional foi o resultado inevitável da expulsão dos jesuítas. A crescente ênfase nas manufaturas que ocorriam na época acompanhou a criação de um ambiente econômico favorável à substituição das importações.

Portanto, a praticidade, às vezes perversa de Pombal, se traduz nas atividades e reformas estabelecidas pelo Marquês na defesa do absolutismo. Na verdade tratava-se de um oportunista cuja hábil manipulação das circunstâncias nas quais não lhe importavam os métodos, colocou o poder do Estado como o maior de seus objetivos, tendo sido, nesse sentido, o maior reformador de seu tempo. Tratava-se, portanto de manobras sociais para o fortalecimento estado absolutista de Portugal.

Embora a Metrópole portuguesa só abrisse perspectivas para a penetração de um Iluminismo contido, científico na aparência, já que permaneceria submetido à tradição cultural da imitação, memorização e erudição literária, houve um avanço no ensino público português, que passou a formar uma burocracia administrativa mais moderna e eficiente.

Além disso, os professores régios que aqui exerciam a profissão de ensinar foram propulsionadores dos sentimentos liberais e incentivadores das idéias filosóficas que tão significativamente se fizeram atuantes nos últimos trinta anos que antecederam a independência do país.

É muito interessante perceber por quais vias o iluminismo implantou-se no Brasil. É justamente através da política imperial de racionalização e padronização da administração de Pombal que a educação passou para as mãos do Estado, mas essa educação que passou a ser pública, não se faz para os interesses dos cidadãos. Ela serviu aos interesses imediatos do Estado, que para garantir seu status absolutista precisa manter-se forte e centralizado nas mãos e sobre comando de uns poucos preparados para tais tarefas.

Assim, mesmo que aparentemente as ações de Pombal induzam ao entendimento de uma política despótica de benefícios individuais - idéia que não é de toda inválida - é preciso acordar com a análise de Maxwell de que os lucros das reformas pombalinas foram individuais, privados. Mas os interesses foram públicos - no sentido de estatal - na medida em que naquele contexto, iluminismo, racionalidade e progresso têm um significado muito diferente aos quais se deve estar atento: iluminismo no contexto da colônia brasileira tratou-se, na verdade do engrandecimento do poder do Estado e não das liberdades individuais,

Dessa forma, entender o projeto do iluminismo pombalino talvez seja a chave para ajudar a perceber a tradição reformista nas tentativas de construção de um sistema nacional de educação pública realmente voltada aos interesses públicos, que até hoje não se consolidou no Brasil.

Pombal, após a expulsão dos jesuítas, ele estruturou e organizou a escola para servir aos interesses do Estado e do povo democraticamente e bateu de frente com a elite conservadora.

Ele programou As aulas régias que compreendiam o estudo das humanidades, sendo pertencentes ao Estado e não mais restritas à Igreja - foi a primeira forma do sistema de ensino público no Brasil. Apesar da novidade imposta pela Reforma de Estudos realizada pelo Marquês de Pombal, em 1759, o primeiro concurso para professor somente foi realizado em 1760 e as primeiras aulas efetivamente implantadas em 1774, de Filosofia Racional e Moral.

Em 1772 foi criado o Subsídio Literário, um imposto que incidia sobre a produção do vinho e da carne, destinado à manutenção dessas aulas isoladas. Na prática o sistema das Aulas Régias pouco alterou a realidade educacional no Brasil, tampouco se constituiu numa oferta de educação popular, ficando restrita às elites locais.

Ao rei cabia a criação dessas aulas isoladas e a nomeação dos professores, que levavam quase um ano para a percepção de seus ordenados, arcando eles próprios com a sua manutenção. Azevedo (1943, p. 315) menciona a abertura de uma aula régia de desenho e de figura, em 1800, nas principais cidades da orla marítima. E em algumas raras do planalto e do sertão.

Estas "tinham uma estrutura escolar propriamente dita, em que as matérias apresentavam uma seqüência lógica, os cursos tinham uma duração determinada e os estudantes eram reunidos em classe e trabalhavam de acordo com um plano de ensino previamente estabelecido" (Piletti, 1996: 37).
Começou a seriação no Brasil e até hoje é usada é modelo, metodologia os planos de aulas.

A permanência praticamente inalterada do sistema das Aulas Régias no Brasil da virada do século XVIII para o seguinte, estendendo-se ainda durante o primeiro reinado, deveu-se à continuidade dos modelos de pensamento em nossa elite cultural.

Existiu um grande descompasso entre o pretendido pelo governo monárquico – tanto o português quanto o brasileiro, após a independência – e aquilo que as condições sociais e econômicas viriam permitir, dentro de um modelo produtivo excludente, escravista.

O subsídio literário destinava-se a custear as reformas no campo da instrução promovidas pelo Marquês de Pombal, substituindo, como imposto único, todas as coletas que tinham sido lançadas para fazer face às despesas com a instrução pública. Este alvará determina também a instituição da Junta do Subsídio Literário.

Este subsídio foi extinto em 1857. Consistia no pagamento de um real em cada canada de vinho O valor da canada variava de localidade para localidade, mas aproximava-se, normalmente, dos atuais 1,5 litros. A canada de Lisboa equivalia a 480 réis ou um cruzado, começamos mal na distribuição da riqueza brasileira, optaram pelo vinho que vinha de Portugal deixaram de lado as canadas de todos os produtos que eram exportados, como cana de açúcar, carne seca e outros produtos. A distribuição desta era feito pelo presidente da Real Mesa Censória, espécie de conselheiros.

A cobrança deste subsídio pertencia em grande parte aos conselhos, mas cuja gestão era entregue a uma Junta Central que era composta por homens de negócios, ( da para comparar com hoje, os recursos ficam perdidos em tantos institutos, MEC, FUNDEB, etc.).

O pagamento dos professores ficava a cargo da administração central que era um conjunto de instituições e serviços que apóiam tarefas de um órgão central, normalmente com características de decisão de como seria nossa escola.

Começou a centralização do ensino brasileiro como distribuir os dinheiros arrecadados através de mecanismo centralizador, e nunca direto para escola, que permanece até hoje.

Aqui começo a mostrar como as elites que comandam a escola até hoje torna ineficaz.

As utopias no período de D. Pedro I 

Ao declarar a Independência do Brasil e, inspirada na Constituição francesa, de cunho liberal, em 1824 é outorgada a primeira Constituição brasileira. O Art. 179 desta Lei Magna dizia que a "instrução primária e gratuita para todos os cidadãos".

Nas escolas que Pombal montara D. Pedro Em 1823, na tentativa de se suprir a falta de professores, ou do "ensino mútuo", onde um aluno treinado baseado no decurião vindo da idéia do império romano (era um oficial de cavalaria do Exército Romano que comandava um esquadrão (turma) de aproximadamente 30 homens).

Para isto lançou O MÉTODO DE LANCASTER OU MÉTODO LANCASTERIANO

Na historiografia ficou conhecido como Método de Ensino Mútuo, Método Monitorial, Método Inglês de Ensino, Método de Lancaster, Método Lancasteriano de Ensino e também como Sistema de Madras.

O quaker inglês Joseph Lancaster (1778-1838).

Os quakers são uns grupos religioso surgido na Inglaterra, em 1647, como uma dissidência da Igreja Anglicana. Inspirados na crença de que Deus está presente no íntimo de cada um, os quakers não têm líderes religiosos e pregam o recolhimento e a prática da solidariedade.

"Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando" Na prática, porém, os seguidores ficaram conhecidos como quakers: o termo é derivado do verbo 'to quake' - estremecer, em inglês -, em alusão ao que ocorria com os adeptos quando tocados pelo Espírito Santo em suas reuniões. Alguns pseudos pedagogos pregam.

Um dos pilares da fé dos quakers é a crença de que Cristo está presente sempre que os "amigos" se reúnem em silêncio. Como uma das conseqüências disso, dispensa a figura de líderes ou mediadores. Idéia de ser autodidata, apreender sozinho.

"Os quakers notabilizaram-se por crer na manifestação de Deus por meio de uma voz interior. Assim, todos os crentes são considerados ministros em potencial", a ideia de que todos alunos tem potencial.

O pesquisador Douglas Nassif Cardoso, da Universidade Metodista de São Paulo. "Representam uma posição completamente diferenciada, contrários tanto ao Catolicismo quanto ao Protestantismo. Era uma terceira linha que valorizava o contato direto com Deus."

Rejeitando qualquer organização clerical, viviam em recolhimento e pregam a prática do pacifismo, da solidariedade e da filantropia. Depois a igreja católica copiou, hoje dão bolsa auxílio aos carentes, mas ainda controlam as grandes universidades como a PUC, UNISO, etc. E são uma das instituições que mais ganham dinheiro com as camadas que não podem entrar na universidade publica.

Com o objetivo de garantir sua pureza moral, também defendiam atitudes, digamos, nada moderadas: recusavam-se a pagar dízimos à igreja oficial, idéia contemplada para quem queria o ensino laico. E prestar juramento diante dos magistrados nas cortes ou a homenagear autoridades, incluindo o rei. Negavam-se ainda a prestar o serviço militar e a tomar parte nas guerras esta parte é claro que D. Pedro não gostava.

Mas era uma boa idéia para acalmar e confundir os católicos e os ideais liberalistas.

Na entanto, nas colônias inglesas, mantiveram sua postura extremada, que se refletia, também no modo de se vestir. Os fiéis, por exemplo, distinguiam-se por usar longos chapéus pretos em locais fechados ou na presença de autoridades, como um meio de mostrar que não reverenciavam ninguém além de Deus. Ao longo dos anos, porém, o uso da peça se perdeu e a figura tradicional do religioso quaker ficou apenas na história, ou nas embalagens dos alimentos da empresa americana Quaker, que se inspirou na imagem, apesar de não ter relação com a crença.

"Valorizamos a simplicidade e, por isso, usamos roupas baratas, práticas e discretas. Mas participamos da cultura do século, e não há nada que chame a atenção na vestimenta de um quaker moderno em relação às outras pessoas", diz o americano Chel Avery, diretor interino do Centro de Informações Quaker, na Filadélfia.

Atualmente, os quakers concentram-se nos Estados Unidos, no Canadá e na Inglaterra, mas há comunidades em todo o mundo. No Brasil, um grupo se formou na década de 90, mas não vingou. "Reuníamos em São Paulo, mas as pessoas se mudaram e o grupo acabou", conta a americana Linnis Cook, que há 16 anos vive no Brasil e é quaker desde a década de 70. "Mas, no exterior, o movimento continua forte, com tradição em militância social", afirma ela. (Karina Fusco - Revista das Religiões).

A filosofia da simplicidade, a humildade continua nas mentiras das elites que querem este estereótipo para o professor. Muitos dizem que um sacerdócio.

O trabalho pedagógico realizado em Madras, na Índia, pelo pastor anglicano Andrew Bell (1753-1832), e com os ideais reformadores do jurista inglês Jeremy Bentham (1748-1792), autor do Panóptico.

Que é o seguinte. No final do Séc. XVIII o filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham concebeu pela primeira vez a ideia do panóptico. Para isto Bentham estudou “racionalmente”, em suas próprias palavras, o sistema penitenciário. Criou então um projeto de prisão circular, onde um observador poderia ver todos os locais onde houvesse presos. Eis o Panóptico.

Ele também observou que estes mesmos projetos de prisão poderiam ser utilizados em escolas e no trabalho, como meio de tornar mais eficiente o funcionamento daqueles locais. Alguma semelhança com modelos estrutural de nossas escolas! É isso aí, nossa escola foi baseada em prisões.

Estabeleceu em 1798, uma escola para filhos da classe trabalhadora, também utilizando monitores para o encaminhamento das atividades pedagógicas. Todavia, Lancaster amparou seu método no ensino oral, no uso refinado e constante da repetição e, principalmente, na memorização, porque acreditava que esta inibia a preguiça, a ociosidade, e aumentava o desejo pela quietude.

Em face desta opção metodológica ele não esperava que os alunos tivessem “originalidade ou elucubração intelectual” na atividade pedagógica, mas disciplinada mentalmente e fisicamente.

Em Lancaster, o principal encargo do monitor não estava na tarefa de ensinar ou de corrigir os erros, mas sim na de coordenar para que os alunos se corrigissem entre si.

Para Lancaster, os monitores eram os responsáveis pela organização geral da escola, da limpeza e, fundamentalmente, da manutenção da ordem, outra tarefa relevante do monitor lancasteriano. Diferentemente de Comênius.

Comênius defendia sua pedagogia com a máxima: "Ensinar tudo a todos" que sintetizaria os princípios e fundamentos que permitiriam ao homem colocar-se no mundo como autor.

Objetivando a aproximação do homem a Deus, seu objetivo central era tornar os homens bons cristãos - sábios no pensamento, dotados de fé, capazes de praticar ações virtuosas estendendo-se a todos: ricos, pobres, mulheres, portadores de deficiências. A didática é, ao mesmo tempo, processo e tratado: é tanto o ato de ensinar quanto a arte de ensinar.

Salientava a importância da educação formal de crianças pequenas e preconizou a criação de escolas maternais, pois teriam, desde cedo, a oportunidade de adquirir as noções elementares do que deveriam aprofundar mais tarde.

A educação deveria começar pelos sentidos, pois as experiências sensoriais obtidas por meio dos objetos seriam internalizadas e, mais tarde, interpretadas pela razão.

Compreensão, retenção e práticas consistiam a base de seu método didático e, por eles se chegaria às três qualidades: erudição, virtude e religião, correspondendo às três faculdades necessárias - intelecto, vontade e memória.

Fundamentos naturais do método de Comenius: - o fim é o mesmo: sabedoria, moral e perfeição; - todos são dotados da mesma natureza humana, apesar de terem inteligências diversas; - a diversidade das inteligências é tão somente um excesso ou deficiência da harmonia natural; - o melhor momento para remediar excessos e deficiências acontece quando as inteligências são novas.

O método tem como preceitos: - tudo o que se deve saber deve ser ensinado; - qualquer coisa que se ensine deverá ser ensinada em sua aplicação prática, uso definido; - deve ensinar-se de maneira direta e clara; - ensinar a verdadeira natureza das coisas, partindo de suas causas; - explicar primeiro os princípios gerais; - ensinar as coisas em seu devido tempo; - Foi um grande influenciador na educação moderna.

A obra de Comenius é maior paradigma do saber sobre a educação da infância e juventude, utilizando, para isso, um local privilegiado: a escola. Já a Didática Magna apresenta as características fundamentais da escola moderna: - a construção da infância moderna como forma de pedagogização dessa infância por meio da escolaridade formal (até então, as crianças eram tratadas como pequenos adultos); - uma aliança entre a família e a escola, por meio da qual a criança vai se soltando da influência da órbita familiar para a órbita escolar; - uma forma de organização da transmissão dos saberes, baseada no método de instrução simultânea, agrupando-se os alunos; e - a construção de um lugar de educador, de mestre, reservado aos adultos portadores de saberes legítimo.

Propôs um sistema articulado de ensino, reconhecendo o igual direito de todos os homens ao saber. O maior educador e pedagogo do século XVII produziram obra fecunda e sistemática, cujo principal livro é a DIDÁTICA MAGNA. São suas propostas:

A educação realista e permanente;
Método pedagógico rápido, econômico e sem fadiga;
Ensinamento a partir de experiências quotidianas;
Conhecimento de todas as ciências e de todas as artes;

Ensino unificado.

Já Lancaster defendia uma proposta disciplinar de instrução, relacionada à disciplinarização da mente, do corpo e no desenvolvimento de crenças morais próprias da sociedade disciplinar, e não na independência intelectual.

Observa-se a utilização de monitores, no método do educador morávio pressupunha uma organização para a atividade de ensino, no interior da escola, que a equiparasse à ordem vigente nas manufaturas, onde a divisão do trabalho permitia que diferentes operações, realizadas por trabalhadores distintos, se desenvolvessem de ma rigorosamente controlada. Segundo um plano prévio e intencional que as articulava, visando produzir resultados com economia de tempo, de fadiga e de recursos. (...)

Estavam sob pressupostos pedagógicos bastante diferentes entre si. Portanto, considero oportuno problematizar o discurso, consolidado e assumido por uma historiografia de larga tradição, que trata o Ensino Mútuo e o Método Lancasteriano como métodos que se identificam entre si, como iguais, como sinônimos, apesar da visibilidade dos distanciamentos teórico-metodológicos.

Dando conseqüência aos seus propósitos, o educador morávio se investiu da tarefa de procurar e encontrar um processo’ através do qual a escola, ‘uma máquina tão bem construída, ao menos, a construir sobre bons fundamentos, seja posta em movimento’.

Para tanto, existiam ‘impedimentos’, desde ‘a falta de pessoas conhecedoras do método, as quais, abertas e tolas por toda a parte, possam dirigi-las de modo que produzam (...) sólido fruto’, até ‘os pseudo-sábios, cujo coração se compraz na rotina dos velhos hábitos’.

(...)as elaborações de Coménio [também] estão penetradas pela consciência dos condicionamentos econômicos que poderiam comprometer a expansão escolar. Essa consciência se expressa de forma indireta, apenas, quando esse educador afirma a necessidade de a escola oferecer serviços que assegurem economia de tempo e de fadiga.

Para Coménio, então, tratava-se de simplificar e objetivar o trabalho didático, de tal forma que qualquer homem mediano pudesse ensinar. Até então, o mestre era uma figura cujo conhecimento ia muito além da média dos homens. Não raro o professor despontava por sua erudição. Erasmo, expoente do Humanismo e testemunha dessa época anterior, confirma esse entendimento ao exigir que o professor, além ‘de bons costumes e de caráter meigo’, fosse ‘dotado de conhecimentos invulgares’. Esse humanista usa uma outra expressão mais significativa, ainda, para defini-lo: ‘artífice primoroso’. Mas esse tipo de exigência havia sido superado pelo tempo e representava, de fato, um impedimento à expansão dos serviços escolares especialmente se considerado o imperativo de sua universalização. Quando a escola se propôs atender a todos, precisou desvencilhar-se do professor sábio. Por esse motivo, o intróito de Didática Magna afirma, textualmente, a necessidade de ‘investigar e descobrir o método segundo o qual os professores ensinem menos’. Foi esta escola que D. Pedro instalou no país.

Segundo o francês Michel Foucault, iniciou-se um processo de disseminação sistemática de dispositivos disciplinares, a exemplo do panóptico.

Um conjunto de dispositivos que permitiria uma vigilância e um controle sociais cada vez mais eficientes, porém, não necessariamente com os mesmos objetivos “racionais” desejados por Bentham e muitos de seus antecessores e contemporâneos.

Dos anos 60, do Séc. XX, quando Foucault escreveu suas primeiras obras, até o início do Séc. XXI, novas tecnologias de comunicação e informação surgiram, permitindo novas formas de vigilância que por vezes se tornam tão dissimuladas que não são facilmente percebidas pelos indivíduos. Tornam-se também naturalizadas, não deixando claros todos os objetivos de quem se utiliza daquelas novas técnicas de vigilância.

Nestes novos tempos, o nosso, a vigilância também vem adquirir uma nova característica. A possibilidade de observação de todos sobre todos. Hoje é possível ao patrão ler mensagens de correio eletrônico de seu empregado, mas também existe a possibilidade de colegas lerem mensagens de colegas, maridos de esposas, pais de filhos, a partir de ferramentas gratuitas disponíveis na Internet, por exemplo.

As escolas conseguem, a partir de celulares, câmeras digitais vigiam cada metro quadrado da escola e controlam se a escola vai bem ou não.

Governos e crackers ( burocratas) podem, com o instrumento adequado, ter as informações das escolas de qualquer cidadão, a partir de banco de dados individuais (como SAEB, SARESP, ETC).

O panóptico se disseminou. E como afirmou enfaticamente em meados dos anos 90 outro filósofo francês, Gilles Deleuze, isso gerou a criação de uma Sociedade de Controle.

Os dois Lancaster e Comenius deram base para que D. Pedro efetivasse a didática e estrutura predial que encontramos até hoje nas escolas, são verdadeiras prisões com cara de indústria e com sinal de industrial.

Com tempos determinados com matérias feitas em etapas, 50 minutos de matemática, 50 minutos de inglês, tudo sem uma seqüência elas estão compartimentalizada, não tem uma seqüência, há uma ruptura. O aluno se perde seguindo a uma ordem vigente nas manufaturas.

29. As utopias  educacionais utilizadas nos início da República.

Quando o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, datado de 1932, foi escrito durante o governo de Getúlio Vargas e consolidava a visão de um segmento da elite intelectual que, embora com diferentes posições ideológicas, vislumbrava a possibilidade de interferir na organização da sociedade brasileira do ponto de vista da educação.

Redigido por Fernando de Azevedo, dentre 26 intelectuais, entre os quais Anísio Teixeira, Afrânio Peixoto, Lourenço Filho, Roquette Pinto, Delgado de Carvalho, Hermes Lima e Cecília Meireles.

Ao ser lançado, em meio ao processo de reordenação política resultante da Revolução de 30, o documento se tornou o marco inaugural do projeto de renovação educacional do país. Além de constatar a desorganização do aparelho escolar, propunha que o Estado organizasse um plano geral de educação e defendia a bandeira de uma escola única, pública, laica, obrigatória e gratuita.

O movimento reformador foi alvo da crítica forte e continuada da Igreja Católica, que naquela conjuntura era forte concorrente do Estado na expectativa de educar a população, e tinha sob seu controle a propriedade e a orientação de parcela expressiva das escolas da rede privada que continua até hoje.

Contexto e conteúdo

Ao longo da história educacional da Primeira República (1889 - 1930), a oportunidade de acesso e a qualidade do ensino brasileiro se configuraram como privilégio de uma pequena classe dominante em detrimento de grande parcela da população, formada apenas para trabalhar. A escola brasileira, deste período, contribuía para formação de uma casta intelectualizada.

O que se verificará, que, dissociadas sempre as reformas econômicas e educacionais, que era indispensável entrelaçar e encadear, dirigindo-as no mesmo sentido, todos os nossos esforços, sem unidade de plano e sem espírito de continuidade, não logrou ainda criar um sistema de organização escolar, à altura das necessidades do país. O objetivo do manifesto era de ter uma educação voltada para todos sem discriminação de classe social.

Os signatários afirmam:

"Em nosso regime político, o Estado não poderá, decerto, impedir que, graças à organização de escolas privadas de tipos diferentes, as classes mais privilegiadas assegurem a seus filhos uma educação de classe determinada; mas está no dever indeclinável de não admitir, dentro do sistema escolar do Estado, quaisquer classes ou escolas, a que só tenha acesso uma minoria, por um privilégio exclusivamente econômico.

Afastada a idéia de monopólio da educação pelo Estado, num país em que o Estado, pela sua situação financeira, não está ainda em condições de assumir a sua responsabilidade exclusiva, e em que, portanto, se torna necessário estimular, sob sua vigilância, as instituições privadas idôneas. A escola única se entenderá entre nós, não como uma conscrição precoce arrolando, da escola infantil à universidade que até hoje não se concretizou.

Todos os brasileiros e submetendo-os durante o maior tempo possível a uma formação idêntica, para ramificações posteriores em vista de destinos diversos, mas antes como a escola oficial, única, em que todas as crianças, de 7 a 15 anos. Todas ao menos que, nessa idade, sejam confiadas pelos pais à escola pública, tenham uma educação comum, igual para todos.

Começou a unificação nacional de disciplinas e dividir a disciplinas em horários, aulas sem uma seqüência, entra um professor de português em sala e fica uma hora, entra matemática, mais uma hora, não se tem uma seqüência e nem perguntam para os alunos qual matérias eles gostariam de ter.

A escola integral e única proposta pelo manifesto eram definidas em oposição à escola existente, chamada de tradicional. Assim conceituava o manifesto a escola ou educação nova: A educação nova, alargando sua finalidade para além dos limites das classes, assume, com uma feição mais humana, a sua verdadeira função social, preparando-se para formar a hierarquia democrática pela ‘hierarquia das capacidades’, recrutadas em todos os grupos sociais, a que se abrem as mesmas oportunidades de educação.

Ela tem, por objeto, organizar e desenvolver os meios de ação durável com o fim de dirigir o desenvolvimento natural e integral do ser humano em cada uma das etapas de seu crescimento, de acordo com certa concepção de mundo.

Coerentemente com essa definição da "educação nova", os educadores propunham um programa de política educacional amplo e integrador, assim registrado no manifesto: A seleção dos alunos nas suas aptidões naturais, a supressão de instituições criadoras de diferenças sobre base econômica, a incorporação dos estudos do magistério à universidade.

A equiparação dos mestres e professores em remuneração e trabalho, a correlação e a continuidade do ensino em todos os graus e a reação contra tudo que lhe quebra a coerência interna e a unidade vital, constituem o programa de uma política educacional.

Fundada sobre a aplicação do princípio unificador que modifica profundamente a estrutura íntima e a organização dos elementos constitutivos do ensino e dos sistemas escolares.

Mas está no dever indeclinável de não admitir, dentro do sistema escolar do Estado, quaisquer classes ou escolas, a que só tenha acesso uma minoria, por um privilégio exclusivamente econômico.

Afastada a idéia de monopólio da educação pelo Estado, num país em que o Estado, pela sua situação financeira, não está ainda em condições de assumir a sua responsabilidade exclusiva, e em que, portanto, se torna necessário estimular, sob sua vigilância, as instituições privadas idôneas.

A escola única se entenderá entre nós, não como uma conscrição precoce arrolando, da escola infantil à universidade (que beleza de utopia).

Recrutadas em todos os grupos sociais, a que se abrem as mesmas oportunidades de educação. Ela tem, por objeto, organizar e desenvolver os meios de ação durável com o fim de dirigir o desenvolvimento natural e integral do ser humano em cada uma das etapas de seu crescimento, de acordo com certa concepção de mundo.

O manifesto dos pioneiros da Educação Nova – 1932.

“A RECONSTRUÇÃO EDUCACIONAL NO BRASIL - AO POVO E AO GOVERNO”.

Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação. Nem mesmo os de caráter econômico, e não podem disputar a primazia nos planos de reconstrução nacional, primeira mentira.

Pois, se a evolução orgânica do sistema cultural de um país depende de suas condições econômicas, é impossível desenvolver as forças econômicas ou de produção, sem o preparo intensivo das forças culturais e o desenvolvimento das aptidões à invenção. E à iniciativa que são os fatores fundamentais do acréscimo de riqueza de uma sociedade, teoria do desenvolve.

A maior mentira e inicio do Mito do Desenvolvimento.

No entanto, se depois de 43 anos de regime republicano, se der um balanço ao estado atual da educação pública, no Brasil, se verificará que, dissociadas sempre as reformas econômicas e educacionais.

É indispensável entrelaçar e encadear, dirigindo-as no mesmo sentido, todos os nossos esforços, sem unidade de plano e sem espírito de continuidade, não logrou ainda criar um sistema de organização escolar, à altura das necessidades modernas e das necessidades do país.

Está tudo fragmentário e desarticulado. A situação atual, criada pela sucessão periódica de reformas parciais e freqüentemente arbitrárias, lançadas sem solidez econômica e sem uma visão global do problema, em todos os seus aspectos, nos deixa antes a impressão desoladora de construções isoladas. Algumas já em ruína, outras abandonadas em seus alicerces, e as melhores, ainda não em termos de serem despojadas de seus andaimes. E ainda está depois mais de 100 anos.E continua o mesmo blá-blá.

Onde procura a causa principal desse estado antes de inorganização do que de desorganização do aparelho escolar, é na falta, em quase todos os planos e iniciativas, da determinação dos fins de educação (aspecto filosófico e social) e da aplicação (aspecto técnico) dos métodos científicos aos problemas de educação. (Bela utopia.).

Nunca chegamos a possuir uma "cultura própria", nem mesmo uma "cultura geral" que nos convencesse da "existência de um problema sobre objetivos e fins da educação". Bela verdade e vocês não vão resolver. Não se podia encontrar, por isto, unidade e continuidade de pensamento em planos de reformas, nos quais as instituições escolares, esparsas, não traziam, para atraí-las e orientá-las para uma direção.

O pólo magnético de uma concepção da vida, nem se submetiam, na sua organização e no seu funcionamento, a medidas objetivas com que o tratamento científico dos problemas da administração escolar nos ajuda a descobrir, à luz dos fins estabelecidos, os processos mais eficazes para a realização da obra educacional... (Já se passaram 100 anos e ainda surgi pseudos-pedagogos que melhoram utopicamente esta teoria.)
Têm-se essa cultura geral, que lhe permite organizar uma doutrina de vida e ampliar o seu horizonte mental, poderá ver o problema educacional em conjunto, de um ponto de vista mais largo, para subordinar o problema pedagógico ou dos métodos ao problema filosófico ou dos fins da educação. ( até hoje que fim trágico).

Recorrer-se-á a técnicas mais ou menos elaboradas e dominar a situação, realizando experiências e medindo os resultados de toda e qualquer modificação nos processos e nas técnicas, que se desenvolveram sob o impulso dos trabalhos científicos na administração dos serviços escolares. (Ufa! Que centralização).

Movimento de renovação educacional.

Para vermos mais claro e mais longe e desvendarmos, através da complexidade tremenda dos problemas sociais, horizontes mais vastos.

Diretrizes que se esclarecem. Tivemos a iniciativa e assumimos a responsabilidade, e com a qual se incutira, por todas as formas, no magistério, o espírito novo, o gosto da crítica e do debate e a consciência da necessidade de um aperfeiçoamento constante, ( I! Acho que não sei não, foram tantas capacitações) ainda não se podia considerar inteiramente aberto o caminho às grandes reformas educacionais. (agora é a maior utopia)

Vivificou o espírito nesse fecundo movimento renovador no campo da educação pública, nos últimos anos. ( só se for para eles que com suas teorias onde ganharam muito dinheiro e postos nomeados).

Reformas e a Reforma.

Foi uma serena confiança na vitória definitiva de nossos ideais de educação. Em lugar dessas reformas parciais, que se sucedeu na sua quase totalidade, na estreiteza crônica de tentativas empíricas, o nosso programa concretiza uma nova política educacional, que nos preparará, por etapas, a grande reforma ( é realmente uma enganação).

Em cada uma das reformas anteriores, em que impressiona vivamente a falta de uma visão global do problema educativo, a força inspiradora ou a energia estimulante mudou apenas de forma, dando soluções diferentes aos problemas particulares. (ainda continua na mesma)

A educação é uma reforma social, não pode, ao menos em grande proporção, realizar-se senão pela ação extensa e intensiva da escola sobre o indivíduo e deste sobre si mesmo nem produzir-se do ponto de vista das influências exteriores. Senão por uma evolução contínua, favorecida e estimulada por todas as forças organizadas de cultura e de educação. ( no caso vocês).

Finalidades da educação.

Toda a educação varia sempre em função de uma "concepção da vida", é' evidente que as diferentes camadas e grupos (classes) de uma sociedade dada terão respectivamente opiniões diferentes sobre a "concepção do mundo", que convém fazer adotar ao educando e sobre o que é necessário considerar como "qualidade socialmente útil". ( ou suja inocente útil).

O fim da educação não é como bem observou G. Davy, "desenvolver de maneira anárquica às tendências dominantes do educando; se o mestre intervém para transformar, isto implica nele a representação de um certo ideal à imagem do qual se esforça por modelar os jovens espíritos".

A questão primordial das finalidades da educação gira, pois, em torno de uma concepção da vida, de um ideal, ( ou seja, suas utopias) a que devem conformar-se os educandos, e que uns consideram abstrato e absoluto, e outros, concreto e relativo, variável no tempo e no espaço.

Valores mutáveis e valores permanentes.

O equilíbrio entre os valores mutáveis e os valores permanentes da vida humana. É um no novo sistema de educação, que, longe de se propor os fins particulares de determinados grupos sociais, às tendências ou preocupações de classes, os subordina aos fins fundamentais e gerais que assinala a natureza nas suas funções biológicas.

É certo que é preciso fazer homens, antes de fazer instrumentos de produção. ( beleza ) Mas, o trabalho que foi sempre a maior escola de formação da personalidade moral, não é apenas o método que realiza o acréscimo da produção social, é o único método susceptível de fazer homens cultivados e úteis sob todos os aspectos. O Estado em face da educação.A educação, uma função essencialmente pública.
O direito de cada indivíduo é educação integral, o Estado o reconhece e o proclama, o dever de considerar a educação, na variedade de seus graus e manifestações, como uma função social e eminentemente pública, que ele é chamado a realizar, com a cooperação de todas as instituições sociais. A educação que é uma das funções de que a família se vem despojando em proveito da sociedade política, rompeu os quadros do comunismo familiar e dos grupos específicos (instituições privadas), para se incorporar definitivamente entre as funções essenciais e primordiais do Estado.

O Estado, longe de prescindir da família, deve assentar o trabalho da educação no apoio que ela dá à escola e na colaboração efetiva entre pais e professores, entre os quais, nessa obra profundamente social. E tem o dever de restabelecer a confiança e estreitar as relações, associando e pondo o serviço da obra comum essas duas forças sociais - a família e a escola. (começou a culpa da escola).

A questão da escola única.

Em nosso regime político, o Estado não poderá, de certo, impedir que, graças à organização de escolas privadas de tipos diferentes, as classes mais privilegiadas assegurem os seus filhos uma educação de classe determinada; mas está no dever indeclinável de não admitir, dentro do sistema escolar do Estado, quaisquer classes ou escolas, a que só tenha acesso uma minoria, por um privilegio exclusivamente econômico.

A laicidade, gratuidade, obrigatoriedade e co-educação.

A laicidade, que coloca o ambiente escolar acima de crenças e disputas religiosas, alheia a todo o dogmatismo sectário, subtrai o educando, respeitando-lhe a integridade da personalidade em formação, à pressão perturbadora da escola quando utilizada como instrumento de propaganda de seitas e doutrinas.

A gratuidade extensiva a todas as instituições oficiais de educação é um princípio igualitário que torna a educação, em qualquer de seus graus ( cadê a Universidade gratuita para todos).

Eles pregaram até 18 anos, é mais necessária ainda "na sociedade moderna em que o industrialismo e o desejo de exploração humana sacrificam e violentam a criança e o jovem", cuja educação é freqüentemente impedida ou mutilada pela ignorância dos pais ou responsáveis e pelas contingências econômicas. ( começou a obrigatoriedade).

A função educacional.

a) A unidade da função educacional.

A organização de um regime escolar tem que ter bases da unificação do ensino, com todas as suas conseqüências.

A autonomia econômica não se poderá realizar a não ser pela instituição de um "fundo especial ou escolar", ( hoje só se tem uma mera esmola, é bolsa família, ENEM etc.).

Através de impostos e rendas próprias seja administrado e aplicado exclusivamente no desenvolvimento da obra educacional, pelos próprios órgãos do ensino, incumbidos de sua direção.

b) A descentralização.

À União, na capital, e aos estados, nos seus respectivos territórios, é que deve competir a educação em todos os graus, dentro dos princípios gerais fixados na nova constituição, que deve conter, com a definição de atribuições e deveres, os fundamentos da educação nacional.

Ao governo central, pelo Ministério da Educação, caberá vigiar sobre a obediência a esses princípios (é um paradoxo porque centraliza ainda é assim).

Processo educativo.

O conceito e os fundamentos da educação nova.

Nessa nova concepção da escola, que é uma reação contra as tendências exclusivamente passivas, intelectualizas e verbalistas da escola tradicional deve ser dirigida à satisfação das necessidades do próprio indivíduo.

Na verdadeira educação funcional deve estar, pois, sempre presente, como elemento essencial e inerente à sua própria natureza, o problema não só da correspondência entre os graus do ensino e as etapas da evolução intelectual fixadas sobre a base dos interesses. Como também da adaptação da atividade educativa às necessidades psicobiológicas do momento.

Psicobiológico do interesse, que é a primeira condição de uma atividade espontânea e o estímulo constante ao educando (criança, adolescente ou jovem) a buscar todos os recursos ao seu alcance, “graças à força de atração das necessidades”.

A escola nova deve ser reorganizada de maneira que o trabalho seja seu elemento formador, favorecendo a expansão das energias criadoras do educando.

Plano de reconstrução educacional.

As linhas gerais do plano.Ora, assentada a finalidade da educação e definidos os meios de ação ou processos de que necessita o indivíduo para o seu desenvolvimento integral, ficam fixados os princípios científicos sobre os quais se pode apoiar solidamente um sistema de educação. A aplicação desses princípios importa, como se vê, numa radical transformação da educação pública em todos os seus graus, tanto à luz do novo conceito de educação, como à vista das necessidades nacionais devera ter um plano de reconstrução educacional.

O ponto nevrálgico da questão.

A estrutura do plano educacional corresponde, na hierarquia de suas instituições escolares (escola infantil ou pré-primária; primária; secundária e superior ou universitária) aos quatro grandes períodos que apresenta o desenvolvimento natural do ser humano. É uma reforma integral da organização e dos métodos de toda a educação nacional, dentro do mesmo espírito que substitui o conceito estático do ensino por um conceito dinâmico, fazendo um apelo, dos jardins de infância à Universidade, não à receptividade, mas à atividade criadora do aluno. A partir da escola infantil (4 a 6 anos) à Universidade, com escala pela educação primária (7 a 12) e pela secundária (l2 a 18 anos), a "continuação ininterrupta de esforços criadores" deve levar à formação da personalidade integral do aluno e ao desenvolvimento de sua faculdade produtora e de seu poder criador, pela aplicação, na escola.

Para a aquisição ativa de conhecimentos, dos mesmos métodos (observação, pesquisa, e experiência), que segue o espírito maduro, nas investigações científicas. A escola secundária, unificada para se evitar o divórcio entre os trabalhadores manuais e intelectuais, terá uma sólida base comum de cultura geral (3 anos), para a posterior bifurcação (dos 15 aos 18), em seção de preponderância intelectual (com os 3 ciclos de humanidades modernas; ciências físicas e matemáticas; e ciências químicas e biológicas), e em seção de preferência manual, ramificada por sua vez em ciclos. ( esta vendo não de hoje que querem ciclos).

O conceito moderno de Universidade e o problema universitário no Brasil
.A educação superior ou universitária, a partir dos 18 anos, inteiramente gratuita como as demais, deve tender, de fato, não somente à formação profissional e técnica, no seu máximo desenvolvimento, como à formação de pesquisadores, em todos os ramos de conhecimentos humanos. Ela deve ser organizada de maneira que possa desempenhar a tríplice função que lhe cabe de elaboradora ou criadora de ciência (investigação), docente ou transmissora de conhecimentos (ciência feita) e de vulgarizadora ou popularizadora, pelas instituições de extensão universitária, das ciências e das artes. ( continua no papel).

A unidade de formação de professores e a unidade de espírito.
Ora, dessa elite deve fazer parte evidentemente o professorado de todos os graus.

A formação universitária dos professores não é somente uma necessidade da função educativa, mas o único meio de, elevando-lhes em verticalidade a cultura, e abrindo-lhes a vida sobre todos os horizontes.

O papel da escola na vida e a sua função social.

Os progressos da psicologia aplicada à criança começaram a dar à educação bases científicas, os estudos sociológicos, (começou as teorias) definindo a posição da escola em face da vida, nos trouxeram uma consciência mais nítida da sua função social e da estreiteza relativa de seu círculo de ação.

Compreende-se, à luz desses estudos, que a escola, campo específico de educação é um órgão feliz e vivo, no conjunto das instituições necessárias à vida, o lugar onde vivem a criança, a adolescência e a mocidade, de conformidade com os interesses e as alegrias profundas de sua natureza.

A educação, porém, não se faz somente pela escola, cuja ação é favorecida ou contrariada, ampliada ou reduzida pelo jogo de forças inumeráveis que concorrem ao movimento das sociedades modernas. Numerosas e variadíssimas são, de fato, as influências que formam o homem através da existência. ( aqui começa a diferença dos teóricos socialistas dos teóricos capitalistas)

Dessa concepção positiva da escola, como uma instituição social, limitada, na sua ação educativa, pela pluralidade e diversidade das forças que concorrem ao movimento das sociedades, resulta a necessidade de reorganizá-la. ( até quando?).

A democracia é um programa de longos deveres.

O próprio espírito que o informa de uma nova política educacional, democrática, com sentido unitário e de bases científicas baseado em outros países, É preciso, certamente, tempo para que as camadas mais profundas do magistério e da sociedade em geral sejam tocadas pelas doutrinas novas..para nos permitir as conquistas globais, por isto a nova política de educação.. “Deve acabar a centralização do poder e democratizá-la”.

Os obstáculos acumulados, porém, não abateram ainda nem poderão abater os professores. Até hoje estas utopias que escrevi são usadas na formação de professores nas universidades e também há muitos utopistas brasileiros que pseudos-pedagogos socialistas e capitalistas, como Paulo Freire e os discípulos dos pioneiros da educação como Fernando de Azevedo e médico Anísio Teixeira.

Para os utópicos sempre argumentam que a escola deve ser usada para formar cidadania, critica, o engraçado é que a gratuidade só vai até o ensino médio, os alunos ficam com tal cidadania baseada no Ser e não no Ter.

As utopias anteriores estão esgotadas e proponho a Escola Nemética aquela onde os recursos que vem dos impostos irão direto para o aluno, daí ele escola como estudar, seja pela internet ou numa escola em que o aluno escolha a matéria que quer eliminar.

Por exemplo, que eliminar matemática neste ano, ele só estudará matemática, não perde a seqüência lógica. Ele se concentra mais.

Também ele terá oportunidade de qual ele tem mais aptidão ou vocação, numa universidade de letras ele não necessita saber de cateto oposto ou formula gravitacional, e pura perda de tempo e só aborrece os alunos.

Tem alunos que gostam mais de exatas, outros, humanas ou biológicas, é necessário canalizar as energias porque na lei do mínimo possível, ele escolhe, ficaria melhor.

Para eles passarem deve ter no mínimo 8 nas provas oficiais elaboradas em centro de referencias ou escolas de referencias que coletará as digitais deles.

Estas escolas de referencias neméticas deve ser ampla, ter laboratórios, teatro, um belo centro esportivo, as salas de aulas devem ser amplas e separadas, distantes uma das outras para que não prejudique com o barulho do vizinho. Exemplo, numa aula de arte como fazer uma dramatização sem um choro alto, um grito ao lado de uma matéria que requer silêncio como resolução de uma questão de matemática.

A concepção Utópica que está presente desde 1896 no Brasil, esta esgotada e perdidas que dragam os esforços dos professores, alunos e as famílias.

30. Atuais utopias utilizadas na educação com recortes dos utópicos Clássicos 


ANTROPOLOGIA COGNITIVA

A Antropologia Cognitiva, citada por Perrenoud, é um campo teórico-conceitual com ênfase especial no entendimento da estrutura de significação que membros de uma sociedade utilizam para construir a vida cotidiana, os significados compartilhados que fazem a vida social possível, bem como os métodos válidos que auxiliam o pesquisador a descobrir essas significações e avaliar o grau em que elas são compartilhadas e distribuídas em relação a fatores sociais.

A antropologia cognitiva amplia o horizonte de estudos do pensamento humano de uma forma bastante peculiar. Busca entender as variações de pensamento e manifestações comportamentais em diferentes culturas, copia da Teoria de Makarenko.

AUTONOMIA

Esse conceito tem a ver com a possibilidade do educando, paulatinamente, construir as competências e habilidades para continuar aprendendo por conta própria, a possibilidade de tomar as suas decisões num mundo em constante transformação.

As Diretrizes Curriculares Nacionais definem autonomia como um objetivo que se inicia no Ensino Infantil, que deve ser construído de forma gradativa e concretizado no final do Ensino Básico.

Segundo Paulo Freire, o professor, progressista para trabalhar com a perspectiva da autonomia, contribui positivamente para que o educando seja artífice de sua formação, e o ajuda no empenho da busca de investigações, de forma crítica. É indispensável à experiência histórica que só acontece onde há problematização do futuro. Um futuro não determinado, mas que pode ser mudado.

O papel histórico não é só o deconstatar o que ocorre, mas também o de intervir como sujeito de ocorrências, não para se adaptar, mas para mudar a realidade.

Quando se trata da escola, a autonomia se refere à efetiva responsabilidade e poder de decisão atribuída à unidade escolar e as condições para que ela realize essa responsabilidade; tais como suporte técnico, financeiro, recursos humanos, mecanismos de avaliação de resultados e organização da participação dos pais. Copia da Teoria de Vygotsky.

AVALIAÇÃO

A avaliação, na educação tradicional, está restrita a uma prova, na qual os alunos sentados separadamente, em silêncio, de cabeças baixas realizam questões preparadas pelo professor. A estas questões depois de corrigidas, são atribuídas notas de acordo com o desempenho de cada um, a partir da perspectiva do professor. Este procedimento tenta avaliar o desempenho do aprendizado do aluno, porém, não necessariamente leva o professor a avaliar seu próprio desempenho.

Na perspectiva abordada, deve levar em conta que, se a média da classe foi satisfatória, e apenas alguns alunos não apresentaram o desempenho esperado, é possível concluir que os conteúdos foram assimilados pela maioria dos alunos e que esses modificaram atitudes e valores dos educandos. Certamente a metodologia de trabalho do professor foi bem sucedida, embora um trabalho mais individual deva ser realizado com os alunos que não obtiveram bom desempenho.

Porém, se a média da classe foi baixa, pode-se supor que o desempenho do professor não está sendo satisfatório, que o ensino não está sendo significativo para os alunos e que, provavelmente, a metodologia de trabalho adotada precisa de alterações.

A avaliação precisa se entendida como instrumento de compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados e às habilidades desenvolvidas. Ação que necessita ser contínua, pois o processo de construção de conhecimentos pode oferecer muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim rever a sua prática e redirecionar suas ações, se preciso.

Não há lugar para a avaliação autoritária ou classificatória, mas se abre um longo espaço para outros tipos de avaliação: diagnóstica, mediadora, integradora, ou por competências, dependendo da concepção de educação, sendo com certeza, uma forma de melhorar o trabalho e acompanhar cada aluno, melhorando seu desempenho escolar e o trabalho do próprio professor.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, “a avaliação subsidia o professor” com elementos para uma reflexão contínua sobre sua prática. Sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades. Para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. “Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio.”

A avaliação é imprescindível dentro da instituição educacional, porém quando é utilizada apenas como uma forma de obtenção de números pode tornar-se um instrumento de segregação do aluno com dificuldades de aprendizagem. Pode igualmente levar a taxação dos alunos de uma maneira geral, sem proporcionar ao professor uma visão do seu próprio trabalho e do aluno como indivíduo, ou seja, a avaliação quando realizada desta maneira, nivela os alunos como iguais sem que haja a oportunidade de serem enxergados como indivíduos únicos. Copia da Teoria de Vygotsky, Teoria de Makarenko, Teoria de Maria Montessori é uma salada de teorias.

AVALIAÇÃO DE SISTEMAS

A avaliação de sistemas educacionais tem por objetivo o levantamento de informações relevantes, principalmente sobre acesso e qualidade educacionais de determinado sistema de ensino, de modo a subsidiar os elaboradores de políticas públicas e tomadores de decisão em geral a planejar e programar ações que visem à melhoria do sistema avaliado.

Para a avaliação de sistemas educacionais são construídos instrumentos de avaliação, que podem ser testes de larga escala, aliados os questionários de fatores associados que ajudam a levantar as informações desejadas. A avaliação também pode ser amostral em que apenas parte da população educacional é submetida aos testes, ou censitária em que o conjunto total de estudantes é submetido aos testes. Podem, também, ser selecionadas uma ou mais disciplinas para a avaliação.

No contexto Mundialmente, a avaliação de sistemas decorreu, de um lado, da necessidade de racionalizar os recursos existentes para atender a uma crescente demanda populacional por educação e, de outro, para implementar reformas educacionais que buscassem melhor distribuição das oportunidades, diminuindo a exclusão e a desigualdade social. Teoria de Freinet, e continuação das utopias dos teóricos do “O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova(1932)”.

Mais recentemente, na década de 80, crises sociais e econômicas foram responsáveis por mostrar uma nova dimensão à questão educacional, uma vez que a competição entre mercados globais apontou como tendo forte vantagem competitiva nações que haviam elevado à qualidade educativa de sua população. Em face desse novo paradigma que associa educação a desenvolvimento, os olhares se voltaram à eficiência das instituições escolares. Desse modo, as análises advindas das avaliações buscaram verificar a influência de todos os fatores envolvidos na educação, tais como administração escolar, aprendizagem, currículo e, mais recentemente, competências e habilidades cognitivas.

No Brasil, a discussão sobre a montagem de um sistema de avaliação da educação básica surgiu no bojo das discussões sobre redemocratização, e na redefinição dos papéis dos estados, municípios e União, entre 1985 e 1986, tendo em vista a busca de articulação e cooperação entre as instâncias governamentais e a sociedade como um todo.

Assim, precedido de algumas experiências isoladas, teve início em 1988 o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB, cuja última aplicação ocorreu em 2003.

Inspirados pelo SAEB e pela importância das informações que ele traz, alguns estados brasileiros têm desenvolvido seus próprios sistemas de avaliação, como é o caso de São Paulo, Ceará, Goiás, Maranhão, entre outros. Desse modo, o SAEB, juntamente com os sistemas estaduais, tem fornecido informações relevantes que ajudam no desenvolvimento de estratégias de melhoria da educação brasileira.

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

É o processo de avaliação que tem como objetivo detectar o conjunto de conhecimento assimilado pelos alunos no interior do processo ensino aprendizagem. Sua função é processual diante da atividade pedagógica, diferente da ação dirigida ao aluno ou ao conjunto de conhecimento trabalhado, procura observar e integrar as três dimensões, docente, conhecimento, discente, no interior da instituição de ensino. A avaliação diagnóstica deve estar sempre norteada pela proposta pedagógica, tanto no que se refere à concepção e eixos centrais das áreas de conhecimento quanto aos pontos de chegada, uma vez que faz parte do trabalho como um todo. Sabendo aonde quer chegar e como, o professor pode fazer uma avaliação diagnóstica que não o leve a classificar os alunos, mas sim indique caminhos para o trabalho. Deve ser um instrumento do reconhecimento dos caminhos percorridos e a identificação dos caminhos a serem perseguidos. Diante disso a avaliação da aprendizagem escolar deve ser vista como meio e não fim em si mesmo, não sendo dessa forma apenas uma ação mecânica, mas com um objetivo a ser seguido.

É uma avaliação pedagógica e não punitiva que vai além da prova clássica, cujo objetivo é contabilizar acertos e erros. Com a avaliação diagnóstica, o professor deve ser capaz de chegar à matriz do erro ou do acerto, interpretando a produção do aluno. De acordo com a avaliação diagnóstica, o professor precisa localizar num determinado momento, em que etapa do processo de construção/apropriação do conhecimento encontra-se o estudante e, em seguida, identificar as intervenções pedagógicas que são necessárias para estimular o seu progresso. Esse diagnóstico, onde se avalia a qualidade do erro ou do acerto, permite que o professor possa adequar suas estratégias de ensino às necessidades de cada aluno.

Esse conceito está desenvolvido, principalmente nas obras de Cipriano Luckesi e se diferencia da Avaliação Mediadora, principalmente por estar mais adequada à concepção critico social dos conteúdos do que ao construtivismo.

AVALIAÇÃO DIALÓGICA

Conforme definido por Yves de la Taille, a prova clássica, objetiva contabilizar acertos e erros, enquanto a avaliação dialógica é pedagógica e não punitiva. Com a avaliação dialógica, o professor deve ser capaz de chegar à matriz do erro ou do acerto, interpretando a produção do aluno, para isso, ele precisa localizar num determinado momento, em que etapa do processo de construção do conhecimento encontra-se o estudante e, em seguida, identificar as intervenções pedagógicas que são necessárias para estimular o seu progresso avaliando a qualidade do erro ou do acerto, permite que o professor possa adequar suas estratégias de ensino às necessidades de cada aluno, dialogando com o processo de ensino-aprendizagem. Teoria de Freinet, e pseudo-teórico Paulo Freire e outros.

A idéia de avaliação dialógica surgiu a partir da abolição da repetência no ensino fundamental nas escolas públicas, com a chamada progressão continuada. Teoria de Freinet.

AVALIAÇÃO INTEGRADORA

Segundo Zabala, a avaliação é um processo, no qual o professor precisa de objetivos claros, saber o que as crianças já conhecem e preparar o que eles devem aprender — tudo em função de suas necessidades (avaliação inicial). O segundo passo é selecionar conteúdos e atividades adequadas àquela turma (avaliação reguladora). Periodicamente, ele deve parar e analisar o que já foi feito, para medir o desempenho dos estudantes (avaliação final). Ao final, todo o processo tem de ser repensado, de forma a mudar os pontos deficientes e aperfeiçoar o ensino e a aprendizagem (avaliação integradora).

AVALIAÇÃO MEDIADORA

Jussara Hoffman (Avaliar para Promover, as Setas do Caminho, 2004), na perspectiva de superação das práticas avaliativas positivistas e classificatórias (baseadas em verdades absolutas, critérios objetivos, padronização e estatísticas), que tem como objetivo classificar e selecionar no processo de seriação. Provocar atitudes alienadas e reprodutoras, com visão centrada no professor e em medidas padronizadas, em disciplinas fragmentadas na lógica da competição, propõe uma avaliação em favor de uma ação consciente e reflexiva sobre o valor das situações avaliadas e do exercício do diálogo entre os envolvidos. Teoria de Decroly

Assim, se confere ao educador uma grande responsabilidade no compromisso com o objeto avaliado e com sua própria aprendizagem – daí a avaliação mediadora, fundada na ação pedagógica reflexiva, com o objetivo explícito de promover melhoria na situação avaliada. Em se tratando da avaliação da aprendizagem, sua finalidade não é o registro do desempenho escolar, mas a observação contínua das manifestações de aprendizagem para desenvolver ações educativas que visem à promoção, a melhoria das evoluções individuais. Teoria de Vygotsky, Teoria de Dewey, Teoria da Lauro de Oliveira Lima.

A finalidade da avaliação mediadora é subsidiar o professor, como instrumento de acompanhamento do trabalho, e a escola, no processo de melhoria da qualidade de ensino, para que possam compreender os limites e as possibilidades dos alunos e delinear ações que possam favorecer seu desenvolvimento.

A finalidade da avaliação é promover a evolução da aprendizagem dos educandos e a promoção da qualidade do trabalho educativo, colocando a avaliação a serviço da aprendizagem, da formação, proporcionando cidadania. Mobilizando em busca de sentido e significado da ação, tendo à intenção de acompanhamento permanente de mediação e intervenção pedagógica favorável a aprendizagem, tendo visão dialógica, de negociação, se referenciado na interdisciplinaridade e na contextualização, respeitando as individualidades, confiando na capacidade de todos, na interação e na socialização do processo avaliativo. Segundo a autora, da mesma forma que o professor media a questão do conhecimento com o aluno a avaliação deveria mediar este processo, para desta forma tornar possível a identificação de problemas na aprendizagem do aluno, bem como no método que o professor emprega para realizá-lo. Teoria de Wallon, Teoria de Gagné,

AVALIAÇÃO POR COMPETÊNCIAS

A avaliação numa abordagem por competências, segundo Perrenoud, deve verificar não só os conhecimentos, mas, a capacidade do aluno no enfrentamento de novas situações. Ela deve estar baseada em critérios relacionados com o saber, saber ser e saber fazer, privilegiar a resolução de problemas, pois as tarefas devem ser contextualizadas; estimular a colaboração entre pares; o contrato didático; valorizar os conhecimentos anteriores e os valores dos alunos e verificar o grau de domínio das competências visadas; promover a auto-avaliação e definir de forma clara os critérios para realizá-la. Karl Rogers.

AVALIAÇÕES EXTERNAS

No final dos anos 70, solidificou-se nos Estados Unidos o conceito de que a educação é a principal mola propulsora do desenvolvimento dos povos. Essa idéia acabou se disseminando pelo mundo, tendo com isso aflorado preocupações muito significativas sobre algumas questões essenciais. Deixou-se de supervalorizar a acumulação de conteúdos a fim de priorizar habilidades e competências.

O importante, quando se fala em avaliações externas, é considerar que elas devem obedecer a certos quesitos, como isenção, sigilo, universalidade, seriedade e simultaneidade na aplicação das provas, para que dessa forma elas sejam confiáveis, oferecendo segurança aos avaliados, quer sejam eles alunos ou instituições.

Os Objetivos das avaliações Externas são: oferecer subsídios à formulação, reformulação e monitoramento de políticas públicas e programas de intervenção ajustados às necessidades diagnosticadas nas áreas e etapas de ensino avaliadas; identificar os problemas e as diferenças regionais do ensino; produzir informações sobre os fatores do contexto socioeconômico, cultural e escolar que influenciam o desempenho dos alunos; proporcionar aos agentes educacionais e à sociedade uma visão clara dos resultados dos processos de ensino e aprendizagem e das condições em que são desenvolvidos e desenvolver competência técnica e científica na área de avaliação educacional, ativando o intercâmbio entre instituições educacionais de ensino e pesquisa. Teoria de Skinner.

BEHAVIORISMO

O Behaviorismo ( behavior, em inglês, comportamento) se trata de uma corrente técnico-teórica da Psicologia. Teve origem com o lançamento, em 1913, do manifesto “A Psicologia tal como a vê um Behaviorista”, de John B. Watson. Ele afirmava que a Psicologia deveria ser redefinida como estudo do comportamento, ou uma filosofia de uma ciência do comportamento que estuda a relação entre comportamento e ambiente. Nesse estudo, que começou com a observação de animais, é verificado o comportamento de um indivíduo em ambientes cuidadosamente controlados, oferecendo uma alternativa para o estudo do comportamento humano.

Mais tarde, Skinner desenvolveu o conceito de condicionamento operante, no qual o animal que estava sob observação era premiado após realizar um determinado comportamento almejado, sendo reforçado com um prêmio. Skinner ainda desenvolveu uma máquina de ensino, onde se aprendia paulatinamente, encontrando-se as respostas que levavam ao prêmio imediato.

BULLYING

É como se caracterizam as formas de atitudes agressivas intencionais e recorrentes praticadas, sem motivação evidente, por crianças e adolescentes, executadas dentro de uma relação desigual de poder. Os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima. Esse tipo de comportamento causa nas pessoas que são seu alvo humilhação, dor e angústia. Afeta estudantes, pais e professores no mundo inteiro.

A palavra bullying é derivada do verbo inglês bully, que significa usar a superioridade física para intimidar alguém. Também tem valor de adjetivo, com o significado de “valentão” e/ou “tirano”. Não existe uma tradução na língua portuguesa capaz de expressar as várias situações de bullying, mas, em geral, ela está associada a ações como colocar apelidos, ofender, humilhar, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, dominar, agredir, bater, chutar, empurrar, ferir, roubar, etc.

Comumente, vemos no ambiente escolar, crianças, desde muito pequenas, e adolescentes, colocando apelidos nos colegas, criando estigmas, discriminando-os por serem obesos, negros, pobres, pela sua orientação sexual ou religiosa, por pertencerem a diferentes tribos e grupos, etc. Nova teoria utópica de BEAUDOIN & TAYLOR.

Esse cenário pode passar despercebido por parte dos educadores que vêem às vezes, esses comportamentos como brincadeiras. Porém, para os que sofrem bullying, é algo muito mais sério e, por vezes, trágico.

Além de causar danos cruéis, o bullying está disseminado nas escolas, e seus comportamentos característicos tendem a aumentar rapidamente com o avanço da idade dos alunos. Os motivos que levam a esse tipo de violência são extremamente variados e estão relacionados com as experiências que cada indivíduo tem em sua família e/ou comunidade.

As práticas de bullying apresentam características, como comportamentos deliberados e danosos, produzidos de forma repetitiva em período prolongado de tempo contra uma mesma pessoa; mostra uma relação de desequilíbrio de poder, o que dificulta a defesa da vítima; não há motivos evidentes; acontece de forma direta, por meio de agressões físicas e verbais, e de forma indireta, por meio de agressões morais e psicológicas, caracterizando-se pela disseminação de rumores que visam à discriminação, ao preconceito e à exclusão.

Mais do que um fenômeno, para, o bullying é uma cultura na escola, mas não é algo natural e inevitável entre os jovens. Muitos alunos têm dificuldades, não só de auto-aceitação e de convivência com seus pares, mas também de aprendizagens.

Diante dessa realidade é necessário criar situações favoráveis às aprendizagens e à formação cidadã dos indivíduos. Assim, para BEAUDOIN & TAYLOR, ao trabalhar o Bulling na escola, deve-se fortalecer o vínculo que se refere ao estar junto e também à realização de atividades conjuntas, impedindo o surgimento de sérios problemas entre os alunos, como as brigas, a competição, o desrespeito, ajudando-os a serem tolerantes uns com os outros, a aceitar a diversidade em sala de aula e a aproveitar o tempo que passam na escola. De novo o estudante é culpado.

CICLOS

Os ciclos de formação, políticas de ciclos ou ensino por ciclos são uma alternativa apresentada para a organização do ensino básico da Educação Básica em resposta aos diversos problemas apresentados pelo ensino seriado, sistema escolar predominante no Brasil até o início dos anos 90. No estado de São Paulo, os ciclos foram implantados a partir de 1997, através do regime de progressão continuada.

Segundo a proposta oficial, o objetivo da Progressão Continuada seria possibilitar que, os alunos aprendessem cada vez mais, mediante a eliminação de dificultadores os quais, supostamente, estariam interrompendo o processo de aprendizagem dos alunos e levando-os à reprovação, em especial, a desconsideração dos conhecimentos construídos pelos alunos no decorrer do ano letivo. As idéias básicas do regime de progressão continuada, fundamentadas em princípios da psicologia do desenvolvimento, da aprendizagem e da teoria sócio - construtivista da educação, são: - toda criança é capaz de aprender;

-toda interação professor/aluno e aluno/aluno resulta em aprendizagem;

-a aprendizagem ocorre em um movimento não linear, o que permite que alunos atrasados em relação ao seu grupo consigam avançar e dominar conteúdos que, até então, eram considerados inacessíveis;

-a aprendizagem é um processo contínuo e sem retrocessos, conseqüentemente, a repetência é capaz de destruir a auto - estima do aluno e sabotar a sua capacidade de aprender. Em termos operacionais, a evolução escolar do educando dentro dos ciclos é de avanço contínuo. Assim, os alunos poderão progredir do 1o até o 5o ano (ciclo I) e do 6º até o 9º ano (ciclo II) continuamente. Ao final de cada ciclo (5o série e 9º ano ), caso não atinjam os parâmetros de aprendizagem, conhecimento e habilidades desejáveis, têm o direito de fazer a recuperação de ciclos, por um ano letivo.

O processo de avaliação é contínuo e cumulativo, possibilitando que necessidade de atividades de reforço e recuperação seja diagnosticada rapidamente e que as dificuldades detectadas possam ser solucionadas o mais brevemente possível.

Com a proposta de atender aos agrupamentos de alunos com ritmos e dificuldades variados sugere-se, além da realização de atividades coletivas, em pequenos grupos ou individuais, o planejamento de situações de trabalho diversificado. O que exige do professor a elaboração, o planejamento de atividades diferentes e o equilíbrio na formação de grupos mais autônomos, para que os alunos mais adiantados possam auxiliar aqueles que precisam de maior colaboração.

O ponto de partida do trabalho deve ser o cotidiano do aluno, seu real contexto de aprendizagem, trazendo-se para a sala de aula o que já se conhece para ser retomado e reconhecido e, a partir daí, ampliar-se em direção a um outro patamar de conhecimento sistematizado. Teoria de Piaget, Teoria de Dewey.

CIDADANIA

É, juntamente com a preparação para o mundo do trabalho, um dos objetivos centrais da educação escolar brasileira, definidos pela Constituição Federal e Pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação). O termo cidadania se refere aos direitos e deveres das pessoas. Considerando-se como centrais os direitos políticos que se referem ao direito de votar e ser votado para ser representante da população nos poderes executivo, legislativo e judiciário; e os direitos civis, como o direito à liberdade de expressão, à vida, a propriedade e também direitos sociais, como ter acesso à educação, saúde, segurança e moradia.

Foi somente no século V a.C. (antes de Cristo), em Atenas, cidade-estado da Grécia, que a política passou a ser atividade não só de soberanos, mas também de um determinado grupo de homens designados como CIDADÃOS, pois nasceu na própria CIDADE de Atenas.

Nesse século, após vencerem os persas, os atenienses transformaram a sua cidade no maior centro intelectual do mundo grego e construíram um sistema político em que, pela primeira vez, a soberania era atributo de determinados membros da cidade. Essa experiência grega é considerada a primeira proposta de DEMOCRACIA que a humanidade conheceu e aconteceu no período em que a cidade foi governada por Péricles.

Entre os povos romanos, eram considerados cidadãos todos aqueles que viviam na cidade de Roma e gozavam dos benefícios de participar da vida política, como os patrícios (aristocratas), no século II d.C. O direito de ser cidadão romano havia se estendido também a alguns habitantes das terras conquistadas pelos romanos. Mas, o conceito atual de cidadania remete à Revolução Francesa, na qual o termo foi adaptado aos objetivos dela e definitivamente associado à ideia de democracia.

Na história dos povos ocidentais, a idéia de cidadania foi sendo construída e conquistada de várias formas e em vários momentos diferentes. Atualmente, por vezes, o termo aparece adjetivado como, por exemplo: cidadania responsável, cidadania política, etc. Que se iniciou com Pestallozi.

COGNIÇÃO

Cognição é derivada da palavra latina cognitione, que significa a aquisição de um conhecimento através da percepção. É o ato ou processo de conhecer, que envolve percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. A palavra cognição tem origem nos escritos de Platão e Aristóteles.

É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento e na percepção, também na classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas. De uma maneira mais simples, podemos dizer que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos.

A cognição é mais do que simplesmente a aquisição de conhecimento e consequentemente, a nossa melhor adaptação ao meio - mas é também um mecanismo de conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno. É um processo pelo qual o ser humano interage com os semelhantes e com o meio em que vive sem perder a sua identidade existencial. Ela começa com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre à percepção. É, portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na nossa memória.

COMPETÊNCIAS

As competências e habilidades são inseparáveis da ação, mas exigem domínio de conhecimentos. Competências se constituem num conjunto de conhecimentos, atitudes, capacidades e aptidões que habilitam alguém para vários desempenhos da vida. As competências pressupõem operações mentais, capacidades para usar as habilidades, emprego de atitudes, adequadas à realização de tarefas e conhecimentos. De acordo com Vasco Moretto, "as competências são um conjunto de habilidades harmonicamente desenvolvidas e que caracterizam, por exemplo, uma função/profissão específica: ser arquiteto, médico ou professor de química. As habilidades devem ser desenvolvidas na busca das competências.”.

Para ele um dos sentidos de competência aflora na utilização da palavra no senso comum quando utilizamos expressões como "vou procurar um dentista, mas quero que seja competente", ou "meu irmão é um pianista competente". Todas elas têm o mesmo sentido: uma pessoa é competente quando tem os recursos para realizar bem uma determinada tarefa. A expressão isolada "fulano é competente" não tem muito sentido, provocando outra pergunta: "competente para fazer o quê?" Poderíamos dizer que Ronaldinho (jogador de futebol) é mais, ou menos competente que Guga (tenista)?

Vislumbrando as varias acepções de competências, parece mais lógico o conceito de competência relacionado à capacidade de bem realizar uma tarefa, ou seja, de resolver uma situação complexa. Para isso, o sujeito deverá ter disponíveis os recursos necessários para serem mobilizados com vistas a resolver a situação na hora em que ela se apresente.

Educar para competências é, então, ajudar o sujeito a adquirir e desenvolver as condições e/ou recursos que deverão ser mobilizados para resolver a situação complexa. "Assim, educar alguém para ser um pianista competente é criar as condições para que ela adquira os conhecimentos, as habilidades, as linguagens, os valores culturais e os emocionais relacionados à atividade específica de tocar piano muito bem" (Moretto).

A competência tem de ser flexível. Nesta analise, a idéia de competência é: “como me viro diante de uma situação complexa”? A pessoa que realmente adquiriu uma competência tem condições de resolver este tipo de situação com criatividade. Assim, a metodologia com relação a competências precisa dar conta de situações novas. Teoria de Skinner, Teoria de Piaget, Teoria de Dewey, Rogers, Decroly é uma salada de novo.

O trabalho em grupo e a pedagogia de projetos estão se destacando como facilitadores para uma nova metodologia. Na prática Não estamos conseguindo separar a idéia de competência de conteúdos, a escola traz para os alunos respostas para perguntas que eles não fizeram: o resultado é o desinteresse; As perguntas são mais importantes que as respostas.

COMPETÊNCIA RELACIONAL

Essa forma de competência é interdependente, ou seja, não basta ser muito entendido em uma matéria, não basta possuir objetos potentes e adequados, pois o importante é “como esses fatores interagem". A competência relacional expressa esse jogo de interações. É comum na escola um professor saber relatar bem um problema que está acontecendo em sala de aula, mas na própria aula não saber resolver situações relacionadas com a indisciplina, espaço ou tempo.

Numa partida de futebol, para fazer gol, não basta que o jogador saiba chutar a gol, fazer embaixadas, correr com a bola no pé, é necessário que saiba coordenar tudo isso no momento da partida.

No caso de uma conferência, a qualidade do texto (competência do objeto) não é condição suficiente para que ela atinja os objetivos do conferencista, é necessário fazer uma boa leitura (competência do sujeito), considerando as reações da platéia, o ritmo, as pausas, etc. (competência relacional).

A situação de jogo é um bom exemplo de competência relacional, pois essa forma sempre se expressa em um contexto de interdependência. "Não se ganha o jogo na véspera", como se diz usualmente. Na véspera, há muitas ações que se podem realizar (treinar, estudar outras partidas, etc.), mas são as leituras ou interpretações, no momento do jogo propriamente dito, as tomadas de decisão, as coordenações entre ataque e defesa que definirão as possibilidades de ganhar ou perder. Por isso, o jogo é uma boa metáfora para tantas outras situações que, como ele, depende de competência relacional. A sala de aula é um bom exemplo disso. Muito se pode e deve fazer previamente: estudar, preparar e selecionar materiais, escrever o texto ou definir o esquema a ser seguido. Mas há outros fatores que só podem e deve ser definidos no momento da aula, em função de outros que não se podem antecipar, justamente porque são construídos no jogo das interações entre o professor, seus alunos e os materiais de ensino. De novo uma salada.

COMPOSIÇÃO DOS NÍVEIS DE ENSINO

Nome dado aos diferentes estágios da educação escolar.

A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), no seu Art. 21, estabelece a divisão da educação escolar em dois blocos: a Educação Básica (que compreende três níveis, a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio) e a Educação Superior. As outras formas de educação tratadas pela LDB classificam-se como modalidades, já que podem localizar-se nos diferentes níveis da educação escolar.

COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM

A sociedade atual vive transformação social e produtiva marcadas por grandes avanços tecnológicos e que exigem das pessoas maior formação e flexibilidade no desenvolvimento de novas competências.

Essa nova realidade tem sido identificada por muitos autores como constitutiva da Sociedade de Informação. Diante de tal contexto, a escola torna-se mais importante do que em tempos anteriores, como espaço de democratização da sociedade, podendo garantir o acesso à informação e desenvolver a capacidade de selecioná-la e utilizá-la, transformando-a em conhecimento.

Segundo Guiomar N. Mello (2002), há um papel fundamental da escola enquanto espaço público, solidário e comunicativo, para o qual as tecnologias da informação e da comunicação (TICS) - bem como os espaços e práticas de potencialização de interações entre diferentes sujeitos - são fundamentais enquanto ferramentas de transformação da escola implica uma transformação social e cultural na escola e no seu entorno porque envolve mudança de hábitos e atitudes das famílias, profissionais da educação (incluindo-se professores e professoras), alunos e alunas e de toda a comunidade em torno da idéia de construir uma escola onde todas as pessoas aprendam à comunidade de aprendizagem.

Na escola, tal transformação envolve a participação de todos os agentes educativos, por meio de diálogo igualitário, o qual considera que todas as pessoas, independente de idade, raça, sexo ou nível escolar pode estabelecer comunicação em busca de construção de consensos. O importante é que o diálogo busque as formas de superar os obstáculos à aprendizagem.

CONFLITO ESCOLAR

É uma alternativa potente e viável para a diminuição da violência escolar. Álvaro Crispino nos mostra um estudo onde jovens entre 14 e 18 anos apontam o quanto à escola e a educação povoam o seu imaginário, o quanto estes ainda vêem na escola e na educação instrumentos importantes para suas vidas e o quanto a violência na escola os afasta de seus sonhos ou os amedronta.

Para o autor, a massificação da educação garantiu o acesso dos alunos, mas por outro lado, expôs a escola a um contingente de alunos cujo perfil ela – a escola – não estava preparada para absorver. Antes, o aluno tinha um tipo padrão, com expectativas padrões, com passados semelhantes, com sonhos e limites aproximados, os perfis eram muito próximos. Com a massificação, no mesmo espaço escolar, temos alunos com diferentes vivências, diferentes expectativas, sonhos, valores, culturas hábitos [...], mas a escola permaneceu a mesma! É este conjunto de diferenças o causador de conflitos que, quando não trabalhados, provocam uma manifestação violenta. Essa é a causa primordial da violência escolar.

Os problemas novos da violência escolar no Brasil são um problema antigo em outros países e para isso são necessárias políticas públicas dirigidas aos diversos atores. O conflito é a manifestação da ordem em que ele próprio se produz e da qual se derivam suas conseqüências principais. O conflito é a manifestação da ordem democrática, que o garante e o sustenta.

A ordem e o conflito são resultados da interação entre os seres humanos. A ordem, em toda sociedade humana, não é outra coisa senão uma normatização do conflito.

No espaço escolar, professores e alunos dão valores diferentes à mesma ação e reagem diferentemente ao mesmo ato: isso é conflito. Como a escola está acostumada historicamente a lidar com um tipo padrão de aluno, ela apresenta a regra e requer dos alunos enquadramento automático.

Quanto mais diversificado for o perfil dos alunos (e dos professores), maior será a possibilidade de conflito ou de diferença de opinião. E isso numa comunidade que está treinada para inibir o conflito, pois este é visto como algo ruim, uma anomalia do controle social. Teoria de Vygotsky, Teoria de Gagné.

Porém, o mito de que o conflito é ruim está ruindo. O conflito começa a ser visto como uma manifestação mais natural e, por conseguinte, é necessários às relações entre pessoas, grupos sociais, organismos políticos e Estados.

O conflito é inevitável e não se devem suprimir seus motivos, até porque ele possui inúmeras vantagens dificilmente percebidas por aqueles que vêem nele algo a ser evitado: Ajuda a regular as relações sociais; ensina a ver o mundo pela perspectiva do outro e permite o reconhecimento das diferenças, que não são ameaça, mas resultado natural de uma situação em que há recursos escassos.

CONHECIMENTOS PRÉVIOS

Para a pedagogia contemporânea, não se deve considerar conhecimentos prévios os conteúdos trabalhados anteriormente pelo docente, a partir de suas perspectivas e do que ele considera como conhecimentos necessários visando os conteúdos que pretende trabalhar. Para a concepção construtivista, a aprendizagem de um novo conteúdo é produto de uma atividade mental realizada pelo aluno, atividade na qual constrói e incorpora, à sua estrutura mental, os significados e representações relativas ao novo conteúdo. Essa construção, não pode ser realizada a partir do nada.

Aprender passa pela possibilidade de entrar em contato com um novo conhecimento a partir de algo que já conhecemos. Esses conhecimentos prévios são os fundamentos da construção de novos significados. As aprendizagens serão mais significativas, na medida em que os educandos consigam estabelecer relações entre seus conhecimentos prévios e o novo conteúdo. Para César Coll, conhecimento prévio “é a representação que uma pessoa possui em um determinado momento de sua história, sobre uma parcela da realidade”.

Os PCNS apontam que “as crianças trazem de sua experiência pessoal uma série de conhecimentos relativos ao corpo, ao movimento e à cultura corporal. A escola deve promover a ampliação desses conhecimentos, permitindo sua utilização em situações sociais”.

CONSTRUTIVISMO

É uma das correntes teóricas empenhadas em explicar como a inteligência humana se desenvolve partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio.

Esta concepção do conhecimento e da aprendizagem tem como base, principalmente, as teorias da epistemologia genética de Jean Piaget e da pesquisa sócio-histórica de Lev Vygotsky, além da teoria sobre a afetividade de Henri Wallon. Parte da idéia de que o homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob a influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar seu próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada.

Nesta concepção, o conhecimento não se traduz em atingir a verdade absoluta, em representar o real tal como ele é, mas numa questão de adaptação (noção trazida da biologia) do organismo a seu meio ambiente. Assim, o sujeito do conhecimento está o tempo todo modelando suas ações e operações conceituais com base nas suas experiências.

O construtivismo como corrente pedagógica contemporânea, deriva do escolanovismo de Dewey, movimento que em seu tempo assumiu uma concepção reformista e uma atitude transformadora dos processos escolares. Poder-se-ia dizer, em outras palavras, que o Construtivismo seria, em todo caso, um elo que se desprendeu desse grande movimento pedagógico, cujas implicações ideológicas e culturais ainda estão vigentes nas práticas educativas de nosso tempo.

CONTEXTUALIZAÇÃO

De forma geral, é o ato de vincular o conhecimento à sua origem e à sua aplicação. A idéia de contextualização entrou em pauta com a reforma do ensino médio, a partir LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996, que orienta para a compreensão dos conhecimentos para uso cotidiano. Tem origem nas definições dos Parâmetros Curriculares Nacionais (Pcns), que são guias para orientar a escola e os professores na aplicação do novo modelo. De acordo com esses documentos, orienta-se para uma organização curricular que, entre outras coisas, trate os conteúdos de ensino de modo contextualizado, aproveitando sempre as relações entre conteúdos e contexto para dar significado ao aprendido, estimular o protagonismo do aluno e estimulá-lo a ter autonomia intelectual.

Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, “contextualizar o conteúdo que se quer aprendido significa em primeiro lugar assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto”. Na escola o conhecimento é quase sempre reproduzido das situações originais nas quais acontece sua produção.

Por essa razão quase sempre o conhecimento escolar se vale de uma transposição didática para na qual a linguagem joga papel decisivo.

O tratamento contextualizado do conhecimento é o recurso que a escola tem para retirar o aluno da condição de espectador passivo. Se bem trabalhado, permite que ao longo da transposição didática, o conteúdo do ensino provoque aprendizagens significativas que mobilizam o aluno e estabeleçam entre ele e o objeto do conhecimento uma relação de reciprocidade.

“A contextualização evoca por isto áreas, âmbitos ou dimensões presentes na vida pessoal, social e cultural, e mobiliza competências cognitivas já adquiridas.”

Porém se percebe que raras vezes conseguimos, em nossas aulas, contextualizar os conteúdos escolares, o que provoca o desenvolvimento de aulas nas quais não há uma dimensão mais ampla do conteúdo, em suas inserções sociais, culturais, políticas e econômicas. O aluno só se motiva para os estudos quando o assunto trabalhado desperta o seu interesse, vendo na aprendizagem a satisfação de sua necessidade de conhecimento.

Uma das críticas ao ensino tradicional é o fato de não considerar interesses da vida do aluno, levando esse ao desinteresse pelo que é ensinado em sala de aula.

Libâneo no seu livro “Didática (1990) aponta que “ao selecionar os conteúdos da série em que irá trabalhar, o professor precisa analisar os textos, verificar como são abordados os assuntos para enriquecê-los com sua própria contribuição e a dos alunos, comparando o que se afirma com fatos, problemas, realidades da vivência real dos alunos, Já Paulo Freire, em Educação como Prática de Liberdade (1974) diz que “ensinar é uma prática social, uma ação cultural, pois se concretiza na interação entre professores e alunos, refletindo a cultura e os contextos sociais a que pertence.”. Se não for assim, não se trata de contextualização.

Portanto, o novo currículo vai exigir que “todo conhecimento tenha como ponto de partida a experiência do estudante, o contexto onde está inserido e onde ele vai atuar como trabalhador, cidadão, um agente ativo de sua comunidade”. A contextualização também pode ser entendida como um tipo de interdisciplinaridade, na medida em que aponta para o tratamento de certos conteúdos como contexto de outros.

Considerando a ação pedagógica ou didática, o conceito contextualização significa que o educador deve relacionar seus objetivos e conteúdos com os vários níveis de possíveis ligações sociais no universo do aluno e da instituição de ensino. Neste sentido o trabalho docente deve objetivar o maior nível possível de interações no interno e externo da instituição escolar.

CONTRATO DIDÁTICO

O contrato didático é o conjunto de comportamentos do professor que são esperados pelo aluno e o conjunto de comportamentos do aluno que são esperados pelo professor, além do conjunto de comportamentos esperados desses para com a comunidade escolar e vice versa. São “expectativas”. Esse contrato é renovado e adaptado por intermédio de alguma forma de negociação. Trata-se da relação professor/aluno/saber/comunidade e sofrem influência dos contextos nos quais se estabelecem, ou seja, de fatores externos.

Pode haver a ruptura contratual. Isso ocorre quando os indivíduos envolvidos na relação (professores, alunos e comunidade escolar) manifestam uma conduta não declarada anteriormente, e dessa forma “rompem o contrato”, quando se torna necessária uma nova normatização, e, portanto, um novo contrato é estabelecido.

É interessante colocarmos, que num primeiro momento, esse contrato, geralmente, é aceito silenciosamente pelos alunos.

Porém, a adesão pode ocorrer por meio de negociação. Além disso, devem ser feitas considerações na relação professor/aluno/saber/comunidade porque se trata de relações implícitas estabelecidas entre eles, sobretudo porque estas exercem influência no processo ensino aprendizagem, propriamente dito. Teoria de Vygotsky.

BOM CANSEI DE REMARCAR AS IMITAÇÕES DOS TEÓRICOS PELOS NOSSOS IMITADORES PEDAGOGOS. É só seguirem os destaques que dei no início e que esta na ultima pagina deste livro.

CURRÍCULO

A palavra vem do latim e significa percurso, carreira, curso. (...)

Aplicado à educação o currículo sofre transformações em sua trajetória, tendo definições diferenciadas nos períodos históricos. O currículo passa por uma dimensão filosófica, uma dimensão, sócio-antropológica e uma dimensão psicológica.

Até pouco tempo, falar de currículo significava falar dos conteúdos socialmente construídos pela humanidade e transmitidos na escola, de forma fragmentada. Muitos consideram, até hoje, apenas a grade curricular, ou seja, a divisão em disciplinas e os conteúdos trabalhados por elas. O currículo explicitava e hierarquizava os graus escolares e os critérios de avaliação por mérito ou prestígio. O conceito se ampliou para adaptar-se às exigências da sociedade contemporânea e tem a ver com a forma de ensino e os conteúdos trabalhados na busca do desenvolvimento do raciocínio e, portanto, na busca da autonomia nas crianças e jovens.

Atualmente o currículo é visto como um conjunto formado por todas as atividades pedagógicas realizadas na escola, que além do conteúdo tradicional propedêutico envolve habilidades e competências que estejam voltadas para questões valorativas, procedimentais e atitudinais, em todo o âmbito escolar e não somente na sala de aula.

Não devemos confundir planejamento com currículo. O planejamento é o ato de organizar na escola os passos e métodos que serão utilizados para aplicar as questões curriculares. As questões curriculares são definidas em Lei, nas diversas Diretrizes Curriculares Nacionais, editadas pela Câmara da Educação Básica do Conselho Nacional de Educação.

A definição de conteúdos não é estabelecida nacionalmente. As escolas devem ter autonomia curricular, tendo por base os PCNS (Parâmetros Curriculares Nacionais), mas devendo ser flexível, respeitando-se o disposto na LDB: 75% da sua composição levando em conta a Base Nacional Comum e, 25%, perfazendo a Parte Diversificada que deve respeitar características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.

CURRÍCULO EM AÇÃO

Segundo Geraldi (1994), o currículo em ação é o conjunto de experiências vividas pelos alunos dentro ou fora da escola, mas sob responsabilidade desta, no decorrer da trajetória escolar. O currículo em ação mostra fragmentos marcados pelo massacre dos alunos e pelo tédio, tendo como referência o livro didático que dá direção ao processo pedagógico, expropriado do professor, pois segundo o autor, é o livro didático quem adota o professor e não o contrário.

As aulas são quase sempre iguais, os alunos ouvem, copiam, fazem exercícios, falam quando os docentes autorizam, mas normalmente não tem resposta. As carteiras são enfileiradas e ocorre à separação entre meninos e meninas, e os docentes reclamam do não cumprimento correto das ordens, com o fato de não fazer a lição de casa, não responder o exercício completo, fugir dos limites do tempo estabelecido, falar e bagunçar quando devem fazer lição, correr quando devem caminhar, etc.

O padrão de tempo, atividades, formas de relação, da postura esperada do aluno A divisão dos alunos fortes e fracos, por componentes e áreas curriculares, pela separação da escola e do mundo cultural da criança, hora de copiar e de fazer o copiado, pela separação de gêneros e pela divisão dos que entram no padrão e dos que resistem a ele, tudo isso são componentes que ajudam a compor o mosaico do currículo em ação.

CURRÍCULO OCULTO

Para Michel Apple esse é um tema central para ser examinado. Ele mostra que no passado se enfatizava a formação de hábitos e práticas automatizadas e não conscientes que pouco tinham a ver com o conhecimento trabalhado nas escolas.

Assim, o currículo explicito aquilo que se ensina nas escolas, ficava sem exame.

Era como se houvesse uma espécie de consenso tão sedimentado de que os conhecimentos escolares eram os conhecimentos da humanidade sobre cada uma das disciplinas escolares, que não havia por que analisá-los. Apple mostra que as disciplinas escolares se consolidaram de forma a apagar um processo central na história de sua constituição: “a tradição seletiva”.

Aquilo que é definido como conhecimento escolar, é na verdade, um recorte, uma seleção, entre a inúmera variedade de conhecimentos produzidos por diferentes culturas em diferentes períodos históricos. O currículo oculto não é apenas um fenômeno presente na geração de comportamentos, mas também na reprodução tão questionada de conhecimentos escolares declarados como universalmente válidos e neutros.

Aquilo que a escola chama de conhecimento é na verdade um recorte, que se estabeleceu como oficial, relegando as outras formas de conhecimento à periferia. As outras formas de conhecimento são chamadas pejorativamente de “folclore”, ou “saber popular”. É crucial atentar para as dinâmicas que reduzem os horizontes dos alunos ao tratar conhecimentos como neutros.

Segundo Tomás Tadeu da Silva "O currículo oculto é constituído por todos aqueles aspectos do ambiente escolar que, sem fazer parte do currículo oficial, explícito, contribuem, de forma implícita para aprendizagens sociais relevantes (...) o que se aprende no currículo oculto são fundamentalmente atitudes, comportamentos, valores e orientações...”.

DIALÉTICA

Dialética era, na Grécia antiga, a arte do diálogo. Aos poucos, passou a ser a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão.

Na acepção moderna, entretanto, dialética significa outra coisa: é o modo de pensarmos as contradições da realidade, o modo de compreendemos a realidade como essencialmente contraditórias em permanente transformação.

O conceito de dialética é utilizado por diferentes doutrinas filosóficas e, de acordo com cada uma, assume um significado distinto.

Para Platão, a dialética é sinônima de filosofia, o método mais eficaz de aproximação entre as idéias particulares e as idéias universais ou puras. É a técnica de perguntar, responder e refutar que ele teria aprendido com Sócrates (470 a.C. – 99 a.C.).

Platão considera que apenas através do diálogo o filósofo deve procurar atingir o verdadeiro conhecimento, partindo do mundo sensível e chegando ao mundo das idéias. Pela decomposição e investigação racional de um conceito, chega-se a uma síntese, que também deve ser examinada, num processo infinito que busca a verdade.

Aristóteles define a dialética como a lógica do provável, do processo racional que não pode ser demonstrado. "Provável é o que parece aceitável a todos, ou à maioria, ou aos mais conhecidos e ilustres", diz o filósofo.

Kant retoma a noção aristotélica quando define a dialética como a "lógica da aparência". Para ele, a dialética é uma ilusão, pois se baseia em princípios que são subjetivos.

O método dialético possui várias definições, tal como a hegeliana e a marxista entre outras.

Para alguns, ela consiste em um modo esquemático de explicação da realidade que se baseia em oposições e em choques entre situações diversas ou opostas. Diferentemente do método causal, no qual se estabelecem relações de causa e efeito entre os fatos (ex: a radiação solar provoca a evaporação da água, esta contribui para a formação de nuvens, que, por sua vez, causa as chuvas), o modo dialético busca elementos conflitantes entre dois ou mais fatos para explicar uma nova situação decorrente desse conflito.

DIALOGICIDADE

Segundo Paulo Freire, ela está em permitir aos alunos agir e refletir sobre a ação pedagógica realizada, diferente de um refletir exclusivo da mente do professor. Aí se chega à práxis, ou a "teoria do fazer", com ação e reflexão simultâneas, em reciprocidade.

O diálogo ganha importância ao permitir a liberdade de expressão, ao conceder aos participantes do processo de ensino e aprendizagem o controle da ação. Dialogar para refletir, dizer para construir seu entendimento. Não há como questionar sem diálogo, pois monólogo significa imposição do conhecimento. Dialogar significa expor-se em público, combater a imposição de conteúdos e ajustar coletivamente a compreensão dialética do conhecimento problematizado, por novas vias de esclarecimento.

DISLEXIA

Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, a dislexia é um dos muitos distúrbios de linguagem, de origem neurológica, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples.

A dislexia não é uma doença, e por isso não podemos falar em cura. Ela é congênita e hereditária, sua sintomas podem ser identificados desde a pré-escola, e podem ser aliviados e contornados com acompanhamento adequado.

Há dados que mostram diferenças entre os dois hemisférios cerebrais dos disléxicos e alteração do lado direito do cérebro, justificando o desenvolvimento maior da intuição, da criatividade, da aptidão para as artes, do raciocínio que dá preferência ao todo, da subjetividade, e das qualidades que são características do hemisfério direito.

É o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Ao contrário do que muitos pensam a dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio econômico ou baixa inteligência.

Os alunos que possuem dislexia, assim como outros distúrbios de linguagem, são considerados com necessidades educacionais especiais e, segundo a LDB, devem ser inseridos, preferencialmente, no sistema regular de ensino. Como é uma dificuldade de aprendizagem perceptual, pode ser de natureza mais visual, auditiva ou mista. É dividida em três graus: leve, moderado e severo.

Como é uma síndrome geralmente detectada na infância, o papel do professor é muito importante, principalmente na fase da alfabetização. Perceber algo errado com o aluno é essencial para evitar traumas futuros.

A dislexia sempre se caracteriza como um distúrbio da organização das funções cerebrais, que se desenvolvem desde o nascimento e que são necessárias no momento da aprendizagem da leitura. Porém, ao contrário do que se possa pensar, não tem a ver com o nível mental.

As dificuldades de aprendizagem relacionadas com a linguagem podem ser inicialmente diagnosticadas pelo professor a partir de algumas observações, como observar, por exemplo, se a criança fica excessivamente tensa ao ler, se segue à linha com o dedo, se a leitura silenciosa é mais rápida que a oral, se movimenta a cabeça ao longo da linha, se movimenta os lábios ou murmura ao ler, se é dispersa, tem atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem, se tem falta de interesse por livros impressos.

A reeducação consiste, sobretudo, em exercícios e treinamento adequados das funções necessárias à leitura, que estão imaturas, assim, como esquema corporal, orientação espacial, percepção e uma revisão da alfabetização feita de maneira a fixar definitivamente os elementos onde se encontrem as maiores dificuldades.

DISCALCULIA

Discalculia é a incapacidade de compreender o mecanismo do cálculo e a solução de problemas. Porém, não é qualquer dificuldade para aprender matemática que pode ser considerada discalculia.

O que geralmente ocorre é a exigência, principalmente nas séries iniciais, de a criança ir mais além do que consiga operar, o que pode gerar um distúrbio neurológico decorrente de uma falha na formação dos circuitos neuronais por onde passam os impulsos nervosos.

Podemos perceber a discalculia, segundo Andréa Mafra (2005) "quando há um retardo no aprendizado das relações de tamanho (menor e maior), contigüidade espacial, identificação dos dedos e, mais tarde, se expressa através da dificuldade nas funções de pareamento, reversibilidade e compreensão das quantidades e dos signos visuais (números)".

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Nome dado ao processo de integração dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus graus. A idéia da educação inclusiva tem base no princípio da inclusão social, tendo em vista a equiparação de oportunidades e, conseqüentemente, uma sociedade para todos.

O processo de inclusão envolve não só o acesso dos alunos especiais às classes comuns como também o fornecimento de suporte técnico e serviços na área de educação especial através dos seus profissionais.

A opção pela educação inclusiva partiu de um consenso geral entre os que trabalham no campo educacional. Que resultou em documentos produzidos em grandes congressos internacionais patrocinados pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), e cujo teor tentava estabelecer os fundamentos de uma nova política educacional mundial, menos excludente e mais inclusiva. Os principais documentos mundiais que visam à inclusão social são a Convenção de Direitos da Criança (1988), a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e, em especial, a Declaração de Salamanca (1994).

A tendência mundial que consolidou a educação inclusiva tem sido atribuída aos movimentos de direitos humanos e de desinstitucionalização manicomial que surgiram a partir das décadas de 60 e 70.

EDUCAÇÃO PROPEDÊUTICA

Em geral, refere-se a uma educação iniciadora para uma especialização posterior. Como característica principal, temos uma preparação geral básica capaz de permitir o desdobramento posterior de uma área de conhecimento ou estudo.

EMPIRISMO

Teoria segundo a qual todo conhecimento provém da observação e da experiência. Algo é "empírico" quando a sua veracidade ou falsidade pode ser verificada tendo como referência os fatos que a experiência revelou. Assim sendo, "empírico" é aquilo que se baseia exclusivamente pela experiência, baseada não na teoria, mas sim, em fatos ocorridos. Na ciência, o empirismo deve suas bases modernas a John Locke e David Hume, e como método científico defende que as teorias devem ser baseadas na observação (investigação empírica) e no raciocínio dedutivo.

Locke argumentou que a mente seria, originalmente, um "quadro em branco" (tabula rasa), sobre o qual é gravado o conhecimento, cuja base é a sensação. Ou seja, todas as pessoas, ao nascer, o fazem sem saber de absolutamente nada, sem impressão nenhuma, sem conhecimento algum. Todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela experiência, pela tentativa e erro.

Historicamente, o empirismo se opõe a escola conhecida como racionalismo, segundo a qual o homem nasceria com certas idéias inatas, as quais iriam "aflorando" à consciência e constituiriam as verdades acerca do Universo. A partir dessas idéias, o homem poderia entender os fenômenos particulares apresentados pelos sentidos. O conhecimento da verdade, portanto, independeria dos sentidos físicos.

ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio)

Avaliação criada pelo Ministério da Educação (MEC) em 1998 com a proposta de analisar as competências e habilidades fundamentais dos alunos do Ensino Médio para a inserção social e o exercício da cidadania, tirando do centro das atenções às disciplinas escolares. A criação do Enem encontra-se no contexto da reforma do Ensino Médio, prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, que introduziu importantes mudanças na educação brasileira.

A prova do Enem geralmente é composta por questões de múltipla escolha e uma redação dissertativa elaborada a partir de um tema de ordem social, cultural ou política. Os participantes recebem o Boletim Individual de Resultados, pelos Correios, com duas notas: uma para a parte objetiva e outra para a redação e, também, uma interpretação dos resultados obtidos para cada uma das cinco competências avaliadas nas duas partes da prova. Muitas universidades brasileiras utilizam os resultados do Enem nos seus processos de seleção. Os métodos de uso podem variar: algumas reservam vagas aos participantes que obtiverem média maior ou igual à determinada nota; outras acrescentam pontos à primeira ou à segunda fase de seus vestibulares, e outras ainda substituem a nota do vestibular pela do Enem.

A idéia do Enem é também servir de referência para o professor implementar a reforma do Ensino Médio em sala de aula, desenvolvendo os conteúdos de forma contextualizada e interdisciplinar.

EQUIDADE

Consiste na adaptação da regra existente à situação concreta, observando-se os critérios de justiça e igualdade. Pode-se dizer, então, que a equidade adapta a regra a um caso específico, a fim de deixá-la mais justa, levando em conta a moral social e o regime político vigente. Não é o mesmo que igualdade. A equidade requer o reconhecimento das diferenças. O tratamento não deve ser igual para todas, as diferenças devem ser consideradas e compensadas, de acordo com esse conceito, o direito ao acesso aos conhecimentos deve ser igual para todos, mas o tratamento deve ser diferente porque as pessoas são diferentes.

EPISTEMOLOGIA

A expressão "epistemologia" deriva das palavras gregas "episteme", que significa "ciência", e "logia" que significa "estudo", podendo ser definida em sua etimologia como "o estudo da ciência".

Epistemologia ou teoria do conhecimento é o estudo ou tratado do conhecimento da ciência, ou ainda, o estudo filosófico da origem, natureza e limites do conhecimento. O desafio da "epistemologia" é responder "o que é" e "como" alcançamos o conhecimento. Diante dessas questões da epistemologia surgem duas posições:

O empirismo, para o qual o conhecimento deve ser baseado na experiência, ou seja, no que for apreendido pelos sentidos e o racionalismo, que prega que as fontes do conhecimento se encontram na razão, e não na experiência.

ERGONOMIA COGNITIVA

A ergonomia, aplicada aos estudos no campo da educação, interessa-se pela investigação da dinâmica que considera o sujeito, a atividade e o contexto como um todo. De modo mais específico, trata-se de um ponto de vista centrado no desenvolvimento dos conhecimentos em contexto.

Nessa perspectiva, o ensino é uma "situação situada", ou seja, uma atividade complexa cujo objetivo é a adaptação a uma situação. Consequentemente, não se pode descrever analisar, compreender esta atividade sem descrever, analisar e compreender a situação. Portanto, é conveniente considerar simultaneamente os limites da situação de ensino e as características dessa atividade profissional, tendo em vista a análise do saber-ensinar.

Os dois pólos – atividade e situação – são inseparáveis. As regras da situação impõem uma organização à atividade dos docentes que, ao mesmo tempo, selecionam e definem as regras às quais eles respondem. Este duplo controle do sujeito (ator) sobre seu contexto e do contexto sobre a atividade do ator é polimorfo (assume diversas formas) e complexo. Trata-se de uma interação regulada segundo diversas modalidades, das mais diretas (quando o contexto provoca e controla diretamente alguns componentes da atividade do ensino), às mais indiretas (quando a ação resulta de uma deliberação mental).

Esta interação pode corresponder a uma adaptação (ou seja, é no interior da ação que este duplo movimento de controle se opera), ou a uma diferenciação (uma atividade antecipadora de um lado, e retroativa de outro lado, que permite um enquadramento antecipador e metacognitivo da mesma). A análise ergonômica se esforça para levar em conta estas duas vertentes e integrá-las em um quadro analítico geral.

ESCOLA ABERTA

Trata-se de abrir a escola com projetos esportivos e culturais abrangendo alunos, professores e comunidade. Esse projeto determina o passo gigantesco em busca dos saberes educacionais futuros, pois encontram uma boa relação entre as partes, a valorização humana e a compreensão da importância educacional e utiliza o espaço existente e disponível para uma estreita relação entre inteligência e afetividade.

Segundo Morin, a "Escola de portas abertas" fortalece e introduz, aleatória e intencionalmente, o estabelecimento da capacidade de reagir emocionalmente, porque "em um estágio superior da razão dominante da emoção, propõe um eixo intelecto/afeto que de certa forma introduz a capacidade de emoções indispensáveis aos restabelecimentos racionais".

A necessidade da integração, sociedade e escola nos impõem à preocupação de fazer do ambiente educacional a parte integrante e necessária da educação moderna e participativa.

ESCOLA APRENDENTE

É a escola que também aprende que comunga da concepção de que o conhecimento não é apenas o historicamente acumulado. É aquela que considera o seu aluno como portador de conhecimentos. A escola deixa de ser instituição que simplesmente ensina e passa a ser aquela que também aprende a ensinar.

ESCOLA NOVA

Jonh Dewey foi o precursor teórico da Escola Nova, um observador das relações entre educação e produção e entre educação e sociedade. O "learning by doing" (aprender fazendo) é o centro da unidade de instrução e trabalho. Dewey foi um transformador da escola, e não da sociedade; ele tenta adequar a escola à vida produtiva real, ou seja, à sociedade e aos avanços capitalistas.

Exalta o tema da espontaneidade da criança, da necessidade de aderir à evolução de sua psique, solicitando a educação sensório-motora e intelectual através de formas adequadas.

O jogo, a livre atividade, o desenvolvimento afetivo, a socialização e o trabalho são elementos educativos sempre presentes: é por isso que depois foram chamadas de ativas. São escolas nos campos, no meio dos bosques, equipadas com instrumentos de laboratório, baseadas no auto-governo e na cooperação, onde se procura ao máximo respeitar e estimular a personalidade da criança.

Portanto, o conhecimento da psicologia infantil e da psicologia da idade evolutiva, tanto da criança individual como da infância e da adolescência em geral, são temas essenciais do escolanovismo.

O trabalho, nas escolas, com essa orientação pedagógica, não se relaciona tanto ao desenvolvimento industrial, mas ao desenvolvimento da criança: não é preparação profissional, mas de elemento de moralidade didática. Os representantes desta tendência são críticos radicais da escola e da educação tradicionais. Alguns autores consideram a Escola Nova, precursor do construtivismo.

ESTÉTICA DA SENSIBILIDADE

Em conjunto com a Ética da Identidade e a Política da Igualdade, são, segundo as Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, os mecanismos de formulação e implementação das políticas públicas educacionais. Dessa forma, os valores estéticos políticos e éticos que inspiram a Constituição e a LDB, deve articular-se com a sensibilidade, a igualdade e a identidade, de maneira complementar.

Guiomar Namo de Mello, nas Diretrizes, afirma que “a estética da sensibilidade vem substituir a da repetição e padronização, hegemônica na era das revoluções industriais. Ela estimula à criatividade, o espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado, a afetividade, para facilitar a constituição de identidades capazes de suportar a inquietação, conviver com o incerto, o imprevisível e o diferente. (…), valoriza a leveza, a delicadeza e a sutileza(...), realiza um esforço permanente para devolver ao âmbito do trabalho e da produção, a criação e a beleza daí banalizados pela moralidade industrial taylorista. (...) procura não limitar o lúdico a espaços e tempos exclusivos, mas integrar diversão, alegria e senso de humor as dimensões de vida, muitas vezes consideradas afetivamente austeras como a escola, o trabalho, os deveres, a rotina cotidiana (...), transformar o uso do tempo livre num exercício produtivo porque criador (…) e que aprendam a fazer do prazer, do entretenimento, da sexualidade, um exercício de liberdade responsável.

Ela facilitará o reconhecimento e valorização da diversidade cultural brasileira e das formas de perceber e expressar a realidade própria dos gêneros, das etnias, e das muitas regiões e grupos sociais do país.

É um substrato indispensável para uma pedagogia que se quer ser brasileira, portadora da riqueza de cores, sons e sabores deste país, aberta à diversidade dos nossos alunos e professores, mas que não abdica da responsabilidade de constituir cidadania para um mundo que se globaliza e de dar significado universal aos conteúdos da aprendizagem”.

ÉTICA DA IDENTIDADE

Em conjunto com a Política da Igualdade e a Estética da Sensibilidade são, segundo as Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, os mecanismos de formulação e implementação das políticas públicas educacionais. Dessa forma, os valores estéticos políticos e éticos que inspiram a Constituição e a LDB, devem articular-se com a sensibilidade, a igualdade e a identidade, de maneira complementar.

Guiomar Namo de Mello, nas Diretrizes, afirma que “a Ética da Identidade substitui a moralidade dos valores abstratos da era industrialista e busca a finalidade ambiciosa de reconciliar no coração humano aquilo que o dividiu desde os primórdios da idade moderna: o mundo da moral e o mundo da matéria, o privado e o público, enfim a contradição expressa pela divisão entre a”igreja” e o”estado”. Essa ética se constitui a partir da estética e da política e não por negação delas. (…).

Reconhece que a educação é um processo de construção de identidades. Educar sob a inspiração da ética não é transmitir valores morais, mas criar as condições para que as identidades se constituam pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito a igualdade a fim de que orientem suas condutas por valores que respondam as exigências do seu tempo. ”(...) Ela é expressa por “um permanente reconhecimento da identidade própria e do outro. No reconhecimento reside talvez a grande responsabilidade da escola como lugar de conviver e, na escola, do adulto educador, para a formação da identidade das futuras gerações.” (…).

“Tem como fim mais importante a autonomia, constituindo identidades mais aptas a incorporar a responsabilidade e a solidariedade. Neste sentido, a ética da identidade supõe uma racionalidade diferente daquela que preside a dos valores abstratos, porque visa formar pessoas solidárias e responsáveis por serem autônomas”.

ETIMOLOGIA

É a parte da gramática que trata da história ou origem das palavras e da explicação do significado de palavras através da análise dos elementos que as constituem. Por outras palavras, é o estudo da composição dos vocábulos e das regras de sua evolução histórica.

Algumas palavras derivam de outras línguas, possivelmente de uma forma modificada (as palavras-fontes são chamadas étimos). Por meio de antigos textos e comparações com outras línguas, os etimologistas tentam reconstruir a história das palavras - quando eles entram em uma língua, quais as suas fontes, e como a suas formas e significados se modificaram.

Os etimologistas também tentam reconstruir informações sobre línguas que são velhas demais para que uma informação direta (tal como a escrita) possa ser conhecida. Comparando-se palavras em línguas correlatas, pode-se aprender algo sobre suas línguas afins compartilhadas. Deste modo, foram encontrados radicais de palavras que podem ser rastreadas por todo o caminho de volta até a origem.

FLEXIBILIDADE

É um dos conceitos chave da Pedagogia Contemporânea e está relacionada com a preparação para o mundo do trabalho. No início do século XX, o mundo do trabalho estava organizado de acordo com os preceitos do FORDISMO e do TAYLORISMO. Nele, as funções de cada trabalhador eram definidas de maneira cartesiana. Cada um era responsável por uma parte e no final, se tinha o produto completo. Não era necessário dominar o processo de produção, bastava saber executar a sua parte. A escola, por sua vez, tinha a função de preparar esses trabalhadores, daí a fragmentação curricular, o foco nas disciplinas e no professor como centro da transmissão dos conteúdos.

Com a reestruturação produtiva e a necessidade do domínio do avanço científico e tecnológico da produção moderna, o mundo do trabalho exige a flexibilização da prática laborativa. Guiomar Namo de Mello afirma que “as transformações aceleradas do processo produtivo, as novas exigências da cidadania moderna, a revolução da informática e dos meios de comunicação de massa, a necessidade de se redescobrir e revalorizar a ética nas relações sociais – enfim, as possibilidades e impasses deste final de século, colocam a educação diante de uma agenda exigente e desafiadora...” e dessa forma “ uma grande margem de flexibilidade poderia também ser aberta às escolas que quisessem, por exemplo, organizar atividades curriculares diferenciadas, programas de iniciação profissional, experiências culturais e artísticas, e outras atividades...” ( Cidadania e Competitividade – 1983 - p. 33 e 145 ), atendendo, dessa forma, a flexibilização do mundo do trabalho.

FORDISMO/TAYLORISMO

Em 1911, o engenheiro estadunidense Frederick W. Taylor publicou “Os princípios da administração científica”, propondo uma intensificação da divisão do trabalho. Ou seja, fracionar as etapas do processo produtivo de modo que o trabalhador desenvolvesse tarefas ultra-especializadas e repetitivas, diferenciando o trabalho intelectual do trabalho manual, fazendo um controle sobre o tempo gasto em cada tarefa e um constante esforço de racionalização, para que a tarefa seja executada num prazo mínimo. Portanto, o trabalhador que produzisse mais em menos tempo receberia prêmios como incentivos.

O norte-americano Henry Ford foi o primeiro a pôr em prática, na sua empresa “Ford Motor Company”, o taylorismo. Posteriormente, ele inovou com o processo do fordismo, que, absorveu aspectos do taylorismo. Consistia em organizar a linha de montagem de cada fábrica para produzir mais, controlando melhor as fontes de matérias-primas e de energia, os transportes, a formação da mão- de - obra. Ele adotou três princípios básicos:

Princípio de Intensificação: Diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado, do estoque, da matéria-prima em transformação.

Princípio de Produtividade: Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produção.

FORMAÇÃO CONTINUADA

Expressão entendida no sentido de uma formação complementar, como atualização de conhecimentos, como resignificação de metas e padrões que foram superados pelas novas tecnologias e pelos relacionamentos no mundo do trabalho e na comunicação cultural.

A noção de formação continuada liga-se à percepção da aceleração das mudanças sociais e técnico-científicas, que se constituem como os novos desafios da modernidade. Essa formação considera que a educação escolar e a formação superior devem conviver com cenários que se distanciam dos tradicionais padrões de conhecimento definidos e estabelecidos como patrimônios universais. O objetivo é adequar os modelos de formação a esse tempo de constante emergência de novas demandas, afinal não se poderia mais admitir a formação de competências estáveis.

A idéia de formação continuada entrou em evidência no Brasil principalmente a partir da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996, que na orientação de uma política para o magistério, busca a valorização do profissional da educação escolar.

Há uma série de disposições na LDB sobre os profissionais da educação, incluindo a orientação no que se refere os três campos específicos de formação: a inicial, a pedagógica e a continuada. Dessa forma, a formação inicial deveria contemplar o atendimento à formação de professores para as séries terminais do ensino fundamental e para o ensino médio; a formação pedagógica deveria atender os "portadores de diplomas de educação superior que queiram se dedicar à educação básica"; e a formação continuada deveria atender aos profissionais de educação dos diversos níveis, aí incluindo também os de nível superior.

A formação continuada é considerada pela LDB direito de todos os profissionais que trabalham em qualquer estabelecimento de ensino, uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na qualificação e na competência dos profissionais. Mas também propicia o desenvolvimento dos professores articulados com estes estabelecimentos e seus projetos.

FORMAÇÃO DOCENTE NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

De acordo com Delors, nas orientações da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, feitas para a UNESCO, a educação ao longo de toda a vida baseia-se em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.

Nesse mesmo sentido, Dewey (1989) afirma que "se não se compreende o que se aprende, não há uma boa aprendizagem". Uma das idéias que dá sentido à palavra compreensão é aquela que relaciona aprendizagem com vida. Todos os processos de aprendizagem, englobados, levam as pessoas, desde a infância até o fim da vida, a um conhecimento dinâmico do mundo, dos outros e de si mesmas, combinando, de maneira flexível, os quatro pilares citados. A educação é um todo, que deve ser considerada em sua plenitude. Os primeiros conhecimentos são enriquecidos e aprofundados, para que as pessoas possam adaptar-se a um mundo de mudanças.

A competência do professor, nessa perspectiva, está em saber se desempenhar em situações complexas, embora uma determinada rotinização do comportamento profissional simplifique tudo isso, de modo que o que parece complexo e dificilmente governável desde esquemas conscientes de atuação profissional se torna fácil e quase automático ou “rotineiro’ para o professor”.

“A competência dos professores tem a ver muito mais com sua capacidade para prever, reagir e dar soluções às situações pelas quais transcorre seu fazer profissional num campo institucionalizado”.

Sua competência profissional se expressa melhor no como enfrenta as situações que lhe são dadas. Trata-se de ver mais a originalidade no modelar pessoalmente as situações que lhe são dadas prefiguradas ou ver como se choca com elas, driblando os limites impostos ou adotando uma posição de submissão. Diante dessas afirmações, deduzimos que o desenvolvimento docente é contínuo e ocorre ao longo da vida. A formação inicial não é a única responsável pelo processo de formação profissional, devendo desenvolver-se acompanhando as transformações da sociedade contemporânea.

FRACASSO ESCOLAR

O fracasso escolar caracteriza-se por repetências sucessivas, evasão escolar e dificuldade de aprendizagem de diferentes ordens. A expressão está relacionada, em geral, ao aluno que não aprende e não realiza nenhuma das funções sociais da educação, acusando o fracasso desta e, ao mesmo tempo, sucumbindo a esse fracasso, conforme definido pela psicopedagoga argentina Sara Pain.

Para ela, existem dois tipos de fracasso escolar. O primeiro tipo é aquele fracasso das crianças, vindas de famílias pauperizadas, que não aprendem porque já chegam prejudicadas à escola.

Seja porque não têm o vocabulário exigido por essa escola, ou não convivem com um ambiente letrado em casa, ou ainda porque não possuem os materiais mais simples, como um caderno ou um lápis. O segundo tipo é o fracasso mais pontual, aquele das crianças que não se adaptam ao sistema escolar por problemas orgânicos, corporais ou emocionais. Este é que deve ser objeto de tratamento clínico da psicopedagogia.

GESTÃO DEMOCRÁTICA

A gestão democrática da escola realiza-se quando existe a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; da participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Além da participação dos profissionais da educação e comunidade, para a efetivação da Gestão Democrática da escola, o poder público deve incentivar progressivamente a autonomia pedagógica e administrativa de gestão financeira.

HABILIDADES

As competências/habilidades são inseparáveis da ação, mas exigem domínio de conhecimentos. Habilidades se ligam a atributos relacionados não apenas ao saber-conhecer, mas ao saber-fazer, saber-conviver e ao saber-ser. De acordo com Vasco Moretto, "as habilidades estão associadas ao saber fazer: ação física ou mental que indica a capacidade adquirida. Assim, identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular são exemplos de habilidades”. Nesse sentido, o aluno, ao invés de decorar conteúdos, exercitará habilidades, e através delas, adquirirá competências.

Caberia então aos professores mediar à construção do processo de conceituação a ser apropriado pelos alunos, buscando a promoção da aprendizagem e desenvolvendo condições para que eles participem da nova sociedade do conhecimento.

INDISCIPLINA

A indisciplina é sempre um tema polêmico a ser discutido, porém é um problema presente e constante nas escolas.

A imagem da escola na atualidade está ameaçada, podemos afirmar até que ela está passando por uma grande crise, pois seus moldes não se transformaram seguindo o ritmo da transformação da sociedade. A sociedade de hoje não se comporta como a sociedade do início do século passado. Entretanto a escola perdura com uma estrutura similar a daquela época.

Nesse sentido, o fenômeno da indisciplina pode ser relacionado intrinsecamente com o problema que a própria estrutura da escola apresenta, e que seus alunos através de comportamentos indisciplinares refletem essa "deficiência" ou "ineficiência" da escola.

A indisciplina escolar indica que existe uma recusa desse novo sujeito histórico, que a sociedade atual produziu, em relação às práticas arraigadas no cotidiano escolar. A indisciplina é uma tentativa de apropriação da escola de outra maneira, mais aberta, mais fluida, mais democrática diferente da escola de antigamente e que a escola atual ainda se configura nesses moldes (AQUINO, 1998).

Contudo, a indisciplina sempre é remetida a fatores individuais dos alunos caracterizando-os como: alunos desrespeitadores, alunos sem limites, alunos desinteressados, de maneira geral os "alunos - problema" da escola. Mas o fato do profissional da educação taxar seus alunos dessa maneira pode ser considerado, de acordo com Aquino (1998), como um "equívoco ético" já que a disciplina não é requisito para a ação pedagógica, e sim um dos produtos ou efeitos do trabalho cotidiano na sala de aula. É como se um médico dissesse que o principal problema de sua profissão é o surgimento de novas doenças, ou seja, o fato do aluno estar desinteressado, não ter limites ou ainda ser desrespeitador é um complicador sim! Mas não é um impedimento para o trabalho do professor.

Portanto, o professor não deve abandonar sua função justificando que os alunos não dão conta de aprender ou não dão conta de se comportar e entrar nos padrões exigidos para se estar na escola, ou ainda que possuam problemas, mas deve transformar suas ações buscando novas formas de atuação para tornar essa função altamente atrativa para seus alunos, eis o desafio de ser professor.

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

De acordo com Howard Gardner a inteligência não pode ser medida só pelo raciocínio lógico-matemático, geralmente o mais valorizado na escola. Há outros tipos de inteligência, a musical, a espacial, a interpessoal, a intrapessoal, a corporal, a lingüística, a naturalista e a existencial, o que torna a inteligência múltipla. Antigamente, os testes de Q.I. apontavam que aqueles que dominavam às habilidades lógico-matemática eram considerados inteligentes para tudo.

O mesmo valia para aqueles cujos testes indicavam serem médios ou fracos. Dizia-se que a inteligência era determinada pela genética.

Gardner afirma que as inteligências são desenvolvidas de forma diferente pelos seres humanos, tendo seu grau de individualidade. O pesquisador enfatiza a idéia de individualização, pela qual os educadores devem conhecer cada um dos seus alunos, e saber como trabalhar com seus aspectos individuais e atuar para que eles aprendam, ao mesmo tempo, enfatiza a ideia de pluralização, onde insiste na necessidade de enfocar o ensino de várias maneiras: debates, jogos, filmes, exercícios práticos, etc.

INTERDISCIPLINARIDADE

Termo que se refere a olhar/estudar os saberes na complexidade em que estes se estruturam para perceber seus vários aspectos. Em relação ao currículo escolar, é a forma contrária àquela de planejar com base no conhecimento fragmentado em disciplinas que, aparentemente, não têm qualquer relação entre si.

Tendo como perspectiva a articulação interativa entre as diversas disciplinas no sentido de enriquecê-las através de relações dialógicas entre os métodos e conteúdos que as constituem. A interdisciplinaridade parte da idéia de que a especialização sem limites das disciplinas científicas culminou numa fragmentação crescente do conhecimento.

Dessa forma, pela interdisciplinaridade há um movimento constante que inclui a integração entre as disciplinas, mas a ultrapassa - o grupo é mais que a simples soma de seus membros. Supõe troca de experiências e reciprocidade entre disciplinas e áreas do conhecimento.

O que se busca com tal maneira de lidar com o conhecimento é relacionar os conteúdos das várias disciplinas para compreender cada assunto ou fenômeno, na sua totalidade. Mas a interdisciplinaridade não é apenas integração de conteúdos, mais que isso, ela permite sempre a criação e a recriação de pontos para discussão, e já a integração, trabalha sempre com os mesmos pontos sem permitir o levantamento de novas questões. Também não é a interdisciplinaridade apenas um amontoado de assuntos de várias disciplinas sem um planejamento prévio que permite a contextualização do trabalho a ser desenvolvido.

A interdisciplinaridade está se concretizando, na maioria das vezes, através de projetos planejados e realizados por uma equipe de professores em torno de uma questão-problema, que contextualiza e faz a relação entre as aulas de todos os professores que trabalham essa questão. É uma estrutura de organização do processo ensino aprendizagem em que o conhecimento e as ciências como tal devem ser trabalhados de forma integrada em suas derivações e dependências. O fundamento desta estrutura é que o conhecimento em sua totalidade não acontece de forma isolada pelas classificações científicas feitas pelo racionalismo e sim estão interdependentes e conectados.

INSTITUIÇÕES DE ENSINO

São estruturas sociais voltadas para a educação. O sistema educacional brasileiro, de acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996, admite o princípio da "coexistência de instituições públicas e privadas de ensino". Dessa forma, o ensino é livre à iniciativa privada, atendidas determinadas condições, como o "cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino" e a "autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público". Mas continua obrigatório.

A LDB delimita a natureza das instituições de ensino ao classificá-las em duas categorias administrativas: As públicas, "assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Público" e as privadas, que constituem as "mantidas e administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado". As instituições privadas se enquadram em "particulares em sentido estrito", comunitárias, confessionais e filantrópicas.

A LDB orienta para a "capacidade de autofinanciamento" da iniciativa privada, assegurando o princípio da "gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais". Ao mesmo tempo, definiu que os recursos públicos seriam "destinados à escola pública, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais e filantrópicas" em forma de bolsa, em casos especiais como insuficiência de recursos e falta de vagas ou cursos regulares na rede pública.

LIDERANÇA RESPONSÁVEL

A Pedagogia das Competências adjetiva alguns conceitos, desse modo, um líder deve ter responsabilidade com o Projeto Pedagógico da Escola. Em geral, mas não necessariamente, o líder será o gestor. Ele será capaz de definir metas e motivar todo o grupo para alcançá-las, não se limita à burocracia e está preocupado com o sucesso pedagógico, estabelecendo uma atmosfera de colaboração e solidariedade, atendendo as demandas da comunidade escolar.

O líder responsável não pode ser aquela pessoa que só aparece para dar ordens e ditar as regras. Ele é capaz de apurar as necessidades da escola, ouvindo e observando aqueles que estão à sua volta, discutindo com todos e envolvendo a equipe, traçando metas reais, tendo a gestão participativa e democrática como princípio para melhorar a qualidade de ensino.

METAFÍSICA

Parte da filosofia que busca o princípio e as causas fundamentais de tudo, tratando de questões que, em geral, não podem ser confirmadas pela experiência direta. Constitui a filosofia primeira, o ponto de partida do sistema filosófico. O termo surge por volta de 50a.C., quando Andronico de Rodes, ao organizar a obra de Aristóteles, dá o nome de ta metà ta physiká ao conjunto de textos que se seguiam aos da física ("metà" quer dizer além).

Historicamente, a palavra passa a significar tudo o que transcende à física, porque nesses estudos Aristóteles examina a natureza do ser em geral e não de suas formas particulares, postulando a idéia de deus como substância fundamental. As bases do pensamento de Aristóteles podem ser encontradas no platonismo. Para Platão, a filosofia é a única ciência capaz de atingir o verdadeiro conhecimento. Na Idade Média, a metafísica confunde-se com a teologia.

Tomás de Aquino afirma que a metafísica estuda a causa primeira, e, como a causa primeira é Deus, ele é o objeto da metafísica. Na Idade Moderna a experiência passa a ser extremamente valorizada e a metafísica deixa de ser considerada a base do conhecimento filosófico. David Hume diz que o homem está completamente submetido aos sentidos, portanto não pode criar idéias, e não é possível formular nenhuma teoria geral da realidade. Para ele, ciência alguma é capaz de atingir a verdade, seus conhecimentos são sempre probabilidades.

No século XVIII, Immanuel Kant afirma que o domínio da razão e o rigor científico podem recriar a metafísica como conjunta dos conhecimentos dados apenas pela razão, sem utilizar os dados da experiência. Nesse sentido, a metafísica para Kant reduz-se ao estudo das condições e limites do conhecimento. No século XIX, o positivismo de Auguste Comte afirma que a metafísica como ciência está superada.

Segundo ele, a história da humanidade (e, por analogia, o conhecimento humano) passa por três períodos: o teológico, o metafísico e o positivo, ou científico, sendo que este último é superior aos anteriores. No século XX, Martin Heidegger faz uma revisão da história da metafísica e sustenta que ela confunde o estudo do ser, o verdadeiro objeto da filosofia, com outros temas, como a ideia, a natureza e a razão.

MODALIDADES DE ENSINO

Classificação dada pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), de 1996, a determinadas formas de organização que podem localizar-se nos diferentes níveis da Educação Básica.

São modalidades de ensino: Educação de Jovens e Adultos, Educação Profissional, Educação Especial, Educação Escolar Indígena e a Educação para as questões relacionadas à África e aos Afros descendentes. Em geral, entende-se por modalidades todas as formas de trabalho educacional que não são definidas como níveis. Dessa forma, por exemplo, a educação de jovens e adultos pode ser ofertada como ensino fundamental ou médio. A educação especial, por sua vez, tanto pode acontecer na educação infantil, como nos demais níveis da educação básica e da educação superior.

MULTIDISCIPLINARIDADE

Conjunto de disciplinas a serem trabalhadas simultaneamente, sem fazer aparecer às relações que possam existir entre elas, destinando-se a um sistema de um só nível e de objetivos únicos, sem nenhuma cooperação. A multidisciplinaridade corresponde à estrutura tradicional de currículo nas escolas, o qual se encontra fragmentado em várias disciplinas.

De acordo com o conceito de multidisciplinaridade, recorre-se a informações de várias matérias para estudar um determinado elemento, sem a preocupação de interligar as disciplinas entre si. Assim, cada matéria contribuiu com informações próprias do seu campo de conhecimento, sem considerar que existe uma integração entre elas. Essa forma de relacionamento entre as disciplinas é considerada pouco eficaz para a transferência de conhecimentos, já que impede uma relação entre os vários conhecimentos.

Segundo Piaget, a multidisciplinaridade ocorre quando "a solução de um problema torna necessário obter informação de duas ou mais ciências ou setores do conhecimento sem que as disciplinas envolvidas no processo sejam elas mesmas modificadas ou enriquecidas". A multidisciplinaridade foi considerada importante para acabar com um ensino extremamente especializado, concentrado em uma única disciplina.

A origem da multidisciplinaridade encontra-se na idéia de que o conhecimento pode ser dividido em partes (disciplinas), resultado da visão cartesiana e depois cientificista na qual a disciplina é um tipo de saber específico e possui um objeto determinado e reconhecido. Bem como conhecimentos e saberes relativos a este objeto e métodos próprios. Constitui-se, então, a partir de uma determinada subdivisão de um domínio específico do conhecimento. A tentativa de estabelecer relações entre as disciplinas é que daria origem à chamada interdisciplinaridade.

A multidisciplinaridade difere-se da pluridisciplinaridade porque esta, apesar de também considerar um sistema de disciplinas de um só nível, possui disciplinas justapostas situadas geralmente ao mesmo nível hierárquico e agrupadas de modo a fazer aparecer às relações existentes entre elas.

NECESSIDADES BÁSICAS DE APRENDIZAGEM

De acordo com Guiomar Namo de Mello, é “um conceito que tem se revelado suficientemente amplo e flexível para articular diferentes níveis de intervenção pelos quais as reformas educativas devem passar para efetivarem processos de mudança”(Cidadania e Competividade, 1983, p.29).

Articula os conhecimentos, habilidades, atitudes e valores levando em conta as necessidades individuais, as demandas do processo produtivo e as exigências do exercício da cidadania plena, evitando ideologismos e enfatizando conhecimentos que os indivíduos precisam dominar para viver melhor. Trabalhar e continuar aprendendo para viver em sociedades de informações, nas quais o conhecimento passa a ser fator decisivo para a melhoria de vida, o desenvolvimento produtivo com equidade.

Em suma dar prioridade aos códigos básicos da modernidade, valorizando a capacidade de resolver problemas com flexibilidade e adaptabilidade a novas situações, a capacidade de decisões fundamentadas, a seleção de informações relevantes e a capacidade de continuar aprendendo.

PARADIGMA

No conceito científico paradigma é um modelo de padrão a ser seguido, um conhecimento que sirva de base para um estudo de uma realização científica com métodos e valores a serem usados em outras pesquisas e estudos.

No conceito educacional são regras que servem de limites para os limites relativos a determinados assuntos ou para questões levantadas através de certos pensamentos ou ações e como ter sucesso resolvendo as ações dentro destes limites.

PEDAGOGIA DE PROJETOS

Projeto é intenção, pretensão. Projeto é doutrina, filosofia, diretriz. Projeto é atividade organizada com o objetivo de resolver um problema. Características incentivadas para realização de projetos de trabalho: profissionais com maior autonomia para tomar decisões, valorização do trabalho em grupo, desenvolvimento de vínculos de solidariedade e aprendizado.

Em uma equipe que trabalha com vistas a realizar um projeto, são mais importantes à solidariedade e o cuidado com a contribuição de cada um para o todo, do que os níveis hierárquicos. A questão não é quem manda em quem, mas se o projeto está se tornando realidade.

Criar um projeto é definir um resultado a ser alcançado. Existem situações em que os resultados de um projeto são fáceis de definir. Por exemplo, em meados de maio, muitas escolas começam a pensar na festa junina. Para que não seja apenas um evento, pode-se então desenvolver um projeto para planejar, organizar e realizar uma festa junina que envolva toda a comunidade escolar. Em casos assim, os resultados bem definidos orientam o planejamento e a implementação do projeto.

Para fazer uma festa junina é preciso escolher uma data e pensar nos preparativos: decoração da escola, quadrilha, venda de refrigerantes e comidas, jogos (derrubar latas com bolas de meia, coelho que entra na casa, argola, etc.). É preciso pensar ainda na divulgação externa (faixas, cartazes, rádio local, jornal do bairro, carta aos pais e responsáveis) e interna (comunicação aos alunos, professores e funcionários).

Para cada um dos itens mencionados acima é preciso haver pessoas que se responsabilizem por sua resolução. É fundamental destacar que esta e outras festividades que têm origem na tradição popular devem ser sempre contextualizadas, possibilitando um enfoque enriquecedor e envolvendo a família e toda a comunidade.

PILARES DA EDUCAÇÃO

Delors, nas orientações da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, feitas para a UNESCO, define que toda a vida baseia-se em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Sendo também os pilares que balizam a educação contemporânea:

Aprender a conhecer, combinando uma cultura geral suficientemente vasta com a possibilidade de trabalhar em profundidade um pequeno número de matérias. O que também significa aprender a aprender, para beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida.

O que tinha sido previsto em linhas gerais, agora é especificado e sistematizado. Através dos objetivos gerais, deve-se considerar os resultados esperados e estabelecer quais serão os métodos e procedimentos presentes na aula específica.

O plano de aula deve conter um ou mais objetivos específicos, que considerem os resultados esperados da assimilação de conhecimentos e habilidades. A partir de definidos os objetivos, selecionam-se os métodos e procedimentos de transmissão e assimilação dos conteúdos e as formas de avaliação.

O desenvolvimento metodológico é desdobrado nos seguintes itens: preparação e introdução do assunto, desenvolvimento e estudo ativo do assunto, sistematização e aplicação e tarefas de casa. Dentro desses itens devem estar especificados os métodos, procedimentos e materiais didáticos que serão utilizados, para alcançar os objetivos determinados.

A preparação da aula por escrito resulta em um documento escrito que orienta as ações do professor e possibilita revisões e aprimoramentos das aulas de ano para ano.

PLANO ESCOLAR

É a apresentação sistemática e justificada do que a escola pretende realizar e que deve ser traduzida num documento que registre o que a escola pensa fazer, como fazer, quando fazer com que e com quem fazer, segundo definição do Instituto Paulo Freire. Para que a escola tenha um plano escolar é preciso que ela defina suas finalidades e objetivos, estabeleça um rumo, um horizonte de trabalho. O plano escolar é um dos temas indicados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, para organização das escolas.

POLÍTICA DA IGUALDADE

Em conjunto com a Ética da Identidade e a Estética da Sensibilidade são, segundo as Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, os mecanismos de formulação e implementação das políticas públicas educacionais. Dessa forma, os valores estéticos políticos e éticos que inspiram a Constituição e a LDB, devem articular-se com a sensibilidade, a igualdade e a identidade, de maneira complementar. Guiomar Namo de Mello, nas Diretrizes, afirma que a política da igualdade incorpora a igualdade formal, cunhada no período de constituição dos grandes estados nacionais.

O ponto de partida “é o reconhecimento dos direitos humanos e o exercício dos direitos e deveres da cidadania, como fundamento da preparação do educando para a vida civil (…). “Para a sociedade de informação, na qual vivemos a política da igualdade” vai se expressar também na busca da equidade no acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao meio ambiente saudável, e outros benefícios sociais e no combate a todas as formas de preconceito e discriminação por motivo de raça, sexo e religião, cultura, condição econômica, aparência ou condição física.”.

A política da igualdade visa compreender e respeitar o Estado de Direito e seus princípios constitucionais: o sistema federativo e o regime republicano e democrático.”.

Esse conceito está associado ao respeito ao bem comum e constitui uma das finalidades mais importantes da política da igualdade e se expressa por condutas de participação e solidariedade, respeito e senso de responsabilidade pelo outro e pelo público.

Um dos fundamentos da política da igualdade é a estética da sensibilidade, pois quando se combate os esteriótipos que alimentam as discriminações, reconhecendo-se a diversidade, afirma que oportunidades iguais são necessárias, mas não suficientes, para oportunizar, tratamento diferenciado “visando promover igualdade entre desiguais”.

A política da igualdade relaciona-se com os direitos da pessoa humana, do respeito, da responsabilidade e da solidariedade.

“Ela deve ser praticada na garantia de igualdade de oportunidades e de diversidade de tratamentos dos alunos e dos professores para aprender e aprender a ensinar os conteúdos curriculares”.

Não se trata de um conceito que propõe a igualdade social ou econômica, mas está escorado na equidade, ou seja, na possibilidade de oferecimento de oportunidades iguais, mas com tratamento diferenciado aos desiguais, mantendo a desigualdade, mas promovendo a igualdade nas oportunidades.

PROGRESSÃO CONTINUADA

É a organização pedagógica visando evitar a repetência. É aplicada com a divisão do tempo escolar em ciclos de aprendizagem. Cada um desses ciclos terá duração de três ou quatro anos, conforme os critérios da rede pública que os adota.

As formas de avaliação não são provas, nem notas. O que o educando não aprende será objeto da aplicação de outras metodologias de ensino como laboratórios e aulas de reforço, geralmente no turno inverso, em classes de poucos alunos organizados por disciplina. É assim até o fim do ciclo.

Um dos princípios dos ciclos é a crença de que cada indivíduo possui diferentes ritmos de aprendizado.

Parte-se do pressuposto de que, ao final do período de três ou quatro anos, todos tenham aprendido a mesma coisa, mas cada um no seu tempo.

A progressão continuada impõe, através dos ciclos, uma nova visão do ensinar que considera importante o desenvolvimento das competências cognitivas de cada aluno, através de um processo que não se encerra em um ano letivo e requer, sobretudo, um cuidado maior na definição dos objetivos que se pretende alcançar ao final do ciclo.

Com o objetivo de assegurar a qualidade de ensino sem desconsiderar o processo de aprendizagem do aluno, se faz necessária à realização de avaliações contínuas com intuito de diagnosticar problemas e superá-los através do empenho em recuperar as dificuldades dos alunos.

No Estado de São Paulo, a Progressão Continuada está organizada em dois ciclos no Ensino Fundamental, no entanto, a legislação não aboliu a seriação, havendo uma combinação entre seriação e progressão continuada, o que leva alguns autores a não tratar, necessariamente, ciclo e progressão continuada como sinônimos.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Instrumento técnico-político utilizado com base no princípio da escola autônoma, que pressupõe a descentralização administrativa e a autonomia financeira da escola. O projeto político pedagógico (PPP) contém a definição do conteúdo que deve ser ensinado e o que deve ser aprendido na escola. Ele caracteriza-se, principalmente, por expressar os interesses e necessidades da sociedade e por ser concebido e construído com base na realidade local e com a participação conjunta da comunidade. O projeto político pedagógico passou a ter importância a partir de meados da década de 90, quando o MEC passou a transferir recursos financeiros diretamente para as unidades escolares, de acordo com os princípios da descentralização e da escola autônoma, estabelecido na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996.

PROLETARIZAÇÃO DO ENSINO

A base teórica do conceito, "proletarização do ensino", parte de uma análise marxista das condições de trabalho no modo de produção capitalista. Segundo esta teoria, não só as empresas, mas todas as produções gerais submeteram-se a uma lógica racionalizadora, cujo intuito é o controle sobre o processo produtivo. Dentro dessa lógica, esse mesmo processo produtivo foi sendo subdividido em processos cada vez mais simples, de maneira que os operários ficaram especializados em tarefas cada vez mais reduzidas da cadeia produtiva, perdendo, deste modo, a perspectiva de conjunto do seu trabalho fundamenta anteriormente para a execução do trabalho.

Neste sentido, houve a perda de sua própria qualificação, enquanto operário, da capacidade essencial de visão do todo, de decisão sobre determinada fase do processo.

Essa lógica racionalizadora transcendeu o âmbito da empresa, assim como o âmbito privado e de produção, enquanto processo de acumulação de capital, para invadir a esfera do Estado, obrigando-o a sustentar a acumulação de capital e, ainda, legitimar a si próprio e ao processo de acumulação.

No caso do ensino, segundo Contreras, a atenção a essas necessidades realizou-se historicamente mediante a introdução do espírito de "gestão cientifica", que pode ser notado tanto no que se refere ao conteúdo da prática educativa como ao modo de organização e controle do trabalho do professor.

Neste sentido, as escolas transformaram-se em organizações mais amplas e começaram a ser introduzidos critérios de seqüência e hierarquia. Surge daí "a organização graduada", que validou a homogeneização das tarefas dos professores sob a hipótese da também homogeneização dos alunos aos quais se dirigiam.

A hierarquização de funções dentro da instituição escolar ocorreu mediante a figura do diretor, que as legitima. Em paralelo, o currículo, um dos modos de organização da escola, começou a refletir, igualmente, uma espécie de processo de produção, organizado sob os mesmos parâmetros de decomposição em elementos mínimos de realização (objetivos/fragmentação). Que se refletiu na descrição das atividades particulares e específicas da vida adulta para as quais, supostamente, o educando deveria se preparar. A racionalização tecnológica do ensino, por sua vez, também limitou a função docente ao cumprimento de prescrições externamente determinadas.

Assim como os operários, os docentes perderam a visão do conjunto de seu trabalho e o controle de sua tarefa; a lógica da produção capitalista "arrancou-lhes" a autonomia, daí o conceito de proletarização do ensino.

PROPOSTA PEDAGÓGICA

É um instrumento de caráter geral, que apresenta as finalidades, concepções e diretrizes do funcionamento da escola, a partir das quais se originam todas as outras ações escolares. Não há um padrão de proposta pedagógica que atenda a todas as escolas, pois cada unidade escolar está inserida num contexto próprio, determinado por suas condições materiais e pelo conjunto das relações que se estabelecem em seu interior e entorno social. Assim, cada escola deve desenvolver o seu modelo, aquele que melhor expressa sua identidade e seu compromisso com o aluno, com a comunidade, com a educação.

Entende-se que ela deve ter uma construção coletiva, com a participação ativa de todos os envolvidos (alunos, pais, professores, funcionários, representantes da comunidade, etc.).

Histórico e identificação da instituição de ensino e da entidade mantenedora; fins e princípios norteadores; diagnóstico e análise da situação da escola; definição dos objetivos educacionais e metas a serem alcançadas; seleção das ações; organização curricular; forma de gestão administrativa e pedagógica da escola; avaliação; organização da vida escolar e do regime escolar; capacitação continuada de pessoal; profissionais envolvidos na proposta pedagógica; e anexos são alguns aspectos considerados relevantes na elaboração do documento final.

SABERES DOCENTES

As discussões sobre o professor e seus saberes se inserem em um movimento pela profissionalização do ensino, que visa renovar os fundamentos epistemológicos do ofício de professor desenvolvendo e implantando as características do conhecimento profissional dentro do ensino e na formação de professores. Para ser considerada profissão a docência tem que contar com um repertório de saberes reconhecido perante outras profissões. Isso remete a uma maior proteção dos docentes, com relação aos saberes que detêm, e que são necessários ao desenvolvimento de profissionais para atuarem no ensino, renovando seus fundamentos epistemológicos.

Segundo Tardif, a epistemologia da prática é o estudo dos saberes utilizado pelos professores em seu cotidiano para desempenhar todas as suas tarefas. Busca compreender a natureza de estes saberes e como os docentes os produzem, utilizam e transformam em função das situações de trabalho. Não existe um consenso sobre a definição de saber.

Porém, em geral, trabalha-se com três concepções: A primeira diz que saber é o tipo particular de certeza subjetiva produzida pelo pensamento racional. Então, saber qualquer coisa é possuir uma certeza subjetiva racional. A segunda coloca que saber é o julgamento verdadeiro, o discurso que afirma, com razão, qualquer coisa sobre qualquer coisa e a terceira define saber como a atividade discursiva que pode validar com argumentos, operações discursivas e lingüísticas, uma proposição ou uma ação. Porém, existem particularidades referentes a cada autor sobre a questão dos saberes.

Tardif (2000) define o saber dentro dessas particularidades, assim, o saber possui um sentido mais amplo, que engloba os conhecimentos, as competências, as habilidades (as aptidões) e as atitudes, o que muitas vezes foi considerado como saber, saber-fazer e saber-ser. Assim, o saber docente é um saber plural, formado pelo amálgama de saberes oriundos da formação profissional e de saberes disciplinares, curriculares e experiências.

O que caracteriza os saberes práticos ou experiências é o fato de se originarem da prática cotidiana da profissão e serem por ela validados. Para os professores, os saberes da experiência profissional constituem os fundamentos de sua competência. Por isso os saberes experiências surgem como núcleo vital do saber docente.

PROTAGONISMO JUVENIL

"Protagonista" significa, originalmente, a personagem principal de uma peça teatral, de um filme, de um romance etc. Em sentido figurado, a palavra é usada para referir à pessoa que desempenha ou ocupa o primeiro lugar em um acontecimento. O Protagonismo Juvenil é um tipo de ação de intervenção no contexto social para responder a problemas reais onde o jovem é sempre o ator principal. Significa, tecnicamente, o jovem participar como ator principal em ações que não dizem respeito à sua vida privada, familiar e afetiva, mas a problemas relativos ao bem comum, na escola, na comunidade ou na sociedade mais ampla. Outro aspecto do protagonismo é a concepção do jovem como fonte de iniciativa, que é ação; como fonte de liberdade, que é opção; e como fonte de compromissos, que é responsabilidade.

É uma forma superior de educação para a cidadania não pelo discurso das palavras, mas pelo curso dos acontecimentos. É passar a mensagem da cidadania criando acontecimentos, onde o jovem ocupa uma posição de centralidade.

Na raiz do protagonismo tem que haver uma opção livre do jovem, ele tem que participar na decisão se vai ou não fazer a ação. O jovem tem que participar na execução da ação, na sua avaliação e na apropriação dos resultados.

Existem dois padrões de protagonismo juvenil: quando as pessoas do mundo adulto fazem junto com os jovens e quando os jovens fazem de maneira autônoma. Em relação ao processo ensino aprendizagem pode ser identificada como a condição de participação efetiva dos discentes no interior da instituição escolar.

Em alguns autores também aparece como a situação concreta de participação dos jovens nas instituições sociais da sociedade moderna. O importante que este é um conceito acompanhado de “referência propositiva” no sentido de ser sempre uma “ação afirmativa” de valores sociais.

SÓCIO-INTERACIONISMO

Os estudos de Vygotsky postulam uma dialética das interações com o outro e com o meio, como desencadeador do desenvolvimento sócio-cognitivo. Para Vygotsky e seus colaboradores, o desenvolvimento é impulsionado pela linguagem. Eles acreditam que a estrutura dos estágios descrita por Piaget seja correta, porém diferem na concepção de sua dinâmica evolutiva.

Enquanto Piaget defende que a estruturação do organismo precede o desenvolvimento, para Vygotsky é o próprio processo de aprender que gera e promove o desenvolvimento das estruturas mentais superiores. Para ele, a cultura molda o psicológico, isto é, determina a maneira de pensar.

Pessoas de diferentes culturas têm diferentes perfis psicológicos. As funções psicológicas de uma pessoa são desenvolvidas ao longo do tempo e mediadas pelo social, através de símbolos criados pela cultura. A linguagem representa a cultura e depende do intercâmbio social.

Os conceitos são construídos no processo histórico e o cérebro humano é resultado da evolução. Em todas as culturas, os símbolos culturais fazem à mediação ou a interação com os processos sócio-culturais.

Para Vygotsky, as interações têm um papel crucial e determinante. Para definir o conhecimento real, sugere que se avalie o que o sujeito é capaz de fazer sozinho, e o potencial aquilo que ele consegue fazer com ajuda de outro sujeito. Assim, determina-se a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) e o nível de riqueza e diversidade das interações determinará o potencial atingido. Quanto mais ricas as interações, maior e mais sofisticado será o desenvolvimento.

No campo da educação a interação que é um dos conceitos fundamentais da teoria de Vygotsky encaixa-se perfeitamente na concepção de escola que se pretende efetivar no sistema brasileiro de ensino. E neste caso, o professor e o aluno passam a ter um papel essencial no processo de ensino e aprendizagem.

Dessa forma é possível desenvolver tanto os conceitos de ZDP quanto a relação existente entre pensamento, linguagem e intervenção no âmbito da escola, possibilitando assim um maior nível de aprendizagem.

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

(Tics) Muito se houve falar, atualmente, nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Todas as pessoas estão em contato com elas, seja nos caixas eletrônicos, nas linhas de produção das indústrias e, mesmo, em nossas casas, com a Internet, as câmeras digitais, etc.

As TICS resultam da fusão das tecnologias de informação, antes referenciadas como informática, e as tecnologias de comunicação, antes denominadas como telecomunicações e mídia eletrônica. Elas envolvem a aquisição, o armazenamento, o processamento e a distribuição da informação por meios eletrônicos e digitais, como rádio, televisão, telefone e computadores.

A inserção das TICs nas escolas públicas já se tornou um processo irreversível, pois com o advento do computador entra-se numa fase de não-retorno no que se refere ao uso das tecnologias na escola devido à indústria, a revolução tecnológica e ao poder das crianças que dispõem de computador em casa.

A importância da utilização das TICs na educação se deve ao fato de que podem promover mudanças na prática docente de modo a inovar o processo de ensino-aprendizagem, ou seja, o professor pode utilizá-las para realizar atividades que seriam impossíveis sem essas ferramentas.

O contato dos alunos com as TICs em situações de ensino-aprendizagem promovem o desenvolvimento cognitivo e intelectual, principalmente o raciocínio lógico formal, a capacidade de pensar com rigor e sistematicidade, a criatividade e solução para problemas.

Em uma aula tradicional, o professor é o transmissor do conhecimento e utilizam-se exclusivamente do livro didático, lousa e giz para ensinar seus alunos que recebem passivamente informações.

Com o uso das TICs o professor deixa de ser o detentor do conhecimento e a única fonte de informações dos alunos, deixa de ser a autoridade incontestada do saber para passar a ser, muitas vezes, aquele que menos sabe. “Professor e aluno passam a ser parceiros de um mesmo processo de construção do conhecimento”.

Diante da velocidade acelerada das transformações tecnocientíficas, os conteúdos administrados nas diferentes disciplinas escolares não acompanham as qualidades exigidas nos perfis profissionais do mercado de trabalho. Se uma das funções da escola seria a de preparar profissionais para a sociedade é preciso desenvolver a atualização dos objetivos educacionais ao conjunto dos atributos demandados pelas profissões modernas, não apenas no nível das informações, saberes e aptidões adquiridas, mas, sobretudo, nas habilidades atitudinais que as condições de trabalho modernas reclamam. Daí a importância das TICs no processo de ensino-aprendizagem.

TEMA GERADOR

Esse conceito remete a concepção de “Palavra Geradora” desenvolvida no trabalho com alfabetização de adultos feito por Paulo Freire, na década de 1960. É uma proposta metodológica inspirada na dialética. Segundo o autor, no livro Pedagogia do Oprimido, “a escola pode deixar de ser campo de reprodução para ser agente de transformação da realidade, permitindo, desta forma, estruturar e desenvolver todo processo de conhecimento onde a atuação educativa é um processo de criação e recriação do conhecimento”.

Assim, os temas são chamados de geradores, porque são gerados na comunidade escolar e geram respostas para essa comunidade, sem perder a perspectiva da relação com o mundo, além disso, contém a possibilidade de desdobrar-se em outros tantos temas, que provocam novas tarefas a serem cumpridas.

O tema gerador, portanto não pode ser definido, a priori, mas na estreita relação da escola com a comunidade escolar. Para estabelecê-lo devem-se diagnosticar quais são as situações significativas para os alunos, os docentes e a comunidade, naquele determinado contexto, depois, a partir delas se estabelecer o tema e os subtemas decorrentes.

Com essa definição, os docentes definem quais conteúdos irão trabalhar para dar respostas a essas situações significativas para, na volta ao tema, e à comunidade escolar, se definam novos temas e subtemas, gerando nova pesquisa, decorrente da anteriores e novas respostas.

Desse modo, não é necessário que tendo se estabelecido um tema, todos os docentes falem do mesmo assunto, como é comum em alguns projetos desenvolvidos nas escolas. Se fosse assim, o trabalho não seria interdisciplinar e se tornaria maçante tanto pra docentes, quanto para alunos, corroborando com a pedagogia bancária ou tradicional.

O tema é chamado de gerador, justamente pelo método dialético e dialógico como é definido e trabalhado e não por ser objeto de repetição.

TEMAS TRANSVERSAIS

A transversalidade é uma das formas de organizar o trabalho didático. Os temas devem ser incorporados nas áreas já existentes e no trabalho educativo da escola.

Os temas transversais traduzem as preocupações cotidianas da sociedade brasileira no exercício da cidadania. Os PCNs do ensino fundamental definem como temas transversais: Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde, Orientação Sexual e Trabalho e Consumo.

Eles não são definidos aleatoriamente, devem ter como norte o princípio da dignidade humana, a igualdade de direitos, a participação e a co-responsabilidade pela vida social.

Os critérios para sua escolha são a urgência social, a abrangência nacional. A possibilidade de ensino e aprendizagem e o favorecimento da compreensão da realidade e participação social.

Os temas transversais não constituem novas áreas, não são temas escolhidos pela equipe docente, por vontade desses, mas temas relevantes socialmente que atravessam todas as disciplinas e interagem com elas.

A proposta de transversalidade traz a necessidade de a escola refletir e atuar conscientemente via educação de valores e atitudes em todas as áreas, garantindo que a perspectiva político-social se expresse no direcionamento do trabalho pedagógico dos conteúdos e das orientações didáticas.

A perspectiva transversal aponta uma transformação de prática pedagógica, pois rompe com a pedagogia formal e amplia a responsabilidade com a formação do aluno, com um trabalho sistemático e continuo que permita a escola refletir sobre os objetivos a serem alcançados de forma a se definirem em termos do trabalho a ser desenvolvido.

TRANSDISCIPLINARIDADE

Princípio teórico que busca uma intercomunicação entre as disciplinas, tratando efetivamente de um tema comum (transversal). Ou seja, na transdisciplinaridade não existem fronteiras entre as disciplinas.

A idéia de transdisciplinaridade surgiu para superar o conceito de disciplina, que se configura pela departamentalização do saber em diversas matérias. Ou seja, considera que as práticas educativas foram centradas num paradigma em que cada disciplina é abordada de modo fragmentado e isolada das demais. Isto resultaria também na fragmentação das mentalidades, das consciências e das posturas que perdem assim a compreensão do ser, da vida, da cultura, em suas relações e inter-relações. Sobre esta lógica, Morin (2000) afirma: que "a inteligência parcelizada, compartimentada.


31. Entendo melhor a utopia da Escola Memética. 



Usaram e usam as utopias clássicas aperfeiçoado-as com adaptações pedagógicas um exemplo é de Destaques na Teoria de Makarenko: “A vida e o seu trabalho como educador foi marcado com o compromisso em defesa da classe trabalhadora. Trabalhou com crianças e jovens abandonados e infratores. Sua proposta pedagógica, sobretudo transformar e formar cidadãos; Achava que os pais que não soubessem educar seus filhos deveriam ser reeducados pela escola.

Este exemplo coloca na escola a responsabilidade que não esta e nem estará apta ao formar uma maioria para mudanças que estes utópicos querem ao utilizar as utopias socialistas misturada com capitalista, ou seja, é mais baseada no SER do que no TER, este só fica no sonho tanto no professor e pais e alem de confundirem e brigarem entre si, é uma escola de conflito.

Sempre se tem uma utopia agora é a escola de tempo integral.

Eu entrei para ser professor com a utopia socialista que era possível transformar sociedade, torná-la igualitária, cidadã, como professor, escolhi a utopia socialista bem como uma boa parte dos professorados pós-decadência do socialismo da ex-união soviética que acreditava que fosse a ideal.

Sofremos uma lavagem cerebral, primeiro pelos utópicos capitalistas ditatorial, depois com a avalanche de professores socialistas e de todos os cassados anistiado pela Lei da anistia promulgada pelo presidente Figueiredo de 1979, ainda durante a ditadura militar. Do qual participei ativamente como massa de manobra dos populistas de plantão seja ele de esquerda ou direita como diziam que o Brasil e outros países da América etc.

Elas vieram com tudo, hoje as utopias socialista e capitalista estão entrelaçadas dentro da escola, fazem com que os professores fiquem perdidos em tantas teorias utópicas e se cansaram e cansam de ouvir os utópicos de plantão. Eles estão cansados de tantas falsidades e o aluno e pais também.

O aluno de hoje querem é TER e não as mentiras de que devem SER dos planos de educação elaborados pela burocracia incompetente, a ultima moda agora é o Bullyng, sempre acham os culpados, menos eles.

Para estes utópicos sempre argumentam que a escola deve ser usada para formar cidadania, critica, o engraçado é que a gratuidade só vai até o ensino médio, os alunos ficam com tal cidadania baseada no Ser e não no Ter.

Como se vê não de hoje que nossa educação é cheia de remendo histórico, mas os utópicos, tanto socialista como capitalista, não largam o “osso”. A confusão histórica que mostrarei.

As utopias anteriores estão esgotadas e proponho a Escola Nemética aquela aonde os recursos que vem dos impostos irão direto para o aluno, daí ele escolhe como estudar, seja pela internet ou numa escola em que o aluno escolha a matéria que quer eliminar.

Por exemplo, que eliminar matemática neste ano, ele só estudará matemática, para não perder a seqüência lógica. Ele se concentra mais.

A escola memética se baseia na autogestão, o dinheiro arrecadado que é mais ou menos 370 bilhões de Reais deve ir direto para o bolso do aluno, mas deve este tem que ter uma média de 8 nas matérias.

Também se deve nesta a questão de aptidão, tem alunos que tem mais habilidade em humanas para que ele souber seno e co-seno, equação de Newton, movimento dos corpos em física e decorar toda a tabela de química. Ele deve só ter uma visão mínima, já em literatura, teatrologia, filosofia, sociologia, psicologia, ou seja, disciplinas afins, da área de humanas seriam mais aptas para ele. Portanto não desgastariam em tanta coisa que ele não vai usar em sua vida, saliento que as disciplinas eles escolheriam.

E, assim acabariam com seriação, ciclos e outras modalidades de ensino. A escola deve ser autônoma e se adaptaria de forma autogerenciada, sem interferência de diretrizes, Usam as utopias dos clássicos ou próprios (que é mais interessante) atraindo os alunos para si e este pagaria.

Quanto o aluno receberia se o dinheiro dos impostos que são recebidos pelo Estado que receberia seria um média 769 reais por cabeça e escolheriam o modo de estudar.

A utopia pedagógica chamada de escola Memética que proponho parte do principio do filósofo francês, Gilles Deleuze, que escreveu que em nossa consciência coletiva foi criada uma Sociedade de Controle, iniciada pela idéia em Maquiavel (do esforço mínimo).

A idéia de escola Memética, baseado na citação de Gilles Deleuze que diz “A idéia”. “O que é ter uma idéia?”. Que diz: “A idéia no sentido em que a usamos, pois, não se trata mais de Platão, atravessa todas as atividades criadoras”. Criar é ter uma idéia.
Os processos de aprendizagem ou aprender que pode ser definido pelo modo de como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportamento. Contudo, a complexidade desse processo dificilmente pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de pressupostos político-ideológicos, relacionados com a visão de homem, sociedade e saber.

É muito difícil ter uma idéia. Há pessoas extremamente interessantes que passaram à vida inteira sem ter uma idéia.
Pode-se ter uma idéia em qualquer área e mais difícil ainda e nos processos de aprendizagens. Usarei as quatro dimensões: econômica, filosófica, potencial e causal de Roberto Adami Trajan.
Ele começa com os 3 Ds que é a Desatenção, Desalinhamento, Desesperança.

Desatenção “é quando ligamos o piloto automático e seguimos enfrente, não percebemos algo mais e não observamos que se repete e nos escapa e não interagirmos”.

Desalinhamento “ é quando somos incoerentes com” nossos pensamentos está desintegrado pelos sentimentos e comportamentos e quando não vivemos nossos valores, ignorando com comportamentos mesquinhos, reduzimos e não enxergamos os valores significantes para nossa melhoria.

Desesperança “somos, apesar de lutarmos, tentarmos acreditar que se terá mudanças, nós não estamos incrédulo, não acreditamos em ninguém, só nos restas sonhos, vazios de sonhos, e as atuais utopias não nos alimenta as forças do mal sempre vence, o crime compensa.”.

As elites que podem pagar só lamentam e seguem a lei de Maquiavel a “lei do mínimo esforço” que para ele “a natureza humana seria essencialmente má e os seres humanos querem obter os máximos ganhos a partir do menor esforço, apenas fazendo o bem quando forçados a isso.”.

“A natureza humana também não se alteraria ao longo da história fazendo com que seus contemporâneos agissem da mesma maneira que os antigos romanos e que a história dessa e de outras civilizações servissem de exemplo. Falta-lhe um senso das mudanças históricas se mantém felizes com as conquistas e se brinda com o percentual e comemora que seus filhos conseguiram o melhor.”

Eles já sabem que se seus filhos encontrarem com o povão, nas escolas publicas saíram perdendo, e se matem no redutivismo, ou seja, a quanto se fala de melhorias na educação das massas populares, eles têm um algodão nos ouvidos.

Eles almejam resultados para seus filhos com o máximo que podem pagar. Nem seguer tentam ir além, aprender algo novo.

Sabem e se contentam em não fazer movimentos para melhoria nas escolas publicas porque as escolas que podem pagar correspondem as suas expectativas.

Assim nos lutarmos todo tempo com utopias que dão falsos 3 Ds, que até agora que não nos levaram a nada e só servem para mascarar os descasos das Elites e do Estado e confundem quem vive da escola publica.

Para entender a dimensão econômica restringe ao plano material, composto de máquinas, equipamentos, produtos, relatório e principalmente dinheiro, sem não haverá um serviço e as pessoas que estão envolvidas com a educação não conseguem enxergar, inovar e quando ganho pouca acha que estão no mesmo lugar e não administram bem. Hoje se tem 375 bilhões em impostos que deveria ir para educação, segundo a Constituição, hoje há matriculado na escola publica 41,3 milhões de Reais, se dividirmos teremos para cada aluno durante um ano 7650,60 mil.

Mas, estes impostos, não vão direto para escola ou direto para um cartão estudante, ou boleto para uma instituição qualquer particular nossos alunos e filhos tem que agüentar as demagogias dos governantes.

Assim uma escola que tem uma dimensão econômica proposta pelas elites com seus projetos nunca vai para frente, é o maior dos erros que existe na educação.

Pela dimensão filosófica é quando buscamos respostas por que existe a escola, a sua missão , suas razoes pela quais ela existe, será que ela a utopia que sonhamos, e principalmente das classes populares onde deveria assegurar emocionalmente sucessos futuros de seus filhos.

O Estado e as elites que pode... Levam aos trancos e barrancos baseada na malícia e truques, é o quadro em que a escola publica esta metida.

Para explicar melhor a dimensão filosófica contarei da mitologia grega a historia de e Sísifio, Prometeu, Hermes.

Começarei com Sísifio Mestre da malícia e dos truques, ele entrou para a tradição como um dos maiores ofensores dos deuses.

Segundo Higino, ele odiava seu irmão Salmoneu; perguntando a Apolo como ele poderia matar seu inimigo, o deus respondeu que ele deveria ter filhos com Tiro, filha de Salmoneu, que o vingariam. Dois filhos nasceram, mas Tiro, descobrindo a profecia, os matou. Sísifo se vingou... E, por causa disso, ele recebeu como castigo na terra dos mortos deveria empurrar uma pedra até o lugar mais alto da montanha, de onde ela rola de volta por 30 mil anos. O nosso povo carrega 511 anos os modelos, programas, jeitos, um descaso das elites.

Outra malícia de Sísifio é a seguinte: Certa vez, uma grande águia sobrevoou sua cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a jovem Égina, filha de Asopo, um deus-rio. Que Zeus a raptou, e Asopo, sem ter informações sobre a filha, foi parar em Corinto.

Sísifo sabia o que tinha acontecido, Mais tarde, o velho Asopo veio perguntar-lhe se sabia do rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo fez um acordo: em troca de uma fonte de água para sua cidade, ele contaria o paradeiro da filha. O acordo foi feito e a fonte presenteada recebeu o nome de Pirene.

A tantos acordos e interesses egoístas nos nossos lideres que eles fazem qualquer acordo e como dizem aqui no Brasil: “tudo acaba em Pizza”.

Mas quando ele contou para Asopo, despertou a raiva do grande Zeus, que enviou o deus da Morte, Tânatos, para levá-lo ao mundo subterrâneo. Porém o esperto Sísifo conseguiu enganar o enviado de Zeus. Elogiou sua beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar. O colar, na verdade, não passava de uma coleira, com a qual Sísifo manteve a Morte aprisionada e conseguiu driblar seu destino.

Sempre fazem isto com a educação brasileira. É estatística para todo lado, são melhores que Pelé, Maradona, Robinho, etc. Saresp, SAEB, Prova Brasil. Tanto gastos.

Durante um tempo não morreu mais ninguém. Sísifo soube enganar a Morte, mas arrumou novas encrencas. Desta vez com Hades, o deus dos mortos, e com Ares, o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para consumar as batalhas.

Tão logo teve conhecimento, Hades libertou Tânatos e ordenou-lhe que trouxesse Sísifo imediatamente para as mansões da morte. Quando Sísifo se despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela não enterrasse seu corpo.

Já no inferno, Sísifo reclamou com Hades da falta de respeito de sua esposa em não o enterrar. Então suplicou por mais um dia de prazo, para se vingar da mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades lhe concedeu o pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa. Havia enganado a Morte pela segunda vez. Sempre, sempre nos enganados.

Sísifo morreu de velhice e Zeus enviou Hermes que para conduzir sua alma a Hades. No tártaro, Sísifo foi considerado um grande rebelde e teve um castigo, juntamente com Prometeu.

Por toda a eternidade Sísifo foi condenado a rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível.

Sísifo tornou-se conhecido por executar um trabalho rotineiro e cansativo. Tratava-se de um castigo para mostrar-lhe que os mortais não têm a liberdade dos deuses. Os mortais têm a liberdade de escolha, devendo, pois, concentrar-se nos afazeres da vida cotidiana, vivendo-a em sua plenitude, tornando-se criativos na repetição e na monotonia.

A escola de hoje é Sisífica não somos felizes nos seus afazeres da vida cotidiana. E fazem que carreguemos as pedras mentirosas das utopias que estão aí.

Outro mito, segundo Hesíodo foi dada a Prometeu e seu irmão Epimeteu a tarefa de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu encarregou-se de supervisioná-la.

Na obra, Epimeteu atribuiu a cada animal os dons variados de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou à vez do homem, formou-o do barro.

Mas como Epimeteu gastara todos os recursos nos outros animais, recorreu a seu irmão Prometeu.

Este então roubou o fogo dos deuses e o deu aos homens. Isto assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais.

Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto que o acorrentasse no cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma águia (ou corvo) dilacerava seu fígado que, todos os dias, regeneravam-se. Esse castigo devia durar 30.000 anos.

As elites que elaboram as utopias estão nos fazendo como Prometeu, estão comendo nossos fígados e acabando com os fogos de uma boa escola.

E querem aplausos, o que importa são refletores, os aplausos, mas as famílias, os alunos e os educadores bananas. Vaidades geradas em modice impulsionada por pseudos pedagogos, a última ultima utopia é o bullyng. A igualdade lastreada na constituição e nos Ecas da vida são só para “gregos verem”.

Pela dimensão potencial é quem faz um grupo, um organismo social que cria e elabora pelo meio de suas potencialidades para que cada um se dê bem e seja feliz, porque ele se estimula a lutar e vencer as dificuldades em sua vida.

São a mais negligenciadas dentro da escola, as escolas sempre a um líder que se orgulha mais da máquina do que quem opera regida pela sagacidade, sempre em busca de ondas perfeitas, são equilibristas. Procuram se adequar a novos cenários e utopias, usam a vontade propagandas que mostram suas utopias, sempre com aplausos da imagem.

Hoje a imagem é que conta, ninguém aplaude perdedores, aí inventam propagandas enganadoras das utopias que não são adequadas para nossa escola. Agem como mágicos e usa certos pedagogos que com seus talentos copiadores expressam uma nova teoria para utopias que já existiam.

Direcionados pela ambição que buscam aprovação e sucesso... E não resolve os problemas da escola só ocasionam confusões nas cabeças dos que utilizam à escola publica e querem realmente uma escola feliz e que diminui as potencialidades do grupo onde deveria dar êxito aos talentosos.

Dimensão Causal é baseada nos pressupostos das necessidades e desejos para uma realidade melhor e colocam os serviços da escola em estágios de compreensão para uma demanda de satisfação.

Declaradamente a escola publica esta insatisfeita. Sempre a um culpado, se o aluno não vai bem, é culpa do professor, daí os professores culpam os pais, e assim vai... Necessitamos de construir pessoas para um futuro promissor, precisamos de um norte, os professores, alunos, direção, corpo de educadores estão mais perdidos que “uma agulha no deserto” e cada vez mais os serviços oferecidos pela escola.

A escola precisa de liberdade tanto utopicamente como economicamente, em suma, autogerenciar, sem interferência dos Utópicos de Plantão. E a escola utópica que proponho é a Escola Memética.

Até agora feitas às utopias não formaram uma sociedade com autonomia e democrática, nem politicamente. Desde jesuítas com a utopia Escolástica passando por D. Pedro que efetivou e escola panóptico onde projetou o modelo dos prédios que encontramos até hoje nas escolas.

Com D. Pedro ele seguiu o exemplo baseado na escola feita em Madras, na Índia, pelo pastor anglicano Andrew Bell (1753-1832), e com os ideais reformadores do jurista inglês Jeremy Bentham (1748-1792), que foi autor da ideia do panóptico.

Para isto Bentham estudou “racionalmente”, em suas próprias palavras, o sistema penitenciário. Criou então um projeto de prisão circular, onde um observador poderia ver todos os locais onde houvesse presos. Eis o Panóptico instalado nas escolas brasileiras, com adaptações.

As adaptações até não fizeram nossas escolas ser boas.

A com tempos determinados para disciplinas que são interrompidas, não tem uma seqüência de ligação, as matérias tem 50 minutos, 50 minutos de matemática, 50 minutos de inglês, elas estão compartimentalizada, há uma ruptura. Segue uma divisão de trabalhos escolares igual à ordem vigente nas manufaturas.

A escola brasileira com as atuais utopias impregnada de pressupostos político-ideológicos faz com que os alunos passam a vida inteira sem ter uma idéia de quer ser porque ele não é preparado para ser um aluno perceptos.

Perceptos que na psicologia são os processos de aprendizagem e de aquisição de conhecimento através da percepção. É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento e na percepção, também na classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas. De uma maneira mais simples, podemos dizer que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos.

Mas o conhecimento lhe traria uma melhor adaptação ao meio - é também um mecanismo de conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno.

Ela é um processo pelo qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em que vive sem perder a sua identidade existencial.

Ela começa com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre à percepção. É, portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na nossa memória.

Os processos mentais que estão por detrás do comportamento. É uma das disciplinas da ciência cognitiva. Esta área de investigação cobre diversos domínios, examinando questões sobre a memória, atenção, percepção, representação de conhecimento, raciocínio, criatividade e resolução de problemas.

No século XX, a psicologia cognitiva recebeu um grande impulso através de estudos sobre inteligência artificial, que permite relacionar e comparar, em certa medida, o processamento humano e animal da informação com processos eletrônicos, como o computador.

Hoje perceptos necessita de liberdade de comportamento e tentarei propor a pedagogia Memética.

A Pedagogia Memética parte do é o estudo formal cunhado em 1976 por Richard Dawkins no seu bestseller - O Gene Egoísta é para a memória o análogo do gene na genética, a sua unidade mínima que é o memes.

É considerado como uma unidade mínima de informação, mas que se multiplica de cérebro em cérebro, ou entre locais onde a informação é armazenada em livros e principalmente no click da atual tecnologia midiática ou em outros locais de armazenamento ou outros cérebros.

No que diz respeito à sua funcionalidade, o meme é considerado uma unidade de evolução cultural que pode de alguma forma autopropagar-se. Os memes podem ser idéias ou uma parte de idéias, línguas, sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade autônoma. O estudo dos modelos evolutivos da transferência de informação é conhecido como memética.

Quando usado num contexto coloquial e não especializado, o termo meme pode significar apenas a transmissão de informação de uma mente para outra. Este uso aproxima o termo da analogia da "linguagem como vírus", afastando-o do propósito original de Dawkins, que procurava definir os memes como replicadores de comportamentos.

A chave de todo ser humano é seu pensamento. Resistente e desafiante aos olhares, tem oculto um estandarte que obedece, que é a ideia ante a qual todos seus fatos são interpretados. O ser humano pode somente ser reformado mostrando-lhe uma ideia nova que supere a antiga e traga comandos próprios.

Temos hoje tecnologia e dinheiro para isto. Um aluno deveria receber 680 reais se dinheiro da arrecadação fosse direto e escolheria qual utopia seguiria, (ou seus pais, no caso de menores de 10 anos ou...). Assumiriam seus próprios comandos que também pode ser grupal.

Para isto é necessário que o aluno seja livre tanto para ir a uma determinada escola como estudar por conta própria, assessorado através de centro de apoio escolar. ou mesmo cursando on-line para que Ele deve SER, mas TER é extremamente necessário para ser perceptos.

Até hoje as elites usaram e usam as utopias históricas que não fizeram alunos perceptos, que sofreram uma lavagem cerebral e condiciona a idéia de uma consciência coletiva melhor.

Historicamente a escola foi um palco de teorias copiadas e adequadas à realidade brasileira, a ultima moda é bullyng, o aluno contra aluno, ou professor contra aluno. Os alunos estão cada vez mais violento, veja o caso do Rio da chacina que um ex-aluno fez na escola bem parecido a dos Estados Unidos.

Assim sendo tentarei mostrar o porquê da escola brasileira não deram certo até hoje no ano de 2011. E no decorrer das colocações anteriores.

Recordando o que é uma utopia: ela consiste na idéia de idealizar não apenas um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real. O utopismo é um modo absurdamente otimista de ver as coisas do jeito que gostaríamos que elas fossem.

As pessoas vivem numa utopia, nós inclusive, sem ela a vida teria que ser o paraíso para nos contentar. As utopias se chocam, os adeptos se lançam em várias teorias para sustentá-la.

Há pedagogos teóricos utopistas socialistas, capitalistas, religiosos que implantaram metodologias de ensino sempre buscando um culpado, ora o professor, ora os pais, ora os alunos, pois numa utopia há sempre um culpado. Uma utopia vence a outra que se mostrou ineficiente.

As adaptações das utopias clássicas feitas, pelo que chamo de pedagogos, que nada mais fez que confundisse e ainda confunde muitos professores e pais, ou seja, o usuário das escolas publica. As utopias dão suportes a três correntes teóricas, capitalistas, socialistas e religiosas que tentam encaminhar as metodologias que não dão mais conta do mundo real em que vivemos.

No Brasil, as elites que podem pagar escola privada, sabem dos experimentalismos dos burocratas estatais e de seus “pseudos-pedagogos”, eles preferem uma escola onde às utopias são clara, como de Skinner, Piaget, do que a bagunça teórica utópica Estatal.

As estruturas burocráticas emperraram e emperram a escola publica que deveria ser democrática, uma escola que segundo a Constituição deve ser autônoma, mas não é. Autonomia da escola deve se autogerir e programar suas próprias utopias, pode ser Piagentina se quiserem.

Os impostos arrecadados dariam a cada aluno brasileiro 680 reais, mas... Fica uma boa parte nas estruturas burocráticas. Com 680 reais os alunos poderiam escolher qualquer escola seja ela particular ou publica até a Universidade.

Daria o maior estimulo para os alunos de hoje, aí sim a gratuidade total de seus estudos, que pela dimensão econômica a chave para alavancar um norte para as camadas populares. Colocaria um fim na frase que sempre se houve nos estudantes carentes: - para que estudar se não pode pagar uma universidade, um curso técnico...

Mas os governantes vaidosos querem programar a “autonomia” deles baseada em utopias de gabinetes que só confundem os pais, professores, diretores, as pessoas que estão ligadas diretamente ao aluno. Tratam-nos como débeis mentais. Deixe a escola programar suas Utopias.

Nas anteriores gerações brasileiras se havia mais cultura cristã que com advento da televisão começaram a ter contato com as idéias socialistas, capitalistas, etc., mas, poucos sabiam ler. Para isto as imagens e a cultura ocidental foram dubladas principalmente a norte-americana que impregnaram nossa juventude com a linguagem da imagem mais que a escrita, facilitaram as utopias capitalistas e socialistas e religiosas a se tornarem consciência coletiva.

Hoje, os jovens querem aqui e o agora, a linguagem da imagem propagada pela Televisão e outras mídias como musica, que mostra uma cultura ocidental violentíssima há sempre heróis e bandidos. Claro é mais fácil convencer um analfabeto e agora também como alguns chama analfabeto funcional, ou seja, sabe lê mais consegue entender.

Para felicidade da Nação eles adoram um click no controle remoto, e pronto! Ficam satisfeitos, é um troca-troca de felicidade momentânea muito rápida, onde lei do menor esforço de Maquiavel (ou que por aqui no Brasil como se diz: - a “lei de Gerson”). As imagens dos clicks se projetam neles e ao olhar as telas, os indivíduos torna criatura imaginada utopicamente dentro do seu espaço e se acomoda, ele se vê como artista no bar, rua, jogador na festa, cantor, político famoso, há uma vestimenta na consciência coletiva de quero ter e não ser.

A consciência coletiva segundo Émile Durkheim “é que a sociedade tem uma consciência individual que se juntam e formam uma consciência coletiva e partindo da afirmação de que os fatos sociais devem ser tratados como coisas, forneceram uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade”.

“Em que o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele. O que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência tangível. Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve permitir a realização deste, desde que consiga integrar-se a essa estrutura.”

“Para que reine certo consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento de uma solidariedade entre seus membros criticamente, ou seja, pensa e age”. Ufa! Será que um dia chegaremos lá.

A sociedade precisa saber criticamente utilizar o click se quisermos ter uma consciência coletiva. Mas, será difícil pela qualidade dos canais do Brasil para melhorar deveremos acabar com as dublagens, seria um passo para nossos jovens melhorarem a leitura e forçaria aqueles que não sabe ler um esforço maior, saindo da lei de Maquiavel. Que tanto permeia nossa sociedade ou consciência coletiva que está incrustada ainda no lixo da violência e no mínimo de esforço possível.

A Escola deve com sua própria utopia feita pela sua própria consciência coletiva, de cada escola, seja ela no bairro Butantã ou em Pinheiros ou ter a pedagogia memética que estou propondo.

Antes não havia obrigação de colocar seu filho na escola, ele ia trabalhar no campo e sabia das dificuldades que seus pais passavam e dava valor aos esforços de cada conquista familiar e pessoal, mas, a maioria era analfabeta. Davam valor a quem sabia ler e interpretar, os professores mais do que nunca eram o suporte da moral e sabedoria, eram ídolos, os pais acreditavam e deixavam o professor livre para educar seus filhos, não havia a utopia de hoje – Herói, Bandido.

As pessoas liam mais, quem tinha condições de se instruir dava valor ao professor, ele era uma categoria especial, até o seu aumento salarial era de categoria especial. Os melhores escritores de nossa literatura foram desta época. Com o aumento da industrialização e com o inicio das Rádios as utopias do herói e bandidos começaram a fazer a consciência coletiva ficar massificada. Foi instalada a cultura de massa que aumentou mais ainda a partir de 1960.

Cultura de massa (também chamada de cultura popular ou cultura pop) é o total de idéias, perspectivas, atitudes, memes, imagens e outros fenômenos que são julgados como preferidos por um consenso informal contendo o mainstream ( quer dizer uma corrente de pensamento principal. É um termo inglês que designa o pensamento ou gosto corrente da maioria da população).

É muito utilizado atualmente referindo-se às artes. Em uma dada cultura, especialmente a cultura ocidental do começo da metade do século XX e o emergente mainstream global do final do século XX e começo do século XXI.

Fortemente influenciada pela mídia de massa, essa coleção de idéias permeia o cotidiano da sociedade. Em contraste, o folclore se refere a um cenário cultural de sociedade mais locais ou pré-industriais.

A cultura popular é frequentemente vista como trivial e simplificada para que se possa encontrar uma aceitação consensual através do contexto maior. Como resultado, ela tem forte criticismo de várias subculturas (mais notavelmente grupos religiosos e contra culturais ) que a acreditam superficial, consumista, sensacionalista, e corrupta.

O termo "cultura popular" surgiu no século XIX, em uso original para se referir à educação e cultura das classes mais baixas. “O termo começou a assumir o significado de uma cultura de classes mais baixas, separado e se opondo à verdadeira educação” próxima do final do século, um uso que se tornou estabelecido no período de entre guerras.

O significado corrente do termo, cultura para consumo da massa, originou-se especialmente nos Estados Unidos, estabelecendo-se ao final da Segunda Guerra Mundial. A forma abreviada "pop culture" data da década de 1960.

A principal utopia da cultura pop culture foi "hippie" foi o "Woodstock," um grande festival ocorrido no estado de Nova Iorque em 1969, que contou com a participação de artistas de diversos estilos musicais, como o folk, o "rock'roll" e o blues, todos esses movimentos de alguma forma digamos ligados às críticas e à contestação do movimento foi à utopia que aumentou a lei do mínimo possível de Maquiavel e sedimentou a cultura da imagem bandido e mocinhos.

O mais importante na cultura de massa é o significado de “meme”, a auto propagação, isto é, a transmissão de informação de uma mente para outra. Replicaram comportamentos e sempre surge meme falsa a todo o momento principalmente pela internet.

Há hoje uma consciência coletiva Nemética onde o click de uma pessoa pode mudar uma atitude de muitos, se ligam nas redes sociais, facebook, orkut, MSN e outros meios. Vou dar uma ideia memética: vamos acabar com as eleições obrigatórias no Brasil votando em branco, precisamos 50 % mais um voto colocaria a constituição em contradição.

Outro exemplo, as votações nos projetos on-line poderiam acabar com o modelo democrático falso temos e que veio lá do império romano para que senadores e os deputados fossem eleitos sem um mandato efetivo de 4 anos, nós poderemos tirá-lo só com um click, ele tem que ter a maioria mesmo. Teríamos uma democracia direta estes são exemplos de consciência coletiva memética. (no Brasil não são todos que podem e sabem dar o click).

As pessoas se interagiriam via internet, as provas para o aluno passar de ano seria feito num centro de provas localizadas em pólos, nestes haveria professores para tirar as dúvidas. Mesmo pode ter uma intranet entre professores e alunos, (como disse acima, um aluno deveria receber 680 reais por mês se viesse direto sem os entraves do governo), aquele que não tirasse nota acima de 8 não teria este beneficio, ou seja, os 763 reais.

Seria um jeito de diminuir custos, diminuiria a quantidade de professores, mas os salários aumentariam, veja bem, estou aqui fazendo também uma Utopia. Antes o Brasil era um país “caipira” e respeitador, não se tinha as maldades de hoje, mas os jovens de hoje querem tudo nas mãos. Não sabem a dificuldade de não ter um Real para comprar pão, se projetam nos ídolos.

Os governantes dizem que para um país ser desenvolvido tem que ter índice igual aos paises mais ricos e instalam o mito que a educação salvará o Brasil, confundem educação com índice, educação não é índice.

Educação engloba os processos de ensinar e aprender. É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade.

A Socialização é o processo pelo quais as crianças, ou outros novos membros da sociedade, aprendem o modo de vida de sua sociedade é chamado de socialização. A socialização é o principal canal para a transmissão da cultura através do tempo e das gerações, assim a escola é um ator na geração de uma sociedade desenvolvida.

Ao longo do tempo os lideres tentam fazer a lavagem cerebral que é também conhecido como Reforma de pensamento ou Reeducação é o esforço constituído visando reprimir certas atitudes e crenças de uma pessoa. Crenças consideradas indesejáveis ou em conflito com as crenças e conhecimentos das outras pessoas.

Os motivos para a lavagem cerebral podem incluir o objetivo de afetar o pensamento e comportamento do indivíduo que o sistema de valores padrão considerados indesejável como desejável.

Enquanto processo de sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos. No Brasil não houve uma Socialização plena, mas uma lavagem Cerebral.

Os lideres se servem de teorias utópicas que fazem verdadeiras lavagens cerebrais desde jesuítas até os autores socialistas, capitalistas e eclesiásticos atuais que atrapalham os professores e os usuários da escola publica.

O autogereciamento escolar é uma necessidade urgente para melhoria da escola. A organização deve ser feita por quem participa diretamente na unidade escolar, chega de interferências.

Gostaria de perguntar para os utópicos e lideres e as elites que podem pagar e que planejam e idealizam a escola que temos hoje, se eles têm coragem de colocar seus filhos na escola publica.

Com o autogereciamento as escolas serão mais transparentes, é imperioso que se faça já, porque as mentiras da educação elaboradas pelas utopias criadas pelos governantes, ocasionaram esta porcaria de educação brasileira. Para isto veremos abaixo as principais utopias clássicas utilizada no Brasil.
Segundo Higino, ele odiava seu irmão Salmoneu; perguntando a Apolo como ele poderia matar seu inimigo, o deus respondeu que ele deveria ter filhos com Tiro, filha de Salmoneu, que o vingariam. Dois filhos nasceram, mas Tiro, descobrindo a profecia, os matou. Sísifo se vingou... E, por causa disso, ele recebeu como castigo na terra dos mortos deveria empurrar uma pedra até o lugar mais alto da montanha, de onde ela rola de volta por 30 mil anos. O nosso povo carrega 511 anos os modelos, programas, jeitos, um descaso das elites.

Outra malícia de Sísifio é a seguinte: Certa vez, uma grande águia sobrevoou sua cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a jovem Égina, filha de Asopo, um deus-rio. Que Zeus a raptou, e Asopo, sem ter informações sobre a filha, foi parar em Corinto.

Sísifo sabia o que tinha acontecido, Mais tarde, o velho Asopo veio perguntar-lhe se sabia do rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo fez um acordo: em troca de uma fonte de água para sua cidade, ele contaria o paradeiro da filha. O acordo foi feito e a fonte presenteada recebeu o nome de Pirene.

A tantos acordos e interesses egoístas nos nossos lideres que eles fazem qualquer acordo e como dizem aqui no Brasil: “tudo acaba em Pizza”.

Mas quando ele contou para Asopo, despertou a raiva do grande Zeus, que enviou o deus da Morte, Tânatos, para levá-lo ao mundo subterrâneo. Porém o esperto Sísifo conseguiu enganar o enviado de Zeus. Elogiou sua beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar. O colar, na verdade, não passava de uma coleira, com a qual Sísifo manteve a Morte aprisionada e conseguiu driblar seu destino.

Sempre fazem isto com a educação brasileira. É estatística para todo lado, são melhores que Pelé, Maradona, Robinho, etc. Saresp, SAEB, Prova Brasil. Tanto gastos.

Durante um tempo não morreu mais ninguém. Sísifo soube enganar a Morte, mas arrumou novas encrencas. Desta vez com Hades, o deus dos mortos, e com Ares, o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para consumar as batalhas.

Tão logo teve conhecimento, Hades libertou Tânatos e ordenou-lhe que trouxesse Sísifo imediatamente para as mansões da morte. Quando Sísifo se despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela não enterrasse seu corpo.

Já no inferno, Sísifo reclamou com Hades da falta de respeito de sua esposa em não o enterrar. Então suplicou por mais um dia de prazo, para se vingar da mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades lhe concedeu o pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa. Havia enganado a Morte pela segunda vez. Sempre, sempre nos enganados.

Sísifo morreu de velhice e Zeus enviou Hermes que para conduzir sua alma a Hades. No tártaro, Sísifo foi considerado um grande rebelde e teve um castigo, juntamente com Prometeu.

Por toda a eternidade Sísifo foi condenado a rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível.

Sísifo tornou-se conhecido por executar um trabalho rotineiro e cansativo. Tratava-se de um castigo para mostrar-lhe que os mortais não têm a liberdade dos deuses. Os mortais têm a liberdade de escolha, devendo, pois, concentrar-se nos afazeres da vida cotidiana, vivendo-a em sua plenitude, tornando-se criativos na repetição e na monotonia.

A escola de hoje é Sisífica não somos felizes nos seus afazeres da vida cotidiana. E fazem que carreguemos as pedras mentirosas das utopias que estão aí.

Outro mito, segundo Hesíodo foi dada a Prometeu e seu irmão Epimeteu a tarefa de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu encarregou-se de supervisioná-la.

Na obra, Epimeteu atribuiu a cada animal os dons variados de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou à vez do homem, formou-o do barro.

Mas como Epimeteu gastara todos os recursos nos outros animais, recorreu a seu irmão Prometeu.

Este então roubou o fogo dos deuses e o deu aos homens. Isto assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais.

Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto que o acorrentasse no cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma águia (ou corvo) dilacerava seu fígado que, todos os dias, regeneravam-se. Esse castigo devia durar 30.000 anos.

As elites que elaboram as utopias estão nos fazendo como Prometeu, estão comendo nossos fígados e acabando com os fogos de uma boa escola.

E querem aplausos, o que importa são refletores, os aplausos, mas as famílias, os alunos e os educadores bananas. Vaidades geradas em modice impulsionada por pseudos pedagogos, a última ultima utopia é o bullyng. A igualdade lastreada na constituição e nos Ecas da vida são só para “gregos verem”.

Pela dimensão potencial é quem faz um grupo, um organismo social que cria e elabora pelo meio de suas potencialidades para que cada um se dê bem e seja feliz, porque ele se estimula a lutar e vencer as dificuldades em sua vida.

São a mais negligenciadas dentro da escola, as escolas sempre a um líder que se orgulha mais da máquina do que quem opera regida pela sagacidade, sempre em busca de ondas perfeitas, são equilibristas. Procuram se adequar a novos cenários e utopias, usam a vontade propagandas que mostram suas utopias, sempre com aplausos da imagem.

Hoje a imagem é que conta, ninguém aplaude perdedores, aí inventam propagandas enganadoras das utopias que não são adequadas para nossa escola. Agem como mágicos e usa certos pedagogos que com seus talentos copiadores expressam uma nova teoria para utopias que já existiam.

Direcionados pela ambição que buscam aprovação e sucesso... E não resolve os problemas da escola só ocasionam confusões nas cabeças dos que utilizam à escola publica e querem realmente uma escola feliz e que diminui as potencialidades do grupo onde deveria dar êxito aos talentosos.

Dimensão Causal é baseada nos pressupostos das necessidades e desejos para uma realidade melhor e colocam os serviços da escola em estágios de compreensão para uma demanda de satisfação.

Declaradamente a escola publica esta insatisfeita. Sempre a um culpado, se o aluno não vai bem, é culpa do professor, daí os professores culpam os pais, e assim vai... Necessitamos de construir pessoas para um futuro promissor, precisamos de um norte, os professores, alunos, direção, corpo de educadores estão mais perdidos que “uma agulha no deserto” e cada vez mais os serviços oferecidos pela escola.

A escola precisa de liberdade tanto utopicamente como economicamente, em suma, autogerenciar, sem interferência dos Utópicos de Plantão. E a escola utópica que proponho é a Escola Memética.

Primeiramente vamos entender melhor um aluno percepto na pedagogia memética. O aluno deve procura com prazer que terá tranqüilidade e liberdade sem medo, sem ausência de sofrimento numa escola que lhe dê felicidades e não somente a possibilidade comprar, ter bens materiais. Em linhas gerais, o homem está em contato permanente com dois tipos de realidade: a inteligível e a sensível. A inteligência está na procura das idéias que afetam os sentidos percebendo o mundo concreto que pode mudá-lo com a criticamente e estão repletos de utopias.

Segundo Platão “o problema do ser é a mudança, tudo está em constante movimento e é uma ilusão a estaticidade, ou a permanência de qualquer coisa; para o segundo, o movimento que é uma ilusão, pois algo que é não pode deixar de ser e algo que não é não pode passar a ser; assim, não há mudança”. (Daí as utopias serem o ligamento dos ideais.).

Por exemplo, “o que faz com determinada árvore seja ela mesma desde o estágio de semente até morrer, e o que faz com que ela seja tão árvore quanto outra de outra espécie, com características tão diferentes”?

Há aqui uma mudança, tanto da árvore em relação a si mesma (com o passar do tempo ela cresce) quanto da árvore em relação à outra. Para Heraclito, a árvore está sempre mudando e nunca é a mesma, e para Parmênides, ela nunca muda, é sempre a mesma e sua mudança é uma ilusão. (Concepção da diferença das utopias. Para uns pode ser verdade para outro falso).

Platão resolve esse problema com sua Teoria das Idéias. “O que há de permanente em um objeto é a Idéia; mais precisamente, a participação desse objeto na sua Idéia correspondente”. “E a mudança ocorre porque esse objeto não é uma Idéia, mas uma incompleta representação da Idéia desse objeto”.

No exemplo da árvore, o que faz com que ela seja ela mesma e seja uma árvore (e não outra coisa). A despeito da diferença daquilo que era quando mais jovem e de outras árvores de outras espécies e mesmo das árvores da mesma espécie, é a sua participação na idéia de Árvore, e sua mudança, deve-se ao fato de ser uma pálida representação da idéia de Árvore”.

Outro diálogo de Platão é seguinte “cada caneta terá outros atributos, sendo ela também uma caneta, tanto quanto a outra”. “Aquilo que faz com que as duas sejam canetas é, para Platão, a idéia de Caneta, perfeita, que esgota todas as possibilidades de ser caneta”. ( é como somos humanos e imperfeitos, mas cada um tem uma percepção de utopia).

Platão também elaborou uma teoria gnosiológica, ou seja, uma teoria que explica como se podem conhecer as coisas, ou ainda, uma teoria do conhecimento. Segundo ele, ao ver um objeto repetido várias vezes, uma pessoa se lembra, aos poucos, da Ideia daquele objeto que viu no mundo das idéias.

Para explicar como se dá isso, Platão recorre a um mito (ou uma metáfora) segundo “a qual, antes de nascer, a alma de cada pessoa vivia em uma estrela, onde se localizam as idéias. Quando uma pessoa nasce, sua alma é "jogada" para a Terra, e o impacto que ocorre faz com que esqueça o que viu na estrela. Mas, ao ver um objeto aparecer de diferentes formas (como as diferentes árvores que se pode ver), a alma se recorda da idéia daquele objeto que foi visto na estrela. Tal recordação, em Platão, chama-se anamnesis”. (para a pedagogia memética é uma nova forma de ver o mundo)

A reminiscência para Platão é uma das condições para a indagação ou investigação acerca das idéias é que não estamos em estado de completa ignorância sobre elas. Do contrário, não teríamos nem o desejo nem o poder de procurá-las. Em vista disso, é uma condição necessária, para tal investigação, que tenhamos em nossa alma alguma espécie de conhecimento ou lembrança de nosso contato com as idéias (contato esse ocorrido antes do nosso próprio nascimento) e nos recordemos das idéias ao vê-las reproduzidas palidamente nas coisas”. (para isto o aluno percepto de estar livre para escolher as idéias ou utopias sem obrigação como é no Brasil.).

Deste modo, toda a ciência platônica é uma reminiscência. A investigação das idéias supõe que as almas preexistiram em uma região divina onde contemplavam as idéias. (a escola não é mais única fonte de investigação.).

Podemos tomar como exemplo o Mito da Parelha Alada, localizado no diálogo Fedro, de Platão (é “um diálogo platônico que se ocupa com uma investigação acerca da retórica e do amor (sensual),” Neste diálogo, Platão compara a raça humana a carros alados). “Tudo o que fazemos de bom, dá forças às nossas asas.”

“Tudo o que fazemos de errado, tira força das nossas asas. Ao longo do tempo fizemos tantas coisas erradas que nossas asas perderam as forças e, sem elas para nos sustentarmos, caímos no Mundo Sensível, onde vivemos até hoje. A partir deste momento, fomos condenados a vermos apenas as sombras do Mundo das idéias”. (que são utópicas e para se ter uma pedagogia memética tem que dar asas aos educandos e não uma educação que só educa com utopias feita pelas elites).

Conhecimento

Platão não buscava as verdadeiras essências da forma física como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a verdade essencial das coisas. Platão não poderia buscar a essência do conhecimento nas coisas, pois estas são corruptíveis, ou seja, variam, mudam, surgem e se vão. (É que chamo de utopia).

“Como o filósofo busca a verdade plena, deve buscá-la em algo estável, nas verdadeiras causas, pois logicamente a verdade não pode variar e, se há uma verdade essencial para os homens, esta verdade deve valer para todas as pessoas. Logo, a verdade deve ser buscada em algo superior. ( verdade é difícil em cada momento, cada segundo).”
Como seu mestre Sócrates, Platão busca descobrir as verdades essenciais das coisas. As coisas devem ter um outro fundamento, além do físico, e a forma de buscar estas realidades vem do conhecimento, não das coisas, mas do além das coisas. Esta busca racional é contemplativa. Isto significa buscar a verdade no interior do próprio homem, não meramente como sujeito particular, mas como participante das verdades essenciais do ser. ( eis aí a essência do aluno percepto na pedagogia memética, ele buscará o que lhe interessa se não esta pronto para a matemática e gosta de artes deixem desenvolver todas suas aptidões depois ele procurará os conhecimentos mínimos de matemática, física, mas, se ele realmente precisar ).

O conhecimento era o conhecimento do próprio homem, mas sempre ressaltando o homem não enquanto corpo, mas enquanto alma. O conhecimento contido na alma era a essência daquilo que existia no mundo sensível. Portanto, em Platão, também a técnica e o mundo sensível eram secundários. A alma humana enquanto perfeita participa do mundo perfeito das idéias, porém este formalismo só é reconhecível na experiência sensível.

Também o conhecimento tinha fins morais, isto é, levar o homem à bondade e à felicidade. Assim a forma de conhecimento era um reconhecimento, que faria o homem dar-se conta das verdades que sempre possuíra e que o levavam a discernir melhor dentre as aparências de verdades e as verdades. A obtenção do autoconhecimento era um caminho árduo e metódico. ( que facilita no caso de um aluno que tem aptidão numa escola memética).

Quanto ao mundo material, o homem poderia ter somente a doxa (opinião) e téchne (técnica), que permitia a sua sobrevivência, ao passo que, no mundo das idéias, o homem pode ter a épisthéme, (epistemológica) o conhecimento verdadeiro, o conhecimento filosófico.

Platão não defendia que todas as pessoas tivessem igual acesso à razão. Apesar de todos terem a alma perfeita, nem todos chegava à contemplação absoluta do mundo das idéias. ( é assim na consciência coletiva, um individuo não é igual ao outro, por isto deve-se diferenciar às disciplinas para a pedagogia memética, do qual ele terá maior contemplação).

"Os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos chegue ao poder, ou antes, que os chefes das cidades, por uma divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente." (Platão, Carta Sétima, 326b).

Esta afirmação de Platão deve ser compreendida com base primeira base na teoria e utopia do conhecimento

Platão acreditava que existiam três espécies de virtudes baseadas na alma

A primeira virtude era a da sabedoria, deveria ser a cabeça do Estado, ou seja, o governante, pois possui caráter de ouro e utiliza a razão. (no caso brasileiro usam as teorias utópicas de baixo para cima)

A segunda espécie de virtude é a coragem, deveria ser o peito do Estado, isto é, os soldados ou guardiões da polis (cidade), pois sua alma de prata é imbuída de vontade. ( acho que esta virtude não cabe nos desejos burocracia brasileira que entravam à educação e deve sair de cena e deixar a escola memética se auto-executar).

E, por fim, A terceira virtude, a temperança, que deveria ser o baixo-ventre do Estado, ou os trabalhadores, pois sua alma de bronze orienta-se pelo desejo das coisas sensíveis. ( que belo nos seriamos trabalhadores têm realmente em mãos os dinheiros arrecadam e aplicassem melhor sem interferência do alto-ventre, ou seja, os que fazem as utopias educacionais brasileiras).


Por meio da relação de sua alma com a Alma do Mundo, o homem tem acesso ao mundo das idéias e aspira ao conhecimento e às idéias do Bem e da Justiça. A partir da contemplação do mundo das idéias, o Demiurgo, ( é o criador do Mundo inferior ou material é considerado o chefe dos Arcontes -’servos’- possuindo sabedoria limitada e imperfeita).

O termo demiurgo provém do latim demiurgus, e este por sua vez do grego δημιουργός (dēmiourgós), literalmente "o que produz para o povo", e foi originalmente um termo comum que designava qualquer trabalhador cujo ofício se faz de uso público: artistas, artesãos, médicos, mensageiros, etc. Que no século V a.C. passou a designar certos magistrados ou funcionários eleitos. ( ou seja, nós, professores, e, outros educadores).

Platão o utilizou em seu diálogo Timeu, uma exposição sobre cosmologia escrita por volta de 360 a.C. onde o Demiurgo figura como o agente que, embora não seja o criador da realidade, organiza e modela a matéria caótica preexistente de acordo com modelos perfeitos e eternos.

Platão descreveu no Timeu, organizou o mundo sensível. Não se trata de uma criação ex nihilo, isto é, do nada, como no caso do Deus judaico-cristão, pois o Demiurgo não criou a matéria (Timeu, 53b) nem é a fonte da racionalidade das idéias por ele contempladas. A ação do homem se restringe ao mundo material; no mundo das idéias o homem não pode transformar nada. Pois o que é perfeito, não pode ser mais perfeito.

Timeu encontra-se a "teoria das formas inteligíveis", que explicaria a natureza do mundo sensível. Pelas idéias poder-se-ia explicar a natureza do universo ou da totalidade das coisas sensíveis. Estas estão sujeitas a geração e foram criadas de acordo com um modelo (paradigma eterno).

Assim, causas imutáveis seriam aplicadas ao que é instável por natureza e as coisas sensíveis teriam nas formas inteligíveis a própria possibilidade de existência. (por isto as utopias com suas teorias por serem instáveis numa escola memética esta dariam à possibilidade estabilização dos indivíduos).

Até agora feitas às utopias não formaram uma sociedade com autonomia e democrática, nem politicamente. Desde jesuítas com a utopia Escolástica passando por D. Pedro que efetivou e escola panóptico onde projetou o modelo dos prédios que encontramos até hoje nas escolas.

Com D. Pedro ele seguiu o exemplo baseado na escola feita em Madras, na Índia, pelo pastor anglicano Andrew Bell (1753-1832), e com os ideais reformadores do jurista inglês Jeremy Bentham (1748-1792), que foi autor da ideia do panóptico.

Para isto Bentham estudou “racionalmente”, em suas próprias palavras, o sistema penitenciário. Criou então um projeto de prisão circular, onde um observador poderia ver todos os locais onde houvesse presos. Eis o Panóptico instalado nas escolas brasileiras, com adaptações.

As adaptações utópicas até não fizeram nossas escolas serem boas.

A com tempos determinados para disciplinas que são interrompidas, não tem uma seqüência de ligação, as matérias tem 50 minutos, 50 minutos de matemática, 50 minutos de inglês, elas estão compartimentalizada, há uma ruptura. Segue uma divisão de trabalhos escolares igual à ordem vigente nas manufaturas.

A escola brasileira com as atuais utopias impregnada de pressupostos político-ideológicos faz com que os alunos passam a vida inteira sem ter uma idéia de quer ser porque ele não é preparado para ser um aluno perceptos.

Perceptos que na psicologia são os processos de aprendizagem e de aquisição de conhecimento através da percepção. É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento e na percepção, também na classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas. De uma maneira mais simples, podemos dizer que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos.

Mas o conhecimento lhe traria uma melhor adaptação ao meio - é também um mecanismo de conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno.

Ela é um processo pelo qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em que vive sem perder a sua identidade existencial.

Ela começa com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre à percepção. É, portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na nossa memória.

Os processos mentais que estão por detrás do comportamento. É uma das disciplinas da ciência cognitiva. Esta área de investigação cobre diversos domínios, examinando questões sobre a memória, atenção, percepção, representação de conhecimento, raciocínio, criatividade e resolução de problemas.

No século XX, a psicologia cognitiva recebeu um grande impulso através de estudos sobre inteligência artificial, que permite relacionar e comparar, em certa medida, o processamento humano e animal da informação com processos eletrônicos, como o computador.

Hoje perceptos necessita de liberdade de comportamento e tentarei propor a pedagogia Memética.

A Pedagogia Memética parte do é o estudo formal cunhado em 1976 por Richard Dawkins no seu bestseller - O Gene Egoísta é para a memória o análogo do gene na genética, a sua unidade mínima que é o memes.

É considerado como uma unidade mínima de informação, mas que se multiplica de cérebro em cérebro, ou entre locais onde a informação é armazenada em livros e principalmente no click da atual tecnologia midiática ou em outros locais de armazenamento ou outros cérebros.

No que diz respeito à sua funcionalidade, o meme é considerado uma unidade de evolução cultural que pode de alguma forma autopropagar-se. Os memes podem ser idéias ou uma parte de idéias, línguas, sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade autônoma. O estudo dos modelos evolutivos da transferência de informação é conhecido como memética.

Quando usado num contexto coloquial e não especializado, o termo meme pode significar apenas a transmissão de informação de uma mente para outra. Este uso aproxima o termo da analogia da "linguagem como vírus", afastando-o do propósito original de Dawkins, que procurava definir os memes como replicadores de comportamentos.

A chave de todo ser humano é seu pensamento. Resistente e desafiante aos olhares, tem oculto um estandarte que obedece, que é a ideia ante a qual todos seus fatos são interpretados. O ser humano pode somente ser reformado mostrando-lhe uma ideia nova que supere a antiga e traga comandos próprios.

Temos hoje tecnologia e dinheiro para isto. Um aluno deveria receber 680 reais se dinheiro da arrecadação fosse direto e escolheria qual utopia seguiria, (ou seus pais, no caso de menores de 10 anos ou...). Assumiriam seus próprios comandos que também pode ser grupal.

Para isto é necessário que o aluno seja livre tanto para ir a uma determinada escola como estudar por conta própria, assessorado através de centro de apoio escolar. Ele deve ser, mas ter é extremamente necessário para ser perceptos.

Até hoje as elites usaram e usam as utopias históricas que não fizeram alunos perceptos, que sofreram uma lavagem cerebral e condiciona a idéia de uma consciência coletiva melhor.

Historicamente a escola foi um palco de teorias copiadas e adequadas à realidade brasileira, a ultima moda é bullyng, o aluno contra aluno, ou professor contra aluno. Os alunos estão cada vez mais violento, veja o caso do Rio da chacina que um ex-aluno fez na escola bem parecido a dos Estados Unidos.

Recordando o que é uma utopia: ela consiste na idéia de idealizar não apenas um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real. O utopismo é um modo absurdamente otimista de ver as coisas do jeito que gostaríamos que elas fossem.

As pessoas vivem numa utopia, nós inclusive, sem ela a vida teria que ser o paraíso para nos contentar. As utopias se chocam, os adeptos se lançam em várias teorias para sustentá-la.

Há pedagogos teóricos utopistas socialistas, capitalistas, religiosos que implantaram metodologias de ensino sempre buscando um culpado, ora o professor, ora os pais, ora os alunos, pois numa utopia há sempre um culpado. Uma utopia vence a outra que se mostrou ineficiente.

As adaptações das utopias clássicas feitas, pelo que chamo de pedagogos, que nada mais fez que confundisse e ainda confunde muitos professores e pais, ou seja, o usuário das escolas publica. As utopias dão suportes a três correntes teóricas, capitalistas, socialistas e religiosas que tentam encaminhar as metodologias que não dão mais conta do mundo real em que vivemos.

No Brasil, as elites que podem pagar escola privada, sabem dos experimentalismos dos burocratas estatais e de seus “pseudos-pedagogos”, eles preferem uma escola onde às utopias são clara, como de Skinner, Piaget, do que a bagunça teórica utópica Estatal.

As estruturas burocráticas emperraram e emperram a escola publica que deveria ser democrática, uma escola que segundo a Constituição deve ser autônoma, mas não é. Autonomia da escola deve se autogerir e programar suas próprias utopias, pode ser Piagentina se quiserem.

Os impostos arrecadados dariam a cada aluno brasileiro 680 reais, mas... Fica uma boa parte nas estruturas burocráticas. Com 680 reais os alunos poderiam escolher qualquer escola seja ela particular ou publica até a Universidade.

Daria o maior estimulo para os alunos de hoje, aí sim a gratuidade total de seus estudos, que pela dimensão econômica a chave para alavancar um norte para as camadas populares. Colocaria um fim na frase que sempre se houve nos estudantes carentes: - para que estudar se não pode pagar uma universidade, um curso técnico...

Mas os governantes vaidosos querem programar a “autonomia” deles baseada em utopias de gabinetes que só confundem os pais, professores, diretores, as pessoas que estão ligadas diretamente ao aluno. Tratam-nos como débeis mentais. Deixe a escola programar suas Utopias.

Nas anteriores gerações brasileiras se havia mais cultura cristã que com advento da televisão começaram a ter contato com as idéias socialistas, capitalistas, etc., mas, poucos sabiam ler. Para isto as imagens e a cultura ocidental foram dubladas principalmente a norte-americana que impregnaram nossa juventude com a linguagem da imagem mais que a escrita, facilitaram as utopias capitalistas e socialistas e religiosas a se tornarem consciência coletiva.

Hoje, os jovens querem aqui e o agora, a linguagem da imagem propagada pela Televisão e outras mídias como musica, que mostra uma cultura ocidental violentíssima há sempre heróis e bandidos. Claro é mais fácil convencer um analfabeto e agora também como alguns chama analfabeto funcional, ou seja, sabe lê mais consegue entender.

Para felicidade da Nação eles adoram um click no controle remoto, e pronto! Ficam satisfeitos, é um troca-troca de felicidade momentânea muito rápida, onde lei do menor esforço de Maquiavel (ou que por aqui no Brasil como se diz: - a “lei de Gerson”). As imagens dos clicks se projetam neles e ao olhar as telas, os indivíduos torna criatura imaginada utopicamente dentro do seu espaço e se acomoda, ele se vê como artista no bar, rua, jogador na festa, cantor, político famoso, há uma vestimenta na consciência coletiva de quero ter e não ser.

A consciência coletiva segundo Émile Durkheim “é que a sociedade tem uma consciência individual que se juntam e formam uma consciência coletiva e partindo da afirmação de que os fatos sociais devem ser tratados como coisas, forneceram uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade”.

“Em que o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele. O que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência tangível. Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve permitir a realização deste, desde que consiga integrar-se a essa estrutura.”

“Para que reine certo consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento de uma solidariedade entre seus membros criticamente, ou seja, pensa e age”. Ufa! Será que um dia chegaremos lá.

A sociedade precisa saber criticamente utilizar o click se quisermos ter uma consciência coletiva. Mas, será difícil pela qualidade dos canais do Brasil para melhorar deveremos acabar com as dublagens, seria um passo para nossos jovens melhorarem a leitura e forçaria aqueles que não sabe ler um esforço maior, saindo da lei de Maquiavel. Que tanto permeia nossa sociedade ou consciência coletiva que está incrustada ainda no lixo da violência e no mínimo de esforço possível.

A mudança efetivada nas escolas publica e também na Constituição brasileira criou a cultura da lei do menor esforço possível, passa-se aluno que não sabe ler e escrever corretamente. A utopia mais aplicada é a utopia de Freinet que se segue abaixo um esboço:

Celestin Freinet (1896 † 1966) foi um pedagogo anarquista francês, uma importante referência da pedagogia de sua época, cujas propostas continuam tendo grande ressonância na educação dos dias atuais.

A criança é da mesma natureza que o adulto.
Ser maior não significa necessariamente estar acima dos outros.
O comportamento escolar de uma criança depende do seu estado fisiológico, orgânico e constitucional.
A criança e o adulto não gostam de imposições autoritárias.
A criança e o adulto não gostam de uma disciplina rígida, quando isto significa obedecer passivamente uma ordem externa.
Ninguém gosta de fazer determinado trabalho por coerção, mesmo que, em particular, ele não o desagrade. Toda atitude imposta é paralisante.
Todos gostam de escolher o seu trabalho mesmo que essa escolha não seja a mais vantajosa.
Ninguém gosta de trabalhar sem objetivo, atuar como máquina, sujeitando-se a rotinas nas quais não participa.
É fundamental a motivação para o trabalho.
Todos querem ser bem-sucedidos. O fracasso inibe, destrói o ânimo e o entusiasmo.
Não é o jogo que é natural na criança, mas sim o trabalho.
Não é a observação, explicação e a demonstração - processos essenciais da escola - as únicas vias normais de aquisição de conhecimento, mas a experiência tateante, que é uma conduta natural e universal.
A memória, tão preconizada pela escola, não é válida, nem preciosa, a não ser quando está integrada no tateamento experimental, onde se encontra verdadeiramente a serviço da vida.
As aquisições não são obtidas pelo estudo de regras e leis, como às vezes se crê, mas sim pela experiência. Estudar primeiras regras e leis é colocar o carro na frente dos bois.
A inteligência não é uma faculdade específica, que funciona como um circuito fechado, independente dos demais elementos vitais do indivíduo, como ensina à escolástica.
A escola cultiva apenas uma forma abstrata de inteligência, que atua fora da realidade fica fixada na memória por meio de palavras e idéias.
A criança não gosta de receber lições autoritárias.
A criança não se cansa de um trabalho funcional, ou seja, que atende aos rumos de sua vida.
A criança e o adulto não gostam de ser controlados e receber sanções. Isso caracteriza uma ofensa à dignidade humana, sobretudo se exercida publicamente.
As notas e classificações constituem sempre um erro.
Fale o menos possível.
A criança não gosta de sujeitar-se a um trabalho em rebanho. Ela prefere o trabalho individual ou de equipe numa comunidade cooperativa.
A ordem e a disciplina são necessárias na aula.
Os castigos são sempre uns erros. São humilhantes, não conduzem ao fim desejado e não passam de paliativo.
A nova vida da escola supõe a cooperação escolar, isto é, a gestão da vida pelo trabalho escolar pelos que a praticam, incluindo o educador.
A sobrecarga das classes constitui sempre um erro pedagógico.
A concepção atual das grandes escolas conduz professores e alunos ao anonimato, o que é sempre um erro e cria barreiras.
A democracia de amanhã prepara-se pela democracia na escola. Um regime autoritário na escola não seria capaz de formar cidadãos democratas.
Uma das primeiras condições da renovação da escola é o respeito à criança e, por sua vez, a criança ter respeito aos seus professores; só assim é possível educar dentro da dignidade.
A reação social e política, que manifesta uma reação pedagógica, é uma oposição com o qual temos que contar, sem que se possa evitá-la ou modificá-la.
É preciso ter esperança otimista na vida.
Assim a utopia anarquista de Freinet é à base do planejamento dos utópicos pedagogos atuaise e também da ECA - Estatuto da Criança e Adolescente, que proíbe e esconde uma realidade escolar, e nos dão esta utopia de cima para baixo, não se pode fazer nada antes dos 18 anos e as crianças abusam da ECA, os pais são obrigados a colocar os filhos na escola, mesmo se este não tiver vontade.

Retorno de novo: - a Escola deve com sua própria utopia feita pela sua própria consciência coletiva, de cada escola, seja ela no bairro Butantã ou em Pinheiros ou ter a pedagogia memética que estou propondo.

Antes não havia obrigação de colocar seu filho na escola, ele ia trabalhar no campo e sabia das dificuldades que seus pais passavam e dava valor aos esforços de cada conquista familiar e pessoal, mas, a maioria era analfabeta. Davam valor a quem sabia ler e interpretar, os professores mais do que nunca eram o suporte da moral e sabedoria, eram ídolos, os pais acreditavam e deixavam o professor livre para educar seus filhos, não havia a utopia de hoje – Herói, Bandido.

As pessoas liam mais, quem tinha condições de se instruir dava valor ao professor, ele era uma categoria especial, até o seu aumento salarial era de categoria especial. Os melhores escritores de nossa literatura foram desta época. Com o aumento da industrialização e com o inicio das Rádios as utopias do herói e bandidos começaram a fazer a consciência coletiva ficar massificada. Foi instalada a cultura de massa que aumentou mais ainda a partir de 1960.

Cultura de massa (também chamada de cultura popular ou cultura pop) é o total de idéias, perspectivas, atitudes, memes, imagens e outros fenômenos que são julgados como preferidos por um consenso informal contendo o mainstream ( quer dizer uma corrente de pensamento principal. É um termo inglês que designa o pensamento ou gosto corrente da maioria da população).

É muito utilizado atualmente referindo-se às artes. Em uma dada cultura, especialmente a cultura ocidental do começo da metade do século XX e o emergente mainstream global do final do século XX e começo do século XXI.

Fortemente influenciada pela mídia de massa, essa coleção de idéias permeia o cotidiano da sociedade. Em contraste, o folclore se refere a um cenário cultural de sociedade mais locais ou pré-industriais.

A cultura popular é frequentemente vista como trivial e simplificada para que se possa encontrar uma aceitação consensual através do contexto maior. Como resultado, ela tem forte criticismo de várias subculturas (mais notavelmente grupos religiosos e contra culturais ) que a acreditam superficial, consumista, sensacionalista, e corrupta.

O termo "cultura popular" surgiu no século XIX, em uso original para se referir à educação e cultura das classes mais baixas. “O termo começou a assumir o significado de uma cultura de classes mais baixas, separado e se opondo à verdadeira educação” próxima do final do século, um uso que se tornou estabelecido no período de entre guerras.

O significado corrente do termo, cultura para consumo da massa, originou-se especialmente nos Estados Unidos, estabelecendo-se ao final da Segunda Guerra Mundial. A forma abreviada "pop culture" data da década de 1960.

A principal utopia da cultura pop culture foi "hippie" foi o "Woodstock," um grande festival ocorrido no estado de Nova Iorque em 1969, que contou com a participação de artistas de diversos estilos musicais, como o folk, o "rock'roll" e o blues, todos esses movimentos de alguma forma digamos ligados às críticas e à contestação do movimento foi à utopia que aumentou a lei do mínimo possível de Maquiavel e sedimentou a cultura da imagem bandido e mocinhos.

O mais importante na cultura de massa é o significado de “meme”, a auto propagação, isto é, a transmissão de informação de uma mente para outra. Replicaram comportamentos e sempre surge meme falsa a todo o momento principalmente pela internet.

Há hoje uma consciência coletiva Nemética onde o click de uma pessoa pode mudar uma atitude de muitos, se ligam nas redes sociais, facebook, orkut, MSN e outros meios. Vou dar uma ideia memética: vamos acabar com as eleições obrigatórias no Brasil votando em branco, precisamos 50 % mais um voto colocaria a constituição em contradição.

Outro exemplo, as votações nos projetos on-line poderiam acabar com o modelo democrático falso temos e que veio lá do império romano para que senadores e os deputados fossem eleitos sem um mandato efetivo de 4 anos, nós poderemos tirá-lo só com um click, ele tem que ter a maioria mesmo. Teríamos uma democracia direta estes são exemplos de consciência coletiva memética. (no Brasil não são todos que podem e sabem dar o click).

As pessoas se interagiriam via internet, as provas para o aluno passar de ano seria feito num centro de provas localizadas em pólos, nestes haveria professores para tirar as dúvidas. Mesmo pode ter uma intranet entre professores e alunos, (como disse acima, um aluno deveria receber 765 reais por mês se viesse direto sem os entraves do governo), aquele que não tirasse nota acima de 8 não teria este beneficio, ou seja, os 765 reais.

Seria um jeito de diminuir custos, diminuiria a quantidade de professores, mas os salários aumentariam, veja bem, estou aqui fazendo também uma Utopia. Antes o Brasil era um país “caipira” e respeitador, não se tinha as maldades de hoje, mas os jovens de hoje querem tudo nas mãos. Não sabem a dificuldade de não ter um Real para comprar pão, se projetam nos ídolos.

Os governantes dizem que para um país ser desenvolvido tem que ter índice igual aos paises mais ricos e instalam o mito que a educação salvará o Brasil, confundem educação com índice, educação não é índice.

Educação engloba os processos de ensinar e aprender. É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade.

A Socialização é o processo pelo quais as crianças, ou outros novos membros da sociedade, aprendem o modo de vida de sua sociedade é chamado de socialização. A socialização é o principal canal para a transmissão da cultura através do tempo e das gerações, assim a escola é um ator na geração de uma sociedade desenvolvida.

Ao longo do tempo os lideres tentam fazer a lavagem cerebral que é também conhecido como Reforma de pensamento ou Reeducação é o esforço constituído visando reprimir certas atitudes e crenças de uma pessoa. Crenças consideradas indesejáveis ou em conflito com as crenças e conhecimentos das outras pessoas.

Os motivos para a lavagem cerebral podem incluir o objetivo de afetar o pensamento e comportamento do indivíduo que o sistema de valores padrão considerados indesejável como desejável.

Enquanto processo de sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos. No Brasil não houve uma Socialização plena, mas uma lavagem Cerebral.

Os lideres se servem de teorias utópicas que fazem verdadeiras lavagens cerebrais desde jesuítas até os autores socialistas, capitalistas e eclesiásticos atuais que atrapalham os professores e os usuários da escola publica.

O autogereciamento escolar é uma necessidade urgente para melhoria da escola. A organização deve ser feita por quem participa diretamente na unidade escolar, chega de interferências.

Gostaria de perguntar para os utópicos e lideres e as elites que podem pagar e que planejam e idealizam a escola que temos hoje, se eles têm coragem de colocar seus filhos na escola publica. Com o autogereciamento as escolas serão mais transparentes, é imperioso que se faça já, porque as mentiras da educação elaboradas pelas utopias criadas pelos governantes, ocasionaram esta porcaria de educação brasileira.

32. Conclusão.

As utopias que fizeram na Educação Brasileira feita pelas elites educacionais que vieram com os jesuítas onde obrigaram os nativos e depois os brasileiros fizeram até agora uma escola onde são colocadas várias teorias educacionais que não atenderam dimensão econômica, filosófica, potencial e causal que tanto precisamos.

A educação esta fora do lugar quanto às teorias, elas querem mostrar promessas de prosperidade. O de sermos bem-sucedidos na empresa como proprietário, executivo, profissional liberal ou autônomo, mas nem todos conseguem.

Tantos sacrifícios, nós brasileiros fizemos, mergulhados nas precariedades das migalhas que o Estado e pela as elites que podem pagar escolas particulares fazem que da pena.

Não é para menos, as escolas públicas vivem as mínguas, pela nossa natureza devemos ter evolução, nossa sociedade propaga a riqueza. Enganam-nos com as utopias da educação de cunho socialista misturada com os teóricos que foram banidos depois da Ditadura Militar e que retornaram com tudo, principalmente, que fizeram com O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova(1932).

As pessoas trabalham para crescente prosperidade material, esta é essência da utopia capitalista em que vivemos. Nas escolas públicas, ainda estão baseadas em utopias educacionais que não correspondem com as verdadeiras necessidades do povo brasileiro.

A escola que querem é uma escola de mentira feita historicamente.

Para e pense. Como anda a educação? Esta empobrecida, esgotada e perdidas em tantas teorias que dragam os esforços dos professores, alunos e as famílias.

Sempre o aluno, o professor, os pais são os culpados e até brigam entre eles, mas não percebem a culpa do Estado e das elites que podem pagar escolas particulares são os Sabotadores e nos jogam nas armadilhas das teorias utópicas da educação. Que impede uma educação realmente formadora e crítica.

As elites que podem pagar as pessoas que tem seus filhos nas Escolas Particulares, ou, que tem renda superior a cinco salários minínos, e fugiram das escolas publicas quando no governo militar popularizou acabando com os exames admissionais na reforma de 1975.

Os pseudos-pedagogos voltaram com tudo após o governo militar fazer abertura.

Há perdas de recursos provindos dos impostos que fica na estrutura burocrática montada desde jesuítas até Dilma Rousset (PT).

As influencias culturais feitas pelos novos meios de comunicação que ocasionaram uma nova consciência coletiva a docontrole do click.

Também mostrarei a centralização caótica tanto do dinheiro arrecadado e metodologias aplicadas feitas desde período colonial. E que deve acabar.

Os impostos arrecadados devem ir direto para escola, não se perder nas instituições que não deveriam existir que vieram desde período colonial, que deram seqüências das políticas educacionais falsas sofrendo algumas adaptações e gerindo mal os recursos.

A educação voltada para brasileiros com autonomia, gratuíta, se possível na minha utopia, até a universidade, para isto deve-se alterar a constituição, em que o ensino é voltado para o trabalho, mas até o Phd, (pós-doutorado) que levarão a nós brasileiros a SER e TER.

Se um padre voltar a dar aula agora não verá diferença na estrutura predial das escolas das escolas das igrejas, basta ver a PUC, UNISO, etc.

A educação começou com os jesuítas que trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade européia e métodos pedagógicos autoritários.

Até agora 510 anos sofremos com pseudos-utopias e persiste no inconciente coletivo social até hoje e estão a todo vapor nas universidades tanto nas públicas como nas particulares ,como USP, PUC, UNISO, etc.

Além disto eles mascaram que são bons, com cara de filantropia e dão somente bolsas a estudantes carentes.
Segundo os pensamentos de Jean Jacques Rousseau.

Os destaques do pensamento de Rousseau que na obra Contrato Social, publicada em 1762.

Propõe que todos os homens façam um novo contrato social onde se defenda a liberdade do homem baseado na experiência política das antigas civilizações onde predomina o consenso e dessa forma se garantam os direitos de todos os cidadãos.

Primeiramente se aborda a liberdade natural, nata, do ser humano, como ele a havia perdido, e como ele haveria de recuperá-la.

Rousseau condena a escravidão, como algo paradoxal ao direito e se recuperando a liberdade, o povo é quem escolhe seus representantes e a melhor forma de governo.

A maior defesa é à passagem do estado natural de escravo para o civil é a necessidade de uma liberdade moral, que garante o sentimento de autonomia do homem.

A soberania do povo, que é indivisível. O povo, tem interesses, são nomeados como “vontade geral”, que é o que mais beneficia a sociedade ele não pode ultrapassar a soberania do povo ou a vontade geral.
Mais até quando vamos esperar!
E também diz “o soberano tem que agir de acordo com vontade do povo, onde o limite do poder do governante: a corrupção dos governantes quanto à vontade geral, garantida o direito de tirar do poder tal governante corrupto”.

Hoje no caso de Dilma, como também nos casos dos ex- presidentes, são lideres que não fazem nada para autonomia do povo para se submeterem a vontade deles, deve ser por isto que o Brasil têm os 3 Ds demais.

Espero que tenha colaborado. E por favor entre nos comentários dê sugestões e críticas e não estou cobrando nada para divulgar esta, portanto faça bom uso. obrigado.
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